Política

Ministro da Agricultura Wagner Rossi pede demissão

estadão.com.br

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, enviou carta de demissão à presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, 17, após a Polícia Federal anunciar investigação sobre as denúncias contra a pasta. Depois de Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes) e Nelson Jobim (Defesa), Rossi é o quarto ministro a sair do governo em oito meses.

A relação do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, com o lobista Júlio Fróes – que teria atuado durante meses dentro do ministério – será investigada pela Polícia Federal. Um inquérito foi aberto na segunda-feira, 15, e o ex-presidente da Comissão de Licitação do ministério Israel Batista já prestou depoimento. Dentre as denuncias que surgiram na imprensa contra o ministério,  estão o uso eleitoral da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e suposto tráfico de influência.

Além disso, o jornal Correio Braziliense denunciou que Rossi teria utilizado um avião de uma empresa que depende de autorizações do Ministério da Agricultura para vender seus produtos. A Ourofino Agronegócio trabalha com agrotóxicos, sementes e saúde animal e colocou à disposição do ministro e de seu filho Baleia Rossi (PMDB-SP), deputado estadual, um avião Embraer Phenon 100 avaliado em US$ 7 milhões.

Leiam a carta de demissão de Wagner Rossi:

Brasília, 17 de agosto de 2011

Neste ano e meio na condição de ministro da Agricultura do Brasil, consegui importantes conquistas. O presidente Lula fez tanto pela agricultura e a presidenta Dilma continuou esse apoio integralmente.

Fiz o acordo da citricultura, anseio de mais de 40 anos de pequenos e médios produtores de laranja, a quem foi garantido um preço mínimo por sua produção.

Construí o consenso na cadeia produtiva do café, setor onde antes os vários agentes sequer se sentavam à mesma mesa, com ganhos para todos, em especial os produtores.

Lancei novos financiamentos para a pecuária, recuperação de pastagens, aquisição e retenção de matrizes e para renovação de canaviais.

Aumentei o volume de financiamento agrícola a números jamais pensados e também os limites por produtor, protegendo o médio agricultor sempre tão esquecido.

Criei e implantei o Programa ABC, Agricultura de Baixo Carbono, primeiro programa mundial que combina o aumento de produção de alimentos a preservação do meio ambiente, numa antecipação do que será a agricultura do futuro.

Apoiei os produtores de milho, soja, algodão e outras culturas que hoje desfrutam de excelentes condições em prol do Brasil.

Lutei por nossos criadores e produtores de carne bovina, suína e de aves que são protagonistas do mercado internacional.

Melhorei a atenção a fruticultura, a apicultura e a produtos regionais, extrativistas e outras culturas.

Apoiei os grandes, os médios e os pequenos produtores da agricultura familiar, mostrando que no Brasil há espaço para todos.

Deus me permitiu estar no comando do Ministério da Agricultura neste momento mágico da agropecuária brasileira.

Mas, durante os últimos 30 dias, tenho enfrentado diariamente uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública.

Respondi a cada acusação. Com documentos comprobatórios que a imprensa solenemente ignorou. Mesmo rebatida cabalmente, cada acusação era repetida nas notícias dos dias seguintes como se fossem verdades comprovadas. As provas exibidas de sua falsidade nem sequer eram lembradas.

Nada achando contra mim e no desespero de terem que confessar seu fracasso, alguns órgãos de imprensa partiram para a tentativa de achincalhe moral: faziam um enorme número de pretensas “denúncias” para que o leitor tivesse a falsa impressão de escândalo, de descontrole administrativo, de descalabro. Chegou-se à capa infame da “Veja”.

Tudo falso, tudo rebatido. Mas a campanha insidiosa não parava.

Usaram para me acusar, sem qualquer prova, pessoas a quem tive de afastar de suas funções por atos irregulares ou insinuações de que tinham atuado com interesses menos republicanos nas funções ocupadas. O principal suspeito de má conduta no setor de licitações passou a ser o acusador de seus pares. Deram voz até a figuras abomináveis que minha cidade já relegou ao sítio dos derrotados e dos invejosos crônicos. Alguns deles não passariam por um simples exame de sanidade.

Ainda assim nada conseguiram contra mim. Aí tentaram chantagear meus colaboradores dizendo que contra eles tinham revelações terríveis a fazer, mas que não as publicariam se fizessem uma só acusação contra mim. Torpeza rejeitada.

Finalmente começam a atacar inocentes, sejam amigos meus, sejam familiares. Todos me estimularam a continuar sendo o primeiro ministro a, com destemor e armado apenas da verdade, enfrentar essa campanha indecente voltada apenas para objetivos políticos, em especial a destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo onde, já perceberam, não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios.

Embora me mova a vontade de confrontá-los, não os temo, nem a essa parte p odre da imprensa brasileira, mas não posso fazer da minha coragem pessoal um instrumento de que esses covardes se utilizem para atingir meus amigos ou meus familiares.

Contra mim nem uma só acusação conseguiram provar. Mas me fizeram sofrer e aos meus. Não será por qualquer vaidade ou soberba minha que permitirei que levem sofrimento a inocentes.

Hoje, minha esposa e meus filhos me fizeram carinhosamente um ultimato para que deixasse essa minha luta estóica mas inglória contra forças muito maiores do que eu possa ter. Minha única força é a verdade. Foi o elemento final da minha decisão irrevogável.

Deixo o governo, agradecendo a confiança da presidenta Dilma, do vice-presidente Michel Temer, do presidente Lula e dos líderes, deputados, senadores e companheiros do PMDB e de todos os partidos que tanto respaldo me deram.

Agradeço também a todos os leais colaboradores do Ministério da Agricultura, da Conab, da Embrapa e de todos os órgãos afins. Penso assim ajudar o governo a continuar seu importante trabalho, retomando a normalidade na agricultura.

Finalmente, reafirmo: continuo na luta pela agropecuária brasileira que tanto tem feito pelo bem de nosso Brasil. Agradeço as inúmeras manifestações de apoio incondicional da parte dos líderes maiores do agronegócio e de suas entidades e também aos simples produtores que nos enviaram sua solidariedade.

Deus proteja o produtor rural e tantos quanto lutem na terra para produzir alimentos para o mundo. Deus permita que tenham a segurança jurídica necessária a seu trabalho que o Congresso há de lhes garantir. Lutei pela reforma do Código Florestal. É importante para o Brasil. Outros, talvez mais capazes, haverão de continuar essa luta até a vitória.

Confio que o governo da querida presidenta Dilma Rousseff supere essa campanha sórdida e possa continuar a fazer tanto bem ao nosso país.

Sei de onde partiu a campanha contra mim. Só um político brasileiro tem capacidade de pautar “Veja” e “Folha” e de acumular tantas maldades fazendo com que reiterem e requentem mentiras e matérias que não se sustentam por tantos dias.

Mas minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra.

Wagner Rossi
Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

 

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Política

Defesa de Bolsonaro quer que PGR se manifeste sobre suposta conta de Cid

Foto: Gustavo Moreno/STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou, nesta segunda-feira (30), ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre a suposta conta utilizada pelo tenente-coronel Mauro Cid antes de apresentar as alegações finais.

A defesa solicita ainda que documentos e provas que estão sendo produzidos no inquérito que investiga o perfil “GabrielaR” sejam incluídos no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Segundo o advogado de Bolsonaro que assina a petição, Celso Vilardi, as respostas da Meta e do Google sobre a criação da conta com codinome “GabrielaR” caracterizam Mauro Cid como o responsável pelo perfil.

De acordo com Meta, o perfil “@gabrielar702” utilizou o e-mail [email protected] para validar a conta no Instagram, criada em 19 de janeiro de 2024. Já endereço eletrônico foi criado em 2005, segundo dados do Google.

Uma das provas apresentadas por Vilardi é a localização do endereço de IP usado para acessar a conta. “A pesquisa dos endereços de IP informados tanto pela Meta
como pelo Google mostram que o perfil foi criado, ao que se constata, da residência do delator.”

STF abre prazo para alegações finais

Na sexta-feira (27), Moraes abriu prazo para alegações finais do “núcleo crucial” da ação do plano de golpe.

Pelas normas do CPP (Código de Processo Penal), durante os primeiros 15 dias, a PGR deve apresentar as considerações finais de acusação. Em seguida, o colaborador Mauro Cid e, só após a manifestação dele, as defesas dos demais réus devem apresentar seus argumentos.

Ainda seguindo a norma do CPP, depois que o delator, as defesas dos demais réus terão o prazo de 15 dias para manifestação.

Desde que assinou o acordo de delação premiada, em 2023, o militar Mauro Cid, que embasou parte das provas relatadas na investigação da Polícia Federal (PF) e na denúncia da PGR, já mudou pelo menos cinco vezes a versão sobre o plano de golpe.

CNN

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Brasil

Petista faz andar projeto que cria novo imposto sobre cerveja

Foto: reprodução

Em meio aos debates sobre o aumento da carga tributária, o deputado petista Alfredinho (SP) fez avançar na Câmara um projeto que cria um novo tributo sobre bebidas alcoólicas, como é o caso da cerveja e da cachaça.

O petista é o relator, na Comissão de Cultura da Casa, de um projeto do ex-deputado e atual prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), e de Ricardo Abrão (União-RJ) que cria um fundo para financiar o Carnaval brasileiro.

A ideia da proposta é abastecer o fundo com uma contribuição sobre a comercialização das bebidas. Nesta segunda-feira (20/6), Alfredinho apresentou uma terceira versão de seu relatório, com um aumento na contribuição.

Em maio, uma versão anterior do parecer do deputado petista previa uma alíquota nominal de R$ 0,50 por litro de bebida nacional e R$ 0,10 por litro de bebida alcoólica importada.

Agora, em seu novo relatório, Alfredinho retomou a ideia de Quaquá de estabelecer um percentual sobre a venda, sendo 0,5% sobre cerveja, vinho e aguardentes nacionais e 1% sobre bebidas importadas.

Caso o projeto seja aprovado, o fundo será distribuído para escolas de samba e blocos carnavalescos. O relatório de Alfredinho prevê destinar 60% para as agremiações, 20% para os blocos e 10% para demais manifestações culturais.

O projeto tramita em caráter terminativo nas comissões da Câmara. Isso significa que não precisa, necessariamente, passar pelo plenário da Casa para ser aprovado e enviado ao Senado.

Metrópoles/ Higor Gadelha 

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Geral

VÍDEO: Junho Laranja: DNA Fértil emociona público com ação de impacto em sala de cinema

 

Durante uma sessão de cinema no Rio Grande do Norte, algo inusitado aconteceu. No meio da exibição, o silêncio da sala foi interrompido pelo som do choro de um bebê. Algumas pessoas se incomodaram. Outras se entreolharam, tentando entender o que estava acontecendo.

Mas o que parecia uma situação comum foi, na verdade, o início de uma das ações mais emocionantes do Junho Laranja (mês da Conscientização da Infertilidade)
O som que desperta incômodo… ou esperança?

O DNA Fértil, laboratório especializado em reprodução assistida, preparou uma intervenção real e simbólica. Em vez de apenas falar sobre a infertilidade, a campanha fez as pessoas sentirem o que muitas vezes passa despercebido.

⁠O som do choro de um bebê, que tantas vezes é visto como incômodo em lugares públicos, representa exatamente aquilo que algumas famílias sonham em ouvir e nem sempre conseguem.

A ação buscou provocar empatia e reflexão em quem estava ali: nem toda maternidade é simples, nem todo casal consegue engravidar facilmente, e muitos enfrentam um longo caminho até esse som se tornar realidade.

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Esporte

Fluminense vence Inter de Milão e avança às quartas de final do Mundial de Clubes

Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

O Fluminense venceu a Inter de Milão por 2 a 0, em partida válida pelas oitavas de final do Mundial de Clubes. Os gols da partida foram marcados por Germán Cano, aos 3 minutos do primeiro tempo, e Hércules, aos 48 do segundo tempo. Nas quartas de final, o clube carioca enfrentará o vencedor do confronto entre Manchester City e Al-Hilal.

A partida começou movimentada e logo aos 2 minutos, o Fluminense viu uma boa oportunidade e não desperdiçou. Arias recebeu de Martinelli, avançou pela direita e cruzou. A bola desviou em Bastoni, e Cano mandou certeiro para dentro da rede, 1×0 Tricolor das Laranjeiras. O time continuou botando pressão na Inter de Milão e teve uma grande chance de ampliar com Samuel Xavier, que chutou rente à meta de Sommer. Ignácio chegou a marcar o segundo após boa jogada na área, mas o lance foi anulado por impedimento do zagueiro. O clube brasileiro fez um bom primeiro tempo, mas levou jogadas perigosas do time italiano, que teve suas melhores chances com bolas longas nas costas da defesa Tricolor. Em um dos lances de maior perigo, Mkhitaryan recebeu na área pela esquerda e passou para Dimarco, mas Fábio espalmou, evitando o empate.

No segundo tempo, o Fluminense voltou novamente na rapidez, buscando ampliar. Aos 17, Arias arriscou de fora da área e Sommer se jogou para defender o chute. Internazionale sentiu o desgaste e pecava no último passe. Aos 29, Dimarco aproveitou chance após marcação de falta, mandou um chutão, mas pra fora. Num momento em que a Inter equilibrou o jogo e botou pressão, Fábio defendeu bola de Lautaro. Nos acréscimos, o Flu fechou a conta com gol de Hércules. 2×0 Fluminense no Lide Bank of America Stadium e classificação para as quartas de finais do Mundial.

PRÓXIMOS COMPROMISSOS

O Fluminense irá enfrentar o vencedor do confronto entre Manchester City e Al-Hilal nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. O duelo acontecerá na próxima sexta-feira (4), às 16h (de Brasília), em Orlando.

Com informações do Infomoney e Terra

 

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Economia

VÍDEO: Ministro de Lula critica Selic a 15%: “Somos escravos dos juros altos”

Ao comentar o resultado da criação de empregos formais em maio, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, teceu fortes críticas ao patamar da taxa Selic nesta segunda-feira (30/6). Segundo ele, “somos escravos dos juros altos”.

“Nós somos escravos dos juros altos. Os juros atrapalha um bocadinho [a criação de empregos]. Se não fosse o juros nesse patamar, seguramente poderíamos estar crescendo mais, isso sem dúvida nenhuma”, disse o auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Atualmente, a taxa básica de juros do país, a Selic, está em 15% ao ano após o Comitê de Política Monetária (Copom) engatar a sétima elevação consecutiva no ciclo de aperto monetário. Em contrapartida, o Copom indicou o fim da onda de altas nos juros.


Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
  • Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.
  • A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 29 e 30 de julho.

Marinho destacou que o mercado de trabalho formal brasileiro tem crescido em uma velocidade menor comparado a 2024. Um exemplo disso é que, no acumulado do ano, foram abertas 1,051 milhão de vagas, contra 1,1 milhão no ano passado (queda de 4,90%).

“A velocidade do crescimento deste ano está aquém das possibilidades, especialmente a partir do papel dos juros e cada vez se reforça isso. Acho que isso é um parâmetro para o Banco Central poder olhar e quem sabe desarmar a armadilha que lá existe”, afirmou. “Quem sabe isso [desaceleração da criação de empregos com carteira assinada] deixe o pessoal do Banco Central feliz e possa começar o processo de redução dos juros”, completou ele.

Sobre uma previsão de expansão do trabalho formal, o ministro disse que continuará crescendo, mas em um ritmo menor. Ele ainda negou qualquer influência das guerras no Oriente Médio e Eurásia no mercado de trabalho e frisou que os juros são os culpados.

Ministro fala em “cortar os pulsos” se Selic se manter alta

Ao ser questionado sobre as projeções do mercado financeiro indicarem que a taxa de juros não ficará abaixo dos dois dígitos no governo Lula, Marinho disse que “temos que cortar os pulsos” caso isso aconteça.

“Até o fim desse atual governo? Temos que cortar os pulsos se acontecer isso. Não é isso que ouvi não. Não posso acreditar nisso não”, declarou o ministro do Trabalho.

Além disso, ele disse que não lê o relatório Focus (boletim semanal que reúne as principais estatísticas do mercado financeiro para indicadores como inflação, dólar, taxa de juros). “Me recuso a acreditar nisso, não é possível um negócio disso. Espero que tenha mais juízo na turma que tem essa bússola”.

Analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no relatório Focus, estimam que a taxa Selic fechará o ano em 15% ao ano. Além disso, as estimativas para os próximos anos seguem as mesmas, confira abaixo:

  • Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
  • Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
  • Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.

Dessa forma, as projeções indicam que o mercado não crê que a taxa Selic fique abaixo de dois dígitos até o fim do governo Lula (PT), em 2026, e sequer do atual mandato de Gabriel Galípolo à frente do BC, que termina em 2028.

Marinho sugeriu que o governo precisa “chamar um pacto” para melhorar a inflação por meio de mais produção. Segundo ele, não se deve usar apenas a política monetária para conter o avanço inflacionário, que segue persistindo.

Metrópoles 

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Geral

Traslado do corpo de Juliana Marins será feito amanhã, diz companhia aérea

Foto: reprodução

A companhia aérea Emirates anunciou, nesta segunda-feira (30), que o traslado docorpo da brasileira Juliana Marins, que morreu durante uma trilha em um vulcão Na Indónesia, vai começar a ser feito nesta terça-feira (1º).

“A Emirates confirma que o corpo de Juliana Marins, cidadã brasileira que faleceu na Indonésia, será transportado para Dubai em 1º de julho e, posteriormente, para o Rio de Janeiro em 2 de julho”, diz a nota.

Na mesma nota, a companhia afirma que priorizou a coordenação com as autoridades relevantes e outras partes envolvidas na Indonésia para facilitar o transporte mas que “restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores”.Play Video

“A família foi informada sobre a confirmação das providências logísticas. A Emirates estende suas mais profundas condolências à família durante este momento difícil”, completa a nota.

Família acionou Justiça por nova autópsia

A família da publicitária Juliana Marins, que morreu após cair de uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, acionou a Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU-RJ) para solicitar judicialmente uma nova autópsia no Brasil.

O pedido foi encaminhado à Justiça Federal com o auxílio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), vinculado à Prefeitura de Niterói.

Em nota, a Defensoria Pública da União (DPU) confirmou que protocolou petição junto à Justiça Federal solicitando a realização de nova perícia médico-legal no corpo de Juliana Marins. O pedido foi apresentado durante o plantão judicial no domingo (29), mas será analisado pelo juízo natural da causa.

“A instituição segue acompanhando o caso e aguarda a manifestação do Judiciário quanto à petição apresentada”, completa o órgão.

O resgate do corpo levou quase quatro dias devido às condições extremas da região — como neblina densa, pedras escorregadias e terreno íngreme — e foi dificultado pela precariedade das operações locais.

Uma autópsia realizada na Indonésia apontou como causa da morte um traumatismo por força contundente decorrente da queda. O exame ainda aguarda a conclusão dos testes toxicológicos, procedimento que pode levar até duas semanas, embora não haja suspeita de envenenamento ou uso de substâncias.

A Prefeitura de Niterói confirmou que custeou R$ 55 mil para cobrir as despesas de repatriação dos restos mortais e os trâmites funerários no Brasil. O anúncio foi feito na quarta-feira (25) e inclui também o sepultamento da jovem, que será velada em sua cidade natal.

CNN

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Política

TSE prepara ofensiva contra uso indevido de inteligência artificial em 2026

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com foco em 2026, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) prepara desde agora uma cruzada contra o uso indevido de IA (Inteligência Artificial) por candidatos e eleitores.

A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, instituiu um grupo de trabalho com especialistas da área. O foco é obter subsídios para as resoluções que vão guiar o pleito de 2026. Audiências públicas sobre o tema também estão previstas para o segundo semestre.

A CNN apurou que os vídeos hiper-realistas feitos com IA — e que viralizaram nas redes sociais ao longo das últimas semanas — colocaram o TSE em alerta sobre um possível “caos” na campanha eleitoral do próximo ano.

O grupo vai discutir medidas de aperfeiçoamento ao Siade (Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral), agilizando a interlocução entre o TSE e as plataformas digitais para remoção mais rápida de conteúdo fraudulento.

A portaria que institui o grupo foi assinada na sexta-feira. Cármen fala em “debater e propor diagnósticos, pesquisas, programas, projetos e campanhas” destinadas à melhoria do combate às notícias falsas.

Entre os participantes estão a professora Dora Kaufman, uma das maiores pesquisadoras dos impactos éticos e sociais da IA; o cientista Silvio Meira, especialista em engenharia de software; e Bruno Bioni, diretor-executivo do Data Privacy Brasil.

Os especialistas vão atuar de maneira não remunerada, com o TSE arcando apenas as despesas de deslocamento até Brasília. Os valores previstos, entretanto, não foram divulgados.

Nas eleições municipais do ano passado, pela primeira vez, o TSE regulamentou o uso da IA na propaganda de partidos, coligações, federações e candidatos. Os “deep fakes”, por exemplo, foram proibidos. Também ficou restrito o uso de robôs no contato com eleitores.

A avaliação de técnicos da Corte Eleitoral, no entanto, é que esses artifícios estão cada vez mais engenhosos – e que esses avanços exigem a atualização constante e atuação rígida por parte das autoridades eleitorais.

No mês passado, Cármen Lúcia manifestou preocupação especial com os impactos da IA na propagação de discursos de ódio contra mulheres, o que pode ampliar a desigualdade de gênero na política.

“Em 2024, várias prefeitas com mais de 80% de aprovação, que poderiam se candidatar à reeleição, desistiram, porque o que se plantava contra elas – a violência e os efeitos exponenciais de uma campanha de desmoralização – era enorme”, declarou.

Contudo, o uso da IA também vai ser discutido pelo grupo de trabalho sob a perspectiva positiva, ou seja, de que maneira a tecnologia pode ser uma aliada no combate à desinformação.

O ministro do TSE André Ramos Tavares é um dos entusiastas desse debate. “É impossível combater a divulgação de informações falsas apenas com ações pontuais, sem IA”, disse ele em abril, durante uma palestra no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

CNN/Luisa Martins 

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Geral

Lula diz que país justo ‘começa pela tributação’ após derrota no Congresso sobre decreto do IOF

Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira que o caminho para tornar o país mais justo começa pela tributação. A declaração foi feita durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.

— Nós queremos fazer deste país um país justo. E ele começa a ser justo pela tributação e depois pela repartição. É por isso que estamos isentando o imposto de renda até R$ 5 mil e trabalhando para que o gás chegue mais barato à casa das pessoas — disse Lula.

Durante seu discurso, o presidente também destacou que o novo Plano Safra busca ampliar a produção dos pequenos agricultores e, consequentemente, melhorar sua qualidade de vida.

O evento representa um aceno estratégico ao agronegócio voltado à agricultura familiar, embora também tenha contado com a presença de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Lula estava acompanhado do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, com quem se reuniu cerca de uma hora antes da cerimônia para alinhar os últimos detalhes da proposta. Também participaram do evento o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Carlos Fávaro (Agricultura) e Marina Silva (Meio Ambiente).

Tensão com o Congresso

O evento desta segunda foi permeado por tensão política, em meio à possível judicialização da proposta de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e à derrota do governo no Congresso em relação aos decretos sobre o IOF.

O Globo

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Geral

32% dos brasileiros CLT ou aposentados têm empréstimo consignado, diz Datafolha

Foto: Agência Brasil

Trabalhadores com carteira assinada e aposentados no Brasil representam 32% de pessoas com empréstimo consignado, modalidade de crédito descontada diretamente da folha de pagamento, segundo o Datafolha. O levantamento realizado em 10 e 11 de junho foi publicado nesta 2ª feira (30.jun.2025).

Segundo a pesquisa, funcionários públicos, pessoas mais velhas e com menor escolaridade são os principais clientes desse tipo de financiamento.

O estudo entrevistou 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais em 136 municípios do país. Entre os participantes, 880 são elegíveis para desconto em folha por terem vínculo formal de trabalho ou serem aposentados, grupo que serviu como base para os cálculos percentuais.

DADOS DEMOGRÁFICOS

O Datafolha identificou que a idade é fator determinante na contratação desse tipo de crédito.

Brasileiros com 60 anos ou mais que têm carteira assinada ou são aposentados apresentam taxa de 43% de adesão ao consignado. A taxa diminui nas faixas etárias mais jovens:

  • 16a 24 anos – 15%;
  • 25a34 anos – 22%;
  • 35a44 anos – 30%;
  • 45 a59 anos – 37%.

O nível de escolaridade também influencia na adesão ao consignado.

Entre pessoas com ensino fundamental que podem ter desconto em folha, 41% informaram ter feito esse tipo de empréstimo. O percentual cai para 28% entre aqueles com ensino médio e sobe para 31% entre os que têm formação superior.

No recorte por renda, o consignado aparece com maior frequência entre quem recebe de 5 a 10 salários-mínimos (37%). Nas demais faixas, os percentuais são: até 2 salários-mínimos (33%), de 2 a 5 salários-mínimos (31%) e acima de 10 salários-mínimos (22%).

Por categoria profissional, quase metade dos funcionários públicos (48%) tem esse tipo de crédito, seguido dos aposentados (45%) e trabalhadores do setor privado (22%).

Os bancos valorizam especialmente os funcionários públicos pela estabilidade de emprego característica da categoria.

POSIÇÃO POLÍTICA

O Datafolha também analisou a relação entre posicionamento político e contratação de consignado. Entre celetistas ou aposentados que avaliam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ótimo/bom, 37% têm esse tipo de empréstimo. O percentual cai para 28% entre os que consideram o governo Lula regular e sobe para 33% entre os que o avaliam como ruim/péssimo.

Poder 360

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Geral

Dívida bruta do Brasil sobe para 76,1% do PIB em maio

FOTO: MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) atingiu 76,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em maio. Aumentou 0,2 ponto percentual em relação a abril. Em valores, corresponde a R$ 9,3 trilhões em maio.

O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta segunda-feira (30).

Leia abaixo o que influenciou na relação dívida-PIB no mês:

  • gastos com juros (+0,8 ponto percentual);
  • variação do PIB nominal (-0,6 ponto percentual).

No ano, a DBGG teve redução de 0,4 ponto percentual por causa dos seguintes efeitos:

  • gastos com juros (+3,7 pontos percentuais);
  • variação do PIB nominal (-2,7 pontos percentuais);
  • efeito da valorização cambial (-0,3 ponto percentual);
  • resgates líquidos de dívida (-1,0 ponto percentual).

A dívida bruta do Brasil aumentou 4,4 pontos percentuais no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 0,3 ponto percentual no acumulado de 12 meses.

O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e estatais– teve superavit anualizado (acumulado de 12 meses) de R$ 24,1 bilhões até maio. Mesmo com superavit primário, o gasto com juros da dívida (R$ 946,1 bilhões) gerou deficit nominal de R$ 922,0 bilhões.

Poder 360

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