Saúde

Aspirina pode reduzir risco de intubação e morte por Covid-19, diz estudo

Foto: Jeanette Martin/Getty Images

O uso de aspirina em pacientes hospitalizados com Covid-19 pode ajudar a reduzir o risco de intubação, internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e morte. A conclusão é de um estudo publicado recentemente na revista científica Anesthesia & Analgesia.

No estudo, pesquisadores da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, analisaram registros de saúde de 412 pacientes internados em vários hospitais dos EUA entre março e julho de 2020. Cerca de 24% deles receberam aspirina em até 24 horas após a admissão hospitalar ou nos sete dias anteriores à admissão hospitalar. Por outro lado, a maioria, 76%, não recebeu o medicamento.

Os resultados mostraram que o uso da aspirina foi associado a uma redução de 44% no risco de ventilação mecânica, queda de 43% na probabilidade de admissão na UTI e diminuição de 47% no risco de morte. Os pesquisadores acreditam que o efeito benéfico do medicamento no tratamento está associado ao seu efeito anticoagulante.

Estudos anteriores chegaram a conclusões semelhantes. Uma pesquisa publicada na revista PLOS One analisou mais de 30.000 veteranos norte-americanos com Covid-19 e descobriu que aqueles que já tomavam aspirina tinham metade do risco de morrer do que aqueles que não usavam o medicamento. Outro estudo, feito pela Universidade Bar-Ilan, em Israel, concluiu que uma dose baixa diária de aspirina (75 mg) está associada à redução de até 29% no risco de contrair Covid-19.

Além de sua capacidade anticoagulante, a aspirina é um anti-inflamatório e estudos anteriores mostraram que pode ajudar o sistema imunológico a combater algumas infecções virais. “Em resumo, nossa análise sugere que o uso de aspirina pode ter efeitos benéficos em pacientes com Covid-19”, concluem os pesquisadores da Universidade George Washington.

No entanto, eles ressaltam que estes resultados precisam ser interpretados com cautela, já que trata-se apenas de um estudo observacional, retrospectivo. Para confirmar a eficácia da aspirina no tratamento da Covid-19 é necessária a realização de testes clínicos randomizados controlados duplo-cego, considerados o padrão-ouro na pesquisa clínica.

Felizmente, um estudo nestes moldes já está em andamento no Reino Unido. Se os resultados se comprovarem, será uma ótima notícia, já que a aspirina tem baixo custo em comparação com outros tratamentos contra a doença, como o remdesivir, e está amplamente disponível.

Prevenir a doença por meio da vacinação é, sem dúvida, o fator mais importante no combate à pandemia. Mas diante do aumento do número de infectados e mortos, é fundamental encontrar tratamentos eficazes. Melhor ainda se eles forem de baixo custo e estiverem disponíveis em grande escala.

Nos últimos dados disponibilizados, o Ministério da Saúde registrou 47.774 novos casos e 1.290 novas mortes neste domingo, 21. No total, são 11.998.233 casos e 294.042 óbitos confirmados em todo o território nacional.

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Opinião dos leitores

  1. Falou o papagaio. Esquece PT, alienado. O mundo não se resume a petralhas x Bozo. Vá estudar pra ver se deixa de ser jegue…

  2. O maior problema é a demanda. Se não houvesse tantos infectados, certamente não haveria tantas pessoas necessitando de atendimento médico e todas as suas consequências. Ora… estimular o cantágio em massa não é apenas uma simples irresponsabilidade, mas um crime.
    REMÉDIO É PRA QUEM JÁ ESTÁ DOENTE.
    VACINA, USAR MÁSCARAS, LAVAR AS MÃOS, USAR ÁLCOOL EM GEL, EVITAR O CONTATO FÍSICO E AGLOMERAÇÕES SÃO AS ÚNICA MEDIDAS, EGURAS PRA EVITAR O CONTÁGIO.
    E NEM VENHAM COM HISTÓRIA DE FECHAR, PQ SÓ SE FECHA POR CAUSA DO COMPORTAMENTO SUICIDA DE ALGUMAS PESSOAS QUE IGNORAM O VÍRUS.

  3. A petralhada tá há dois anos sem roubos a estatais…. tá minando o resta de merda que eles ainda tem na cachola….

    1. É através de pessoas bobinhas como o senhor que Bolsonaro e os filhos estão montando. O senhor já procurou saber pq o patrimônio da família Bolsonaro aumentou tanto nesse ano de crise e pandemia???? Bobalhão!

  4. Se fosse Bolsonaro recomendando, iam aparecer estudos dizendo que faz mal e não ajuda em nada.
    Essa guerra política ainda vai ser muito estudada no futuro.
    Mandar ficar em casa esperando a falta de ar é criminoso.
    Quantas vidas estão sendo perdidas pela disputa pelo poder?

    1. Bolsonaro não é médico, não tem propriedade pra recomendar tratamento.

    2. Ah Thalles, então tem que mandar demitir os pesquisadores e médicos dos ministérios da Saúde e C&T. Exercita o senso crítico, amigo, não engula todo vômito que vem da mídia sem o mínimo de critério. O PR defendeu o que defendeu por causa do relato de diplomatas sobre a realidade na África, de médicos da linha de frente e pesquisas trazidas ao seu conhecimento.

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