Judiciário

Boulos vira réu acusado de invadir o tríplex em Guarujá

Foto: Nelson Antoine/UOL

A Justiça Federal recebeu a denúncia contra Guilherme Boulos (PSOL) e mais duas pessoas acusados de invasão ao tríplex do Guarujá (SP). Agora, o político e coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) é réu por causa do ato, ocorrido em abril de 2018, como protesto à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorrida na época.

A decisão de receber a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) foi tomada pela juíza Lisa Taubemblatt, da 6ª Vara Federal de Santos (SP).

Em despacho publicado ontem (25), a magistrada disse que a acusação do MPF “veio acompanhada de peças informativas que demonstram a existência de justa causa para a persecução penal”.

A magistrada deu dez dias para Boulos e os outros dois réus —Anderson Dalecio e Andreia Barbosa da Silva, ambos do MTST— oferecerem resposta à acusação por escrito.

Segundo o MPF, eles teriam cometido o crime de “destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção”, como indica o artigo 346 do Código Penal. A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão, mais multa.

Procurada, a defesa de Boulos ainda não se manifestou. Em 2020, Boulos disse que a denúncia era a “nova farsa do tríplex”. A reportagem ainda não localizou os defensores dos outros dois réus.

Uma quarta pessoa foi absolvida sumariamente porque conseguiu comprovar que não estava no Guarujá no dia da invasão ao tríplex.

Lula também foi alvo

A acusação do MPF, feita em janeiro do passado, também era contra Lula, mas a juíza negou a denúncia contra ele dias depois. O ex-presidente era acusado de ter incentivado Boulos a invadir o imóvel.

O tríplex é ponto central na primeira condenação de Lula em processos da Operação Lava Jato. O imóvel, segundo a acusação, seria um benefício ao ex-presidente em razão de esquemas de corrupção. Lula teve a condenação já confirmada pela segunda instância e pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). A defesa do petista, porém, nega as acusações e diz que ele é alvo de perseguição.

Em razão do processo, Lula foi preso há três anos —ele está solto em razão de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Com a condenação ainda válida, o petista está impedido de disputar eleições em razão da Lei da Ficha Limpa.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Xadrez é pouco pra essa turma. Se ficasse o Lulaladrão e esse aí, os dois em celas vizinhas seria ótimo, ou quem sabe não seria melhor na mesma cela

  2. Mané e bicho de chifre, essa dupla apoiadora dos PTralhas não dá um descanso. Kkkkk
    Prometeram quanto pra vcs? O de sempre, o da igreja 1/3.

  3. Pura delinquência própria de arruaceiros e anarquistas, que assaltam banco em "nome da causa". Sem mais.

  4. O compadre se meteu na lama que tanto combateu e criticou, podia ter sido diferente e cuidado ze, essa história de sobrinho está ficando pesada e muito comum para vc, pois "Quem disso cuida, disso usa".

  5. Fantasia regada a cachaça, visitas com empreiteiros responsaveis pela obra, confissão de caseiro, engenheiro, fotografias de regabofe, cozinha estilizada, lago com pedalinhos com nomes dos meliantes, notas fiscais, torre de antena instalada às pressas, investigação da PF, acompanhamento do ministério público, sentença de um juiz com base nos autos, direito de defesa respeitados, mais um julgamento realizado por três desembargadores, sentença confirmada, tudo culpa do olho grande de ex esposa, que até guarde roupa com roupas e toalhas com o nome deles tinha, se não foi verdade, no mínimo foi chifre.

  6. Esse triplex foi a maior fantasia noturna da quadrilha de Curitiba.
    Deltan parece que gosta dos sobrinhos também.

    1. Muito coerente seu alinhamento com ladrões corruptos, deve agir igualzinho. Deve ser por isso que vive desempregado, e passa o dia falando merda aqui, quem emprega ladrão.

    2. Esse homi ainda continua postando besterol aqui! Vá estudar um pouco, ocupar a mente ou então trabalhar.

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Segurança

Grupo hacker com suposta ligação ao governo chinês é acusado de invadir redes e computadores em todo o mundo

Foto: Reprodução

Um grupo hacker com suposta ligação ao governo chinês é acusado de invadir redes e computadores em todo o mundo. A grande diferença desta vez é que eles conseguiram burlar facilmente a autenticação de dois fatores no processo.

O ataque foi detalhado por pesquisadores de segurança da Fox-IT Holding. Em suas invasões, o grupo é acusado de caçar senhas de contas de administradores para conseguir mais informações de seus alvos.

Mas o que chama atenção desta vez é que os especialistas em segurança afirmam ter encontrado evidências de que o grupo tenha logrado acesso a contas protegidas pelo segundo fator de autenticação (2FA). O hackeamento do 2FA não é novo, e o processo envolvido é um pouco complicado, mas ao que tudo indica, o grupo de hackers chineses encontrou uma nova forma de contornar a etapa de segurança.

Acredita-se que os hackers tenham roubado um token de software da RSA SecurID de um sistema invadido e modificado a chave para trabalhar em diferentes sistemas.

“O token de software é gerado para um sistema específico, mas é claro que esse valor específico do sistema pode ser facilmente recuperado pelo ator ao ter acesso ao sistema da vítima”, explicaram os pesquisadores de segurança.

“Na verdade, o ator não precisa se esforçar para obter o valor específico do sistema da vítima, porque esse valor específico é verificado apenas ao importar o SecurID Token Seed. Isso significa que o ator pode simplesmente corrigir a verificação, que verifica se o token programável importado foi gerado para este sistema e não precisa se preocupar em roubar o valor específico do sistema.”

Embora o problema se aplique especificamente a tokens baseados em software, o método é preocupante, principalmente porque o 2FA é mantido regularmente como uma das maneiras mais seguras de evitar ataques e invasões como estas.

Olhar Digital

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Polícia

PF deflagra operação e prende suspeitos de invadir celular de Moro

Foto: Isaac Amorim/MJSP – 09.07.2019

Policiais Federais de São Paulo cumpriram no fim da tarde desta terça-feira (23) dois mandados de busca e apreensão de pessoas suspeitas de terem envolvimento com a invasão do celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Ao menos um homem, que não teve a identidade revelada, foi preso em São Paulo e policias teriam feito buscas em sua casa na cidade de Araraquara, distante 271 km da capital paulista. Há relatos de que os agentes da Polícia Federal fizeram buscas também na casa de familiares desse homem na cidade.

O R7 apurou que a ação foi feita com cautela e sigilo e que a Polícia Federal usou agentes da Diretoria de Inteligência Policial para cumprir os mandados.

Segundo informações preliminares, os suspeitos seriam hackers e teriam agido em conjunto para roubar informações do celular do ministro e, não está descartada a suspeita de que tenham envolvimento na invasão de aparelhos de outros integrantes do Ministério Público e até mesmo outras pessoas ligadas ao Governo Federal.

A reportagem do R7, questionou a assessoria de imprensa da Polícia Federal em Brasília e em São Paulo sobre mais informações sobre a ação, mas até o momento, não recebeu nenhuma resposta.

Nota da PF

Leia abaixo a íntegra de nota divulgada pela Polícia Federal:

Brasília/DF – A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (23/07), a Operação spoofing com o objetivo de desarticular organização criminosa que praticava crimes cibernéticos.

Foram cumpridas onze ordens judiciais, sendo sete Mandados de Busca e Apreensão e quatro Mandados de Prisão Temporária, nas cidades de São Paulo/SP, Araraquara/SP e Ribeirão Preto/SP.

As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados.

As informações se restringem às divulgadas na presente nota.

Spoofing é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.

Comunicação Social da PF

R7

 

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