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Coronel João Pessoa: Município terá que reabrir prazo de recurso

A Prefeitura de Coronel João Pessoa e o Instituto de Treinamento, Capacitação e Seleção de Pessoal (ITCSPPB) terão que reabrir o prazo para a interposição de recurso por parte dos candidatos do concurso público para provimento de vagas e formação de cadastro de reserva do quadro funcional do município. Foi o que determinou a Justiça ao deferir ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de São Miguel – que abrange o município de Coronel João Pessoa.

A Prefeitura e o instituto também deverão disponibilizar aos candidatos a vista dos gabaritos das provas objetivas, a consulta aos espelhos das provas subjetivas e a nota de todos os candidatos classificados.

Para o caso de inexistir candidatos classificados, os motivos para a desclassificação terão que ser divulgados. O prazo para a interposição de recurso deverá ser aberto logo após a divulgação da pontuação, no prazo máximo de cinco dias. A Justiça estipulou multa diária de R$ 500 até o limite de R$ 100 mil a ser aplicada em caso de eventual descumprimento.

Indícios de ilicitude

O MPRN encontrou indícios de ilicitude na contratação da empresa para realizar o certame (ITCSPPB). Em face disso, foi ajuizada uma ação civil pública cautelar de busca e apreensão com pedido liminar (nº 0100744-15.2013), visando a obtenção de cópias de todos os cartões-respostas dos candidatos participantes do referido concurso.

No dia marcado para a realização do concurso (29/9/2013), o contratado aplicou as provas objetivas e subjetivas e o MPRN fotocopiou os cartões-respostas dos candidatos, como garantia da lisura do certame.

Na divulgação do resultado das provas objetivas e subjetivas, com a convocação dos candidatos de nível superior para a prova de títulos, só havia 16 candidatos classificados – em um concurso que teve 926 candidatos inscritos. O edital 008/2014 ainda previa 10 como nota máxima a ser atribuída ao candidato e foram divulgadas notas superiores ao estabelecido no edital de publicação do resultado. Além disso, os candidatos classificados ou desclassificados não tiveram a oportunidade de ver os gabaritos, espelhos de prova e nem a nota individual atribuída.

Por interino via MP-RN

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Diversos

MP realizou operação para lisura de concurso em cidade do RN

O Ministério Público Estadual, por intermédio da Promotoria de Justiça da Comarca de São Miguel, deflagrou no último domingo (29/09), a Operação Cartões-Respostas,  realizada para assegurar a lisura e transparência do concurso público promovido pelo Município de Coronel João Pessoa, com provas aplicadas no último domingo.

O Juiz Felipe Barros deferiu pedido liminar formulado pelo Ministério Público no curso de Ação Civil Pública determinando a expedição de mandado de busca e apreensão de todos os cartões-respostas dos candidatos, logo após o término das provas.

Referidos documentos foram armazenados em envelopes lacrados, um para cada sala de prova, e estão sob a responsabilidade do Ministério Público Estadual, que terá até dez dias para fotocopiá-los e entregar os originais à empresa organizadora do certame – ITCSP, nos termos da decisão judicial.

A providência visa a resguardar a licitude do concurso, em especial para garantir que os cartões originais não sejam substituídos, com a finalidade de beneficiar candidatos e permitir o favorecimento de aliados políticos, em prejuízo da isonomia, da impessoalidade e moralidade. Essa é uma das formas atualmente adotadas por empresas – inidôneas – para fraudar concursos no Brasil, em especial os de pequeno porte, realizados em cidades do interior.

Em Coronel João Pessoa, a medida foi necessária devido à desconfiança sobre a lisura do processo, bem como diante da existência de indícios de inidoneidade da empresa realizadora do certame, o que ensejou a propositura da Ação Civil Pública, cautelar de busca e apreensão, com pedido de liminar.

Para o Promotor de Justiça Frederico Zelaya, a concessão da medida cautelar reflete uma mudança de postura do Poder Judiciário, ao conferir ao processo um caráter de “instrumento de massas” e não mero instrumento de composição de litígios de particulares.

A Operação

No dia da aplicação de provas, no último domingo, 29/09, a Operação foi deflagrada às 8 horas, na sede da Promotoria de Justiça da Comarca de São Miguel, com a participação do Promotor de Justiça Frederico Zelaya, de três Assistentes Ministeriais e de uma Técnica do Ministério Público.

A força-tarefa incluiu a participação da Polícia Militar (no uso de cinco viaturas), que garantiu o perfeito cumprimento do cronograma de execução da operação, bem como de uma Oficiala de Justiça plantonista que auxiliou nas diligências necessárias.

Às 9 horas, os integrantes da operação seguiram para os locais de aplicação das provas do concurso, a saber: Escola Municipal Doutor Severiano (Rua Alcides Viana, nº 146), Salão Paroquial (Rua João Rufino, s/n), Escola Estadual José Próspero (Rua Honório Januário, s/n) e Sede do Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil – PETI (Rua Honório Cunha Lima, nº 35).

Na oportunidade, os representantes do ITCSP e os fiscais de aplicação de provas foram informados sobre a medida cautelar (busca e apreensão dos cartões-respostas), seu cumprimento e operacionalização.

Após o meio dia, as provas foram recolhidas e imediatamente entregues à Oficial de Justiça, que, por sua vez, as repassou ao Promotor de Justiça para fins de fotocopiar o material apreendido, que será devolvido dentro do prazo de dez dias.

MPRN

Opinião dos leitores

  1. Se querem "Moralizar" alguma coisa. Tem que começar à investigar o concurso da "Assembleia Legislativa do RN"!!!!!!

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