Diversos

Passagem de estrela pelo Sistema Solar poderia tirar a Terra de órbita

De acordo com o astrofísico Paul Sutter, uma estrela relativamente grande pode sim ‘chutar’ a Terra para o espaço interestelar; vida seria dizimada rapidamente. Foto: Sistema Solar/NASA/JPL

Na escola aprendemos sobre o Sistema Solar. Desde pequenos sabemos a posição da Terra em relação aos outros planetas. No entanto, de acordo com os argumentos de um astrofísico, há uma chance de que estrelas que passam pela Terra possam tirá-la do lugar e lançá-la no espaço interestelar. Já imaginou as consequências disso?

Durante uma entrevista ao site Space, o astrofísico Paul Sutter disse que isso é possível de acontecer. O resultado, segundo ele, seria que “nosso planeta seria arremessado para as profundezas do espaço interestelar, condenado a vagar no frio de nossa galáxia, com qualquer vida sendo dizimada rapidamente”.

O principal responsável por isso é a gravidade. Em um momento que ela mantém um planeta em órbita em torno de uma estrela, essa mesma gravidade pode enviá-lo para as profundezas do espaço.

Os planetas do Sistema Solar são relativamente pequenos, e, embora afetem a órbita da Terra, não têm “poder” suficiente para tirá-la do lugar. Para que isso ocorra, algo com uma massa muito grande deve passar por perto.

O risco é que a Terra seja “chutada” por uma estrela que estiver passando pelo Sistema Solar. Esse fenômeno é chamado de “problema dos três corpos”, em que o movimento dos corpos é imprevisível quando envolve três ao invés de apenas dois deles.

“O problema é que, com três objetos, qualquer pequeno desvio ou mudança pode levar a grandes alterações em um período surpreendentemente curto”, explicou Sutter. No entanto, não há com o que se preocupar. Sutter observa que, para que a Terra seja tirada do lugar, uma estrela com uma massa muito grande deveria passar “dentro da órbita de Júpiter para ter uma chance decente de nos tirar de órbita”.

Obviamente, esse cenário não ocorreu nos últimos quatro bilhões de anos, mas isso não significa que não possa ocorrer no futuro. Claro que, embora isso cause certo temor, as chances de acontecer são infinitesimalmente pequenas. Melhor assim…

Olhar Digital, via Futurism

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Diversos

Cientistas determinam o tipo de estrela mais amigável à vida

Foto: Olhar Digital/Reprodução

Durante a busca por planetas fora do Sistema Solar, os exoplanetas, um fator importante ao caracterizar sua natureza é a habitabilidade. Toda estrela tem ao seu redor uma “zona habitável”, uma área do espaço onde o nível de radiação emitido pela estrela permitiria a existência de água em estado líquido. Isso não é garantia de que um planeta nessa zona é habitável: no Sistema Solar Vênus, Terra e Marte estão dentro desta área, mas apenas nosso planeta contém, até onde sabemos, vida.

Mas a distância de um planeta até sua estrela é apenas um dos fatores, pois as estrelas têm características próprias. Anãs vermelhas, por exemplo, são mais comuns que nosso Sol (uma estrela tipo G), mas costumam castigar os planetas ao redor com intensas tempestades solares e radiação, o que reduz as chances de formas de vida como as conhecemos.

Analisando as emissões de Raios-X e Ultravioleta de diversas estrelas ao longo dos últimos 30 anos, pesquisadores da Universidade Villanova, na Pensilvânia (EUA) determinaram o tipo de estrela mais “amigável” à vida. São as estrelas tipo K.

Vários fatores tornam estas as “estrelas perfeitas”. Um deles é que são muito comuns: há cerca de 100 mil delas em um raio de 100 anos-luz ao nosso redor. Outro é sua longevidade: elas têm uma vida estimada entre 28 e 80 bilhões de anos, contra os cerca de 10 bilhões de anos de nosso sol. Ou seja, há muito mais tempo para que a vida se desenvolva.

“As estrelas anãs do tipo K estão no ‘ponto ideal’, com propriedades intermediárias entre as estrelas do tipo solar (tipo G), mais raras e luminosas, mas com vida mais curta e as mais numerosas anãs vermelhas (tipo M)”, explicou o astrônomo e astrofísico Edward Guinan, da Universidade Villanova.

Entre os muitos exoplanetas já identificados, vários orbitam estrelas tipo K, entre eles Kepler-422b, um planeta rochoso com cerca do dobro da massa da Terra que está na zona habitável de sua estrela.

Curiosamente, outro exoplaneta em condições semelhantes é 40 Eridani A, orbitando a estrela 40 Eridani, a cerca de 17 anos-luz daqui. Na ficção científica esta estrela é apontada como sendo o Sol de Vulcano, planeta natal de Spock em Star Trek.

Olhar Digital, via Science Alert

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Diversos

Equipe com cientistas da UFRN descobre estrela gêmea solar

D_couverte_d_une_nouvelle__toile_jumelle-b27d3aa953c9e944c846b3764632d13aRepercutiu em toda a imprensa mundial. Três cientistas da UFRN, José Dias do Nascimento, líder do grupo; Jefferson Soares Costa e Matthieu Castro, além de Gustavo Porto de Mello, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jorge Melendéz, da Universidade de São Paulo (USP), e um estrangeiro, o japonês, Yochi Takeda, do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ), anunciaram a descoberta a CoRot Sol 1, nome de “batismo” da estrela gêmea solar conhecida como a mais distante da Via Láctea, em galáxia que abriga o sistema solar.

O anúncio da façanha do grupo de cientistas foi feito na sexta-feira(17), e já ganhou um artigo internacional, cujo título é “The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT”, que sairá em breve na revista “Astrophysical Journal Letters” (ApJL).

A descoberta, segundo o grupo, pode ajudar a prever o futuro próximo da estrela central do nosso sistema solar, além de dar aos astrônomos a oportunidade de testar as atuais teorias da evolução estelar e solar.

Com informações do Yahoo Notícias

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Jornalismo

Cientistas voltam a discutir fim da Terra após planeta ser engolido por estrela

Astrônomos encontraram evidências de um planeta que teria sido ‘devorado’ por sua estrela, dando fôlego a hipóteses sobre qual poderia ser o destino da Terra dentro de bilhões de anos.

A equipe descobriu indícios de um planeta que teria sido ‘engolido’ ao fazer uma análise sobre a composição química da estrela hospedeira.

Eles também acreditam que um planeta sobrevivente que ainda gira em torno dessa estrela poderia ter sido lançado a uma órbita incomum pela destruição do planeta vizinho.

Os detalhes do estudo estão na publicação científica ‘Astrophysical Journal Letters’.

A equipe, formada por americanos, poloneses e espanhóis fez a descoberta quando estava estudando a estrela BD 48 740 – que é um de uma classe estelar conhecida como gigantes vermelhas.

As observações foram feitas com o telescópio Hobby Eberly, no Observatório McDonald, no Texas.

Concentração de lítio
O aumento das temperaturas próximas aos núcleos das gigantes vermelhas faz com que essas estrelas se expandam, destruindo planetas próximos.

‘Um destino semelhante pode aguardar os planetas do nosso sistema solar, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha e se expandir em direção à órbita da Terra, dentro de cerca de cinco bilhões de anos’, disseo professor Alexander Wolszczan, da Pennsylvania State University, nos EUA, co-autor do estudo.

A primeira evidência de que um planeta teria sido ‘engolido’ pela estrela foi encontrada na composição química peculiar do astro.

A BD 48 740 continha uma quantidade anormalmente elevada de lítio, um material raro criado principalmente durante o Big Bang, há 14 bilhões de anos.

O lítio é facilmente destruído no interior das estrelas, por isso é incomum encontrar esse material em altas concentrações em uma estrela antiga.

‘Além do Big Bang, há poucas situações identificadas por especialistas nas quais o lítio pode ser sintetizado em uma estrela’, explica Wolszczan.

‘No caso da BD 48 740, é provável que o processo de produção de lítio tenha sido desatado depois que uma massa do tamanho de um planeta foi engolida pela estrela, em um processo que levou ao aquecimento do astro.’

Órbita incomum

A segunda evidência identificada pelos astrônomos está relacionada a um planeta recém-descoberto que estaria desenvolvendo uma órbita elíptica em torno da estrela gigante vermelha.

Esse planeta tem pelo menos 1,6 vez a massa de Júpiter. Segundo Andrzej Niedzielski, co-autor do estudo da Nicolaus Copernicus University em Torun, na Polônia, órbitas com tal configuração não são comuns nos sistemas planetários formados em torno de estrelas antigas.

‘Na verdade, a órbita desse planeta em torno da BD 48 740 é a mais elíptica já detectada até agora’, disse Niedzielski.

Como as interações gravitacionais entre planetas são em geral responsáveis por órbitas incomuns como essa, os astrônomos suspeitam que a incorporação da massa do planeta ‘engolido’ à estrela poderia ter dado a esse outro planeta uma sobrecarga de energia que o lançou em uma órbita pouco comum.

‘Flagrar um planeta quando ele está sendo devorado por uma estrela é improvável por causa da rapidez com a qual esse processo ocorre’, explicou Eva Villaver da Universidade Autônoma de Madri, na Espanha, uma das integrantes da equipe de pesquisadores. ‘Mas a ocorrência de tal colisão pode ser deduzida a partir das alterações químicas que ela provoca na estrela.’

‘A órbita muito alongada do planeta recém-descoberto girando em torno dessa estrela gigante vermelha e a sua alta concentração de lítio são exatamente os tipos de evidências da destruição de um planeta.’

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