Policiais civis que fazem parte da Força-Tarefa, coordenada pelo diretor da Diretoria de Polícia Civil do Interior (DPCIN), Inácio Rodrigues, e pelo delegado regional de Mossoró, Luís Fernando Sávio, realizaram, nessa quinta-feira (19), uma ação no bairro Belo Horizonte, na cidade de Mossoró.
Durante as diligências, foram encontradas 224 porções de maconha e 15 tabletes da mesma droga, além de itens para corte e embalagem da substância. Esse material seria pertencente a um homem que, ao visualizar as viaturas policiais, fugiu do local, deixando a referida droga e sua bicicleta.
O material encontrado foi apresentado na Delegacia de Plantão para apreensão e encaminhamento à Delegacia Especializada em Narcóticos (DENARC) de Mossoró, que dará continuidade às investigações. A Polícia Civil pede que a população continue enviando informações de forma anônima através do Disque Denúncia 181.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Polícia Civil/RN – SECOMS
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu que só a PGR tenha poder para apresentar denúncias e pedidos de impeachment contra ministros do STF no Senado. Na prática, Gonet quer tirar do cidadão comum o direito de questionar os magistrados, alegando que a “responsabilidade” deles é mais criminal que política.
O parecer foi enviado a Gilmar Mendes em outubro — e só agora o ministro suspendeu trecho da lei de 1950 que permitia qualquer brasileiro acionar o Senado.
Gonet afirma que os pedidos de impeachment contra ministros do STF viraram “desvirtuamento” e “retaliação política”. Ele cita que, em outubro de 2025, havia 78 pedidos no Senado, o que, segundo ele, “banaliza” o instrumento democrático.
Para o procurador-geral, permitir que qualquer pessoa provoque o Senado colocaria em risco a “tranquilidade” do STF — justamente o tribunal que toma decisões que afetam todo o país.
O chefe da PGR também diz que impeachment de presidente é diferente, porque o presidente governa e exerce poder político, enquanto ministros do STF não são governantes.
Na visão dele, portanto, o controle público sobre os magistrados deve ser limitado, mantendo o filtro exclusivamente nas mãos da própria PGR — órgão que, historicamente, mantém relação próxima com o Supremo.
A decisão de Gilmar Mendes, alinhada ao parecer de Gonet, será analisada pelo plenário virtual entre 12 e 19 de dezembro. O tema promete barulho em Brasília, já que reduz a participação popular num momento em que o STF vem acumulando críticas por concentrar poderes e interferir em decisões políticas em todo o país.
A Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Faern) reagiu com força à intenção do Governo Fátima de destinar áreas do Distrito de Irrigação do Baixo Açu (Diba) ao MST. O Diba é hoje o único distrito irrigado totalmente funcional do estado, mantido por produtores que investem, pagam a conta e garantem a produção do Vale do Açu.
Para a Faern, colocar o MST dentro do projeto é uma “decisão equivocada” que coloca em risco um patrimônio produtivo construído ao longo de décadas.
A entidade acusa o governo de agir “sem base técnica” e alerta que entregar apenas terra não transforma ninguém em produtor irrigado. No Diba, a terra é a parte mais barata: produzir exige assistência técnica, energia, financiamento, tecnologia, irrigação e insumos — tudo caro e contínuo.
Sem isso, segundo a Faern, o resultado é inevitável: “fracasso produtivo, inadimplência e risco de colapso do distrito”, além de maior pressão sobre quem já mantém a estrutura funcionando.
Outro ponto criticado é a insegurança jurídica que a presença do MST geraria dentro do perímetro irrigado. A Faern afirma que “nenhum investidor coloca dinheiro em um lugar onde as regras mudam por decisão política”, lembrando que cada lote de 3,8 hectares exigiria cerca de R$ 150 mil de investimento inicial — recursos que o governo não tem, não planejou e nem sabe de onde virão. Custos de energia, manutenção e insumos também seguem sem qualquer garantia.
A Faern reforça que existem formas mais seguras de apoiar a agricultura familiar, mas que o Diba não comporta experimentos ideológicos. Misturar um projeto empresarial consolidado com ocupação conduzida pelo MST, diz a entidade, “não gera desenvolvimento, gera conflito e insegurança”.
A federação afirma que seguirá dialogando institucionalmente, mas avisa que usará “todos os meios legais” para impedir que o governo comprometa o único distrito irrigado operacional do RN.
Uma mulher de 33 anos confessou à Polícia Militar ter matado o próprio pai, de 58 anos, em Carnaúba dos Dantas (RN), nesta quarta-feira (3), após flagrá-lo abusando da filha dela, de 6 anos. A informação foi divulgada pela TV Tropical.
Segundo a apuração da emissora, após testemunhar o suposto abuso, a mulher levou o pai para um terreno próximo à casa da família, onde o golpeou com pedaço de pau e pedras. Depois, teria enterrado o corpo. O crime teria ocorrido durante a madrugada, e pela manhã ela se apresentou à polícia. Até agora, o corpo não foi localizado, e equipes da Polícia Científica do RN fazem buscas na área.
No depoimento, porém, a suspeita apresentou várias contradições. O caso pode ter uma reviravolta após a circulação de imagens que mostram um homem correndo na rua, supostamente o avô da criança, seguido por uma moto — que depois retorna sozinha. O advogado da suspeita disse que sua cliente está em estado de choque e não conseguiu,até esta tarde, prestar informações claras sobre o ocorrido.
A PM informou à TV Tropical que o homem apontado como autor do abuso usava tornozeleira eletrônica. A Polícia Civil conduz a investigação para esclarecer o que realmente aconteceu.
A decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, de revisar as regras de impeachment de ministros da Corte — medida que tende a dificultar afastamentos baseados apenas em decisões judiciais — causou forte reação no Congresso.
Segundo apuração do jornalista Túlio Amâncio, da Band, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ficou visivelmente irritado com a decisão monocrática e classificou o gesto como uma forma de blindagem do Supremo. Ele tem demonstrado preocupação com um possível desequilíbrio entre os Poderes e já estuda alternativas de resposta institucional.
Nos corredores do Parlamento, o clima é de tensão. A avaliação entre senadores e deputados é que mudanças nos mecanismos de controle sobre o Judiciário podem fortalecer excessivamente o STF em relação ao Legislativo e ao Executivo. Alcolumbre afirmou a aliados que o Congresso deverá reagir de maneira institucional ao movimento do ministro.
Casas de taipa em comunidade no interior do RN — Foto: Igor Jácome/g1/arquivo
Sete em cada dez pessoas viveram no RN com até um salário mínimo em 2024, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (3). O índice ficou em 70,10%, queda de 5,91 pontos percentuais em relação a 2023 (76,01%). Mesmo abaixo da média do Nordeste (73,23%), o número ainda está muito acima da média nacional (53,41%).
Renda da população do RN em 2024 (por pessoa)
De acordo com o IBGE, 23,1% da população potiguar vivia com rendimento per capital (por pessoa) entre um quarto até meio salário mínimo.
A maior parte da população potiguar, ou 35,4%, tinha um rendimento domiciliar (por pessoa) de mais de metade até um salário.
Por outro lado, 28,5% dos potiguares viviam com renda de mais de 1 salário mínimo em 2024, sendo que 16,6% estavam na classe de mais de 1 a 2 salários.
Pobreza cai e fica abaixo de 40% pela primeira vez
O percentual de potiguares vivendo abaixo da linha de pobreza caiu para 33,5% — o menor da série histórica iniciada em 2012.
Em 2023, eram 43,8%. A queda foi de 10,3 pontos em um ano e 14,6 pontos em uma década.
A Embaixada dos Estados Unidos pediu ao governo brasileiro acesso a documentos de investigações que envolvem atuação do crime organizado com ramificações em território norte-americano. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (3/12) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo o ministro, o pedido ocorreu após a conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o norte-americano Donald Trump na terça-feira (2/12), quando ambos discutiram cooperação no combate ao crime organizado transnacional.
Os documentos solicitados pelos EUA fazem parte da Operação Poço de Lobato, que apura evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo empresas abertas no estado de Delaware. Segundo Haddad, os materiais estão sendo traduzidos para serem enviados à embaixada.
O ministro acrescentou que o crime organizado também utiliza o trânsito comercial entre os dois países para enviar armamentos escondidos em contêineres. Para ele, a cooperação bilateral deve ampliar a eficiência no combate às organizações criminosas.
Haddad falou sobre o tema durante cerimônia em Brasília, onde assinou acordo de cooperação técnica sobre jogos e apostas com o Ministério da Saúde.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertou, no relatório “Desafios de Inteligência – Edição 2026”, que a combinação entre avanço do crime organizado transnacional, fragilidades institucionais e interferência externa ameaça a autonomia política da América Latina.
Segundo o documento, essas vulnerabilidades podem abrir espaço para intervenções estrangeiras sob o pretexto de combater o chamado narcoterrorismo. As informações são da coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
O relatório, já desclassificado, não cita países diretamente, mas a Abin manifestou ao Planalto preocupação com movimentos recentes dos Estados Unidos na região. A Polícia Federal compartilha da mesma avaliação e, em análises reservadas ao presidente Lula, apontou possíveis interesses econômicos norte-americanos por trás de ofensivas militares na América Latina.
O documento relaciona o cenário a episódios recentes, como bombardeios dos EUA contra embarcações no Caribe e a escalada de pressão do presidente Donald Trump sobre a Venezuela, incluindo ameaças de ataques terrestres e críticas ao regime de Nicolás Maduro sob a justificativa do combate ao narcotráfico.
A Abin também chama atenção para o risco de militarização indireta da Amazônia, com o uso de argumentos ambientais como justificativa para intervenções externas. A agência aponta que o avanço de mercados ilícitos pode ampliar a atuação de potências estrangeiras em áreas estratégicas, como Amazônia, Atlântico Sul e tríplice fronteira.
O relatório conclui que maior integração regional e mecanismos conjuntos de governança podem reduzir vulnerabilidades e fortalecer a capacidade dos países latino-americanos diante de ameaças transnacionais e pressões externas.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Jair Bolsonaro informe se tem interesse em conceder entrevistas à imprensa enquanto permanece preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A decisão foi tomada nesta terça-feira (2/12) após veículos de comunicação solicitarem autorização para entrevistar o ex-presidente.
O primeiro pedido, do portal Conexão Política, foi apresentado um dia após a prisão de Bolsonaro, em 26 de novembro. Em resposta, Moraes ordenou que os advogados do ex-presidente sejam intimados — inclusive por meios eletrônicos — para esclarecer, em até cinco dias, se Bolsonaro deseja falar com algum jornalista.
O ministro também comunicou outras empresas que já haviam feito solicitações semelhantes. Caso haja interesse do ex-presidente, caberá à defesa definir os protocolos para a realização da entrevista, que pode ser audiovisual. O STF, então, analisará se autoriza a gravação.
Moraes lembrou ainda que Bolsonaro segue proibido de usar redes sociais, medida imposta quando ele cumpria prisão domiciliar por descumprimento de cautelares. A restrição inclui transmissões, vídeos e transcrições de entrevistas em plataformas digitais.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (3) que o governo Lula passará a monitorar a frequência e o volume das apostas realizadas no país por meio do CPF dos usuários. A medida tem como objetivo identificar possíveis sinais de comportamento compulsivo e fortalecer ações de prevenção.
Padilha e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assinaram um acordo de cooperação técnica para integrar políticas sobre jogos e apostas, ampliando o combate à dependência. Segundo Padilha, o acompanhamento dos dados será essencial para orientar ações de saúde mental e reduzir danos entre apostadores vulneráveis.
Segundo ele, tem as seguintes informações, entre outras:
tempo de exposição on-line nas plataformas;
quantas plataformas a pessoa utilizou;
quanto foi o valor da aposta;
quanto foi a perda da pessoa.
quantos dias no mês.
Pelo acordo, as empresas do setor ficam obrigadas a conferir o CPF dos usuários no Sigap, sistema criado pelo Serpro que reúne informações sobre movimentações de apostas. Haddad garantiu que os dados são pessoais e estão devidamente protegidos, reforçando que o monitoramento será usado exclusivamente para fins regulatórios e de proteção ao usuário.
O governo já havia formado um grupo interministerial voltado à saúde mental e ao enfrentamento do jogo problemático, e agora aposta no cruzamento de informações para aprimorar o controle e antecipar riscos.
Atendimento psicológico ao apostador compulsivo
Padilha afirmou que haverá uma “busca ativa” da rede de saúde para o tratamento ao vício ao observar as informações por CPF. Disse que os brasileiros “raramente” procuram os serviços de saúde nestes casos. “Nós estamos tendo a chave fundamental para enfrentar esse problema como problema de saúde pública necessária”, disse. O tele saúde poderá auxiliar no atendimento psicológico para o apostador compulsivo, segundo o ministro.
O ministro da Saúde afirmou que as pessoas serão notificadas, assim como as estruturas de saúde mais próximas da residência do apostador. A partir desta 4ª feira (3.dez), o SUS Digital está mandando mensagens para os brasileiros cadastrados no Sistema Único de Saúde.
Ele afirmou que haverá metas e indicadores que serão elaborados depois do trabalho de agentes comunitários de saúde e de endemias, equipe de saúde da família e de profissionais de atenção primária em saúde e de rede de atenção psicossocial.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) solicitou investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a decisão do Conselho de Administração dos Correios que aprovou um empréstimo de R$ 20 bilhões com garantia da União. O líder da oposição no Senado aponta possível favorecimento indevido de bancos privados e alerta que a operação foi anunciada com taxa superior a 120% do CDI, patamar considerado alto para operações amparadas pelo Tesouro Nacional.
A direção dos Correios pretende liberar R$ 10 bilhões ainda em 2025 e outros R$ 10 bilhões em 2026, em duas parcelas de R$ 5 bilhões, como parte do plano de reestruturação da estatal. Na representação ao TCU, Rogério Marinho ressalta que a empresa acumula prejuízos bilionários, queda de receitas e aumento de despesas, e que a operação, com aval da União, transfere ao contribuinte o risco de inadimplência.
O líder da oposição no Senado sustenta que as condições do crédito carecem de transparência — taxa final, prazos, carência e critérios de remuneração —, e que a governança dos Correios apresenta vulnerabilidades que podem resultar na socialização de perdas por má gestão. O senador alerta que juros acima do padrão em operação garantida pelo Tesouro indicam desequilíbrio em favor dos credores privados.
Ao TCU, Rogério Marinho solicita medida cautelar para suspender os efeitos da deliberação do conselho até a análise de mérito. Ele também pede: auditoria específica sobre a operação e a governança; intimação dos Correios, de seu presidente e do Ministério da Fazenda; e verificação de conformidade com a Lei das Estatais e com práticas usuais de mercado para operações com garantia da União. Pede, ainda, responsabilização de gestores e adequação das condições financeiras, caso o empréstimo avance.
“Não é aceitável contrair uma dívida bilionária com a União de fiadora para pagar juros de operação privada. Isso não é plano de recuperação, é mais um aparelhamento com dinheiro público. O PT sabota o presente e hipoteca o futuro do país pra salvar uma estatal falida pela irresponsabilidade do governo Lula”, destaca o senador Rogério Marinho”. “Por isso, acionamos o TCU para frear esse abuso!”, acrescenta.
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