Polícia

Nova fase da Lava-Jato mira doleiros e gerentes do Banco do Brasil em SP e Natal que movimentaram R$ 200 milhões e burlaram Coaf

Foto: (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A força-tarefa da Lava-Jato deflagrou nesta sexta-feira uma nova-fase da operação, denominada Alerta Mínimo, a 66ª etapa da investigação. No total, são setes mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos pelos agentes da Polícia Federal em São Paulo e Natal expedidos pela 13ª Vara Federal Criminal do Paraná. A ação desta manhã mira um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo doleiros e gerentes do Banco do Brasil .

Os gerentes teriam atuado para encerrar registros do sistema de detecção de lavagem de dinheiro do banco, o que impediu ou dificultou a comunicação de operações suspeitas ao Coaf.

São investigadas as atuações de três gerentes e um ex-gerente do BB cooptados por operadores financeiros para facilitar operações de lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014. O valor movimentado em transferências bancárias superou R$ 200 milhões. Parte desse dinheiro foi utilizado para pagamento de propinas por empreiteiras que praticaram corrupção contra a Petrobras.

Leia mais aqui no Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

  1. Coloque o nome desses FDP que roubam diariamente os cofres públicos, está o motivo de vários carros importador rodando na cidade , dinheiro roubado

  2. Interessante que uma pessoa honesta vai no Banco do Brasil, apresenta tudo que é documento, e tem funcionário que só coloca dificuldade, e nada pode. Agora vejo que pode!!

    1. Verdade, Luciana. Infelizmente, nosso amado País foi entregue às falcatruas. Falcatruas "altas", claro.

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Polícia

PF cumpre mandados na Philips em SP e prende CEO da GE na América Latina em nova fase da Lava Jato

Philips, em Barueri, é alvo de operação da PF (Foto: Reprodução/TV Globo)

A Polícia Federal (PF) cumpriu sete mandados de prisão em São Paulo na manhã desta quarta-feira (4) durante a Operação Ressonância, desdobramento da Fatura Exposta, que mira esquemas de corrupção envolvendo gigantes multinacionais na Secretaria Estadual de Saúde do Rio. Delatores dão conta de que havia um “clube do pregão internacional”, e que as fraudes prosperaram entre 1996 e 2007.

Agentes da PF estavam em endereços na Vila Ipojuca, Zona Oeste de São Paulo, e na sede da Philips, em Barueri, na Grande São Paulo. Dois executivos da empresa foram alvos da ação.

Entre os presos está o ex-executivo da Philips e atual CEO da General Electric (GE) na América Latina, Daurio Speranzini Jr. A prisão ocorreu por causa da atuação dele na Philips. A TV Globo procurou a GE às 12h25 e aguardava retorno. Todos os detidos seriam transferidos para o Rio.

A ação da força-tarefa da Lava Jato também expediu mandados de prisão no Rio.

Em nota, a Philips informa que “ainda não teve acesso ao processo, no entanto, está cooperando com as autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos quanto às alegações apresentadas, que datam de muitos anos atrás”.

“Os atuais líderes executivos da Philips não são parte da ação da Polícia Federal; um colaborador da equipe de vendas da Philips foi conduzido para prestar esclarecimentos. A política da Philips é realizar negócios de acordo com todas as leis, regras e regulamentos aplicáveis. Quaisquer investigações sobre possíveis violações dessas leis são tratadas muito seriamente pela empresa”, conclui o comunicado.

A defesa dos demais envolvidos também está sendo procurada para esclarecimentos.

De acordo com a PF, apenas um mandado não foi cumprido porque, segundo os agentes, o alvo está fora do país.

Resumo

São 13 mandados de prisão preventiva e 9 de temporária expedidos pelo juiz Marcelo Bretas;

Dos oito enviados para São Paulo, sete foram cumpridos;

Há 43 mandados de busca e apreensão;

Cerca de 180 policiais federais estão nas ruas dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal;

Soltos por Gilmar Mendes, os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita têm contra si novos mandados de prisão;

Sérgio Côrtes, secretário de Saúde de Sérgio Cabral preso com Iskin e Estellita, é intimado a depor;

Os conglomerados atraíram empresas fornecedoras e formaram cartel para direcionar as compras de equipamentos médicos. Para tal, agiam para manter a direção no
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into);

O esquema duraria até hoje e não foi interrompido nem com a prisão do trio.

Operação

Desta vez, o Ministério Público Federal (MPF) se debruça sobre grandes multinacionais fornecedoras de material hospitalar, envolvidas em fraudes em licitação e formação de cartel. O empresário Miguel Iskin, preso na primeira fase e solto meses depois por Gilmar Mendes, é um dos alvos.

Na primeira etapa da Fatura Exposta, em abril de 2017, foram presos Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo Sérgio Cabral, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. A operação investigava fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Os desvios chegaram a R$ 300 milhões entre 2016 e 2017.

A suspeita é que Côrtes favoreceu a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel é sócio, em licitações. Estellita é sócio de Miguel em outras empresas e já foi gerente comercial da Oscar Iskin. A empresa é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio.

Em dezembro de 2017, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar Iskin e Estellita. Mendes substituiu a prisão preventiva por medidas alternativas – não falar com outros investigados, ficar em casa à noite e nos fins de semana e entregar o passaporte.

Em fevereiro de 2018, foi a vez de Côrtes deixar a prisão, também por determinação de Gilmar Mendes.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. O gopi dos EUA está tão bem planejado, que além de Dilma, lula, Zé Dirceu, Cunha, henrique, temer, gedel, OAS, Odebrecht… até os executivos americanos estão sendo vítima. Rsrsrs

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Polícia

Nova fase da Lava Jato investiga fraudes em licitação na área de saúde; Operação Ressonância ocorre no Rio, São Paulo, Paraíba, Minas e no DF

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (4) a Operação Ressonância com o objetivo desarticular organização criminosa acusada de formar cartéis na área de saúde. Segundo a PF, as empresas fraudavam licitações no fornecimento de equipamentos médicos e materiais hospitalares para a Secretaria Estadual de Saúde Do Rio de Janeiro e para o Instituto Nacional de Traumatologia (Into). São investigadas 37 empresas e a possibilidade de envolvimento delas em crimes de formação de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A ação de hoje, cujas investigações se desenvolvem conjuntamente com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF), ocorre a partir de elementos colhidos na Operação Fatura Exposta, deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio em abril do ano passado.

A operação conta com a participação de cerca de 180 agentes federais, que cumprem 13 mandados de prisão preventiva; nove mandados de prisão temporária e 43 mandados de busca e apreensão em cinco unidades da Federação: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal. O apartamento do ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Côrtes, na Lagoa (zona sul da cidade), é alvo de um dos mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7° Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Operação Fatura Exposta

A Fatura Exposta identificou um grande esquema de corrupção na área da saúde pública do Rio. Na ocasião, a operação levou à prisão além de Côrtes, os empresários Miguel Iskin, presidente da Oscar Iskin, e seu sócio Gustavo Estellita Cavalcanti Pessoa – e que também seriam alvos da operação de hoje.

Também subsidiam a operação de hoje informações e material colhidos em inquéritos anteriormente instaurados pela Polícia Federal sobre o assunto, bem como elementos colhidos em processos administrativos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e que aponta, segundo a nota divulgada pela PF, “para o envolvimento de uma grande empresa do ramo de fornecimento de materiais e equipamentos médicos no sentido de manter sob influência a diretoria do Into”.

“O objetivo dessa atuação seria o de direcionar os vencedores e os valores a serem pagos nos contratos de fornecimento de material e equipamentos junto ao Instituto”, informa a PF. “Outras empresas interessadas em participar das licitações precisavam passar a integrar o cartel coordenado por essa grande empresa do ramo [cujo nome não foi revelado pela Polícia Federal] para ampliar as chances de sucesso”, acrescenta a nota.

Agência Brasil

 

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Polícia

Ex-ministro Delfim Netto é alvo de busca e apreensão em nova fase da Lava Jato

Delfim Netto é suspeito de receber 10% dos valores que as empresas teriam pago para serem beneficiados pelo contrato de construção da Usina de Belo Monte (Foto: GloboNews/Reprodução)

A 49ª fase da Lava Jato, batizada de Buona Fortuna, foi deflagrada nesta sexta-feira (9) para cumprir nove mandados de busca e apreensão, em Curitiba (PR), São Paulo, Guarujá (SP) e Jundiaí (SP). Ao longo desta manhã, uma 10ª ordem judicial de busca e apreensão precisou ser expedida.

As investigações apuram propina para favorecer o consórcio que venceu a licitação para construção da Usina de Belo Monte, no Pará.

Um dos alvos de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) foi a casa de Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento e ex-deputado federal. Não houve pedido de prisão por, segundo o Ministério Público Federal (MPF), falta de elementos.

Belo Monte

Delfim Netto é suspeito de receber 10% dos valores que as empresas teriam pago para serem beneficiados pelo contrato de construção da Usina de Belo Monte. Os outros 90% seriam divididos entre MDB e PT.

O nome do ex-ministro apareceu na delação de Flávio Barra, ex-executivo da Andrade Gutierrez. O delator afirmou ter pago R$ 15 milhões ao político. Nesta sexta, o Ministério Público Federal (MPF) relatou ter rastreado valores superiores a R$ 4 milhões.

O dinheiro pago a Delfim foi uma gratificação por sua atuação na montagem do consórcio de empresas, segundo a delação de Barra. O valor foi depositado por meio de contratos fictícios de empresas de um sobrinho, Luiz Apollonio Neto.

À época, o advogado Maurício Leite declarou que Delfim Netto sempre prestou consultoria e recolheu todos os impostos de acordo com a lei.

Em agosto de 2016, Delfim Netto prestou depoimento à PF e disse ter recebido R$ 240 mil do “setor de operações estruturadas” da Odebrecht, outra empresa que forma o consórcio Norte Energia, que venceu a Usina de Belo Monte.

Na ocasião, o ex-ministro alegou prestar consultorias à Odebrecht há 20 anos, mas não ter contrato assinado. E que recebeu o valor em espécie “por motivos pessoais, por pura conveniência” e que desconhecia que o dinheiro havia saído do setor de propinas da empreiteira.

Em nota, nesta sexta-feira, os advogados de Delfim Netto disseram que ele não ocupa cargo público desde 2006 e que “não cometeu nenhum ato ilícito em qualquer tempo”. Os valores que recebeu, ainda conforme a defesa, foram “honorários por consultoria prestada”.

Ele pode responder por crimes como fraudes à licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em nota, o PMDB afirmou que não recebeu propina nem recursos desviados no Consórcio Norte Energia e lamentou que “uma pessoa da importância do ex-deputado Delfim Neto esteja indevidamente citada no processo”.

O G1 procurou o PT e aguarda um posicionamento.

49ª fase – Buona Fortuna

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há fortes indícios de que o consórcio Norte Energia foi indevidamente favorecido por agentes do governo federal para vencer o leilão destinado à concessão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Para a construção da usina, a Norte Energia S/A contratou, mediamente propina, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM). O CCBM deveria efetuar pagamentos de propina em favor de partidos políticos e seus representantes, no percentual de 1% do valor do contrato e seus aditivos.

Em delação premiada, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo afirmou que os R$ 15 milhões para Delfim deveriam ser deduzidos desse 1%.

Trecho da delação de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, cita propina de R$ 15 milhões para Delfim (Foto: Reprodução)

As investigações envolvendo o esquema de corrupção originaram-se de leniências firmadas pelo MPF com as empresas Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, assim como acordos de colaboração premiada celebrados com os executivos e homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro.

Assim, parte das investigações permanece em curso na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, e a apuração dos fatos ilícitos relativos a pessoas sem prerrogativa de foro foi remetida à 13ª Vara Federal de Curitiba.

Conforme o MPF, durante a investigação, foram realizadas diligências, como afastamento de sigilos bancário, fiscal, telemático e de registros telefônicos, que revelaram a existência de estreitos vínculos entre os investigados e corroboraram com os ilícitos narrados pelos colaboradores.

Também compõem o material probatório as colaborações premiadas de executivos da Odebrecht, igualmente remetidas pelo STF, acompanhadas de diversos documentos que reforçam os indícios de prática dos fatos criminosos.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Isso mesmo Ana. Para os inocentes, esquecidos ou que não conseguem ligar os fatos, nem conhecem a história, tudo começou com a "estranha" morte não investigada devidamente de Tancredo antes de assumir o cargo de Presidente, assumindo o Poder pela primeira vez o Sarney.
    O PMDB começou sua trajetória de corrupção virulenta, instalando um verdadeiro câncer que o PSDB de FHC e o PT de Lula e Dilma foram obrigados a se submeter e serem submetidos para poder obter o mínimo de "GOVERNABILIDADE", sob pena de não conseguirem dar um passo na administração do Estado Brasileiro. Fato que vimos acontecer quando Cunha travou literalmente o País, impedindo que Dilma Governasse, até expulsá-la na marra, antes de ser preso. contando para isso, obviamente, com os apoios do PSDB e DEM como oposição, o Judiciário (STF), os Empresários que apoiaram os Tucanos e os Meios de Comunicação liderados pelo monopólio gigantesco da Rede Globo.
    Parabéns Ana, pela sua observação pertinente e certeira.

  2. Só falta pegar o Coronel do Nordeste, o velho Sarney, ai sim Va o descobrir o que é CORRUPÇÃO com um C maiúsculo.

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Polícia

Nova fase da Lava Jato mira executivos da Odebrecht e doleiros

A Polícia Federal deflagrou mais uma etapa da Operação Lava Jato nesta terça-feira (22), denominada “Xepa”, em que os principais alvos são executivos da empreiteira Odebrecht e doleiros. A operação investiga a estrutura interna da construtora para pagamento de propina para vários setores, inclusive a Petrobras.

Um carro da Polícia Federal entrou no início da manhã no hotel Royal Tulip, em Brasília, endereço de políticos na capital federal, e saiu por volta das 7h40, sem presos.

Desdobramento da 23ª fase, a “Acarajé”, em que o marqueteiro João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, foram presos –o casal trabalhou nas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e de Dilma Rousseff em 2010 e 2014–, na etapa desta terça estão sendo cumpridos ao todo 110 ordens judiciais, sendo 67 de busca e apreensão, 28 de condução coercitiva, 11 de prisão temporária e 4 de prisão preventiva.

A ação, que envolve 380 policiais federais, é realizada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco.

Os alvos de condução coercitiva prestarão depoimentos nas cidades em que se encontram. Os suspeitos presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de capitais, corrupção, organização criminosa e evasão de divisas.

“SETOR DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS”

As medidas deflagradas nesta manhã estão ocorrendo a partir da análise do material apreendido em etapas anteriores em que se descobriu que o Grupo Odebrecht mantinha um esquema de contabilidade paralela para pagar propina a pessoas ligadas ao poder público.

De acordo com o Ministério Público Federal, havia um “setor de operações estruturadas”, que fez pagamentos de propinas até novembro de 2015, conforme troca de e-mails entre os investigados.

“Para operacionalizar o esquema ilícito, foi instalado um sistema informatizado próprio, utilizado para armazenar os dados referentes ao processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada entre os executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas”, diz a Procuradoria.

A partir da análise de e-mails e planilhas, o Ministério Público apurou que pelo menos quatorze executivos de outros setores da Odebrecht pediam “pagamentos paralelos”, o que era centralizado nesse “setor”. “Essas evidências abrem toda uma nova linha de apuração de pagamento de propinas em função de variadas obras públicas.”

De acordo com a Procuradoria, “dentre as razões que embasaram as prisões preventivas estão: as novas evidências de pagamentos de propinas vultosas, disseminadas e sistematizadas como modelo de negócio.”

A investigação da PF aponta que eram realizados pagamentos em espécie a pessoas indicadas por ocupantes de altos cargos da empreiteira, independentemente da área de atuação do executivo. Há indícios concretos de a construtora “se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos”, diz a PF.

As sedes da empreiteira Odebrecht na Bahia, no Distrito Federal e em São Paulo são alvos de buscas.

BRASÍLIA

Além do hotel, em Brasília, a PF cumpre mandados em pelo menos outros três endereços. Lula estava hospedado nesse hotel pelo menos até a madrugada desta terça. Não há a informação, porém, se Lula é um dos alvos dessa etapa da operação.

No momento em que os agentes já cumpriam as medidas no interior do Royal Tulip, Dilma passou pedalando sua bicicleta a aproximadamente 50 metros da portaria do hotel.

Na noite de segunda (21), o ex-presidente jantou com Dilma para discutir a possibilidade de o governo manter a sua posse como ministro da Casa Civil, contestada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), já que o ministro Gilmar Mendes a considerou uma forma de tentar dificultar as apurações da Lava Jato.

Caso o governo vença no Supremo e Lula ocupe a cadeira ministerial, ele passará a ter foro privilegiado e, consequentemente, sai da alçada da operação em Curitiba.

Essa etapa foi deflagrada um dia depois da “Polimento”, a primeira fase internacional da operação. Realizada em Portugal, teve como alvo o operador Raul Schmidt Felippe Junior, investigado por suspeita de pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró. Schmidt estava foragido desde julho de 2015.

Folha Press

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Polícia

ANÁLISE FOLHA DE SP: Sem ser citado, Lula é o alvo da nova fase da Lava Jato

lULASApesar de não nominado, o alvo final da nova fase da Operação Lava Jato é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com o cuidado de não dizer isso de forma explícita, embora politicamente seja um segredo de polichinelo, a força-tarefa mostra que Lula está sob seu radar.

A 22ª fase da operação que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, deflagrada nesta quarta-feira (27) apura se a empreiteira OAS lavou dinheiro por meio de negócios imobiliários para favorecer o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que está preso desde abril de 2015.

O fechamento do cerco a Lula explica a crescente reatividade do petista, que a cada dia sobe a retórica contra os que considera difamadores –prometendo processos contra jornalistas, por exemplo, como se isso fosse impedir investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

A lógica dos investigadores é clara: não citar nominalmente o ex-presidente agora dá argumentos contra críticas de perseguição política no caso de não serem encontrados elos entre o esquema apontado e o petista, seja por inocência, seja por blindagem.

Se os advogados de defesa dos acusados na operação acharam que seu manifesto denunciando supostos abusos iria constranger de alguma forma a força-tarefa, a operação desta quarta (27) prova exatamente o contrário.

Lula está sob fogo. Além das investigações que chegaram a seus filhos na Operação Zelotes, agora a Lava Jato literalmente esbarra nos triplex do prédio do Guarujá que é associado à família do petista. Os investigadores não estavam pensando no filme B de ação de Vin Diesel ao chamar a nova fase de Triplo X.

PLANALTO

Mais do que a operação em si, danosa à imagem do Planalto de qualquer forma, seu “timing” foi muito ruim para o governo. A presidente Dilma Rousseff fará nesta quinta (28) a reunião do chamado Conselhão na qual apresentará medidas para tentar reanimar a economia.

Apesar do esforço palaciano em dissociar-se de Lula, o petista é o último esteio político de Dilma, e ainda mantém interlocução com boa parte dos peixes graúdos do PIB que participarão do evento na quinta.

Até por ser hoje o único presidenciável viável do atual esquema governista, Lula e sua sorte roubarão espaço da pretensa agenda positiva dilmista. A Lava Jato, como sempre, ganhou as manchetes.

Folha Press

Opinião dos leitores

    1. "Gente" a situação é inversa ao vosso pensamento …rsrsrsrs

  1. Se contarmos que desde 1989 tentam incriminá-lo por algo, podemos dizer que essa é com certeza mais do que a 22ª fase, passa fácil da 300ª fase e até agora nada.

    1. Qual o seu CC no governo federal ???? Ou você é muito burro ,desinformado ou os dois ,achar que o país está tudo as maravilhas ???? Que não existe PETROLAO ,os juízes federais que estudaram tanto ,são todos comparados …..vá trabalhar RAPA

    2. Aguarde um pouco mais Luciano….logo logo vc terá a resposta…não se pega galinha dizendo xôoo…coloca-se milho…A PF aos poucos vai fechando o cerco…não demora e seu "Deus" estará no colo do Dr Moro…

    3. Enquanto esse senhor pode, travou, parou, bloqueou e tirou juizes e policiais que ousaram investigar suas ações. Parece que água mole em pedra dura tanto vai até que fura. Os demandos e esquemas foram tantos, embora envolvendo apenas cumpanheiros da mais alta confiança, que as situações começam aparecer e se aproximar do homem mais honesto do mundo (como ele mediu isso?), aquele que dominava um partido e uma nação com mão de ferro, escolhendo cada aliado e assessor e, mesmo assim, jura que sabia de nada no mar de corrupção que vemos agora denunciado, investigado e provado.

    4. Luciano " Painho" vai pra cadeia e quem apoia ele também! Cuuuuuuiiiiiiiddddddaaaddddoooo!!!!

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Judiciário

Nova fase da Lava Jato foca Lula e pode prejudicar Dilma, avalia Planalto

O Palácio do Planalto avalia que a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai nesta terça-feira (24) abre uma nova vertente de investigação na Operação Lava Jato, com foco no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e desdobramentos políticos sensíveis para o governo Dilma Rousseff.

Bumlai é amigo de Lula e tornou-se alvo da Lava Jato depois que dois delatores relataram que ele teria repassado recursos para uma nora do ex-presidente e ajudado a quitar dívidas do PT, o que o pecuarista nega ter feito. Além disso, Bumlai é descrito pelo delator Fernando Soares, o Baiano, como uma espécie de lobista na Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobras no pré-sal.

Segundo a reportagem apurou, o núcleo mais próximo a Dilma avalia que o fechamento do cerco a Lula na Lava Jato tem o objetivo de desmoralizá-lo e enfraquecer sua capacidade de mobilização social.

Os auxiliares da presidente reconhecem que, num eventual cenário de abertura de processo de impeachment contra Dilma, o ex-presidente “é o único” capaz de mobilizar a militância petista e os movimentos sociais para defender o mandato da sucessora.

Caso Lula esteja enfraquecido e desgastado pelas suspeitas de corrupção, por exemplo, o governo Dilma poderia ficar inviabilizado.

O ex-presidente, por sua vez, nega que tenha atuado como intermediário de empresas ou autorizado lobby em seu nome.

Pouco depois da prisão de Bumlai, na manhã desta terça, ministros petistas já discutiam que, se a investigação chegar de vez ao ex-presidente, o resultado prático não será apenas prejuízos ao governo Dilma, mas também significará a derrocada do PT e do projeto político do partido.

LULA X DILMA

Da última vez que se encontraram pessoalmente, há quase vinte dias no Palácio da Alvorada, o ex-presidente e Dilma conversaram sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato.

Lula tentou não demonstrar preocupação e disse que os problemas do governo da sucessora têm origem na crise econômica e no que ele avalia ser a má condução da política pela equipe comandada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy,

Dilma, porém, insistiu que o grande celeuma de sua administração é a Operação Lava Jato, que desgastou a imagem do PT e, consequentemente a sua e de seu governo, além de ter prejudicado a Petrobras, a principal empresa pública, considerada a menina dos olhos da presidente.

Lula saiu do encontro bastante irritado com o que chamou de “teimosia” da presidente.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Estão comentando que Dilma sofre de síndrome da mentira. Dizem que ela já não sabe o que é verdade nem mentira e, por isso, mente mais que nunca. Taí um ótimo motivo para afasta-la da presidência. Por um Natal sem Dilma, todo esforço é válido.

  2. Esse gnomo orelhudo (Nine-Lula), e a noiva do Chuck (Dilma – PresidANTA), são sem noção. Mentirosos natos, dissimulados e asquerosos. Estão na mira da lava jato e agora é só esperar. Num futuro bem breve vamos comentar aqui e comemorar a derrota do PT, Lula e Dilma. Já deixei algumas caixas de fogos reservados para esta data.

    1. Vc é toda torcida do Brasil sem Dilma. As fábricas de rojões vão faturar alto neste dia que virá. Logo, assim espero e desejo.

  3. Se o criador não presta e a criatura é desprezível, qualquer um vai prejudicar o outro a qualquer momento, normal e natural. O que não pode é quem tem culpa por corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, uso do poder para influenciar negócios públicos e outras tantas coisas mais, ficar impune, imune, sem ser investigado e se for o caso, ser condenado e pagar pelos crimes cometidos

  4. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk essa do PT, a lava jato provocou o Mensalão e agora a culpa de tudo que o PT fez é dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Irresponsabilidade nos políticos do PT realmente é uma casa sem paredes. Quando era pequeno e mentia, minha mãe me colocava de castigo, tirava meu lancha, cortava a mesada e o PT faz exatamente o contrário, MENTE, MENTE e MENTE para continuar seus esquemas de corrupção e desvio de dinheiro
    O PT quebrou o Brasil e o povão vai pagar o preço ficando desempregado
    Reclamem não, vocês votanram no PT

  5. A "CULPA" do desastre econômico, da inflação, do desemprego, da corrupção sem limite, da formação de quadrilha e dos esquemas de desvio do dinheiro público é da operação LAVA JATO? Que INSANIDADE é essa dessa senhora prepotente e incompetente?
    Essa arma do PT de jogar a culpa nos outros não cola mais, gastou, perdeu qualquer credibilidade, só serve para aumentar o dicionário de MENTIRAS do PT.

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