Educação

Aluno da UFRN considerado uma das grandes descobertas entre talentos musicais faz campanha para cursar mestrado na Suíça

Reprodução

O estudante Caio César da Silva, considerado uma das grandes descobertas entre os talentos musicais a despontar na Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN), iniciou uma campanha de financiamento coletivo, com o objetivo de custear as despesas com deslocamento para a Suíça, onde irá realizar o curso de mestrado em Música. Caio César é um dos aprovados para o mestrado com bolsa integral na Hochschule der Künste Bern (Universidade das Artes de Berna), sob a orientação do professor da instituição Thomas Rüedi, um dos mais renomados eufonistas do mundo.

Aluno do professor Fernando Deddos, Caio César da Silva iniciou a campanha no começo deste mês de maio, com o apoio de diversos professores da UFRN. Até agora, porém, os recursos arrecadados, pouco mais de 20% do valor necessário, ainda não são suficientes para que ele possa providenciar seu visto de estudante, cujo pedido deve ser solicitado no início de julho, já que as aulas começam em setembro. Além do visto, o estudante precisará comprovar que terá meios de subsistência por, pelo menos, um ano, período em que não poderá exercer nenhum trabalho na Suíça, de acordo com a legislação local. Os interessados em colaborar com a campanha podem fazê-lo por meio deste link.

Com o objetivo de ampliar a arrecadação de fundos, o estudante anuncia a realização de um recital beneficente no dia 13 de junho, às 19h30, no Auditório Onofre Lopes da Escola de Música. Na ocasião, Caio César Silva estará se apresentando junto ao professor Durval Cesetti, com participações especiais do professor Fernando Deddos e do tenor Kaior Morais, do Instituto Waldemar de Almeida. Ingressos ao preço de R$ 20 (vinte reais) estão disponíveis na Coordenação de Eventos da Escola de Música da UFRN ou na entrada do Auditório, no dia do recital.

Exemplo de dedicação e superação

Caio é o primeiro bacharel em Eufônio formado por uma universidade federal brasileira, tendo se destacado em inúmeros festivais nacionais e internacionais, além de ter recebido prêmios como o 1º lugar no Concurso Nacional de Eufônio, promovido pela Associação de Eufônios e Tubas do Brasil (ETB), e o 1º lugar no Concurso Jovens Solistas da Filarmônica UFRN.

“Caio é daqueles alunos que todo professor gostaria de ter, um exemplo de dedicação”, destaca o professor Fernando Deddos, descrevendo como a rotina de estudos dele tem feito com que ele consiga um ritmo de aprendizado muito acima da média. “A comunidade da Escola de Música da UFRN já se acostumou a ouvir o som de Caio estudando, pois parece que ele está sempre por aqui, seja às 7h da manhã ou às 21h, em finais de semana e feriados”. Fernando Dedos é doutor pela University of Georgia e reconhecido como o maior nome do eufônio no Brasil, tendo sido contratado pela UFRN em 2016. Logo em seguida, Caio César, que morava em Recife até então, resolveu se mudar para Natal justamente para poder estudar com ele.

O pianista Durval Cesetti, outro professor de Caio na Escola de Música, com quem ele já se apresentou em inúmeros recitais, descreve algumas das várias dificuldades que ele teve de superar em sua vida para chegar aonde está. “Imagine você não ter uma família para te apoiar, imagine você crescer com imensas dificuldades familiares e financeiras, e, apesar de tudo isso, conseguir se virar sozinho e se tornar um dos melhores intérpretes de seu instrumento no Brasil, muito provavelmente o melhor em sua faixa etária”, destaca o professor. “É uma pessoa cuja força de vontade e caráter fez com que ele se tornasse quem é, mesmo com tantas condições adversas.”

Flávio Gabriel, professor de trompete da UFRN, comenta como Caio demonstrou ser capaz de “enfrentar muitas dificuldades e realizar grandes conquistas, por isso não hesito em afirmar que um investimento em Caio é algo com o que não nos decepcionaremos, pois ele certamente continuará sua trajetória de vitórias e será um nome importante na formação de jovens músicos no futuro.”

Com informações da UFRN

Opinião dos leitores

  1. O cara nem daqui é , aí os manes de Natal banca a mordomia dele durante um ano e depois ele volta para Recife e pronto, cadê o músico que mandamos para estudar fora kkkkkk sei não.

  2. Mais um adjetivo para os acéfalos usarem quando forem falar sobre a educação e a universidade, FUNPEC se junta a "maconheiros", "esquerdopatas", "petralhas", "comunistas", "alienação".
    é bastante estranho essa verba exagerada para publicidade e essa fundação deve passar por auditoria, não somente agora, mas periodicamente, assim como a UFRN passa e é considerada um exemplo para gestão pública.

  3. Basta fazer umas fotos com camisa de #lulalivre que a funpec banca…Sem ideologia socialista, sem ajuda…Sorry!!!!

  4. Lamentavel… podiam usar uma fraçao irrisoria dos 50 milhoes (segundo alguns blogs divulgaram) da publicidade da Fumpec pra ajudar na pesquisa desse estudante.

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Diversos

Discussão com professora: Justiça nega pedido de indenização por danos morais para aluno da UFRN

A Justiça Federal do Rio Grande do Norte negou o pedido de indenização por danos morais pleiteado por um aluno do curso de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O estudante pedia uma indenização de R$ 10 mil por uma suposta discussão ocorrida na sala de aula com uma professora, que teria exigido o atestado médico para aqueles que precisassem realizar a segunda chamada da prova.

O Juiz Federal Renato Borelli, da 7ª Vara Federal, indeferiu o pedido: “O dano moral não se confunde com o mero contratempo, que é inerente à vida cotidiana e não enseja reparação financeira ante sua ocorrência, tanto mais em hipóteses como a examinada, sem nenhuma indicação concreta que apresente indícios de prejuízo experimentado”, escreveu o magistrado na sentença.

Ele chamou atenção que o conjunto de provas nos autos mostraram que não cabe qualquer indenização nos fatos relatados. O Juiz Federal analisou que os fatos narrados mostraram que houve uma discussão e desentendimento na sala de aula entre professor e aluno, mas isso não pode ser confundido com ofensa à honra a ponto de ocasionar danos morais.

“Os fatos ocorridos não passaram de uma desavença entre a professora e o aluno, na qual alguns alunos tomaram o partido do autor, e outros alunos o da professora”, destacou o Juiz Federal Renato Borelli.

Na acusação, o aluno disse que durante a discussão foi expulso da sala e a professora teria chamado os seguranças da UFRN, já que ele se recusou a sair da sala. “A professora agiu com a diligência que era esperada, e não atuou de forma abusiva; ao contrário, para evitar qualquer transtorno maior solicitou a presença da segurança por causa do clamor da situação, pois já havia pedido que o autor saísse da sala de aula”, escreveu o Juiz Federal na sentença.

JFRN

Opinião dos leitores

  1. Vamos lá, sem ser hipócrita e racista ou qualquer outra coisa do tipo, haja vista que, fui aluno da UFRN num curso de Humanas. Desde sempre, alunos de Filosofia, Serviço Social , alguns de História e alguns de Geografia, são metidos a revolucionários. O que essa galera precisa é de uma trouxa de roupa suja pra lavar. Agora com essa onde Black Blocs, vão aparecer meia dúzia de idiotas reivindicando um direito inexistente que nem mesmo sabem que existe. Com todo respeito a Humanas, 70% precisa trabalhar e ter vergonha na cara e deixar de ficar fumando maconha nos corredores da UFRN.

  2. Imaginar que recursos públicos servem também para sustentar um curso de "Filosofia" é dose para leão. Que danado esse curso e seus integrantes contribuem, ao menos no mesmo patamar do que é gasto em sua manutenção, para a sociedade? Se esse curso acabasse, qual o prejuízo para o RN?
    Sub-curso sem utilidade.

  3. Será que a parte autora deixou de receber uma boa orientação de seu advogado sobre o sucesso da ação, permitindo que ela entrasse numa aventura jurídica?

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