Saúde

E AINDA TEM SEDENTARISMO NO “PACOTE”: Pandemia afeta sono e altera o humor de quase metade dos adolescentes no país entre 12 e 17 anos , diz Fiocruz

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que a pandemia deixou quase metade – cerca de 9 milhões – dos adolescentes do País entre 12 e 17 anos nervosos, ansiosos e de mau humor. Também aumentou o sedentarismo e o consumo de doces e congelados entre eles e está afetando o sono de aproximadamente 4,3 milhões (23,9%) de adolescentes. Os pesquisadores acompanharam de junho a setembro jovens entre 12 e 17 anos de todo o Brasil e investigaram as mudanças na rotina, nos estilos de vida, nas relações com familiares e amigos, nas atividades escolares e nos cuidados à saúde.

De acordo o relatório Covid-19 Adolescentes, o percentual de jovens que não faziam 60 minutos de atividade física em nenhum dia da semana antes da pandemia era de 20,9%, e passou a ser de 43,4%. Setenta por cento dos brasileiros de 16 a 17 anos passaram a ficar mais de 4 horas por dia em frente ao computador, tablet ou celular, além do tempo das aulas online e 59% sentiram dificuldades para se concentrar nas aulas a distância.

“Chama muita atenção também o estado de ânimo desses jovens, que relataram tristeza, ansiedade e a ausência de amigos. A falta de atividade física entre os adolescentes foi um dos resultados que mais se destacou. Em geral, os jovens brasileiros praticam mais atividades coletivas, como aulas de danças e jogos com bola. Com as medidas de restrição social, tornou-se mais difícil para eles manterem a prática de exercícios”, aponta a pesquisadora Celia Landmann Szwarcwald, coordenadora do trabalho.

O estudo foi coordenado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e realizado de forma online.

Segundo o levantamento, a piora da saúde foi apontada por 5.488 milhões (30%) dos jovens, com as com as meninas relatando maior impacto na saúde (33,8%) do que os meninos (25,8%), e os adolescentes mais velhos (37,0%) do que os mais novos (26,4%).

O percentual de adolescentes que relataram piora na qualidade do sono durante a pandemia foi de 36% – aproximadamente 6.624 milhões -, sendo que 4,3 milhões (23,9%) começaram a ter problemas com o sono durante a pandemia e 12,1% relataram já terem problemas, porém, eles pioraram. Já a qualidade do sono foi mais afetada entre as meninas, e nos adolescentes com 16 a 17 anos, em relação aos mais novos.

“Também é importante destacar a piora na qualidade de sono e os problemas no estado de ânimo. Há um conjunto de fatores como sentimento de tristeza, nervosismo, isolamento, insegurança, medo por familiares, que está afetando diretamente a saúde dos jovens. Não é à toa que 30% deles identificam uma piora em seu estado de saúde”, explicou a pesquisadora.

Sentir-se preocupado, nervoso ou mal-humorado foi descrito por 48,7% dos adolescentes, na maioria das vezes ou sempre. Entre as meninas, o percentual foi de 61,6%. Os adolescentes de 16-17 anos de idade relataram esse sentimento mais frequentemente (55,3%) do que os de 12-15 anos (45,5%).

Sobre as aulas online, os adolescentes disseram estar tendo muita dificuldade para acompanhar e assimilar o conteúdo: 59% relataram falta de concentração, 38,3% falta de interação com os professores, 31,3% falta de interação com amigos, 47,8% dos adolescentes relataram estar entendendo pouco, e 15,8% disseram não estar entendendo nada. Apenas 1 em cada 4 adolescentes de 16-17 anos relatou estar entendendo tudo ou quase tudo das aulas presenciais.

Dados do IBGE indicam que o Brasil tem 18,2 milhões de jovens entre 12 e 17 anos. A pesquisa da Fiocruz ouviu de forma online 9.470 adolescentes. Eles responderam a um questionário virtual, entre os dias 27 de junho e 17 de setembro.

CNN Brasil

 

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Diversos

Complexidade dos sonhos depende da fase do sono, revela estudo brasileiro com pesquisadores da UFRN

Foto:  Artur Debat/Getty Images

Alguns sonhos são vívidos, longos e complexos, com começo, meio e fim bem definidos. Outros são apenas relances desconexos e pouco marcantes, como se fossem uma memória distante. Na analogia da neurocientista Natália Mota, é como se os primeiros fossem filmes, e os segundos, meros GIFs de WhatsApp.

Um novo estudo feito por pesquisadores brasileiros revelou que a profundidade e complexidade dos sonhos depende da fase do sono em que eles ocorrem. A ciência já sabia que os sonhos mais vívidos e memoráveis acontecem durante a fase REM do sono (sigla para Rapid Eye Movement, ou Movimento Rápido dos Olhos). Nessa etapa do descanso, o cérebro apresenta uma alta atividade – comparável aos níveis de quando estamos acordados.

No passado, considerava-se que os sonhos só aconteciam durante a fase REM, mas estudos recentes confirmaram que as outras três fases de sono (conhecidas como não-REM) também produzem sonhos, embora menos vívidos e complexos.

Até agora, essas descobertas haviam sido feitas apenas com relatos subjetivos de voluntários. Nos testes, eles eram acordados em diferentes etapas do sono e descreviam seus sonhos em seguida. Essas descrições eram posteriormente analisadas pelos cientistas. A limitação desse método é que os resultados podem ser enviesados. O pesquisador pode considerar que relatos mais longos significam que os sonhos são necessariamente mais complexos, o que nem sempre é o caso.

Foi pensando nisso que pesquisadores brasileiros criaram um novo método para se analisar diferentes sonhos. Em artigo publicado na revista PLOS ONE, a equipe liderada pelo neurocientista Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, descreve o uso de um modelo computacional baseado teoria dos grafos para analisar os sonhos. Grafos são estruturas matemáticas que representam as relações entre elementos de um determinado conjunto.

Os pesquisadores colheram relatos de 133 sonhos de 20 voluntários, obtidos quando acordavam em diferentes etapas do sonho. Em vez de ler e analisar as histórias oníricas, os pesquisadores utilizaram um software para transformar os relatos em grafos, palavra por palavra. Veja um exemplo abaixo.

Exemplo de um relato de um sonho transformado em um grafo. Sidarta Ribeiro et al/Divulgação

“Não se trata de uma análise semântica, de significado das palavras. Não estamos lidando com o que foi dito, mas com a maneira como foi dito. Isso permite uma infinidade de análises futuras sobre compreensão do sonho em diferentes culturas e países”, explicou Natália Mota, também da UFRN, à Agência FAPESP. Mota já utilizou a teoria dos grafos em seu doutorado, em que desenvolveu um método para diagnosticar esquizofrenia por meio do discurso de pacientes.

O que vale aqui não é o conteúdo do sonho em si ou o quão realista ele é, e sim o quão complexa é a sua estrutura, independente da extensão dos relatos. Com os grafos, os pesquisadores mostraram que sonhos obtidos na fase REM de fato são mais coesos e conectados do que os obtidos em outras fases, que tendem a formar estruturas mais aleatórias e menos complexas.

É a primeira vez que os grafos são utilizados para analisar sonhos. Segundo a equipe, o método é “promissor para pesquisar sonhos, devido à sua natureza automatizada” e pode complementar os métodos tradicionais usados até agora, escreveram no artigo.

Ainda não sabemos o que explica essas diferenças entre os sonhos. Cientistas acreditam que os sonhos acontecem porque o cérebro está organizando suas memórias e informações armazenadas durante o sono. Como se fosse uma grande faxina em que as coisas importantes são armazenadas em gavetas, e as irrelevantes vão para o lixo. Pesquisadores da área ainda devem estudar como esse processo se altera durante as fases do sono e quais outros fatores podem estar envolvidos.

Super Interessante

 

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Saúde

Apneia do sono pode promover risco adicional à Covid-19, diz estudo

(Foto: Adi Goldstein/Unsplash)

Um estudo recente da Universidade de Warwick, na Inglaterra, aponta que pessoas diagnosticadas com apneia obstrutiva do sono podem ter maior risco às complicações da Covid-19. A pesquisa foi publicada no início de setembro na revista Sleep Medicine Reviews.

A apneia obstrutiva do sono é uma condição caracterizada pelo bloqueio completo ou parcial das vias aéreas durante o sono. Muitos dos fatores de risco associados a esse distúrbio, como diabetes, obesidade e hipertensão, são semelhantes àqueles associados aos sintomas mais graves da Covid-19. Por isso, os pesquisadores revisaram estudos e investigaram se o diagnóstico de apneia conferia um risco adicional além à infecção provocada pelo Sars-CoV-2.

Cientistas analisaram 18 estudos publicados até junho de 2020 que relacionavam apneia obstrutiva do sono e Covid-19, sendo que oito deles estavam relacionados ao risco de morte pela doença e dez estavam relacionados ao diagnóstico, tratamento e gestão da apneia do sono.

Com base na revisão dos artigos, evidências sugerem que muitos pacientes que precisaram de terapia intensiva tinham apneia obstrutiva do sono. Um dos estudos analisados, por exemplo, concluiu que pacientes hospitalizados por Covid-19 que tinham diabetes e estavam em tratamento para apneia obstrutiva do sono tinham risco 2,8 vezes maior de morrer no sétimo dia após a admissão hospitalar.

Com as taxas de obesidade e outros fatores de risco relacionados aumentando, os pesquisadores também acreditam que as taxas de apneia obstrutiva do sono também estejam crescendo. A revisão destaca que a pandemia também teve efeitos mundiais no diagnóstico, gerenciamento e tratamento em andamento de pacientes com esta e outras condições de sono. No futuro, pode ser necessário explorar novas vias de diagnóstico e tratamento para esses indivíduos.

Os pesquisadores defendem que é importante que as pessoas com diagnóstico de apneia obstrutiva do sono estejam cientes do risco adicional e tomem as precauções adequadas para reduzir sua exposição ao vírus. Mais pesquisas são necessárias para determinar se esses indivíduos precisam ser adicionados à lista de grupos vulneráveis ​​do coronavírus.

Galileu

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Diversos

Falta de sono dá larica – mesmo se você não fumou maconha, afirmam cientistas

(PhotoAlto/Frederic Cirou/Getty Images)

Você já ouviu falar do sistema endocanabinoide? Não, ele não é exclusivo daqueles que fazem uso da droga. Na verdade, existe em todas as pessoas, e está ligado a algo essencial: o equilíbrio do corpo – ou, em termos técnicos, a homeostase.

Apesar da importância, o sistema endocanabinoide só foi descoberto no início da década de 1990, e seu funcionamento ainda guarda muitos segredos – tanto que você provavelmente nem ouviu falar dele na escola. Mas, para entender como aquela hora não dormida pode dar larica até em quem nunca fez uso da erva, precisamos entender o princípio dos endocanabinoides.

Os cientistas definem o sistema endocanabinoide assim: “é um mecanismo de sinalização endógena que atua fisiologicamente na regulação da homeostase energética”. Traduzindo para o bom português, o sistema funciona pela ativação de receptores pelo corpo (conhecidos como CB1 e CB2) que facilitam a troca de informações entre as células e acabam regulando o que não está sob controle.

Quem ativa esses receptores são justamente os canabinoides, tipos de moléculas que não existem só na maconha. Nossa membrana celular, inclusive, as produz naturalmente. Os canabinoides naturais são chamados de endocanabinoides, e estão muito presentes em células do sistemas nervoso e imunológico. Sua atuação não fica restrita apenas a essas áreas, mas chega também a sistemas como o motor, digestivo, ósseo, dentre outros.

A lógica do sistema endocanabinoide é basicamente esta: se o stress aumenta, os endocanabinoides trabalham para diminuí-lo; se sentimos dor, eles procuram aliviá-la, e assim por diante. Ou seja, essas moléculas vivem apagando fogo, tentando consertar o que está errado no nosso corpo.

Então quer dizer que maconha só faz bem, uma vez que fornece canabinoides? Bem, não exatamente. O THC (tetrahidrocanabinol) que está presente na cannabis se assemelha a um endocanabinoide produzido no nosso cérebro, a anandamida. Ela, naturalmente, atua na regulação o nosso humor, sono, memória e apetite. Consumindo maconha, você adiciona mais ativadores ao sistema endocanabinoide, e esse excesso acaba bagunçando a regulação normal de algumas áreas do corpo. Os resultados a gente já conhece: euforia intensa, sensação de relaxamento e a famosa “larica” – a fome avassaladora que vem depois de um “baseado”.

Beleza, mas o que tudo isso tem a ver com o sono? E com quem não usou maconha? Calma, vamos chegar lá agora: a ciência já sabia que pessoas que dormem mal geralmente tem mais fome e preferem alimentos doces e gordurosos. Mas, agora, cientistas americanos descobriram que a falta de sono pode afetar justamente o sistema endocanabinoide – e aumentar o apetite.

Para averiguar se isso fazia ou não sentido, os pesquisadores examinaram o impacto de uma noite de apenas quatro horas de sono em 25 voluntários saudáveis. As análises sanguíneas mostraram que, após essa noite curta, os indivíduos tinham aumentado a quantidade de 2-oleoilglicerol, um tipo de endocanabinoide. Quando os cientistas perguntaram o que as pessoas privadas de sono queriam comer, aquelas com maiores níveis de 2-oleoilglicerol preferiam alimentos com mais “energia” – ou seja, doces e gordurosos, com bastante glicose.

Além disso, a equipe também investigou o cérebro dos voluntários para analisar se essas alterações mudavam a maneira como o cérebro processa os cheiros – algo intimamente relacionado a vontade de comer. Isso revelou que o endocanabinoide em excesso estava bagunçando as ligações entre duas áreas do cérebro importantes para a regulação do apetite: o córtex piriforme e a ínsula.

A função da primeira é, basicamente, processar o odor; a da segunda, é integrar informações sobre o estado do corpo para controlar a ingestão de alimentos – ou seja, decidir se vale a pena ou não buscar uma fonte de alimentos, averiguando biologicamente se já está na hora de sentir fome. De acordo com os cientistas, as alterações nas quantidades de 2-oleoilglicerol estavam ligadas a modificações na relação entre essas duas áreas do cérebro. E a falta de comunicação entre elas acabou gerando um grande vontade de consumir alimentos gordurosos.

Ainda serão necessários muitos estudos para desvendar perfeitamente todos os mecanismo envolvidos nessa relação, mas o resultado da pesquisa é claro: assim como a maconha, a falta de sono altera o sistema endocanabinoide, gerando uma fome excessiva – ou a boa e velha larica. Por via das dúvidas, é melhor regular seu sono.

Super Interessante

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Diversos

Padrão de sono vai além de dividir as pessoas entre “diurnas” ou “noturnas”; entenda

(FOTO: PEXELS)

Algumas pessoas gostam de dormir cedo para também acordar cedo, enquanto outras consideram que são mais produtivas quando ficam acordadas até mais tarde e dormem durante boa parte da manhã seguinte. Embora esses dois cronogramas de sono sejam os mais conhecidos, evidências recentes sugerem que há pelo menos mais duas “personalidades”. A pesquisa foi publicada no periódicoPersonality and Individual Differences.

Um dos grupos é formado pelas pessoas que ficam sonolentas pela manhã e à noite, com seu estado de alerta sendo do meio-dia até o começo da noite. No outro tipo estão os que geralmente estão sonolentos das 11 às 15 horas e mais acordados de manhã e noite. Os psicólogos tentam descobrir as complexidades desse espectro há anos, e eles encontraram cada vez mais evidências de que existem três ou até quatro cronotipos principais entre os humanos.

Os resultados foram coletados usando respostas 1.305 pessoas, a maioria de mulheres e relativamente jovens. Proporcionando informações pessoais e sobre a carreira, os participantes responderam a um questionário sobre sua qualidade de sono e o quanto estão atentos em horários aleatórios ao longo do dia (em uma escala de “extremamente sonolento” até “extremamente alerta”). Além disso, cada uma dessas questões pressupunha uma noite de sono normal e um horário de acordar às 7:30 da manhã.

Usando análises estatísticas, os pesquisadores classificaram essas respostas em quatro cronotipos amplos com suas próprias variações diárias de sonolência. Ainda assim, a pesquisa tem algumas limitações e ressalvas importantes, como a representação desigual de idade e gênero. Os autores admitem que mais estudos precisarão verificar essas quatro curvas de sonolência distintas e descobrir quais fatores biológicos, genéticos, psicossociais ou ambientais podem influenciar seu desenvolvimento.

Galileu

 

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Diversos

Menino de 8 anos adormece mais de 20x por dia após tomar vacina contra gripe

029Sua família culpa uma vacina por todos os distúrbios de sono que ele desenvolveu. Ben Foy, inexplicavelmente, adormece mais de 20 vezes por dia, muitas vezes fechando os olhos sem ‘prévio aviso’. Sua mãe, Lindsey, 33 anos, disse que ele também tornou-se mau humorado e culpa a vacina Pandemrix, usada  contra a gripe, como a culpada.

A vacina foi administrada para mais de 1 milhão de crianças com menos de 5 anos em 2009 e em 2010, antes de ser retirada dos postos de saúde britânicos por ter sido apontada por ter uma ligação com a narcolepsia.

Bem não só tem narcolepsia, mas também desenvolveu cataplexia – que é a perda da força provocada por fortes emoções, como a excitação ou gargalhadas.

Ele tomou a injeção em 2010 e começou a apresentar os primeiros sintomas no mês seguinte. Os médicos fizeram vários testes (punção lombar, exames de sangue, ressonância magnética) – incluindo tomografia computadorizada – antes de diagnosticá-lo com narcolepsia.

A família decidiu tratá-lo sem o auxílio de medicamentos fortes até maio deste ano: “As drogas inicialmente ofertadas para Ben eram ligadas a anti-depressivos e têm efeitos colaterais muito graves”, disse a mãe em entrevista ao britânico DailyMail.

A narcolepsia, que ocorre em 1 a cada 2.000 pessoas, é um distúrbio do sono que faz com que uma pessoa adormeça em horários impróprios. É uma condição neurológica de longo prazo que perturba severamente os padrões normais de sono.

Os sintomas incluem ataques de sono, sonolência diurna e cataplexia – que é a fraqueza muscular temporária em respostas às emoções; muitas vezes é causada por uma resposta auto-imune, onde anticorpos são liberados pelo organismo, mas em vez de destruir uma doença, ataca as células saudáveis.

Na narcolpesia, anticorpos atacam as áreas do cérebro que produzem um produto químico responsável por regular o sono. Não há nenhuma cura conhecida.

Estima-se que 55 mil crianças que receberam a vacina Pandemrix desenvolveram o problema. Os cientistas publicaram suas descobertas na revista British Medical Journal em estudos realizados com 75 crianças.

Jornal Ciência

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Diversos

Bancário dorme sobre teclado e transfere R$ 628 milhões por engano

1_8Um funcionário de um banco europeu, cansado, dormiu sobre o teclado de seu computador e acidentalmente fez uma transferência de mais de 222 milhões de euros de uma conta corrente de um cliente.

O tribunal trabalhista da cidade de Hessen afirmou que o homem deveria transferir 62,40 euros de uma conta bancária de um aposentado, mas “dormiu por um instante, quando pressionava o número 2 no teclado”. Com isso, fez uma ordem de pagamento de 222.222.222,22 euros (mais de quase R$ 628 milhões).

O banco descobriu o erro logo e o corrigiu logo em seguida.

O caso foi parar no tribunal porque um colega do homem, responsável por ter deixado o erro “passar” na hora de conferir a ordem de pagamento, havia sido demitido pelo banco em virtude do incidente.

O tribunal mandou que o banco devolvesse ao homem seu emprego.

Da AFP

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Comportamento

Condições geográficas afetam horário de sono

Condições geográficas afetam os horários de um indivíduo acordar e dormir. É o que diz estudo realizado no Instituto do Sono, de São Paulo. As pessoas que moram perto da Linha do Equador têm maior tendência a se deitar e a se levantar cedo. Quanto maior a aproximação com os polos, porém, mais vespertinos se tornam os indivíduos.

A conclusão tem como base questionário respondido por 16 mil brasileiros na internet entre 2005 e 2007. O resultado só foi divulgado agora devido a estudos posteriores de cronobiologia, ciência que estuda os fenômenos biológicos recorrentes que ocorrem uma periodicidade determinada. A novidade é a descoberta de que o horário em que o sol nasce não é o único fator a influenciar o sono. Quanto maior a latitude, maior a variação no período iluminado. Em termos práticos, significa dizer que, apesar de o sol nascer praticamente no mesmo horário em Natal e em Porto Alegre, ele se põe mais tarde no Sul. Os moradores desta região ficam acordados por mais tempo, como mostrou o estudo. No inverno, porém, os potiguares dormem mais cedo que os gaúchos.

— Trazemos uma informação que, de certa forma, contraria o senso comum. Nosso organismo é regido temporalmente não pelo relógio de pulso ou de parede, mas sim pelo padrão de claro e escuro decorrente das relações geoespaciais entre terra e sol. Padrão este que é diferente ao longo do ano dependente da latitude — explica Mario Pedrazzoli, professor da Escolas de Artes, Ciências e Humanidade da Universidade de São Paulo (USP) e líder dos estudos.

O conhecimento poderá ser útil na medicina preventiva. Caso o médico consiga identificar genótipos mais propensos a sofrer distúrbios do sono, poderá orientar o paciente a mudar hábitos ou evitar atividades que possam favorecer a doença.

Para a interpretação dos resultados, os cientistas tiveram como base a teoria de que a alteração entre períodos claros e escuros regula os processos fisiológicos do organismo. Quanto mais cedo o indivíduo receber o primeiro sinal, mais cedo sentirá o sono.

As perguntas do questionário buscavam investigar os horários em que as pessoas preferiam comer, trabalhar, fazer exercícios, dormir e acordar. A cada resposta era atribuído um valor. A somatória final indicava se o indivíduo era matutino, vespertino ou intermediário.

A ideia da pesquisa surgiu quando, em 2005, o Instituto do Sono mostrou uma associação entre uma variação do gene PER3 e a síndrome da fase atrasada do sono. Quem sofre deste distúrbio sente sono mais tarde do que a média de população. Mais especificamente, por volta de 4h ou 5h.

A variação do PER3 foi associada ao distúrbio de sono em cerca de 10% dos brasileiros, com base em pesquisa com 283 pessoas. O gene produz uma proteína que ajuda a regular os períodos do dia em que as pessoas estão mais ou menos ativas. Apenas uma parcela deste percentual, porém, desenvolveu a síndrome. Levantou-se a hipótese, então, de que mudanças genéticas não seriam as únicas responsáveis por alterar o clico, mas também os ambientes onde vivem as pessoas.

Fonte: O Globo

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Saúde

Problemas para dormir podem indicar Mal de Alzheimer

Se a pesquisa da Escola de Medicina da Universidade de Washington se provar correta, a falta de sono poderá ser um indicador precoce da doença

Problemas com o sono podem ser um sinal precoce do Mal de Alzheimer. É o que sugere a Escola de Medicina da Universidade de Washington, com base em pesquisas com camundongos. A espécie dorme, geralmente, 40 minutos durante cada hora do dia. Um teste da instituição mostrou, porém, que a média cai para meia hora no momento em que a doença começa a se desenvolver.

Os pesquisadores acreditam que o processo se deva a uma maior produção de proteína beta-amilóide, que produz as placas da patologia e modifica os hábitos noturnos. Para confirmar a hipótese, os cientistas deram uma vacina contra a substância em um grupo de camundongos. Não foram desenvolvidas placas no cérebro e os padrões de sono permaneceram normais.

— Se as alterações do sono começam no início do curso da doença, as mudanças podem nos fornecer um sinal facilmente detectável do problema — afirma David Holtzman, autor do estudo. — Quando formos tratar os pacientes antes de um maior desenvolvimento da patologia, os problemas na hora de dormir poderão indicar rapidamente se o método usado é eficiente ou não.

Com informações de O globo.com

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Comportamento

Pesquisa mostra que cérebro é capaz de aprender durante sono

Atenção concurseiros e candidatos ao vestibular, vamos otimizar o tempo. Estudo do instituto israelense Weizmann conclui que o cérebro humano tem capacidade de captar informações novas durante o sono

O cérebro humano tem a capacidade de captar informações novas durante o sono, concluiu uma pesquisa publicada na segunda-feira por pesquisadores do instituto israelense Weizmann.

A pesquisa, realizada ao longo de três anos pela neurobióloga Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro.

“Esta é a primeira vez que uma pesquisa científica consegue demonstrar que o cérebro é capaz de aprender durante o sono”, disse Arzi à BBC Brasil.

Segundo a cientista, estudos prévios já demonstraram a capacidade de bebês aprenderem enquanto dormem, mas a pesquisa recém-divulgada descobriu que o mesmo vale para adultos.

‘Aprendizagem associativa’

O experimento, realizado por Arzi em colaboração com o professor Noam Sobel, diretor do Laboratório do Olfato do instituto, examinou as reações de 55 pessoas que foram expostas a sequências de sons e cheiros enquanto dormiam.

As sequências, que incluiam um intervalo de 2,5 segundos entre o som e o cheiro, expunham os participantes a odores agradáveis (de perfume ou xampu) ou desagradáveis (de peixes podres ou outros animais em decomposição), de forma sistemática e sempre antecedidos por sons que se repetiam.

“A vantagem de se utilizar o olfato é que os cheiros geralmente não interrompem o sono, a não ser que sejam muito irritantes para as vias respiratórias”, explicou a cientista.

Durante o experimento os cientistas observaram sinais de que os participantes adormecidos passaram por uma “aprendizagem associativa”.

“Com o tempo, criou-se um condicionamento. Bastava que (os participantes) ouvissem determinado som para que a respiração deles se alterasse e se tornasse mais longa e profunda – em casos de associação com odores agradáveis -, ou mais curta e superficial – em casos de sons ligados a cheiros desagradáveis”, afirmou Arzi.

A cientista também relatou que as mesmas reações ocorriam na manhã seguinte, quando os participantes acordavam. Se fossem expostos a um som associado com um odor agradável, respiravam longa e profundamente.

Informações gravadas

“O fato de que as informações ficaram gravadas no cérebro e causaram reações fisiológicas idênticas, mesmo quando os participantes estavam despertos, demonstra que eles passaram por uma aprendizagem associativa enquanto dormiam”, disse.

Pessoas com lesões no hipocampo – região do cérebro relacionada à criação da memória – não registraram as informações, disse a neurobióloga.

Para Arzi, a descoberta pode ser “um primeiro passo no estudo da capacidade do cérebro humano de obter uma aprendizagem mais complexa durante o sono”.

No entanto, segundo a cientista, são necessárias mais pesquisas para examinar as diferenças entre o funcionamento dos mecanismos cerebrais de pessoas adormecidas e despertas

 

 

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