Segurança

Governo federal quer presídios privados, presos trabalhando e pagando seus custos

Foto: Rodrigo Ziebell/SSP

A situação carcerária brasileira é precária, com superlotação e alto custo para o Estado. O governo tem um projeto para privatizar presídios e fazer os presos trabalharem e usarem parte do salário para pagar seus custos. “Hoje é o pior dos mundos, e o modelo de parceria público privada (PPP) pode ajudar a inverter esse cenário”, afirmou, em entrevista ao UOL, a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PP) do Ministério da Economia, Martha Seillier.

Atualmente, há no Brasil apenas um modelo de presídio já operando com a iniciativa privada desde a construção até a administração —em Ribeirão das Neves (MG). O governo, entretanto, trabalha para tirar do papel dois novos empreendimentos, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, que devem servir de modelo para estender a ideia para o restante do país.

Iniciativa privada poderá ficar por 35 anos

Os governos dos dois estados já concederam terrenos para a construção dos novos presídios. Os investidores privados poderão operar o sistema por 35 anos.

“Já estamos com os dois pilotos em estruturação e na etapa de estudo de viabilidade para saber como será o ressarcimento do investidor privado ao longo dos 35 anos”, disse Martha. Segundo ela, como toda concessão, haverá audiência pública e auditorias. “Acreditamos que o leilão possa acontecer no ano que vem”, afirmou.

Na avaliação da secretária, apesar de haver uma complexidade regulatória grande, caso os modelos sejam bem-sucedidos será “um caminho sem volta”. “Se esses pilotos derem certo, muitos outros estados vão levantar a mão e demandar esse tipo de modelo. Aí de fato a gente começa a ter uma transformação nesse nosso sistema de segurança pública”, destacou.

Trabalhar para reduzir pena e custos

Para Martha, além de oferecer possibilidade de trabalho e estudos aos presidiários, é preciso fazer com que eles banquem parte dos gastos que estão gerando aos estados.

“O trabalho é uma opção, mas o presidiário tem dois grandes incentivos para optar pelo trabalho. O primeiro é que reduz a pena. A cada três dias trabalhados é um dia a menos na prisão”, explica.

“O segundo é que ele recebe uma remuneração, que não pode ser menor que um salário mínimo. Com parte desse dinheiro, ele vai ajudar a manter o sistema, pagando por hospedagem e alimentação, por exemplo.”

A remuneração de um salário mínimo (hoje em R$ 1.045) é adotada no modelo de Santa Catarina. Pela lei de Execução Penal, no entanto, a previsão mínima é de três quartos de um salário mínimo. O modelo que está sendo desenhado deve levar em consideração o piloto que está sendo desenvolvido no sul do país.

Não está definido ainda quanto do salário ficaria com o preso e quanto seria usado para pagar seus custos.

Indústrias podem ser acopladas às cadeias

A arquitetura desses presídios deve prever a possibilidade de se criar indústrias integradas.

“A lógica é esse investidor privado desenhar a infraestrutura do presídio pensando em acoplar indústrias a esse empreendimento. Essas indústrias poderiam ficar ali pelo tempo do contrato do presídio, que hoje pela lei do PPP está restrito a 35 anos, mas é mais do que suficiente para amortizar (o investimento)”.

Segundo Martha, hoje o percentual de presos que podem trabalhar é baixo e está praticamente restrito àqueles detentos que estão em regime semiaberto.

“A gente quer atingir a outra categoria de presos, que está em regime fechado, que tem baixíssimo acesso ao sistema laboral dentro do nosso sistema, assim como oportunidade de estudo”, diz.

Economia como transformação social

Martha diz que já há em presídios públicos de SC contratos feitos com a indústria, que têm mostrado eficiência. “Eles fizeram contratos de cinco anos. Fabricam móveis, brinquedos, bancos de couro, vestidos de festa. É a economia aliada à transformação social.”

Segundo ela, a ideia de criar PPPs para presídios tinha como foco inicial suprir o déficit de vagas no sistema carcerário. “Ao longo do tempo e da modelagem, percebemos que dá para fazer uma política pública que gere renda, oportunidade e diminua o custo para o Estado”.

Coluna Carla Araújo – UOL

 

Opinião dos leitores

  1. Medida perfeita já era tempo!! E se o dinheiro que era gastos com a manutenção de bandidos for direcionado para a educação air é a perfeição de um governo.

  2. Os Naros, Queiroz e os amigos, vão poder pagar com dinheiro rachadinho, celas climatizadas, com TV, Wi-Fi e tudo mais em um privadão.

  3. Qual a razão dos presos em instituições do estado não trabalharem pra pagar por sua "estadia"?

  4. Ou povin pra gostar de Queiroz, meu amigo o cara tá preso. O cara suspeito de desviar 2 milhões, enquanto isso, ontem, uma deputada do PT, esposa de um governador do PT está sendo investigada por SUSPEITA de desviar 50 milhões. Acho q 50 é mais que 2, ou estou ruim de matemática? Hipocrisia é f…

    1. Hipocrisia é: os ladrões do PT são terríveis, os nossos são perdoaveis.

  5. O estado de SP tem alguns presídios privados e o custo por preso é maior que as prisões estatais.
    Nao me admira q esses neoliberais, adoradores do dinheiro do estado, "privatizarao" as prisões mas acabaremos gastando mais com os presos.

  6. Privado visa lucro. Quanto menos pessoas presas, menos lucro.
    Um preso num presídio privado custa o dobro do preso no sistema comum. Qual a vantagem?
    Problema do Brasil é gestão eficiente e o RN é a maior prova disso.
    Não bastasse a violência que assola a população, agora vamos ter que ter violência, pra ter preso, pra empresa lucrar.

    1. O raciocínio faz sentido. Entretanto, acredito que as empresas responsáveis pelos presídios não vão sair nas ruas catando gente pra prender. Só é preso quem comete crime. Cometeu crime, tem que ser preso. E com esse sistema, o preso vai custear sua "custódia", trabalhando para se manter, e pagando sua dívida para com a sociedade.
      Se bem elaborado, acredito que esse modelo dê certo.

    2. Parabens.
      Falou pouco MAS FALOU BOSTA
      ????????

      Um preso hj custa aos cofres publicos quase 3500,00 por mes.

      Enquanto 1/5 disso nao eh gasto com educacao.

      Preso tem que pagar p estar preso SIM.

      Se tiver solto ele paga por comida e moradia.
      Pq quando ele eh preso tem que viver a custa do estado?
      Alem do prejuizo pelos crimes.

      Simples! SE NAO QUER SER PRESO EH SO NAO COMETER CRIMES.

    3. Falou besteira, que vergonha. O direito penal e processual penal continuarão sendo ramo do direito público. Os crimes continuarão sendo apurados pela polícia, denunciados pelo MP e julgados pelo judiciário.

    4. E de onde esse cidadão tirou que no sistema privado custa o dobro do setor público?

    5. De onde eu tirei? Eu já pesquisei sobre o assunto, meu caro. Geralmente as empresas firmam contratos com número mínimo de internos. Exemplo: num presídio tem que ter 1000 presos, se houver menos, o estado paga por isso. O custo é maior pelo preso em presídio privado, veja por ex o custo de um preso no presídio de contagem MG. Quanto ao direito penal e proc penal que foi mencionado, nao o direito será público sim, mas o regime de gestão será regulado por contrato, com suas peculiaridades que talvez n seja interessante. Pesquise aí, os EUA estão migrando seus presídios privados para públicos, descubram o pq…

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Geral

VÍDEO: Flávio Bolsonaro acusa Gonet de conluio com STF durante sabatina: “Não tem vergonha?”

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Durante a sabatina para recondução ao cargo de procurador-geral da República, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acusou Paulo Gonet de agir em conluio com o Supremo Tribunal Federal e questionou se ele “não tem vergonha”. Flávio afirmou que o PGR participa de uma “farsa” e estaria colaborando com a “perseguição de inocentes”.

“O senhor não tem vergonha? Esse conluio, esse jogo combinado, essa farsa. E o senhor colaborando com a perseguição de pessoas inocentes. O senhor não se sente mal de fazer isso, não? Tudo isso que o senhor está fazendo em conluio com o Supremo é nulo em um Estado democrático de direito”, afirmou Flávio.

Gonet é avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para permanecer por mais dois anos no cargo. Se aprovado, seu nome ainda será votado no plenário.

Flávio também acusou o PGR de interferir nas competências do Congresso ao afirmar que uma eventual anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 seria inconstitucional. Para o senador, Gonet tenta impedir que o Congresso avalie pedidos de impeachment de ministros do STF.

Gonet respondeu dizendo que a decisão sobre anistia é do Congresso e reconheceu a competência dos parlamentares, mas destacou que o tema gera controvérsia jurídica.

Veja o trecho abaixo:

 

Com informações de Metrópoles e O Povo

 

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VÍDEO: COP 30 usa 160 geradores movidos a diesel para garantir funcinamento de ar condicionado onde países decidem sobrequestões climáticas

Na COP 30, o combate às emissões depende, ironicamente, de equipamentos que seguem emitindo carbono. Dentro da Blue Zone, área mais restrita da COP 30, onde chefes de Estado e negociadores definem o futuro das políticas climáticas do planeta, o clima não é de calor. Homens de terno e mulheres com trajes pouco confortáveis para o verão amazônico só conseguem suportar o ambiente graças ao ar condicionado funcionando no máximo.

A contradição é evidente: enquanto discutem formas de reduzir as emissões globais e conter o aquecimento da Terra, o conforto térmico dessas lideranças é garantido por uma solução que gera o problema que eles tentam resolver.

Para manter a estrutura funcionando, a conferência utiliza 160 geradores movidos a diesel, responsáveis por fornecer aproximadamente 80.000 kVA de energia. Cada máquina libera pela tubulação toneladas de gases de efeito estufa — os mesmos que, nas mesas de negociação, todos prometem combater.

Reportagem da revista VEJA percorreu a área dos geradores e identificou mais de 30 praças de máquinas, algumas com até 20 unidades operando simultaneamente. O resultado: enquanto se fala em metas ambientais, nuvens de carbono saem pelo escapamento para manter o ar condicionado gelado onde o destino climático do planeta está sendo decidido.

Confira abaixo:

 

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Com informações de Veja

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Apenas 1 em cada 10 estudantes brasileiros sabe o que é COP 30, revela pesquisa

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Em meio à realização da COP 30 (30ª Conferência do Clima da ONU), que acontece em Belém (PA), uma nova pesquisa da FPME (Frente Parlamentar Mista da Educação), em parceria com o Equidade.info, mostra que apenas 1 em cada 10 estudantes brasileiros sabe o que é a COP 30.

Segundo o estudo, embora sete em cada dez estudantes afirmem já ter ouvido falar em mudanças climáticas, apenas um terço consegue explicar o que o termo significa, enquanto outro um terço admite não saber nada sobre o tema.

Mais de 70% dos alunos relataram ter vivido dias de calor extremo – o evento climático mais percebido em 2025 -, mas 64% consideram que a escola os prepara pouco ou nada para lidar com essas situações.

Entre os professores, a percepção é ainda mais crítica: 69% acreditam que as escolas não preparam adequadamente os estudantes para enfrentar os efeitos do aquecimento global.

O levantamento, realizado entre agosto e setembro de 2025, sinaliza um cenário preocupante de desconhecimento sobre mudanças climáticas e aponta que a educação ambiental nas escolas ainda não prepara os jovens para enfrentar os desafios da crise ambiental dos dias atuais.

Desigualdades

Ainda de acordo com o relatório, a defasagem educacional-climática indica que a região Norte concentra os estudantes (27%) e professores (77%) mais informados sobre a COP 30, enquanto o Nordeste apresenta os menores índices de conhecimento entre os alunos (4%) e docentes (52%).

O conhecimento varia conforme o nível de ensino e a rede escolar. Entre os alunos da rede privada, a proporção dos que sabem o que é a COP 30 é quatro vezes maior do que os da rede pública.

Com informações de CNN Brasil

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Geral

Sete chefes do tráfico do Comando Vermelho serão transferidos para presídios federais de Mossoró, Brasília, Campo Grande e Porto Velho

Foto: Genilson Araújo/TV Globo

Sete líderes do Comando Vermelho foram transferidos de Bangu 1 para presídios federais nesta quarta-feira (12). A remoção ocorreu com forte esquema de segurança: cerca de 40 agentes do Grupamento de Intervenção Tática escoltaram os presos até o Aeroporto do Galeão, onde eles foram entregues à Polícia Federal.

Os criminosos, que juntos somam quase 500 anos de condenação, embarcaram para o presídio federal de Catanduvas (PR) e, depois, serão distribuídos para unidades federais em Mossoró (RN), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). A data da redistribuição ainda não foi informada.

Com essa operação, o Rio de Janeiro passa a ser o estado com o maior número de presos sob custódia federal: 66 detentos de alta periculosidade. Só em 2025, 19 novos presos foram incluídos no Sistema Penitenciário Federal.

A transferência foi autorizada pela Vara de Execuções Penais após ataques no Grande Rio, que ocorreram depois de operações policiais no Complexo do Alemão e na Penha. Segundo o governo do estado, o objetivo é dificultar a comunicação entre os líderes da facção e o restante do grupo criminoso. O pedido de transferência foi feito pelo Ministério da Justiça junto com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio.

Os presos transferidos são:

  1. Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha – atua no Complexo do Alemão;
  2. Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho – Atua em Resende e é o administrador da “caixinha” do CV;
  3. Alexander de Jesus Carlos, o Choque ou Coroa – Traficante do Complexo do Alemão;
  4. Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor – Do Morro Santo Amaro e integra a comissão da facção;
  5. Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho – de Volta Redonda e integra a comissão da facção.
  6. Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça – da comunidade do Sabão, em Niterói.
  7. Eliezer Miranda Joaquim, o Criam – Chefe na Baixada Fluminense.

Com informações de g1

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Geral

Coordenador do PT recebeu R$ 2,6 milhões de empresa da Farra do INSS

Imagem: reprodução/PT

O Coaf identificou movimentações financeiras suspeitas envolvendo Ricardo Bimbo, coordenador de tecnologia do PT, e a empresa ADS Soluções e Marketing, investigada por participação no esquema de desvio de dinheiro de aposentados do INSS.

A ADS transferiu:

  • R$ 120 mil para a conta pessoal de Bimbo;

  • R$ 8,29 milhões para a Datacore, empresa da qual ele é sócio.

Os repasses à pessoa física ocorreram entre dez/2023 e fev/2024. Já os pagamentos à Datacore aconteceram entre ago/2023 e jul/2024, em 22 transferências — sendo R$ 2,5 milhões após Bimbo entrar na sociedade.

Bimbo afirmou que não se lembra dos pagamentos nem do serviço prestado para receber os valores.

No mesmo período, ele pagou um boleto de R$ 10.354,60 ao contador João Muniz Leite, que já cuidou das contas do filho de Lula e foi investigado por suspeita de lavagem de dinheiro ligada ao PCC. O contador também disse não se lembrar do pagamento.

A ADS é apontada pela CPI do INSS como intermediária no esquema “Farra do INSS”. A empresa recebeu:

  • R$ 43,1 milhões da Potyguar Associação de Aposentados;

  • R$ 23,2 milhões da AAPPS;

  • R$ 5,2 milhões da Apdap Prev.

A ADS repassou ainda R$ 2,6 milhões ao escritório do filho do ex-presidente do INSS e fez transações com empresa ligada ao ex-procurador-geral do órgão.

Registros mostram que, até dezembro de 2024, a ADS tinha dívida de R$ 2,98 milhões com a empresa de Bimbo.

Resumo das transferências da ADS para a Datacore:

  • R$ 2.952.033,00 (ago–nov/2023)

  • R$ 2.816.815,00 (dez/2023–fev/2024)

  • R$ 2.528.762,73 (mar–jul/2024)

Total: R$ 8.297.610,73 (aprox. R$ 8,29 milhões)

Com informações de Metrópoles, coluna de Andreza Matais

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Cidades

Decisão sobre venda do Midway pode ficar para o segundo semestre de 2026

Foto: Humberto Lopes

A definição da potencial venda do shopping Midway Mall, em Natal, pode ficar só para o segundo semestre de 2026. Isso se deve à necessidade de análise e aprovação da transação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em razão do porte das empresas envolvidas no negócio. De acordo com o Cade, o prazo para essa averiguação é de 240 dias a partir da protocolização do pedido, que foi feito pela Riachuelo, detentora do shopping, na última sexta-feira (7). Com isso, o tempo estipulado para a resposta pode ir até 5 de julho do ano que vem.

A potencial transação leva em consideração a totalidade das quotas representativas do capital social do Midway Mall e Midwest Estacionamento. As sociedades seriam vendidas para a Capitânia Investimentos, gestora de fundos sediada em São Paulo, e outros eventuais coinvestidores minoritários. O comunicado foi feito pela Guararapes, que tem a Riachuelo como subsidiária.

Em resposta à TRIBUNA DO NORTE, o Cade informou que não há processo público relacionado à operação. “Isso ocorre porque ou o processo ainda não foi notificado ao Cade ou por ser de acesso restrito”, explicou o órgão por meio de nota. O Cade é uma autarquia federal e tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, atuando de forma preventiva ao analisar fusões e aquisições, e de forma repressiva ao investigar e punir práticas anticompetitivas, como cartéis. Ele também atua para educar e disseminar a cultura da livre concorrência.

Questionado sobre a potencial venda do Midway, o Cade informou que, de forma geral, devem ser notificadas as operações entre empresas de qualquer setor da economia quando, no ano anterior à operação, pelo menos um dos grupos envolvidos tenha registrado faturamento bruto anual ou volume de negócios total no Brasil igual ou superior a R$ 750 milhões, e outro grupo envolvido tenha registrado R$ 75 milhões ou mais.

Além dos 240 dias iniciais para análise do pedido de venda, o prazo pode ser prorrogado uma única vez, por até 90 dias, caso o Tribunal do Cade justifique a necessidade da extensão e indique as medidas adicionais a serem adotadas para o julgamento.

Tribuna do Norte

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Geral

Após decisão do MEC, UNI-RN diz que curso de Medicina segue autorizado por decisão judicial

Foto: Reprodução

A novela do curso de Medicina do UNI-RN ganhou um novo capítulo. Depois de o Ministério da Educação (MEC) publicar no Diário Oficial da União que manteve o indeferimento do pedido de autorização do curso, o Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) soltou uma nota afirmando que a graduação segue plenamente válida e funcionando normalmente.

Segundo o comunicado, o curso de Medicina do UNI-RN está amparado por decisão judicial que suspendeu os efeitos da portaria do MEC que havia negado o funcionamento. A instituição lembra ainda que o curso foi autorizado oficialmente em julho de 2025, por meio da Portaria SERES/MEC nº 476, que deu validade à oferta.

Em resumo: enquanto o MEC publica uma decisão que já não tem efeito prático, o UNI-RN garante que segue oferecendo o curso normalmente. Mais um capítulo da guerra entre burocracia federal e o ensino superior potiguar.

Opinião dos leitores

  1. QUEM SE SENTIR PREJUDICADO EM RELAÇÃO AO SONHO DE SER MÉDICO NA UNI-RN, É SÓ PROCURAR A FACULDADE DE MEDICINA DO MST QUE O SONHO SERÁ REALIZADO.

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Polícia

Nora de Lula é alvo de busca e apreensão em operação da PF contra fraudes em licitações

Foto: Reprodução

Uma das noras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (12) durante a Operação Coffee Break, que apura suspeitas de fraudes em licitações públicas.

A ação, autorizada pela 1ª Vara Federal de Campinas (SP), contou com o apoio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Militar de São Paulo.

Ao todo, foram 50 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Paraná.

Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.

R7

Opinião dos leitores

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Geral

BOMBA: MEC barra curso de Medicina do UNI-RN e decisão é confirmada por unanimidade

 

Foto: Reprodução

O sonho do UNI-RN de abrir um curso de Medicina em Natal foi por água abaixo mais uma vez. O Ministério da Educação (MEC) indeferiu o pedido da universidade potiguar e confirmou de forma definitiva: nada de formar novos médicos no Centro Universitário do Rio Grande do Norte.

A decisão saiu no Diário Oficial da União do último dia 3 e confirma o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), que rejeitou o recurso da Liga de Ensino do RN, mantenedora do UNI-RN. O CNE seguiu a linha da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), que já havia barrado o curso em agosto de 2024 por meio da Portaria nº 439.

Em bom português: o MEC bateu o martelo e disse não à Medicina do UNI-RN. A negativa foi aprovada por unanimidade, encerrando — ao menos por enquanto — a tentativa da instituição de entrar no disputado mercado dos cursos médicos no estado.

O recado é claro: regras técnicas e estruturais não são negociáveis, mesmo sob pressão local. Quem quer Medicina no RN vai ter que procurar alternativas — porque o UNI-RN não vai ser o caminho fácil.

Opinião dos leitores

  1. Um homem honrado como dr Daladier, já mais deixaria de os cuidados necessários para implantar um curso.

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Polícia

Operação apreende mais de R$ 120 mil na casa de ex-prefeito no RN

Foto: Divulgação

Uma operação que investiga indícios dos crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro na administração pública de Doutor Severiano, no Alto Oeste potiguar, foi deflagrada pelo Ministério Público na manhã desta quarta-feira (12).

A Operação Uncle cumpriu mandados de busca e apreensão contra um ex-prefeito do município, além de empresários e um servidor público, que é sobrinho do ex-chefe do executivo.

O MPRN apurou que sobrinho do ex-prefeito movimentou cerca de R$ 11 milhões em cinco anos, valor incompatível com seus vencimentos. Durante a ação, foram apreendidos mais de R$ 121 mil na casa do ex-gestor.

Segundo o MP, a ação teve objetivo de colher provas relativas aos crimes investigados e contou com apoio da Polícia Militar potiguar e do Ministério Público e Polícia Civil do Ceará.

Foram cumpridos mandados em Doutor Severiano e Pau dos Ferros; e em Fortaleza e em Jaguaribe, no Ceará. Uma pessoa foi presa em flagrante no Ceará por porte ilegal de arma de fogo.

A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRN.

Investigação
A deflagração da operação é resultado de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) conduzido pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Rio Grande do Norte.

O principal objetivo da medida foi buscar e apreender toda espécie de documentos, papéis, computadores, notebooks, tablets, telefones celulares e outros elementos em residências e sedes de empresas relacionadas ao esquema.

A investigação aponta que o esquema criminoso está centrado em contratações realizadas pelo município de Doutor Severiano durante a gestão do então prefeito.

A motivação do MPRN é desvendar uma complexa teia de movimentações financeiras atípicas que sugerem o desvio de recursos públicos através de contratos municipais com empresas.

As investigações do MPRN já demonstram que grandes aportes de valores na conta de um servidor público, com remuneração modesta, eram contemporâneos e coincidentes com pagamentos que as empresas investigadas recebiam do município de Doutor Severiano, durante a gestão do ex-prefeito.

 

Opinião dos leitores

  1. Tem uma cidade ali em que o ex-prefeito é tio do atual. Ai o atual prefeito nomeou o tio (ex-prefeito) como chefe de gabinete. De quebra também nomeou a tia (esposa do ex-prefeito) como secretária de saúde. Fica tudo em família, pense numa coisa Gostosa.

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