Judiciário

Ao determinar suspensão, ministro do TCU questiona ‘caráter educativo’ da propaganda do pacote anticrime

Ao determinar a suspensão imediata da propaganda do pacote anticrime, sem consultar a unidade técnica, o ministro do TCU Vital do Rêgo acolheu argumentos da oposição no sentido de que não é possível o Executivo usar recursos públicos para difundir um projeto de sua autoria submetido ao Congresso Nacional.

Diz o ministro em decisão obtida em primeira mão por O Antagonista:

“Na situação concreta, ao menos em juízo de estrita delibação, entendo que a utilização de recursos públicos para a divulgação de ‘um projeto de lei’ que, em tese, poderá, de forma democrática, sofrer alterações sensíveis após as discussões que serão levadas a efeito pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal não atendem aos requisitos de caráter educativo, informativo e de orientação social.”

E acrescenta:

“Como qualquer projeto de lei, o que se tem são teses abstratas que serão alteradas pelos legitimados a representar a população. Assim, não se poderia falar que tal campanha tem por objeto educar, informar ou orientar já que ainda não há uma regra decidida e aprovada pelo poder legislativo que reúna condições para tanto.”

Vital do Rêgo afirma que a suspensão da campanha “não irá prejudicar as discussões dos projetos de lei que integram o pacote anticrime”.

O Antagonista

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Judiciário

Após pedido da oposição, ministro do TCU manda suspender propaganda do pacote anticrime

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo acaba de determinar que o governo federal suspenda imediatamente a propaganda do pacote anticrime até que o plenário se posicione sobre o mérito da representação apresentada por deputados da oposição.

Em uma decisão de nove páginas, à qual O Antagonista teve acesso em primeira mão, o ministro considerou haver indícios de utilização irregular de recursos públicos na campanha publicitária.

“Entendo que há fortes indícios de que a contratação da campanha publicitária atinente ao denominado ‘pacote anticrime’ não se enquadra na ação orçamentária ‘Publicidade de Utilidade Pública’, justificando, assim a adoção de medida cautelar com vistas a suspender a execução do contrato publicitário firmado até que esta Corte de Contas se pronuncie no mérito a respeito dos fatos apontados, eis que, a continuar em vigência, o aludido contrato poderá redundar em despesa realizada fora da finalidade legal prevista.”

O pedido da oposição foi protocolado ontem no TCU pelos deputados Orlando Silva (PCdoB), Paulo Teixeira (PT) e Marcelo Freixo (PSOL), todos integrantes do grupo de trabalho do pacote anticrime, e pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede).

O ministro tomou a decisão sem consultar a unidade técnica. É algo inédito no tribunal.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Continuam fazendo mal ao Brasil….oh raça mesquinha. É essa a preocupação dessa corja com o país.
    Se o presidente soltasse 10 reais, eles abanariam o rabo.

  2. Pq a esquerda é contra o "anti-crime", seriam a favor do "pró-crime"??? Defendem q bandidos sejam "livres"?????

  3. Quem são os beneficiários dessa decisão? Os bandidos, criminosos e corruptos. E os prejudicados? A sociedade, a ética e ordem por conseguinte o povo. Quem são os representante dos beneficiários? Pt, psol… Oposição

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Finanças

Ministro do TCU levou 1,5 milhão da OAS

O Estadão publica que Léo Pinheiro entregou a Sergio Moro notas fiscais e comprovantes de transferências de dinheiro para a construtora Planície, da Paraíba, usada para abastecer o caixa dois da campanha de Vital do Rêgo ao governo do estado.

Os valoresVital do Rêgo, hoje ministro do TCU, somam 1,5 milhão de reais.

O dinheiro da OAS é sempre sujo.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Esse dinheiro é do nosso bolso, dos impostos. Dinheiro do contribuinte. Dinheiro que poderia ser aplicado em saúde, educação, mas que é roubado pelos políticos corruptos que não estão nem aí pra população que paga impostos. POR ISSO QUE LULA DIZIA QUE ERA FÁCIL GOVERNAR O BRASIL COM TANTA CORRUPÇÃO FICA FÁCIL GOVERNAR O BRASIL… MAS QUANDO A FONTE SECOU FICOU DIFÍCIL GOVERNAR O BRASIL NÉ LULA ?

    1. Pergunta de prova, gostaria também saber.Será que alguém do PT, poderia ajudar na resposta?

  2. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    Se isso tudo fosse levado a sério mesmo esse país precisaria ser refundado…
    E não poderia ser por um Cabral, se não, continuaria a mesma picaretagem…

  3. Por isso que Lula dizia que era fácil governar o Brasil com tanta corrupção fica fácil governar o Brasil… MAS QUANDO A FONTE SECOU FICOU DIFÍCIL GOVERNAR O BRASIL NÉ LULA.

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Finanças

“Pedaladas não vinham acontecendo em anos anteriores”, diz Augusto Nardes, ministro do TCU

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, relator do processo que recomendou a reprovação das contas do governo federal de 2014, voltou a afirmar nesta quinta-feira, 29, que as chamadas “pedaladas fiscais” não vinham acontecendo em anos anteriores. O principal argumento de defesa do governo federal no processo de análise das contas de 2014 foi o de que as práticas utilizadas foram usadas anteriormente, incluindo outros governos.

Em palestra a universitários promovida pelo Ibmec-RJ, no Rio de Janeiro, Nardes mostrou um gráfico com dados para refutar o argumento da defesa do governo. “Há aqui um pequeno desvio, mas não vinha acontecendo de forma absurda”, afirmou o ministro.

Segundo ele, seu relatório apontou irregularidades nas contas de 2014 que somam R$ 106,4 bilhões, incluindo cerca de R$ 40 bilhões em “pedaladas” com bancos públicos e também outras ilegalidades, como abertura de crédito sem aprovação do Congresso.

Isto É, com AE

Opinião dos leitores

  1. Esse não é o ministro suspeito de ter recebido propina para anular dívidas do do Grupo RBS, afiliada da Globo, com a Receita?

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Finanças

Ministro do TCU diz que governo terá que explicar mais R$ 26 bilhões; total é de R$ 104 bi

CMUJLGcWUAAMSDeO ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, relator das contas das presidente Dilma Rousseff de 2014, disse nesta quinta-feira que o governo terá que responder por um valor de R$ 104 bilhões de execução orçamentária, valor que inclui as chamadas “pedaladas” fiscais e a ausência de contingenciamento de gastos para cumprir a meta fiscal. O valor é maior do que o apresentado antes pois, segundo o ministro, não incluía dez decretos aprovados presidente e que não foram aprovados pelo Congresso Nacional, que somam um montante de R$ 26 bilhões.

Nardes declarou ainda que o prazo de 15 dias começa a vigorar a partir desta quinta-feira, e deve ser explicado pelo governo até o dia 28. Ainda segundo o ministro, a data para que o TCU entregue o relatório não está fechada, pois dependerá da avaliação da equipe técnica do tribunal, mas provavelmente será na primeira ou segunda quinzena de setembro.

Os valores de 104 bilhões seriam R$ 40 bilhões das chamadas “pedaladas” fiscais (entre os anos de 2009 e 2014), R$ 38 bilhões de contingenciamento e os R$ 26 bilhões dos decretos não autorizados.

Nardes não citou exatamente quais seriam os decretos, mas afirmou que eles seriam advindos de programas sociais como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, e também a equalização das atividades agrícolas.

— O mais relevante é que os valores significativos são do ano de 2014, ano eleitoral, e a lei de responsabilidade fiscal estabelece que não se pode aumentar recursos gastos em mais do que se arrecada no período eleitoral. Isso vale para prefeito, para governador e também para a presidente da República. Portanto, nós entendemos que tem é preciso dar todo o amplo direito da defesa da presidente, porque o valor é bastante alto e nós passamos a cumprir um rito do tribunal — explicou o relator, que complementou:

— Agora estamos preparados para questionar o governo e esperar uma resposta convincente.

O ministro desconversou se teria recebido pressão do Senado para aumentar o prazo dado ao governo, mas frisou que os R$ 26 bilhões era um “valor significativo”, e que não deixaria de fora para depois ser acusado de não ter dado o tempo adequado de defesa ao governo.

— Ninguém poderá me acusar, como relator, de não ter dado ao governo o tempo de defesa necessário.

Ele disse ainda que tem sofrido pressões de “todos os lados”, governo de oposição.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff ganhou mais 15 dias no Tribunal de Contas da União (TCU) para se explicar sobre as contas de 2014, o que levará a um adiamento do julgamento da prestação contábil do governo no tribunal. Augusto Nardes, relator responsável pela verificação das contas, veio ao Rio de Janeiro para participar do evento “Desafios para o sucesso das Olimpíadas Rio 2016 – realização e legado”. O ministro chegou a brincar, durante sua fala no evento, que ser relator das Olimpíadas, contas o qual ele também é responsável, não são seu trabalho mais árduo:

— Como relator, mais difícil são as contas da presidente.

O Globo

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