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Correios: brasileiros pagam 224 milhões de reais para manter a estatal

A última greve dos Correios, que durou 35 dias: estatal passa por dificuldades financeiras (Alex de Jesus /O Tempo/Estadão Conteúdo)

Para cobrir o rombo nas contas dos Correios causado por três anos de prejuízos consecutivos, registrados entre 2015 e 2017, a estatal precisou contrair operações de crédito de 750 milhões de reais junto do Banco do Brasil e consumir aplicações financeiras, aponta um relatório inédito da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério da Economia.

A estatal também recebeu aportes do Tesouro, no valor de 224 milhões de reais, nos últimos dois anos, para poder continuar operando.

O estudo preparado pela Sest faz parte do conjunto de esforços para a privatização dos Correios, que deve acontecer no início de 2022.

O levantamento também revela que em 2018 e 2019 a receita gerada pela empresa, que voltou a entrar no azul, não foi suficiente para saldar as parcelas de empréstimos e financiamentos contraídos entre 2015 e 2017, quando os Correios acumularam um prejuízo de 5,5 bilhões de reais.

Segundo o Ministério da Economia, hoje os Correios possuem uma capacidade limitada do pagamento de suas obrigações de curto e longo prazo, o que potencialmente a coloca como uma das estatais que correm o risco de se tornarem dependentes do Tesouro. Quando isso acontece, a União passa a bancar os custos totais da empresa, que são contabilizados no teto de gastos.

O relatório mostra ainda que o custo de serviços e produtos dos Correios é elevado, sendo equivalente a 85,18% do total da venda líquida.

Tanto o endividamento geral, referente à proporção do ativo comprometida com o pagamento de dívidas, como o de curto prazo aumentaram entre 2015 a 2019. Atualmente, o endividamento geral chega a 98,7% e o de curto prazo, a 33,25%.

A liquidez geral, que diz respeito à capacidade de honrar as obrigações financeiras totais, é hoje de apenas 0,44%, 18 pontos percentuais menor do que em 2015.

Nos últimos anos, o patrimônio líquido dos Correios também sofreu uma queda considerável, passando de 1,4 bilhão de reais em 2015 para 146,8 milhões em 2019.

O rombo nas contas da empresa registrado em 2015, 2016 e 2017 é apontado como umas principais causas do problema, assim como o passivo do fundo de pensão dos Correios, o Postalis, de cerca de 7 bilhões de reais, de acordo com dados da Sest. Os Correios precisam arcar com parte do pagamento da dívida.

A análise da Siest aponta que o passivo dos Correios chega hoje a 14 bilhões de reais. Quase a metade da dívida corresponde a pendências financeiras com o fundo de pensão dos funcionários, o Postalis, e o plano de saúde da empresa.

Obrigações sociais e trabalhistas respondem por cerca de 17% do passivo. Outros 7% são compostos de dívidas com fornecedores.

Já foi dado início ao processo de desestatização da empresa. No dia 10 de outubro, o projeto de lei que acaba com o monopólio dos Correios sobre o serviço postal foi enviado para apreciação da Secretaria-Geral da Presidência da República e da Casa Civil. A expectativa é que seja enviado ainda neste ano para o Congresso.

Exame

Opinião dos leitores

  1. Bora, bora dr Paulo, vamos botar pra frente esse negócio aí.
    Tá comprovado!
    Prova cabal.
    Não serve pro país.
    Como é que uma empresa sem concorrentes da prejuízo??

  2. O SUS não é estatal.
    Saúde, Educação e Segurança, são deveres do Estado.
    Do resto a iniciativa privada cuida.

  3. Pra que serve o STF?
    Qual o lucro que ele Dar pra nós?
    Sou contra a privatização de qualquer estatal.

    1. TUDO ISSO É CONVERSA PRA BOI DORMIR!!
      OS CORREIOS MESMOA ABANDONADO, SE MANTÉM COM O PRÓPRIO RECURSO E AINDA REPASSA MUITO DINHEIRO PARA O GOVERNO FEDERAL.
      COMPARA ESSE NÚMERO COM OS PREJUÍZOS QUE DÃO OS TRÊS PODERES AO BRASIL!!
      AÍ SIM!! CATA QUE TEM MUITO VAGABUNDO!!

  4. Sou a favor da privatização quando a empresa não se sustenta financeiramente. As que se sustentam tem que ser melhor administrada para não ser local de troca de favores, emprego por apoio político.

  5. QUANTO SERÁ QUE A POPULAÇÃO PAGA PARA MANTER OS POLÍTICOS E SUAS REGALIAS?
    Essa sim deve ser a reflexão……

    1. A CAERN se mantém, e não precisa de suporte financeiro do governo estadual não.

  6. Vai dizer isso prá um esquerdista que mama do capitalismo e caga socialismo; em menos de 60 segundos ele arrota uma verborragia que no final é seis por meia dúzia.

  7. Estatal ou é um poço de prejuízo ou é alvo de partidos políticos (roubo).
    De toda forma, é sempre um problema para o Brasil.

    1. Estatal tem por fim servir a população…ja imaginou vc chegar com esse argumento dizendo que o SUS da prejuízo?

    1. Vc q tá pedindo privatização já,vem trabalhar ganhando um salário mínimo e peça pra privatizar o SUS, as POLICIAS e a CAERN,talvez vc não tenha noção da verdadeira realidade do nosso estado, sim so lembrando acho q vc é um daqueles q não conseguiram passar em nenhum concurso público por isso tamanha revolta.

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Segurança

Governo brasileiro destina R$ 223,8 milhões para acolher refugiados venezuelanos

O presidente Jair Bolsonaro acaba de autorizar a abertura de crédito extraordinário de R$ 223,8 milhões em favor do Ministério da Defesa para a chamada Operação Acolhida, em apoio aos milhares de venezuelanos que buscam abrigo no Brasil.

O valor está descrito em medida provisória publicada hoje em edição extra do Diário Oficial.

A operação envolve 12 ministérios, além de governos estaduais, prefeituras, sociedade civil e organismos internacionais.

Inclui abrigo a 6 mil venezuelanos em Roraima, com o fornecimento de três refeições por dia. Interiorização de outros 5 mil venezuelanos, com assistência no registro civil, emissão de CPF, vacinação, regularização migratória, auxílio jurídico etc.

Confira abaixo o texto da MP:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 880, DE 30 DE ABRIL DE 2019

Abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Defesa, no valor de R$ 223.853.000,00, para os fins que especifica.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62, combinado com o art. 167, § 3º, da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º Fica aberto crédito extraordinário, em favor do Ministério da Defesa, no valor de R$ 223.853.000,00 (duzentos e vinte e três milhões, oitocentos e cinquenta e três mil reais), na forma do Anexo.

Art. 2º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 30 de abril de 2019; 198º da Independência e 131º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Paulo Guedes

 

Opinião dos leitores

  1. Estou entendendo bem?
    Retiram dinheiro das Universidades e Escolas Técnicas Federais e mandam dinheiro pro refugiados aliados dos Estados Unidos?
    Qual a lógica disso?
    Ah, chega de pobres e seus filhos estudando pra ter uma profissão boa ou se formando para entrar no mercado de trabalho tomando as vagas dos endinheirados.
    Tem que privatizar mesmo.
    Acordem!!!

  2. O Brasil está rico demais, tem dinheiro para tudo, menos para os problemas do nosso próprio País. Para mim o nome disso é "fazer caridade com o chapéu alheio" ( nossos impostos), igualzinho ao barbudo que está preso. É bom rastrear esse dinheiro.

  3. Quanta diferença, ajuda vai para O POVO, enquanto a pouco tempo isso iria direto para mãos dos ditadores da Venezuela. Hugo Chaves dava ordens ao Brasil e o governo brasileiro atacava, rindo, como se não fosse nada demais.
    Uma dessas ordens foi quando ele determinou que a refinaria, chamada de Abreu e Lima, seria em Pernambuco e não no rio Grande do Norte?
    Outra foi quando o governo se apropriou de uma destilaria brasileira, sem pagar R$ 0,01 por ela. Simplesmente entraram, retiraram os brasileiros e tomaram a posse da refinaria, pronto, ficou por isso mesmo.
    A mídia, devidamente paga com recursos públicos, sequer deu valor a tamanha falta de hombridade, patriotismo e ao vexame que o Brasil estava sendo submetido.
    Vocês lembram os anos que isso ocorreu?
    Quem estava na presidência do Brasil, vocês lembram?

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