Saúde

Estudo brasileiro contesta uso de maconha no tratamento de dependentes de cocaína

Foto: (OpenRangeStock/Getty Images)

Pesquisa brasileira publicada na revista Drug and Alcohol Dependence contesta o uso recreativo de maconha como estratégia de redução de danos para dependentes de crack e cocaína em reabilitação. Dados do artigo indicam que o consumo da erva piorou o quadro clínico dos pacientes em vez de amenizar, como esperado, a ansiedade e a fissura pela droga aspirada ou fumada em pedra (crack).

O estudo acompanhou um grupo de dependentes por seis meses após a alta da internação voluntária de um mês no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP). Os pesquisadores do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA) e do Laboratório de Neuroimagem dos Transtornos Neuropsiquiátricos (LIM-21) da Faculdade de Medicina da USP constataram que a maconha prejudica as chamadas funções executivas do sistema nervoso central, relacionadas, entre outras atividades, com a capacidade de controlar impulsos.

“Nosso objetivo é garantir que políticas públicas para usuários de drogas sejam baseadas em evidências científicas. Quando as políticas de redução de danos foram implementadas no Brasil, para usuários de cocaína e crack, não havia comprovação de que seriam benéficas. Os resultados deste estudo descartam completamente essa estratégia para dependentes de cocaína”, disse Paulo Jannuzzi Cunha, autor do artigo.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e pesquisador do LIM-21 foi bolsista de pós-doutorado da FAPESP.

Foram incluídos na pesquisa 123 voluntários divididos em três grupos: dependentes de cocaína que fizeram uso recreativo da maconha (63 pessoas), dependentes de cocaína que não consumiram a erva (24) e grupo controle (36), composto por voluntários saudáveis e sem histórico de uso de drogas.

Um mês após receberem alta, 77% dos dependentes de cocaína que fumaram maconha mantiveram a abstinência. Já entre aqueles que não fizeram uso de maconha, 70% não tiveram recaídas.

Mas três meses após a internação a situação se inverteu e a estratégia de redução de danos mostrou-se pouco efetiva. Entre os que não fumaram maconha, 44% permaneceram sem recaídas, enquanto só 35% dos que fizeram uso recreativo da maconha mantiveram-se abstinentes. Ao fim dos seis meses de acompanhamento, permaneceram sem recaídas 24% e 19% dos voluntários, respectivamente, mostrando que os pacientes que usavam maconha acabaram recaindo mais no longo prazo.

“Os resultados desbancam a hipótese de que o uso recreativo de maconha evitaria recaídas e ajudaria na recuperação de dependentes de cocaína. Um quarto daqueles que não fumaram maconha conseguiu controlar o impulso de usar cocaína, enquanto só um quinto não teve recaída entre os que supostamente se beneficiariam da estratégia de redução de danos. O uso pregresso de maconha não traz melhoras de prognóstico no longo prazo, o estudo até sugere o contrário”, disse o psiquiatra Hercílio Pereira de Oliveira Júnior, primeiro autor do artigo.

Prejuízo cognitivo

De acordo com os resultados, os dois grupos de dependentes de cocaína em reabilitação apresentaram déficits neurocognitivos importantes em tarefas que incluíam memória operacional, velocidade de processamento, controle inibitório, flexibilidade mental e tomada de decisão, quando comparados ao grupo controle.

Porém, aqueles que fizeram uso recreativo de maconha apresentaram resultados ainda piores em relação às chamadas funções executivas – relacionadas à capacidade de sustentar a atenção em determinados contextos, memorizar informações e elaborar ou planejar comportamentos mais complexos. Também apresentaram lentidão no processamento mental e maior dificuldade para frear impulsos.

Durante todo o projeto foram realizados testes cognitivos e exames de neuroimagem. Os voluntários também fizeram exames de urina para verificar o eventual uso de drogas.

“Um dos limitadores do nosso estudo foi a impossibilidade de analisar o tipo de maconha usada pelos voluntários. Era a droga que eles consumiam em casa ou no seu contexto social”, disse Cunha.

Um preparado de maconha é composto por pelo menos 80 tipos diferentes de canabinoides. Dois deles têm maior relevância: o THC, associado aos efeitos de relaxamento da droga, à dependência e a danos neurológicos; e o canabidiol, que poderia modular os efeitos do THC. “Nosso trabalho não envolveu uma avaliação específica dos possíveis efeitos do canabidiol, que pode até ter potencial terapêutico, mas se apresenta em proporção muito menor na maconha fumada e é muito difícil de ser extraído puro da Cannabis”, disse.

Dados do artigo também indicam que, quanto mais precoce foi o uso de maconha e cocaína na vida dos dependentes, maiores as chances de recaída durante a reabilitação por cocaína.

“Trabalhos anteriores demonstraram que a precocidade prejudica o neurodesenvolvimento e a organização de importantes redes neurais no cérebro. Portanto, a exposição precoce à maconha teria um prognóstico pior não só em relação à própria maconha, como também a outras substâncias”, disse Oliveira Júnior.

“Esse dado é preditivo e sugere o impacto negativo da maconha e da cocaína no processo de maturação cerebral e na caracterização de um pior prognóstico da doença”, disse Oliveira Júnior.

Redução de danos

O uso de substâncias como a metadona (narcótico do grupo dos opioides) tem sido considerado uma estratégia de redução de danos eficaz na reabilitação de dependentes de heroína e outras drogas injetáveis, atingindo, desde os anos 1990, determinado sucesso em diferentes países.

Com base nos resultados com dependentes de heroína, trabalhos anteriores não controlados vinham sustentando a hipótese de que o uso recreativo da maconha poderia ser também uma estratégia eficaz na redução da fissura em dependentes de cocaína e crack. “Isso resultou, inclusive, na implementação de organizações na área de redução de danos e políticas públicas que indicavam o uso da maconha fumada como estratégia para redução da ansiedade e fissura pelo uso de cocaína. Nosso estudo contradiz esse tipo de estratégia”, disse Oliveira Júnior.

Cunha explica que a diferença de resultados na política de redução de danos entre usuários de heroína e cocaína ou crack se dá pelas peculiaridades de cada droga. “A abstinência por heroína traz sintomas corporais, fisiológicos e biológicos muito rapidamente. Se o usuário fica sem um opioide, começa a suar frio, passar mal, pode ter convulsões e problemas físicos graves”, disse.

O pesquisador afirma que uma estratégia farmacológica de redução de danos que ajude na remissão dos sintomas e que seja um passo intermediário até que o paciente consiga se manter abstinente é completamente apropriada.

“Já o usuário de cocaína em abstinência vai ter mais sintomas de humor, como irritabilidade e depressão. Pode ter uma depressão logo após cessar o uso, mas nada equiparável aos efeitos físicos observados em usuários de drogas injetáveis. Por isso, nesse caso, são importantes as estratégias comportamentais que ensinam o paciente a lidar melhor com as emoções e o ajudam a se manter sem uso de drogas, sendo bem mais eficientes em longo prazo”, disse.

De acordo com os pesquisadores, as abordagens mais indicadas são terapia cognitivo-comportamental, manejo de contingências (reforço de comportamentos desejáveis) e o tratamento médico-psiquiátrico de eventuais doenças associadas, como depressão, transtornos de ansiedade e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).

Esses transtornos mentais tendem a ocorrer, em muitos casos, paralelamente à dependência química e prejudicam a aderência ao tratamento e a recuperação do paciente. “Um tratamento integrado e com base em evidências científicas tem mais chance de apresentar eficácia no médio e longo prazo. Além do atendimento multidisciplinar, é indicada a participação em grupos de apoio formados por ex-usuários”, disse Cunha.

No que concerne à internação, o grupo do LIM-21 defende que seja feita apenas durante o período de desintoxicação dos dependentes químicos. Cunha enfatiza a importância de a reabilitação ser conduzida em caráter voluntário e sem isolar o paciente da sociedade, tendo em vista que se trata de um processo passível de recaídas.

“Buscamos fazer um trabalho de fortalecimento para que ele enfrente os problemas reais e no seu próprio contexto de moradia, aprendendo estratégias para desvencilhar-se da tentação de usar a droga novamente. Longas internações, além de custosas financeiramente, tiram o paciente da realidade e não garantem que, ao sair da reclusão, não terá recaídas”, disse.

O artigo Distinct effects of cocaine and cocaine + cannabis on neurocognitive functioning and abstinence: A six-month follow-up study (doi: 10.1073/pnas.1904384116), de Hercílio Pereira de Oliveira Junior, Priscila Dib Gonçalves, Mariella Ometto, Bernardo dos Santos, André Malbergier, Ricardo Amaral, Sergio Nicastri, Arthur Guerra de Andrade e PauloJannuzzi Cunha pode ser lido em https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0376871619304193?dgcid=raven_sd_aip_email.

Exame

 

Opinião dos leitores

  1. Pode não ser bom para tratamento de viciados em cocaina mas é efetiva no tratamento de diversos males. Desconhecer isso é ignorância e preconceito. Cachaça é mil vezes mais perigoso.

  2. Com a palavra o defensor da liberação da maconha, Doutor Sidarta Ribeiro, professor da gloriosa UFRN- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

    1. Rapaz, você entende muiiiiito de pesquisa científica ? Generaliza sem conhecer os argumentos.

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Gastronomia

PAPO DE FOGÃO – SABOR & TRADIÇÃO, FEITO POTIGUAR: Confira as receitas de baião de frutos do mar e geleia de ameixa

BAIÃO DE FRUTOS DO MAR

Ingredientes:
Sofrito
30g de manteiga de garrafa
30g de cebola branca picada em cubinhos
15g de pimentão verde picado em cubinhos
15g de pimentão vermelho picado em cubinhos
5g de alho picado
Sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Coloque a manteiga de garrafa em uma frigideira bem quente.
Acrescente todos os ingredientes e refogue bem, por 5 a 8 minutos. Reserve.

Para a receita:
Sofrito
50g de filé de camarão
50g de polvo cozido
50g de filé de peixe
50g de lula em anéis
50ml de caldo de camarão ou peixe
2 unid. de mexilhão ½ concha (decoração)
2 unid. de camarão inteiro (decoração)
70g de feijão verde cozido
70 g de arroz branco cozido
25g de jerimum assado (cubos de 1 x 1 cm)
25g de queijo de coalho assado (cubos de 1 x 1 cm)
10g de castanha de caju inteira
Suco de ½ limão
50 grs de nata
Sal e pimenta
Cheiro verde

MODO DE PREPARO:
Na mesma frigideira que fez o sofrito colocar os frutos do mar e refogar por 5 minutos.
Agregar o caldo de camarão, o feijão e o arroz e misturar bem por 2 minutos.
Agregar todos os demais ingredientes e misturar.
Provar o sal.
Em outra frigideira grelhar os mexilhões ½ concha e o camarão inteiro.
Servir o baião no prato e finalizar com o mexilhão, o camarão grelhado e folhas de coentro fresco.

Tempo de preparo: 20min
Tempo de cozimento: 30min

DICA RÁPIDA

GELEIA DE AMEIXA

Ingredientes:
1 kg de Ameixa sem caroço
800g de Açúcar
1 copo de Água
Modo de preparo:
Junte todos os ingredientes e leve ao fogo médio, sem parar de mexer, por cerca de 40 minutos ou até as ameixas ficarem desmanchando.

Tempo de preparo: 5min
Tempo de cozimento: 40min

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Geral

Influência de facções criminosas é principal preocupação do Judiciário para eleições de 2026

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A influência de facções criminosas nas Eleições de 2026 preocupa o Poder Judiciário e demais autoridades brasileiras. Operações recentes da PF e decisões judiciais mostram tentativas de políticos de proteger integrantes de grupos como o Comando Vermelho.

Nas eleições municipais de 2024, a presidente do TSE, Cármen Lúcia, e a OEA já apontavam riscos de infiltração do crime organizado — seja por coerção de eleitores, financiamento de campanhas ou uso da estrutura criminosa para influenciar resultados.

A ministra reforçou que a ameaça é séria e “não pode ser subestimada”, destacando o risco de que facções tentem alcançar poderes estaduais e nacionais para influenciar leis e políticas públicas.

Relatório da OEA sobre 2024 confirmou ações criminosas no processo eleitoral, incluindo uso de dinheiro do tráfico e aumento da violência política. Há casos concretos envolvendo PCC e CV no patrocínio de candidaturas e na tentativa de usar a política para lavar recursos.

Em 2025, o TSE consolidou o entendimento de que integrantes de organizações paramilitares ou criminosas não podem ser candidatos, com base no artigo 17 da Constituição. O tribunal reafirmou o veto ao rejeitar o recurso de Fabinho Varandão, condenado por participação em milícia no Rio. Para o relator, ministro Antonio Carlos Ferreira, permitir essas candidaturas compromete a liberdade do eleitor e distorce a competitividade eleitoral.

O TSE reforça que a Justiça Eleitoral deve reagir às tentativas de infiltração criminosa no Estado, impedindo que organizações usem candidaturas para legitimar ou ampliar seu poder.

Com informações de Metrópoles

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Geral

Bets faturam R$ 27,7 bilhões até setembro de 2025, e governo arrecada alto; veja números

Foto: South_agency/Getty Images

O Brasil teve 25 milhões de apostadores ativos entre janeiro e setembro de 2025, o equivalente a 12% da população. Dessa turma, 68% são homens e 32%, mulheres.

Com os jogos, as bets registraram uma receita bruta, o chamado GGR (total de apostas menos os prêmios pagos), de R$ 27,7 bilhões.

Esse montante resultou em R$ 3,3 bilhões de arrecadação federal. Os dados inéditos são do Ministério da Fazenda em resposta a um pedido de Lei de Acesso à Informação feito pela Pay4Fun.

Pela destinação legal, o maior beneficiário com os repasses de impostos pagos foi o Esporte, com R$ 1,2 bilhão, seguido pelo Turismo (R$ 953 milhões), e pela Segurança Pública (R$ 461 milhões).

Seguridade Social (R$ 347 milhões), Educação (R$ 342 milhões) e Saúde (R$ 34 milhões) vêm logo depois. Também houve repasses à Sociedade Civil (R$ 16 milhões), ao Fundo da PF (R$ 18 milhões) e à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (R$ 13 milhões).

Lauro Jardim – O Globo

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Geral

Jovens infratores do RN que cumpriram medida socioeducativa podem receber bolsa de até R$ 6 mil reais da FUNDASE

A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte (Fundase) instituiu, por meio da Portaria nº 217/2025, publicada em 4 de dezembro no Diário Oficial, a concessão de uma bolsa de apoio financeiro destinada a adolescentes e jovens infratores que cumpriram medida socioeducativa de privação ou restrição de liberdade nas unidades da instituição.

O benefício, no valor de R$ 500 mensais, tem duração inicial de seis meses, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período, podendo chegar a um valor total de R$ 6 mil.

Para que chegue a esse valor, o jovem é submetido mensalmente a uma avaliação da equipe multidisciplinar do programa Horizontes Potiguares — responsável pelo acompanhamento dos egressos.

Concessão das bolsas contrasta com a falta de estrutura da própria FUNDASE

A criação da bolsa expõe um contraste já conhecido dentro da própria Fundase. Enquanto o programa dedicado aos egressos recebe recursos financeiros, servidores da instituição seguem trabalhando em condições precárias. Prédios deteriorados, falta de manutenção e equipamentos básicos, além de queixas de assédio moral.

Critérios para concessão da bolsa

Para receber a bolsa, o jovem egresso precisa aderir voluntariamente ao programa Horizontes Potiguares, ter cumprido a medida de internação ou semiliberdade, pactuar um projeto de vida e estar matriculado e frequentando a rede regular de ensino. Há prioridade para jovens sem vínculo familiar, com baixa renda, gestantes ou mães, além daqueles com deficiência ou questões de saúde mental.

A FUNDASE explica na própria portaria que a iniciativa cumpre determinações previstas no Estatuto da Criança e do Adolescão (ECA), no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e em diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orientam as entidades a manterem programas específicos de apoio aos jovens após o cumprimento da medida socioeducativa.

Opinião dos leitores

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Geral

Moraes barra slides que defesa de Felipe Martins pretendia exibir em julgamento sobre tentativa de golpe

Foto: reprodução/Fundação Alexandre Gusmão

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, barrou os slides que a defesa de Filipe Martins pretendia usar na sustentação oral do julgamento sobre a tentativa de golpe, previsto para terça-feira (9). A decisão, comunicada neste sábado (6), exige que o material seja refeito até as 15h de segunda-feira (8).

Segundo os advogados, Moraes pediu acesso prévio aos slides para avaliar a “adequação técnica”, mas estaria, na prática, querendo controlar o conteúdo da defesa. Eles afirmam que o ministro classificou parte dos slides como “impertinente” e disse que algumas imagens não estão nos autos — o que a defesa nega, assegurando que tudo faz parte do processo e já foi debatido, inclusive pelo próprio Moraes.

A equipe de Filipe Martins acusa o ministro de tentar tutelar o que pode ser dito na sustentação oral e de desconhecer os autos. Os advogados afirmam ainda que Moraes não indicou quais materiais considerou inadequados. O grupo vai reenviar os slides com referências explícitas às provas.

O advogado Jeffrey Chiquini criticou a decisão em vídeo, dizendo que “o julgador agora quer decidir como a defesa pode defender seu cliente”. Segundo ele, Moraes pode ter se incomodado com prints de reportagens contendo falas de Flávio Dino — usadas para apontar suposta parcialidade do ministro, que integrará o colegiado do julgamento.

Com informações de Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Existem muitos bandidos, corruptos e amantes de narcotraficantes vestidos de autoridades cometendo crimes contra a nação brasileira, a luz da verdade é proibida de ser vista , que injustiça é essa???? no lugar da justiça que se encontra desmoralizada ???

  2. O juiz pode exibir, a defesa não!!! E ainda abrem a boca para falar que estão defendendo o estado democrático de direito.

  3. Será que isso não é DITADURA, a que ponto esse ministro chegou.
    Mas a culpa disso ainda estar a acontecendo é do presidente do Senado Brasileiro o Alcolumbre engavetador oficial de pedidos impeachemant de alguns desses ministros que se acham os danos do Brasil, as pessoas de bem clamam por ajuda contra esses que atuam contra a democracia de nosso País.

    1. Amigo enquanto o não for pra ruas pra o tudo ou nada isso não vai ter fim

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Geral

COP30 foi um “milagre climático”, diz presidente do STJ

Foto: Bruno Cruz / Ag. Pará

O presidente do STJ, Herman Benjamin, definiu a COP30 como a “COP do milagre”. Em entrevista ao Poder360, o magistrado afirmou que o encontro ocorreu em um “momento de desmonte mundial” e destacou o contraste com o governo anterior, que havia rejeitado sediar o evento sob argumento de que seria “gastar dinheiro à toa”.

Referência no direito ambiental, Herman reconheceu falhas de logística, mas ressaltou a convergência entre diferentes setores durante a conferência — com exceção dos produtores de combustíveis fósseis. O texto final do evento, apresentado em 22 de novembro, não trouxe o caminho para o abandono desses combustíveis, prioridade do governo Lula.

Mesmo assim, Herman avalia que a sensação de “perda de urgência” sobre o clima não deve durar: “Os fatos vão, infelizmente, desmentir essa tentativa de negar a emergência climática”. Questionado sobre a Margem Equatorial, ele evitou comentar, mas lembrou que as licenças concedidas até agora são apenas para pesquisa.

Natural da Paraíba e ministro desde 2006, Herman assumiu a presidência do STJ em agosto de 2024. Conhecido pela atuação ambiental, mantém no gabinete fotos de Sebastião Salgado e cultiva o hábito de oferecer chá aos visitantes. Foi protagonista no TSE em 2017, quando votou pela cassação da chapa Dilma-Temer — voto vencido à época.

Com informações do Poder360

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Geral

Após pressão de Haddad, Câmara deve votar projeto que mira “devedores contumazes”

Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Depois de semanas de articulação nos bastidores, o projeto que cria um regime mais rígido para empresas que acumulam dívidas tributárias de forma reiterada deve finalmente avançar na Câmara dos Deputados. O texto, relatado por Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), entrou na pauta de urgência e deve ser votado nesta terça-feira (8), após uma reunião fora da agenda entre o relator e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana.

A proposta define o “devedor contumaz” como aquele que mantém inadimplência substancial, repetida e sem justificativa — prática que, segundo o relatório, distorce a concorrência ao permitir que empresas cresçam às custas do não pagamento de tributos. O PLP 125/2022 prevê punições como perda de benefícios fiscais, impedimento de participar de licitações e restrições ao uso de recuperação judicial por quem usar a inadimplência como estratégia.

Além da repressão, o texto cria um sistema de estímulos para quem cumpre as obrigações tributárias, com programas de conformidade, selo de regularidade, prioridade em processos e até possibilidade de redução da CSLL. O projeto também abre espaço para autorregularização: contribuintes poderão admitir débitos e apresentar plano de pagamento em até 120 dias, reduzindo a judicialização e a dependência de novos Refis.

Haddad vem cobrando a votação desde novembro e considera o tema central no combate a grandes devedores estruturais, especialmente após operações como Carbono Oculto e Poço de Lobato, que revelaram fraudes bilionárias. Com o novo impulso político, a expectativa é que a proposta avance e estabeleça um marco para reforçar a concorrência leal e dar mais segurança jurídica ao ambiente de negócios.

Com informações da CNN

Opinião dos leitores

  1. aprovem a prisão por dívida, rapidinho acaba a palhaçada. esse negócio de limpar o nome depois de 5 anos também precisa acabar, é pra ficar com o nome sujo pro resto da vida.

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Esporte

América vira sobre o Apodi e conquista seu 40º título do futsal potiguar com campanha invicta

Foto: João Gabriel | América FC

A tradição falou mais alto. Na noite deste sábado (6), o América mostrou peso de camisa, venceu o Apodi fora de casa por 3 a 2 e garantiu o bicampeonato potiguar de futsal. A virada confirmou o 40º título da história alvirrubra na modalidade, reforçando a hegemonia absoluta do clube no cenário estadual.

Higor Timóteo, em grande noite, marcou duas vezes, enquanto Richardson completou o placar que selou a conquista. Com a vitória, o Alvirrubro encerrou a competição de forma invicta: foram 13 jogos, com 11 triunfos e apenas dois empates, além do melhor ataque do campeonato.

A campanha dominante teve ainda brilho individual. Artilheiro com 19 gols, o pivô Betinho Potiguar confirmou sua fase arrematadora e foi um dos nomes fundamentais da trajetória americana na temporada.

Maior campeão do futsal do RN, o América chega agora a 40 títulos — 28 estaduais e 12 metropolitanos — reafirmando sua soberania e ampliando a distância para os demais rivais. Uma conquista maiúscula para fechar o ano em vermelho e branco.

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Política

Lula endurece ofensiva pelo fim da escala 6×1 e mira impacto eleitoral em 2026

Foto: Vinícius Schimidt/Metrópoles

A poucos meses do ano eleitoral, o governo Lula intensificou publicamente a pressão pela extinção da escala 6×1, pauta que avança lentamente no Congresso. Nas últimas semanas, o presidente, a ministra Gleisi Hoffmann e o ministro Guilherme Boulos passaram a defender abertamente o fim do regime de apenas um dia de folga por semana, criticando o relatório do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), que reduz a carga horária, mas mantém o 6×1. O Planalto se disse “surpreendido” pelo texto e quer retomar o debate no Parlamento.

A proposta original, da deputada Érika Hilton (PSOL-SP), pretende alterar a Constituição para instituir uma jornada máxima de 36 horas semanais e descanso de três dias. O relatório de Gastão não foi votado por falta de consenso, e parlamentares pediram vista. Mesmo assim, o Planalto elevou o tom: Gleisi afirma que “reduzir horas não resolve” e que o problema central é o regime de folgas; Boulos defende limite de cinco dias trabalhados e dois de descanso, além de jornada máxima de 40 horas. O governo, agora, coloca o tema no centro da agenda — com reforço, inclusive, em coletiva exclusiva no Palácio do Planalto.

Nas redes sociais, o governo passou a tratar o fim da escala 6×1 como bandeira popular, usando vídeos, memes e peças de forte apelo emocional para mobilizar trabalhadores e pressionar o Congresso. Um dos posts afirma que o atual regime faz o brasileiro trabalhar “208 horas a mais por ano” e que 2025 virá “com mais faixa boa”: o fim do 6×1. Levantamento da Nexus indica que 65% da população apoia a mudança, o que reforça o potencial eleitoral da pauta.

Apesar da ofensiva, o tema só deve avançar em 2026. O Congresso entra em recesso no dia 23 e prioriza outras votações. Lula, porém, já enquadrou a discussão como justiça social e adaptação ao avanço tecnológico, cobrando empresários e conselheiros do governo a ajudar na construção de um novo modelo. O recado político está dado: o Planalto transformou o fim da escala 6×1 em uma de suas vitrines para o próximo ano eleitoral.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Vamos corrigir: a escala hoje não é 6×1, é 5,5 x 1,5. Isso ninguém fala. Vamos ser justo.

    1. Será que se escondeu no mesmo local que os brandidos fujões Bananinha e Ramagem ou Zambelli?

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Geral

VÍDEO: Segundo dia do Carnatal 2025 leva multidão ao corredor da folia e consagra noite de grandes shows

 

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Vídeo: Reprodução

O sábado (6) do Carnatal 2025 confirmou o que já se esperava: mais um espetáculo de energia, público e trios elétricos arrastando foliões por todo o corredor da festa. Os portões da Arena das Dunas abriram às 17h, e, já nos primeiros minutos, a movimentação intensa mostrava que o segundo dia seria um dos mais vibrantes desta edição.

Leo Santana deu início à maratona de atrações com o “Vem com o Gigante”, puxando uma multidão pelo Portão N e garantindo o primeiro grande momento da noite. Logo depois, Bell Marques não deixou o ritmo cair e comandou o Vumbora pelo Portão O, em uma das passagens mais disputadas do sábado. Às 20h, Claudia Leitte fechou os desfiles dos blocos com o Largadinho, arrastando fãs e entregando uma apresentação marcada por coreografias, interação e muita animação.

No Largo dos Reis, Ricardo Chaves confirmou mais uma vez por que é um dos nomes mais tradicionais e queridos do Carnatal. O espaço ficou completamente tomado, com o público cantando em coro os clássicos que já fazem parte da história da festa.

O camarote temático também ferveu: Eric Land, Xand Avião e Natanzinho Lima garantiram uma sequência de shows que manteve o público até o fim da madrugada. Com estrutura lotada e clima de grande festival, o espaço fechou o segundo dia em alta, consolidando o sábado como uma das noites mais fortes desta edição do Carnatal.

Opinião dos leitores

  1. O Carnatal 2025 mostrou grande estrutura, investimentos milionários e multidões celebrando no corredor da folia.
    No entanto, o contraste com a realidade da cidade é evidente: enquanto o evento recebe altos recursos e atenção, Natal segue convivendo com lixo espalhado pelas ruas, problema que afeta a saúde pública e a qualidade de vida.
    A realização de evento desse porte reforça a necessidade de igual prioridade para serviços essenciais, como a limpeza urbana, para que celebração e cuidado com a cidade avancem lado a lado.

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