Esporte

Palmeiras e Flamengo aumentam “abismo” financeiro sobre rivais, diz estudo

Imagem: Divulgação

A rivalidade entre Flamengo e Palmeiras segue intensa também fora das quatro linhas. Segundo um estudo financeiro divulgado nesta terça-feira (16) pelo Itaú BBA, os dois clubes tiveram novamente os melhores resultados econômicos – os números mostram uma tendência de ambos se “descolarem” dos demais times brasileiros.

O trabalho mostrou mais uma vez a superioridade financeira de Flamengo e Palmeiras em relação aos outros clubes. A concentração de receitas recorrentes de ambos chegou a 23% do total dos clubes analisados. Esse número era de 21% em 2016, segundo o estudo. Por isso, existe a tendência de o “abismo” aumentar.

“Distância de Palmeiras e Flamengo em relação aos outros tende a aumentar, porque com maior geração de caixa eles tendem a se destacar, ficar mais acima da tabela, com mais jogos transmitidos”, disse César Grafietti, consultor do Itaú BBA, responsável pelo estudo divulgado pelo 10º ano consecutivo e que analisou 27 clubes brasileiros.

O clube paulista apresentou os melhores resultados nas receitas totais obtidas em 2018: R$ 654 milhões. Os rubro-negros atingiram a marca de R$ 536 milhões. No ano anterior, o Flamengo estava à frente, com R$ 643 milhões, contra R$ 515 milhões do Palmeiras.

São Paulo, com R$ 399 milhões, Corinthians, com R$ 389 milhões, Grêmio, R$ 381 milhões, e Cruzeiro, R$ 322 milhões, vêm na sequência, de acordo com os dados de 2018 apresentados pelo estudo.

O Palmeiras, porém, gastou mais que o Flamengo no ano passado. Mas nem isso afetou a geração de caixa do clube alviverde, de R$ 212 milhões. “Vemos o Palmeiras em manutenção, mesmo com o aumento expressivo de custos e despesas”, diz o estudo.

O trabalho, que aponta o Palmeiras como o “dono da bola”, ainda frisa que o clube paulista “atingiu um patamar econômico-financeiro muito acima dos demais clubes. “O nível de receitas é equilibrado, e nenhuma concentração relevante. Consegue obter um enorme retorno dos seus torcedores, com receitas de bilheteria e sócio-torcedor expressivas”, diz.

A segunda maior receita do Palmeiras em 2018 foi justamente com as bilheterias dos jogos e o programa de sócio-torcedor: R$ 160 milhões, atrás somente de “transações de atletas”, com R$ 170 milhões. Direito de TV marcou R$ 137 milhões, e patrocínio e publicidade renderam R$ 100 milhões.

Os direitos de TV representam a maior parte das receitas do Flamengo: R$ 222 milhões. Patrocínio e publicidade chegaram à marca de R$ 90 milhões. Bilheteria e programa de sócio-torcedor, a R$ 93 milhões. Vendas e jogadores, por sua vez, a R$ 57 milhões.

Compare os dados de Flamengo e Palmeiras em 2018:

FLAMENGO

Receitas: R$ 536 milhões
Geração de caixa: R$ 154 milhões
Dívida total: R$ 418 milhões

PALMEIRAS

Receitas: R$ 654 milhões
Geração de caixa: R$ 212 milhões
Dívida total: R$ 420 milhões

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Diversos

EUA podem incluir Venezuela na lista de patrocinadores do terrorismo

Os Estados Unidos estudam a inclusão da Venezuela na lista de países que patrocinam o terrorismo internacional por suas supostas ligações com Hezbollah e as Farc, publica o The Washington Post.

A lista é composta por Irã, Coreia do Norte, Síria e Sudão.

Cuba, que já fez parte do grupo, foi retirada da relação pelo governo de Barack Obama.

O Antagonista

 

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Diversos

Patrocinadores da Copa temem fazer promoções na rua por protestos

No início de seu planejamento para 2014, alguns patrocinadores da Copa do Mundo temem realizar promoções na rua durante o evento por temor de protestos como os que ocorreram na Copa das Confederações. Isso tem sido manifestado a empresas que organizam eventos de ativação dos patrocinícios, segundo apurou o blog.

No meio do ano passado, patrocinadores do Mundial tiveram prejudicadas suas atividades por conta das manifestações. A Coca-Cola, por exemplo, chegou a tampar outdoors próximos do Maracanã para evitar depredações.

Com temor de que isso se repita, alguns patrocinadores da Copa têm retardado o seu planejamento para aproveitar a exposição do evento pelo qual pagaram caro.  Há um temor de que eventos na rua, pelo menos mais próximo do Mundial, sejam alvo de protestos.

Atividades como cessão de ingressos estão em pleno curso porque não envolvem exposição na rua. Ou seja, são vistas como de baixo risco. Os bilhetes, aliás, são vistos como pontos-chave da promoção dos parceiros da Fifa, afinal, ingressos são um bem que poucos podem disponibilizar.

Já o planejamento para usar painéis, estandes e outdoors tendem a gerar mais cautela. Estão presentes na memória das empresas parceiras da Fifa as depredações feitas no terreirão do samba, no Rio de Janeiro, em um ônibus da entidade em Salvador e a lojas dos patrocinadores.

Uma das lembranças é que promotores das marcas da Copa não puderam vender as marcas nos arredores dos estádios da Copa das Confederações por conta das manifestações. Quando começaram a ocorrer conflitos, vários dos promotores tiveram de correr para dentro do estádio e desistir do contato com torcedores. O temor é de que isso volte a acontecer no Mundial, por isso, o planejamento de marketing está em suspenso.

Na verdade, já existe uma preocupação de que empresas que pagaram caro pela Copa não possam aproveitar todo o seu potencial. Claro que isso ainda depende do ambiente das ruas até junho quando começará, de fato, a Copa.

Rodrigo Mattos – UOL

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