Saúde

Ministério da Saúde inclui todas as gestantes e puérperas em grupo prioritário de vacina contra Covid

O Ministério da Saúde decidiu incluir todas as gestantes e puérperas no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. A medida consta de uma nota técnica da pasta divulgada aos estados e municípios.

Até então, a vacina era indicada apenas para as grávidas que tinham doenças preexistentes ou estavam em algum outro grupo previsto para receber a vacina (como trabalhadores de saúde, entre outros) após avaliação de riscos e benefícios com o médico.

A estimativa é que existam hoje cerca de 3 milhões de gestantes e puérperas no país. O documento do ministério não cita data específica, mas estima que a oferta da primeira dose ocorrerá até o final de maio.

Na nota técnica, a pasta diz que a decisão pela inclusão das gestantes na campanha de vacinação considerou possíveis riscos e benefícios, a situação epidemiológica do país e dados que apontam aumento no risco de hospitalização de pacientes com Covid neste grupo.

O ministério afirma também que, ainda que a segurança e eficácia das vacinas contra a Covid não tenham sido avaliadas em gestantes, vacinas de plataformas de vírus inativado (como é o caso da Coronavac) já são utilizadas por esse grupo de mulheres no Calendário Nacional de Vacinação, e levantamento feito pela pasta em recomendações nacionais e internacionais apontou parecer favorável à imunização.

“Considerando ainda o momento pandêmico atual no Brasil com elevada circulação do Sars-CoV-2 e aumento no número de óbitos maternos pela Covid-19, ficou entendido que, neste momento, é altamente provável que o perfil de risco versus benefício na vacinação das gestantes seja favorável”, informa a nota, que cita análises por câmaras técnicas para a decisão.

“Portanto, o Programa Nacional de Imunizações (…), decidiu por recomendar a vacinação contra a Covid-19 de todas as gestantes e puérperas e incluí-las nos grupos prioritários para vacinação”, completa.

Ainda segundo a pasta, a vacinação das gestantes e puérperas deve ocorrer em conjunto com a vacinação de pessoas com comorbidades (como diabetes, hipertensão e outros fatores de risco) e pessoas com deficiência, mas em duas fases.

Na primeira, devem ser vacinadas gestantes e púerperas com comorbidades, independentemente da idade. Já a segunda inclui o restante das gestantes, independentemente de condições preexistentes.

Junto a essas fases, a pasta também traz na nota técnica uma especificação para os demais grupos de deficiência e comorbidades (veja abaixo), os quais devem ser organizados por faixa etária e outros critérios, como o acesso ao BPC (benefício de prestação continuada). Como a Folha mostrou, sem uma diretriz clara, estados estavam adotando critérios diferentes para organizar a vacinação dessa população.

O ministério orienta ainda gestantes com comorbidades a comprovar a situação por meio de exames, relatórios ou receitas médicas.

A vacinação deve ocorrer independentemente da idade gestacional. A nota técnica diz que mulheres puérperas que estejam amamentando devem ser orientadas a não interromper a prática.

Ainda segundo o ministério, a vacinação poderá ser realizada com qualquer vacina de plataforma de vírus inativado (Coronavac, por exemplo), vetor viral (Oxford/AstraZeneca) ou mRNA (Pfizer), respeitando os intervalos entre as doses recomendados.

A pasta também orienta respeitar o intervalo de no mínimo 14 dias entre a aplicação da vacina da gripe e outras indicadas a gestantes e a administração da vacina da Covid-19.

Neste mês, o secretário de atenção primária em saúde do ministério, Raphael Câmara, afirmou que as variantes do coronavírus no Brasil têm se mostrado mais agressivas em grávidas e recomendou postergar a gravidez nesse período crítico da pandemia. Câmara, porém, não especificou a quais variantes se referia nem mostrou pesquisas que comprovem que as novas variantes sejam mais agressivas especialmente nesse público.

Reportagem da Folha com dados do OOBr Covid-19, observatório obstétrico que agrupa informações de várias bases públicas, mostrou que o número de mortes maternas por Covid mais do que dobrou nas 13 primeiras semanas de 2021 em relação à média semanal do ano passado. Passou, assim, de 10,4 óbitos (449 mortes em 43 semanas de pandemia de 2020) para 22,2 nas primeiras semanas deste ano, com 289 mortes.

Embora estudos apontem que a gestação e o pós-parto aumentam o risco de complicações e morte por Covid-19, especialistas dizem que pesa nesse cenário a falta de assistência adequada, como acesso a UTI e ao procedimento de intubação.

O CDC (Centro de Controle de Doenças) dos EUA recomendou que as gestantes se vacinem contra a Covid-19. Um estudo recente mostrou que as vacinas da Pfizer e da Moderna são seguras para grávidas e bebês.

Em audiência na Câmara, a coordenadora do PNI, Francieli Fontana, disse que o governo não teria doses suficientes para fazer a vacinação apenas com Pfizer, daí a opção por incluir as demais vacinas também a gestantes.

“A vacina Coronavac tem uma plataforma bastante conhecida, e a Oxford e a Pfizer também não contém agentes vivos que podem se replicar no organismo”, disse. “Estudos pré-clínicos em animais e dados de gestantes vacinadas inadvertidamente em testes também não mostraram riscos.”

Confira a ordem recomendada pelo Ministério da Saúde para vacinação de pessoas com comorbidades, com deficiência e gestantes e puérperas:

Fase 1 (datas dependem da organização local):

Pessoas com síndrome de down, independentemente da idade;

Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise) independentemente da idade;

Gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade;

Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos;

Pessoas com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos

Fase 2:

Pessoas com comorbidades de demais faixas etárias, com critério de priorização por idade (pessoas de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos);

Pessoas com deficiência permanente cadastradas no BPC;

Gestantes e puérperas independentemente de condições pré-existentes.

Fonte: Ministério da Saúde

Folha de São Paulo

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  1. Confesso que fui pesquisar o significado de “puérpera”. Em 53 anos de existência nunca ouvi essa palavra!

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Economia

Governo e setor imobiliário discutem nova solução para financiar moradias

Foto: Ilustração gerada por inteligência artificial

Enquanto o governo federal estuda a possibilidade de acabar com o direcionamento da poupança ao financiamento imobiliário como uma solução para aumentar a disponibilidade de crédito para moradias no Brasil, o setor privado tem ressalva à proposta e sugere alternativa a este modelo.

Segundo apuração da CNN, há uma reunião marcada para segunda-feira (11) entre membros do Ministério da Fazenda e representantes do setor imobiliário para debater o tema.

Hoje, 65% dos recursos captados pelos bancos da poupança precisam ser direcionados ao crédito imobiliário; 15% estão livres para operações mais rentáveis; e 20% ficam com o BC (Banco Central) na forma de compulsório.

A proposta estudada pelo governo é permitir a livre utilização dos recursos pelos bancos em operações rentáveis, com a contrapartida de as instituições concederem crédito imobiliário em montante equivalente ao captado. A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo e confirmada pela CNN.

O setor privado vê a mudança como abrupta e teme danos ao sistema.

A proposta alternativa do segmento prevê manter o percentual do direcionamento da poupança em 65% e liberar gradualmente três quartos do que hoje é compulsório — equivalente a 15% do total da poupança.

Para garantir a segurança do sistema após a liberação do compulsório, a pedida é uma linha de redesconto.

Basicamente, caso um banco tenha escassez de capital, poderia recorrer a esta fonte, que teria juro equivalente ao da poupança, utilizando títulos públicos como garantia.

Atualmente o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) acumula em torno de R$ 750 bilhões. Com a liberação de três quartos do compulsório, o crédito imobiliário ganharia um impulso em torno de R$ 115 bilhões.

O restante do valor do compulsório seria utilizado, na proposta do setor privado, para testar gradualmente o modelo em estudo pelo governo federal, em que há liberação do valor para captação com a contrapartida de concessão de crédito em igual montante.

CNN

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Geral

Centrão acelera pauta própria após prisão de Bolsonaro e preocupa governo Lula

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que completa uma semana nesta segunda-feira (11), gerou um motim de aliados no Congresso Nacional e consequências políticas para governo, oposição e centrão.

A avaliação de integrantes do Executivo é a de que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), saiu fragilizado no processo de debelar o protesto bolsonarista, o que gera um temor de instabilidade no Congresso Nacional, cenário nunca desejado por nenhum governo.

O centrão aproveitou a turbulência e conseguiu colocar na ordem do dia mais uma proposta de blindar congressistas contra ações do STF (Supremo Tribunal Federal).

Já a oposição se reagrupou na unificação de um discurso contra o ministro Alexandre de Moraes, o autor da ordem de prisão, e conseguiu acenos de que algum projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro será discutido.

Após cerca de 30 horas sem conseguir abrir uma sessão devido à ocupação da Mesa da Câmara, Motta só conseguiu voltar à cadeira de presidente no final da noite de quarta (6), por meio de um acordo costurado pelo antecessor, padrinho de sua candidatura e líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL).

A volta à ribalta do ex, e o desfecho atabalhoado da retomada física do plenário, em que quase se perdeu em meio ao empurra-empurra de deputados, sendo jogado de lá para cá por aliados e bolsonaristas, acabou gerando em integrantes do governo Lula a impressão de que Motta pode não consegui controlar o plenário daqui para frente.

Isso liga o alerta em relação ao avanço da pauta prioritária do Palácio do Planalto no Legislativo, que é centrada em medidas com vistas a melhorar a avaliação da gestão petista às vésperas do ano eleitoral.

O governo tem como carro-chefe de suas medidas atuais a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda.

Num primeiro momento, integrantes do governo elogiaram a postura de Motta, assim como a do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de convocar reunião de líderes partidários e indicar que seriam punidos os parlamentares que não desocupassem o plenário da Casa.

Isso chegou a ser discutido em reunião no Palácio do Planalto entre todos os ministros do PT e lideranças da legenda, na quarta-feira (6), um encontro que já estava marcado para a discussão de conjuntura política.

Um dos petistas presentes, inclusive, afirmou que o governo deveria aproveitar aquele momento para “se aproximar de vez” dos dois parlamentares, isolando o bolsonarismo. Segundo relatos de participantes, foi feito o diagnóstico de que o governo deveria se afastar dessa crise e direcionar o foco à sua agenda.

A avaliação positiva sobre o presidente da Câmara, no entanto, foi mudando ao longo da noite de quarta diante do recuo de Motta em punir de imediato os bolsonaristas e da dificuldade em retomar o plenário da Casa, passando a impressão de que o deputado não tem força política suficiente e depende de Lira para manter controle do plenário.

No final desta sexta-feira (8), a Mesa da Câmara decidiu enviar para a Corregedoria da Casa todos os casos de parlamentares representados por partidos políticos. Só após um parecer do órgão, a Casa irá decidir se sugere ou não o afastamento do mandato de amotinados ao Conselho de Ética.

Um aliado do petista diz ainda que Motta sofre muita pressão do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, e que o deputado precisa se descolar de seu padrinho político para conseguir exercer a presidência da Câmara.

Nesta sexta (8), Lula se queixou da postura dos bolsonaristas dizendo que eles são traidores da pátria e deveriam “ter impeachment”.

Do lado da oposição, também houve um reagrupamento no discurso. Aliados de Lula vinham desde julho tocando nas redes sociais uma ofensiva classificando o Congresso e o bolsonarismo como defensores de ricos e de privilégios, campanha à qual, após o tarifaço anunciado por Donald Trump, foi acrescentada a defesa da soberania nacional.

Isso vinha gerando bate-cabeças entre oposicionistas, que foram forçados a atuarem na defensiva.

As sucessivas ordens de Moraes contra Bolsonaro —primeiro, a tornozeleira eletrônica e, depois, a prisão domiciliar—, porém, voltaram a inflamar e unificar o bolsonarismo, ao menos no discurso, o que possibilitou o motim que paralisou os plenários de Câmara e Senado por cerca de dois dias.

Se a bandeira do impeachment de Moraes não emplacou na cúpula do Congresso, a discussão de alguma anistia voltou a ser considerada possível, embora as versões variem a depender dos grupos políticos ouvidos.

Folha de S.Paulo

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Governo rebate novas críticas dos EUA: “Ataque frontal à soberania”

Foto: Brendan Smialowski, Evaristo SA/AFP

O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, rebateu na noite deste sábado (9) a nova postagem da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, nas redes sociais, na qual o vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau, faz ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Procurado pelo Metrópoles, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) disse que essa manifestação caracteriza um “novo ataque frontal à soberania brasileira e a uma democracia que, recentemente, derrotou uma tentativa de golpe de Estado”. A pasta reiterou, ainda, que o Brasil “não se curvará a pressões, venham de onde vierem”.

O governo brasileiro manifestou, também, “absoluto rechaço às reiteradas ingerências do governo norte-americano em assuntos internos do Brasil”, e que sempre se posicionará contra ataques falsos, como as da postagem do subsecretário de Estado dos EUA.

No X (ex-Twitter), o perfil da embaixada dos EUA no Brasil republicou a versão traduzida do texto postado por Landau, onde ele afirma que “um único ministro do STF usurpou o poder ditatorial” para ameaçar líderes do Legislativo e Executivo no Brasil.

Críticas a Moraes

Landau, número 2 do secretário Marco Rubio, disse querer retomar a amizade com a nação brasileira, mas que se encontra em um “beco sem saída” por causa do “usurpador” (referindo-se a Moraes) que se “reveste do Estado de Direito, enquanto os demais poderes afirmam estar imponentes para reagir”.

A publicação cobrou a história da humanidade, em que, segundo Landau, não há precedentes para que um único juiz, não eleito, tenha assumido o controle de sua nação. “Se alguém conhecer um precedente na história humana em que um único juiz, não eleito, tenha assumido o controle do destino de sua nação, por favor, avise. Queremos restaurar nossa amizade histórica com a grande nação do Brasil!”, diz o texto.

Apesar de não ter o nome citado, essa é mais uma declaração que se soma ao ataques contra o Ministro do STF, Alexandre Moraes, que é alvo da Lei Magnitsky. A medida tem entre as punições previstas o bloqueio de bens e contas nos EUA e a proibição de entrada em território norte-americano.

O endurecimento das críticas se dá em um momento em que o governo de Donald Trump tem confrontado decisões de Moraes no julgamento sobre o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na suposta tentativa de golpe de Estado. Também estão no radar do republicano determinações que ordenaram a remoção de conteúdos nas redes sociais de bolsonaristas investigados.

Metrópoles

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Apenas 6% dos celulares furtados ou roubados no RN são recuperados pela polícia

Imagem: Freepik

Dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública apontam que o RN recuperou, em 2024, 6% do total de ocorrências de celulares furtados/roubados. A cidade de Natal, inclusive, ficou em 14º entre as 20 cidades com as maiores taxas de aparelhos subtraídos por 100 mil habitantes.

Nacionalmente, segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, cerca de 8% dos aparelhos celulares roubados conseguem ser recuperados pelas forças policiais e de segurança pública.

Segundo os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Estado registrou 16.005 ocorrências de roubos e furtos de celulares em 2024, número 10% menor do que em 2023, quando 17.849 ocorrências foram registradas. Já quando se trata de recuperação de celulares, o Estado registrou 1.059 recuperações em 2024 contra 971 em 2023, aumento de 9%.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesed) informou que os números do Anuário estão desatualizados. Segundo a pasta, a recuperação de celulares, ano passado, atingiu 1.840 aparelhos. Até junho de 2025, 575 celulares já foram recuperados pelas polícias do RN.

Segundo informações publicadas pela Polícia Civil, delegacias do Estado têm apostado em operações de recuperação de celulares. As operações “Recupera”, “Reset” e a “Return”, em cidades como Natal, Parnamirim, Caicó e João Câmara, têm focado na devolução dos aparelhos aos respectivos donos.

Reportagem completa na Tribuna do Norte

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ABC perde para o Caxias-RS por 1 a 0

Foto: Porthus Junior/Agência RBS

O ABC foi derrotado pelo líder da Série C, o Caxias-RS, jogando no Rio Grande do Sul neste sábado (9).

O gol da vitória do time gaúcho foi marcado por Alan, aos 38 minutos do segundo tempo e ampliou a vantagem na liderança do campeonato.

A derrota deixa o ABC na 15ª posição com 17 pontos, mas o Alvinegro pode entrar no Z-4 a depender dos outros resultados do complemento da rodada.

O ABC volta a campo no sábado (16), às 19h30, diante do Guarani, no Frasqueirão.

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CASA CAIU: prefeito de Canguaretama deve ser cassado por ação de denuncia de esquema de caixa 2 com doações via Pix

A Coligação “Unidos pelo Trabalho” ajuizou Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o atual prefeito de Canguaretama, Leandro Varela, seu vice, Erivan de Souza Lima, e outros envolvidos, por suposto abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos para campanha, através de doações via Pix não declaradas à Justiça Eleitoral.

De acordo com a ação, os investigados teriam financiado eventos de grande porte, com estrutura de trios elétricos, paredões de som, combustível e outros sem que os gastos fossem devidamente registrados na prestação de contas oficial da campanha. A denúncia aponta que recursos teriam sido enviados por eleitores à conta de uma empresa de fachada através de chave Pix ligada ao operador financeiro da campanha, hoje secretário do município.

Além da ausência de registros desses valores e serviços na prestação de contas — que declarou gastos incompatíveis com a magnitude dos eventos —, os autores da ação sustentam que houve tentativa de ocultar a origem dos recursos e que o esquema foi articulado com a colaboração de pessoas próximas ao candidato, as quais formavam o núcleo da sua equipe de campanha e agora ocupam posições estratégicas na atual gestão.

A coligação busca a cassação dos mandatos eletivos do prefeito e do vice-prefeito, bem como, a decretação da inelegibilidade dos envolvidos por oito anos, por abuso de poder e fraude à legislação eleitoral. Também foi solicitada medida liminar para quebra de sigilo bancário e fiscal, além de busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos dos investigados, a fim de comprovar a suposta prática de caixa dois e ocultação de despesas de campanha.

A ação tramita na 11ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Norte.

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  1. Sou Canguaretamense e não votei nele, mas tá fazendo um excelente trabalho. Isso aí é perseguição

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Relatório do Tesouro Nacional indica dívida pública do Brasil fora de controle

Imagem: Acervo JBr

A trajetória da dívida pública bruta do governo federal (ou DBGG, como é chamada nos relatórios públicos) poderá atingir um pico em 2028 — com o valor correspondendo a 84,3% do Produto Interno Bruto (PIB). É o que mostra o Relatório de Projeções Fiscais, divulgado pelo Tesouro Nacional neste mês.

Infográfico: reprodução/CNN

Para analistas ouvidos pela CNN, os números sinalizam que a dívida pública está fora de controle, e que as atuais regras são “insustentáveis” para conter o agravamento da situação fiscal.

Em entrevista à CNN, o economista Reginaldo Nogueira, diretor nacional do Ibmec, afirmou que, pelo andar da carruagem fiscal, o país está chegando a um ponto em que a reversão saudável dessa porcentagem será impossível: “O Brasil está ficando sem tempo. […] Nossa dívida está muito maior do que conseguimos carregar”.

Em maio deste ano, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “positiva” para “estável”. De acordo com a agência, o rebaixamento da perspectiva se devia a três fatores: progresso mais lento que o esperado nas reformas estruturais, rigidez dos gastos públicos e, veja só: preocupação com a capacidade de pagamento da dívida.

Para Marcos Pestana, diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente do Senado), o cenário caminha um estrangulamento absoluto em 2027. “100% do orçamento da receita disponível será tomado por despesas obrigatórias. Não haverá nenhuma margem para discricionariedade”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

    1. E com os próprios ‘sócios’ do Brics querendo conversar com Trump.

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Cervejaria Raffe anuncia novidade no setor Leste da Arena, o “Clube Raffe”

A Casa de Apostas Arena das Dunas recebe neste domingo (10/08) uma novidade para o torcedor do setor Leste: o Clube Raffe. O projeto oferecerá uma experiência de atendimento diferenciada antes e durante o jogo, com mais conforto, serviços exclusivos e atrações para toda a família.

Localizado no lounge do setor Leste, o Clube Raffe conta com área climatizada, bares e banheiros exclusivos, assentos reservados na arquibancada Leste inferior, além de um espaço infantil com brinquedos e jogos. No pré-jogo e no intervalo, o ambiente será animado com DJ set ao vivo, criando uma atmosfera festiva antes e durante a partida.

O acesso ao Clube Raffe será limitado a 200 torcedores por jogo e custará R$30 a mais no valor do ingresso. As vendas serão realizadas somente no local, no dia da partida.

A iniciativa busca atender a um público que mantém o espírito vibrante da torcida do setor Leste, mas que deseja assistir aos jogos com mais conforto, segurança e serviços adicionais.

Mais informações: @cervejariaraffe e @casadeapostas.arenadasdunas

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Corregedor prevê conclusão de parecer sobre ocupação na Câmara até quarta-feira (13)

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O deputado federal Diego Coronel (PSD-BA), corregedor da Câmara dos Deputados, disse em entrevista à CNN que deve concluir, até a próxima quarta-feira (13), o parecer sobre o caso dos deputados que ocuparam a mesa diretora da casa, na última terça-feira (5).

O corregedor deve indicar as possíveis punições cabíveis e, em seguida, os casos devem ser analisados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

As denúncias foram encaminhadas à Corregedoria Parlamentar pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e citam nominalmente 14 deputados do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista) e do Novo.

Há possibilidade de que o número de deputados aumente, já que uma das petições enviadas pede apuração de todos os envolvidos.

Já estão na lista os deputados Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Carol de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marco Feliciano (PL-SP), Marcos Polon (PL-MS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Zucco (PL-RS) e Zé Trovão (PL-SC).

A oposição ocupou o plenário da Casa por mais de 24 horas nesta semana. O movimento começou na terça-feira (5) em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após uma série de conversas, os trabalhos foram retomados em uma sessão tumultuada e sem votação.

Também à CNN, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que defenderia uma “punição pedagógica” de parlamentares que obstruíram os trabalhos, para que esse tipo de manifestação não volte a acontecer.

CNN Brasil

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Apex descumpre Lei de Acesso à Informação e omite gastos com desfile organizado por Janja em Paris


Foto: ApexBrasil/Divulgação

A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) descumpriu prazos legais da Lei de Acesso à Informação (LAI) ao negar informações sobre quanto foi gasto com o desfile de moda organizado pela primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, em um dos espaços mais requintados de Paris, o Café de l’Homme, com vista para a Torre Eiffel, em 4 de junho deste ano.

Foram levados à Paris artistas e estilistas brasileiros para fazer parte do evento “Brasil, Criativo por Natureza” que contou com participação da primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

O desfile fez parte do roteiro da visita oficial do presidente Lula à França, de 4 a 9 de junho de 2025.

O site Poder360 fez um pedido via LAI (Lei de Acesso à Informação) solicitando detalhes dos gastos relacionados ao desfile e ao Fórum Econômico Brasil-França.

De acordo com a lei, a Apex deveria ter respondido ou solicitado prorrogação do prazo até 21 de julho. No entanto, além de não tomar nenhuma providência, ignorou o pedido.

As informações solicitadas e que seguem sem resposta são as seguintes:

  • Valor total gasto com o Fórum Econômico Brasil-França, incluindo aluguel, logística, alimentação, tradução, publicidade e outros custos;
  • Valor total do desfile de moda “Brasil, Criativo por Natureza”;
  • Relação de convidados nacionais e internacionais custeados com verba pública;
  • Detalhamento dos custos de transporte, hospedagem e alimentação desses convidados;
  • Cópias de contratos, notas fiscais e comprovantes de pagamento dos eventos.

Em Paris, Lula e Janja se hospedaram no mesmo hotel onde foi realizado o fórum. As diárias foram pagas pela França, segundo afirmou o governo, conforme protocolo de viagens oficiais. Lula ficou na suíte presidencial, cuja diária sai por mais de R$ 64 mil. A Apex financiou o desfile e o aluguel do salão de conferências.

Marina Atoji, diretora da Transparência Brasil, afirmou que Apex violou a LAI:

Ao não responder dentro do prazo, a Apex está cometendo uma ilegalidade. O prazo não é apenas uma referência: deve ser cumprido à risca”, afirmou.

Assessoria de imprensa da Apex disse que “houve um atraso” na resposta. Questionada sobre um novo prazo, a agência novamente ignorou.

Com informações de Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Imagina se isso fosse Michele Bolsonaro, o alarme que o lindinho da Odebrecht não iria fazer! Bando de hipócritas! 💩💩💩 Esse tomou o lugar do Randolfe, judicializa até peido. Quem eras tu, hein?

  2. Bobagem, o STF vai resolver esse pequeno deslize, afinal, é pra isso que serve os parceiros.

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