Comportamento

Condições geográficas afetam horário de sono

Condições geográficas afetam os horários de um indivíduo acordar e dormir. É o que diz estudo realizado no Instituto do Sono, de São Paulo. As pessoas que moram perto da Linha do Equador têm maior tendência a se deitar e a se levantar cedo. Quanto maior a aproximação com os polos, porém, mais vespertinos se tornam os indivíduos.

A conclusão tem como base questionário respondido por 16 mil brasileiros na internet entre 2005 e 2007. O resultado só foi divulgado agora devido a estudos posteriores de cronobiologia, ciência que estuda os fenômenos biológicos recorrentes que ocorrem uma periodicidade determinada. A novidade é a descoberta de que o horário em que o sol nasce não é o único fator a influenciar o sono. Quanto maior a latitude, maior a variação no período iluminado. Em termos práticos, significa dizer que, apesar de o sol nascer praticamente no mesmo horário em Natal e em Porto Alegre, ele se põe mais tarde no Sul. Os moradores desta região ficam acordados por mais tempo, como mostrou o estudo. No inverno, porém, os potiguares dormem mais cedo que os gaúchos.

— Trazemos uma informação que, de certa forma, contraria o senso comum. Nosso organismo é regido temporalmente não pelo relógio de pulso ou de parede, mas sim pelo padrão de claro e escuro decorrente das relações geoespaciais entre terra e sol. Padrão este que é diferente ao longo do ano dependente da latitude — explica Mario Pedrazzoli, professor da Escolas de Artes, Ciências e Humanidade da Universidade de São Paulo (USP) e líder dos estudos.

O conhecimento poderá ser útil na medicina preventiva. Caso o médico consiga identificar genótipos mais propensos a sofrer distúrbios do sono, poderá orientar o paciente a mudar hábitos ou evitar atividades que possam favorecer a doença.

Para a interpretação dos resultados, os cientistas tiveram como base a teoria de que a alteração entre períodos claros e escuros regula os processos fisiológicos do organismo. Quanto mais cedo o indivíduo receber o primeiro sinal, mais cedo sentirá o sono.

As perguntas do questionário buscavam investigar os horários em que as pessoas preferiam comer, trabalhar, fazer exercícios, dormir e acordar. A cada resposta era atribuído um valor. A somatória final indicava se o indivíduo era matutino, vespertino ou intermediário.

A ideia da pesquisa surgiu quando, em 2005, o Instituto do Sono mostrou uma associação entre uma variação do gene PER3 e a síndrome da fase atrasada do sono. Quem sofre deste distúrbio sente sono mais tarde do que a média de população. Mais especificamente, por volta de 4h ou 5h.

A variação do PER3 foi associada ao distúrbio de sono em cerca de 10% dos brasileiros, com base em pesquisa com 283 pessoas. O gene produz uma proteína que ajuda a regular os períodos do dia em que as pessoas estão mais ou menos ativas. Apenas uma parcela deste percentual, porém, desenvolveu a síndrome. Levantou-se a hipótese, então, de que mudanças genéticas não seriam as únicas responsáveis por alterar o clico, mas também os ambientes onde vivem as pessoas.

Fonte: O Globo

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Educação

Portal reúne 50 links úteis para quem vai prestar o Enem

O portal Universia Brasil acaba de divulgar uma lista com 50 links essenciais para que os alunos estudem para as provas do Enem, que irão ocorrer 3 e 4 de novembro.

Há alguns meses, a Universia Brasil lançou mapeamento inédito de todas as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), desde a primeira prova, em 1998, até a edição mais recente, em 2011. O estudo apontou quais são os assuntos mais recorrentes em cada uma das disciplinas cobradas pelo exame.

O portal também selecionou uma série de informações sobre a correção das provas, dicas de memorização, como arte e até mesmo músicas podem ser cobradas no exame, entre outras dicas.

As provas do Enem ocorrem nos dias 3 e 4 de novembro. No total, são quatro provas objetivas compostas por 45 questões de múltipla escolha e uma redação. O exame é interdisciplinar e trata das quatro áreas principais de conhecimento do ensino médio: matemática e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias.

Os links estão disponíveis em http://noticias.universia.com.br/atualidade/noticia/2012/09/12/965641/50-links-essenciais-enem-2012.html.

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Saúde

Cocaína além de deixar a pessoa burra, mata. Só isso!!!

Cientistas da Grã-Bretanha encontraram grandes anomalias no cérebro de pessoas viciadas em cocaína. Exames cerebrais mostraram grande diminuição da massa nos lóbulos frontais, região responsável pela capacidade de decidir, pela memória e a atenção. De acordo com os especialsitas, essa diferenciação poderia explicar o comportamento compulsivo normalmente associado ao consumo da droga.

De acordo com Karen Ersche, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e coordenadora do estudo publicado na revista Brain, quanto mais tempo um indivíduo consumir cocaína, maior será seu déficit de atenção. A procura pela droga também tende a ser mais incontrolável com o passar do tempo. “A maioria dos consumidores de cocaína são pessoas inteligentes, que, apesar disso, chegam a todo tipo de extremos para comprar a droga, mesmo colocando em risco trabalho, profissão e família”, diz Karen.

Na pesquisa, a equipe de cientistas examinou os cérebros de 60 indivíduos dependentes de cocaína e os comparou com os de 60 pessoas que não tinham nenhum histórico de consumo de drogas e identificou as grandes anomalias. Além da redução da massa na crosta orbitofrontal, as outras áreas afetadas são a ínsula, que desempenha um importante papel na aprendizagem e na sensação de ansiedade, e o cíngulo, responsável pelos processos emocionais e pela atenção.

(Com agência Efe)

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