A respeito do Hospital Regional de Angicos, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) esclarece que não existe nenhum planejamento para fechar a unidade. O que houve recentemente foi apenas um remanejamento de profissionais, definido com critérios técnicos, com intuito de suprir a necessidade de hospitais de maior complexidade e com abrangência estadual, com objetivo de garantir atendimento de média e alta complexidade inclusive para a população daquela Região.
Sobre o perfil do referido hospital, está agendada para o próximo dia 7 uma audiência da Sesap com prefeitos de Angicos e municípios vizinhos para buscar um entendimento e avaliar a possibilidade de construção de um consórcio municipal que melhore a capacidade de resposta do hospital, de modo que os municípios também possam arcar com sua responsabilidade em assumir ações básicas em saúde pública.
A Sesap está ciente das dificuldades por que passa o hospital, que assim como outras unidades hospitalares da rede estadual, sofre com a insuficiência de recursos.Em que pese os desafios vivenciados pela Saúde Pública, o Rio Grande do Norte é hoje um dos estados da Federação com maior número de hospitais regionais (26 hospitais para 167 municípios), o que gera a necessidade de uma planificação das ações para prestar uma assistência integral à população a partir das linhas de cuidado e redes de atenção à saúde.
Diante disso a Sesap realizou um estudo detalhado sobre o perfil de cada um dos 26 hospitais que atendem às oito Unidades Regionais de Saúde Pública no Rio Grande do Norte (Ursap) com objetivo de realizar um redimensionamento de toda a rede hospitalar estadual com o fortalecimento de pelo menos um hospital público para ser referência em cada região e organizar as demandas de alta complexidade na rede.
O Hospital Regional de Angicos realiza, em sua porta hospitalar, que é o papel real da unidade, uma média 1,89 procedimentos/dia, em contraponto aos atendimentos de baixa complexidade, que contabilizamuma média de 700 procedimentos ambulatoriais por dia. O Hospital Regional de Angicos realiza uma média de 14 cirurgias por mês e possui uma média de 1,4 internações por dia, o que do ponto de vista financeiro denota uma situação insustentável. Entretanto, não se faz saúde pública observando apenas a questão financeira, e será assim que será encontrado o perfil mais adequado para uma boa prestação de assistência em saúde para aquela unidade hospitalar.
Parece que o Governo ainda não percebeu que um dos problemas que enfrenta é a falta de credibilidade quanto ao que afirma que vai fazer, ou o que não fará em relação a algo. O Governo de Micarla Ciarline acabou, só falta chegar dezembro de 2014.