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France Football cancela edição da Bola de Ouro de 2020 para melhor jogador do mundo no ano: ‘muito pouco para avaliar e julgar’

Foto: Reprodução

A revista France Football anunciou na manhã desta segunda-feira que não vai dar a Bola de Ouro em 2020 aos melhores jogadores de futebol do mundo, nas categorias masculino, feminino, goleiro e sub-21. Em comunicado publicado em seu site, a organizadora da premiação criada em 1956 para indicar o destaque ao fim de cada ano justificou que a interrupção do calendário de disputas entre março e maio e as mudanças nas regras afetam a credibilidade e legitimidade da eleição.

Enquanto isso, a Fifa não tem planos de cancelar o The Best, prêmio dado aos melhores da temporada. Consultadas nesta segunda-feira pela reportagem do GloboEsporte.com, fontes da entidade só reafirmaram a decisão de não realizar a festa de entrega dos troféus de maneira presencial, conforme anunciou em maio passado – em 2019, organizou a cerimônia em setembro.

“Acreditamos que um ano tão único não pode – e não deve – ser tratado como um ano comum”

– No nível esportivo, apenas dois meses (janeiro e fevereiro), dos 11 geralmente necessários para formar uma opinião e decidir entre os melhores, é muito pouco para avaliar e julgar, uma vez que os outros jogos ocorreram – ou ocorrerão – em outras condições (portões fechados, cinco substituições, quartas de final da Liga dos Campeões em uma única partida) que estão muito longe do panorama usual. Essa escolha “não nos encanta”, mas tem como objetivo proteger a credibilidade e legitimidade de tal prêmio – diz o comunicado da revista.

Apesar de não eleger os melhores do ano em cada uma das quatro categorias principais, pela primeira vez no masculino desde 1956, a France Football vai organizar a votação com 180 jurados para a seleção dos 11 jogadores que se destacaram em suas posições, incluindo a revelação de 2020.

– Nestes tempos turbulentos, fazer uma pausa é um luxo e uma necessidade inestimável, para que o futebol, como um todo, recupere o andamento e o momento, da paixão e da emoção. Que a bola doure…

Em dezembro de 2019, Messi recebeu sua sexta Bola de Ouro, o que lhe deixou como recordista da premiação, com uma a mais do que o português Cristiano Ronaldo – o troféu foi unificado com o Fifa The Best entre 2010 e 2015.

Ano passado, a americana Rapinoe ganhou na categoria feminina, o goleiro Alisson levou o Troféu Yashin, e o holandês De Ligt, então do Ajax, agora na Juventus, foi premiado com o Troféu Kopa de melhor sub-21.

Todos os vencedores da história da Bola de Ouro:

1º: Messi (2009, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2019) : 6

2º: Cristiano Ronaldo (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017): 5

3º: Cruijff (1971, 1973 e 1974), Platini (1983, 1984 e 1985) e Van Basten (1988, 1989 e 1992): 3

6º: Di Stéfano (1957 e 1959), Beckenbauer (1972 e 1976), Keegan (1978 e 1979), Rummenigge (1980 e 1981) e Ronaldo (1997 e 2002): 2

11º: Stanley Matthews (1956), Kopa (1958), Luis Suárez (1960), Sivori (1961), Masopust (1962), Yashin (1963), Denis Law (1964), Eusébio (1965), Bobby Charlton (1966), Flórián Albert (1967), George Best (1968), Gianni Rivera (1969), Gerd Müller (1970), Oleg Blokhin (1975), Allan Simonsen (1977), Paolo Rossi (1982), Igor Belanov (1986), Gullit (1987), Matthäus (1990), Papin (1991), Baggio (1993), Stoichkov (1994), Weah (1995), Sammer (1996), Zidane (1998), Rivaldo (1999), Figo (2000), Owen (2001), Nedved (2003), Shevchenko (2004), Ronaldinho Gaúcho (2005), Cannavaro (2006), Kaká (2007) e Modric (2018): 1

Globo Esporte

 

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Esporte

Brasil fica sem indicados ao prêmio de melhor jogador do ano da Fifa

Lista não tem as duas estrelas das seleções brasileiras. Colagem R7/ Instagram

O futebol do Brasil não tem representantes entre os dez indicados ao prêmio The Best, entregue pela Fifa ao melhor jogador do ano, de acordo com lista divulgada nesta quarta-feira (31), que não tem o vencedor de 2018, o meia croata Luka Modric.

Este é o segundo ano consecutivo que o país pentacampeão mundial não tem nenhum representante na honraria. Em 2017, o atacante Neymar chegou a ser finalista, terminando na terceira colocação, e o lateral-esquerdo Marcelo ficou no oitavo posto. Naquela edição, no entanto, eram 24 nomes apresentados, antes do anúncio do ‘top-3’.

Entre as ausências destacadas na lista anunciada hoje pela Fifa, também está a de Modric, que fez temporada apagada pelo Real Madrid, e não poderá repetir o prêmio, conquistado há um ano, principalmente, devido ao bom desempenho na Copa do Mundo, em que a Croácia foi vice-campeã.

A situação do meia é a mesma vivida por Marta no feminino. A brasileira, que atua no Orlando Pride, dos Estados Unidos, teve participação apagada na Copa do Mundo e não consta entre as 12 concorrentes.

Entre os dez indicados, o destaque vai para os jogadores do Liverpool, que conquistaram a Liga dos Campeões, o zagueiro holandês Virgil Van Dijk, além de dois atacantes do time, o egípcio Mohamed Salah e o senegalês Sadio Mané. Vice da ‘Champions’, o Tottenham emplacou o atacante inglês Harry Kane.

O Ajax, que assombrou o mundo, derrubando gigantes no torneio continental, colocou no ‘top-10’ dois jovens holandeses, o zagueiro Matthijs de Ligt e o meia Frenkie de Jong, que já arrumaram malas neste segundo semestre, em que defenderão Juventus e Barcelona, respectivamente.

O atacante português Cristiano Ronaldo, atualmente na Juve, e o atacante argentino Lionel Messi, do Barça, que dominaram as premiações individuais nos últimos dez anos, também constam entre os indicados, assim como o belga Eden Hazard, do Chelsea, e o francês Kylian Mbappé, do Paris Saint-Germain.

O público pode apontar os três preferidos, do primeiro ao terceiro lugar, com cada posição tendo uma diferente pontuação. No dia 23 de setembro, a Fifa divulgará os três finalistas do The Best.

R7, com EFE

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