Judiciário

Nicolás Maduro é indiciado por narcotráfico nos Estados Unidos

Foto: Martial Trezzini/AP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi indiciado por narcotráfico nos Estados Unidos, após investigação de autoridades federais em Washington, Nova York e Flórida.

O indiciamento contra um chefe de Estado é incomum e marca uma escalada da campanha do governo de Donald Trump para que Maduro deixe o poder.

O secretário de Justiça dos EUA, William Barr, anunciou as acusações nesta quinta-feira em entrevista coletiva, juntamente com o chefe da FDA, a agência americana antidrogas, e promotores federais de Nova York e Miami, segundo o jornal “The New York Times”.

Além de Maduro, foram indiciadas outras autoridades do governo venezuelano, membros da inteligência do país e integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O Departamento de Estado dos EUA oferece recompensa de até US$ 15 milhões por informações que levem a Maduro na Venezuela.

Pelo Twitter, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que as recompensas têm como objetivo levar à Justiça ex-autoridades do governo Maduro envolvidas com tráfico internacional de drogas.

“O povo da #Venezuela merece um governo transparente, responsável e representativo que atenda às necessidades do povo”, escreveu.

Valor

 

Opinião dos leitores

  1. Nos EUA, quando algum presidente se sente pressionado por algo, arranjam logo uma guerra. No caso de Trump, agora foi Maduro. Já aqui no Brasil, o presidente ou os filhos falam ou fazem besteiras.

  2. Gozado mesmo, para não dizer medonho, é Lula, o pai dos idiotas petistas bitolados, aqueles que defendem o "Lula Livre", ser amigo dos governantes mais arrasadores do próprio povo que se tem no Mundo.

  3. Os EUA? Algo que falta aos governos americanos é caráter. Patrocinam golpes em todo o globo para surrupiar as riquezas dos povos que consideram seus servos. E ainda encontram aliados, abutres, entre os explorados. Nada que venha dali merece credibilidade.

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Política

Mourão compara narcotráfico no país à guerrilha

(Foto: Adnilton Farias/VPR)

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta sexta-feira (23) que, em alguns lugares do Brasil, as forças policiais do Estado vivem uma guerra contra o narcotráfico e podem acontecer tragédias como a da morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos. Ela foi baleada com um tiro nas costas, quando estava dentro de uma Kombi com o avô, na sexta-feira (20), na comunidade da Fazendinha, Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.

“Infelizmente as narcoquadrilhas que operam no Brasil viraram uma guerrilha. Se você compara com a Colômbia, é a mesma coisa que as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]”, disse, ao deixar o gabinete da Vice-Presidência, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (23).

Para Mourão, os traficantes de drogas brasileiros estão estruturados como as guerrilhas, com forças que atuam no combate, forças de apoio e de sustentação, incluindo médicos, advogados e sistemas para lavagem de dinheiro. “Então, infelizmente, nós temos que reconhecer que em determinados lugares do Brasil se vive uma guerra, e aí acontecem tragédias dessa natureza”, disse.

De acordo com relatos de moradores, o tiro teria sido disparado por policiais militares. Já a Polícia Militar informou que as equipes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fazendinha foram atacadas de várias localidades da comunidade e os policiais revidaram à agressão.

“É a palavra de um contra o outro”, disse Mourão sobre a divergência dos relatos. “E você sabe muito bem que nessas regiões de favela se o cara disser que foi o traficante quem atirou, no dia seguinte ele está morto”, acrescentou.

O presidente em exercício, que é general da reserva do Exército, lembrou as operações que comandou nos complexos do Alemão e da Maré, no Rio de Janeiro. “O Estado tem que fazer suas operações e procurar de todas as formas possíveis a segurança da população. E o narcotráfico coloca a população na rua e atira contra a tropa, então ele coloca em risco a própria gente que habita aquela região. É uma tragédia isso, e temos que fazer o possível e o impossível para evitar que isso aconteça”, ressaltou.

Excludente de ilicitude

Mourão foi questionado se o caso Ágatha pode ser usado para derrubar a ampliação de excludente de ilicitude, prevista no pacote anticrime do governo federal, que está em tramitação no Congresso Nacional. A proposta faz mudanças nos códigos Penal e de Processo Penal e estabelece que juízes poderão reduzir pela metade ou mesmo deixar de aplicar a pena para agentes de segurança pública que agirem com “excesso” motivado por “medo, surpresa ou violenta emoção”.

O presidente em exercício preferiu não opinar sobre a articulação com o Congresso, que é feita pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, mas disse que “dentro de um clima de emoção como está, pode prejudicar [a aprovação do projeto].”

“Dois policias morreram [em operações durante o fim de semana no Rio], ninguém comenta isso aí, parece que dois cachorros morreram. Nós, forças do Estado brasileiro, durante operação na Maré, tivemos um morto e 27 feridos. No ano passado, durante a intervenção militar no Rio, tivemos três mortos e ninguém toca nisso aí. Então, tem que haver algum tipo de proteção. É obvio que, se nós vivemos dentro do Estado de Direito, a lei tem que valer para todos, então quem infringiu a lei tem que ser punido”, disse.

Mourão assumiu a Presidência da República hoje com a viagem do presidente Jair Bolsonaro para Nova York, nos Estados Unidos, para participar da abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas. O presidente em exercício viaja esta tarde para o Rio de Janeiro, onde amanhã (24) à tarde faz uma palestra no Clube Militar.

Agência Brasil

 

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Polêmica

‘Isso é a guerra do narcotráfico’, diz Hamilton Mourão sobre morte de Ágatha Vitória no Complexo do Alemão

Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS

O presidente em exercício, Hamilton Mourão , atribuiu nesta segunda-feira ao tráfico de drogas a morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, durante uma operação policial no Complexo do Alemão , na última sexta-feira. Segundo a família, Ágatha foi morta por um disparo feito por um policial militar. O presidente Jair Bolsonaro, que viajou nesta segunda para Nova York, onde participará da Assembleia-Geral das Nações Unidas, ainda não comentou o caso.

— Isso é a guerra do narcotráfico — disse Mourão, ao chegar ao Palácio do Planalto, sem entrar em detalhes.

Ágatha estavam em uma Kombi quando foi atingida por um tiro. Moradores afirmam que não havia confronto na favela. Segundo eles, uma policial teria feito um único disparo em direção a um motociclista que não tinha atendido à ordem de parar. Já a Polícia Militar informou que agentes foram atacados por traficantes e revidaram. Ágatha foi a quinta criança morta por bala perdida este ano no Rio e 57ª desde 2007, de acordo com levantamento da ONG Rio de Paz.

A Polícia Civil do Rio vai ouvir na manhã desta segunda-feira os policiais militares da UPP Fazendinha que participaram da ação que terminou na morte da menina. A DH também vai fazer uma reprodução simulada do assassinato durante a semana, para tentar esclarecer de onde partiu o tiro. Ágatha chegou a ser levada para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de sábado.

A morte de Ágatha aumentou as dificuldades de aprovação de um dos pontos mais polêmicos do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, o excludente de ilicitude para policiais. O grupo de trabalho da Câmara, encarregado de analisar o pacote de medidas deve votar na terça-feira esse ponto, que pode livrar de qualquer punição policiais acusados de agredir ou até mesmo matar em determinadas situações. A expectativa é que esse trecho seja rejeitado pelo grupo.

O Globo

 

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