Saúde

“A evolução de hoje não tem o impacto do isolamento social dos últimos dez dias. O momento é de muita prudência, cautela”, alerta secretário adjunto da Sesap

Foto: Demis Roussos / ASSECOM-RN

O secretário adjunto de Saúde Pública do RN, Petrônio Spinelli avaliou o momento da pandemia do novo coronavírus como “delicado, com avanços e riscos. Houve avanços positivos como a redução na pressão por leitos de UTI, a abertura de novas UTIs e a redução na taxa de transmissibilidade. Mas há risco muito alto porque não atingimos a redução necessária na ocupação de leitos para 80%”.

Na entrevista coletiva para atualização de dados e apresentação das ações da administração estadual no enfrentamento à Covid-19, nesta quarta-feira, 08, Spinelli ressaltou que “a evolução de hoje não tem o impacto do isolamento social dos últimos dez dias” e acrescentou: “o momento é de muita prudência, cautela, de atender as recomendações da ciência para salvar vidas”.

Este quadro motivou o adiamento do início da fração 2 da fase 1 do Cronograma de Retomada Gradual Responsável das Atividades Econômicas, que seria hoje, para o próximo dia 15. O adiamento foi formalizado por decreto publicado nesta quarta-feira, 8, no Diário Oficial do Estado (DOE) e prevê que a Fração 2 da Fase 1 será executada concomitantemente com a Fração 1 da Fase 2, prevista para iniciar em 15 de julho, se a situação epidemiológica permitir.

As ações normativas tomadas pelo Governo do Estado são baseadas em critérios técnicos de preservação da vida. “A sociedade precisa entender e se comportar com a responsabilidade que o momento exige: só sair de casa se for imprescindível, usar máscaras e respeitar medidas protetivas e normas de higiene. É importante que as prefeituras também sigam as recomendações. Não é demais alertar: temos 1.322 famílias com pessoas mortas em consequência da Covid”, pontuou Petrônio.

Secretário estadual de Tributação (SET) e integrante da força-tarefa de enfrentamento à Covid, Carlos Eduardo Xavier lembrou, durante a coletiva, que o Cronograma de Retomada Gradual Responsável das Atividades Econômicas foi gestado em conjunto com entidades do setor produtivo – Fiern, Fecomércio, Faern – que tinham total conhecimento do plano e da possibilidade de adiamento do calendário proposto. “O Governo decidiu pelo adiamento porque o critério da ocupação de leitos críticos não alcançou índice abaixo de 80%. Precisamos do respeito e da adesão de todos para atingirmos os índices de segurança e avançar na retomada”.

Xavier anunciou, ainda, que os treinos dos times de futebol poderão iniciar no próximo dia 15 e o campeonato estadual pode ser iniciado em 1º de agosto, condicionado ao cumprimento de metas do cronograma.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

A fila de regulação para internamentos em leitos críticos hoje tem 10 pessoas. A maior ocupação de leitos está na região do Mato Grande (100%), seguida da região Oeste (98,1%), Metropolitana de Natal (98%), Seridó (72%) e Pau dos Ferros (60%).Os casos confirmados são 36.493, há 50.065 suspeitos, 57.707 casos descartados, 1.322 óbitos (5 nas últimas 24 horas) e 191 óbitos em investigação.

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Diversos

Patrocinadores da Copa temem fazer promoções na rua por protestos

No início de seu planejamento para 2014, alguns patrocinadores da Copa do Mundo temem realizar promoções na rua durante o evento por temor de protestos como os que ocorreram na Copa das Confederações. Isso tem sido manifestado a empresas que organizam eventos de ativação dos patrocinícios, segundo apurou o blog.

No meio do ano passado, patrocinadores do Mundial tiveram prejudicadas suas atividades por conta das manifestações. A Coca-Cola, por exemplo, chegou a tampar outdoors próximos do Maracanã para evitar depredações.

Com temor de que isso se repita, alguns patrocinadores da Copa têm retardado o seu planejamento para aproveitar a exposição do evento pelo qual pagaram caro.  Há um temor de que eventos na rua, pelo menos mais próximo do Mundial, sejam alvo de protestos.

Atividades como cessão de ingressos estão em pleno curso porque não envolvem exposição na rua. Ou seja, são vistas como de baixo risco. Os bilhetes, aliás, são vistos como pontos-chave da promoção dos parceiros da Fifa, afinal, ingressos são um bem que poucos podem disponibilizar.

Já o planejamento para usar painéis, estandes e outdoors tendem a gerar mais cautela. Estão presentes na memória das empresas parceiras da Fifa as depredações feitas no terreirão do samba, no Rio de Janeiro, em um ônibus da entidade em Salvador e a lojas dos patrocinadores.

Uma das lembranças é que promotores das marcas da Copa não puderam vender as marcas nos arredores dos estádios da Copa das Confederações por conta das manifestações. Quando começaram a ocorrer conflitos, vários dos promotores tiveram de correr para dentro do estádio e desistir do contato com torcedores. O temor é de que isso volte a acontecer no Mundial, por isso, o planejamento de marketing está em suspenso.

Na verdade, já existe uma preocupação de que empresas que pagaram caro pela Copa não possam aproveitar todo o seu potencial. Claro que isso ainda depende do ambiente das ruas até junho quando começará, de fato, a Copa.

Rodrigo Mattos – UOL

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