Diversos

‘Não foi mau negócio. Houve má-fé mesmo’, diz CGU sobre prejuízo de Pasadena

2011-463416380-2011032186690.jpg_20110321O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage – Givaldo Barbosa / Agência O Globo

O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, dispensa meias palavras ao falar sobre a investigação da compra da refinaria de Pasadena: “Não foi mau negócio nem erro de gestão. Foi má-fé mesmo”. Ontem, auditoria apresentada pelo órgão constatou que a Petrobras teve um prejuízo de US$ 659,4 milhões (R$ 1,8 bilhão) na compra da refinaria, no Texas.

O relatório deixa claro que, com os alertas feitos, a Petrobras tinha tudo para não fechar esse negócio de Pasadena.

Sem dúvida. Não se tratou de mau negócio ou de erro de gestão. Houve má-fé, mesmo. Foram condutas intencionalmente cometidas. A Petrobras optou por estimativas futuras em vez de levar em conta a situação da empresa à época.

Esse prejuízo, de US$ 659,4 milhões, representa o caso mais rumoroso investigado pela CGU?

É até possível que seja, não tenho certeza. De memória não saberia dizer com segurança se é o maior caso isolado. Há casos de auditorias de grande valor, mas são várias juntas.

Sobre as conclusões e recomendações, o que sr. tem a dizer?

Vamos instalar 22 processos contra as pessoas identificadas na investigação. Tem processo que pode levar à demissão de quem ainda está na empresa. Os comprovadamente envolvidos serão proibidos de voltar ao serviço público.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. não dá para entender que o brasil carente de refinarias, pagamos mais caro pela gasolina por falta de refinarias, e o brasil vai comprar uma refinaria lá em passema califormia, certamente queria fazer o desfalque lá por interesse em dólares, porque o certo seria fazer uma refinaria em cuba. o camarada fidel merece, ou mesmo na russia, porque seria mais barato, e os companheiro russos ficariam muito satisfeito. veja que o golpe não foi no geral o desfalque ou a vantage no negocio, o golpe foi mais forte na compra e o local da refinaria, somando tudo, o golpe foi de uma refinaria mais os prejuízos, e outras entabulações na compra de aviões.

  2. Daqui a pouco aparece os alienados de plantão dizendo que esse senhor e ligado ao psdb e que e tudo mentira. Ha esqueci de dizer: isso e o inicio de um golpe. O governo do PT e íntegro e sem corrupção.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Pasadena: ministro do TCU responsabiliza ex-diretores

Ao ler, na tarde desta quarta-feira, 23, seu voto no plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a apuração de possíveis irregularidades na aquisição de Pasadena (EUA) pela Petrobras, o ministro José Jorge, relator, indicou a responsabilidade de ex-diretores da empresa, entre eles o responsável na época pela diretoria internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, o ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, e o então presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, pela compra da refinaria.

No entendimento do ministro, o negócio produziu vantagens à belga Astra Oil. Com base nos relatórios apresentados pela Petrobras, o ministro disse entender que, “desde os primeiros momentos da operação de compra e venda da refinaria”, parece claro que “compradora e vendedora atuaram alinhadas, buscando um objetivo comum”.

Jorge pede a conversão do processo atual em abertura de uma tomada de contas especial (TCE) para que os apontados apresentem defesa ou recolham o prejuízo aos cofres da Petrobras. No total, a estimativa de prejuízo apurado pelo relator ultrapassa US$ 790 bilhões. No entendimento de José Jorge, a decisão proposta por ele em seu voto “instaura presunção de dano ao erário imputável a certos agentes, que poderá ser confirmada ou afastada, no curso do processo”.

Sobre a não responsabilização do Conselho de Administração da companhia, ele indicou em seu voto que a formatação do negócio de aquisição da refinaria pela estatal foi diferente da apresentada ao conselho. Por isso, ele não elenca os conselheiros da época, entre eles a presidente Dilma Rousseff, entre os que devem ser responsabilizados.

O negócio foi iniciado em 2006 e concluído em 2012. Pareceres sobre o caso elaborados pela área técnica do TCU apontavam divergência entre os técnicos a respeito da responsabilidade do conselho. Um dos pareceres chegava a responsabilizar a presidente Dilma Rousseff por “exercício inadequado do dever de diligência”. Outro, contudo, sugeria a exclusão da presidente e dos conselheiros do rol de possíveis responsáveis.

José Jorge não descartou, no entanto, a audiência dos conselheiros da empresa caso surjam novos elementos. Em março deste ano, em nota enviada ao jornal, a presidente Dilma Rousseff justificou a aprovação da compra de 50% da refinaria dizendo que o parecer que embasou a decisão do conselho era “falho e incompleto”, pois não citava cláusulas de put option e de Marlim.

fonte: Estadão Conteúdo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lula diz que Dilma ‘vai ganhar’ porque é ‘mais bem preparada’ e defende compra de Pasadena

Principal cabo eleitoral das eleições de outubro próximo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está de volta à Bahia nesta segunda-feira para o início da pré-campanha petista à reeleição da presidente Dilma Rousseff e do candidato Rui Costa ao governo estadual. Lula vem ao estado no mesmo dia em que os dois principais rivais de sua sucessora e pré-candidatos à Presidência, Eduardo Campos (PSB-PE) e Aécio Neves (PSDB-MG), têm compromissos nas cidades de Vitória da Conquista e Feira de Santana, respectivamente. Em entrevista ao jornal “A Tarde”, Lula falou sobre a escolha de Costa, Pasadena, as chances de vitória de Dilma e o afastamento de alguns aliados da base política do governo federal.

O senhor tinha apoiado o nome de José Sérgio Gabrielli para ser o candidato do PT ao governo baiano. O que achou da escolha de Rui Costa?

Não se trata de ter apoiado o nome do Gabrielli para ser candidato a governador, porque quem decide o candidato é o Partido dos Trabalhadores na Bahia. Eu achava que o Gabrielli era o companheiro mais preparado para ser governador, quando ele deixou a Petrobras e foi ser secretário no governo da Bahia. Os anos passaram, e o PT baiano e o governo construíram a possibilidade de ter outro candidato e o partido por maioria decidiu esse candidato, portanto o candidato é o Rui Costa, que é o meu candidato, do governador Jaques Wagner, do Gabrielli e espero que também seja o candidato do povo da Bahia. Eu acho que a Bahia é um estado muito importante e tem um governador que sabe fazer política como ninguém, tanto que foi eleito duas vezes no primeiro turno.

Falando em Sérgio Gabrielli, como o senhor está observando toda essa polêmica da compra da Refinaria de Pasadena? Na opinião do senhor, foi um bom negócio na época que foi realizada no seu governo?

Primeiro, esse caso de Pasadena já vem sendo discutido há muito tempo pelo Tribunal de Contas da União, pelo Congresso Nacional, tanto o Gabrielli quanto a Graça Foster já deram muitas informações sobre isso. Ora, é muito cômodo uma pessoa achar que um negócio que era rentável, que era importante do ponto de vista estratégico para Petrobras, feito em 2006, por conta do momento do petróleo nos Estados Unidos, ache agora, que não foi bom porque o mercado de petróleo mudou e não está vendendo o que achava que ia vender. Você pode ter feito um mau negócio na época que depois virou um bom negócio, ou fazer um mau negócio que se transforme depois em um negócio razoável, rentável. Eu acho que o Gabrielli e a Graça explicaram bem isso. O que eu acho estranho é que toda a época de eleição aparece alguém com uma denúncia contra a Petrobras, que desaparece logo depois das eleições. Eu tenho, às vezes, a impressão que tem gente querendo fazer caixa dois fazendo denúncia contra a Petrobras.

Na campanha presidencial haverá a discussão do que foi feito nos governos petista em comparação com os governos anteriores. A presidente Dilma leva vantagem na comparação em relação aos seus adversários e poderá usar o legado da Copa do Mundo nessa discussão?

Eu penso que nós temos quase 12 anos de governo do PT, para comparar com as pessoas que governaram o Brasil antes de nós. E eu tenho certeza que no investimento em educação, na saúde, na geração de emprego, no aumento dos salários, do salário mínimo, no combate a miséria e a fome, o Brasil tem no governo do PT uma política de sucesso que serve de exemplo para o mundo. Certamente não foi feito tudo em 12 anos, e nem seria possível consertar em 12 anos o que não foi feito em 500 anos. De qualquer forma, eu não tenho dúvida nenhuma que os 12 anos de PT nos enchem de orgulho por tudo que foi feito nesse país. Desde o programa Bolsa Família ao Luz Para Todos, desde o Prouni ao Reuni, desde as universidades do Fies aos estudantes à agricultura. Eu acho, incomparável, as vantagens obtidas no governo do PT em relação aos outros governos. Eu, sinceramente, não acho que a Copa do Mundo tem influência para qualquer que seja o candidato, perca o Brasil ou ganhe o Brasil. Não é possível imaginar que o povo não tenha nenhuma inteligência e vá decidir o resultado em cima de um jogo de futebol. Eu acho que a Dilma vai ganhar as eleições porque é a candidata mais preparada, com as melhores propostas para o segundo mandato, e todo mundo sabe que ela tem uma experiência extraordinária em governar o Brasil.

Na visão do senhor, o que deu errado na articulação da presidência da República com os partidos aliados já que ocorreram problemas de relacionamento com o PMDB e o próprio PSB que deixou a aliança?

Eu acho que os problemas e divergências na base aliada são próprios do tamanho da base aliada. Quando você é um governo bem-sucedido como o da presidenta Dilma, e tem aliança com quase todos os partidos, é natural que na época da campanha você tenha divergências pontuais com alguns partidos, alguns tentem ter candidatura própria, como o PSB e isso tem que ser encarado com naturalidade. O que é importante a gente ter consciência, é que isso faz parte da consolidação do processo democrático no Brasil, que é irreversível.

Como o senhor vê a candidatura de Eduardo Campos com o discurso de querer enterrar a “política velha” após ser aliado durante longo tempo do PT e seus governos, em Pernambuco, terem recebido recursos generosos do governo federal?

O Eduardo Campos, quando fala de enterrar a política velha, ele deve saber do que ele está falando, porque ele tem consciência que todo mundo que faz política, inclusive ele, faz política com base na realidade, com base na correlação de forças, com base na composição necessária para ter governabilidade. Ele, mais do que ninguém, sabe disso. Eu acho que ele tem todas as condições de ser candidato à presidente. Ele tem experiência administrativa, foi governador de um estado importante, eu acho que ele pode ser candidato, não tem problema, como pode o Aécio, como pode qualquer um ser candidato. Basta ter idade suficiente e ser filiado à um partido político para ser candidato. Os recursos que o governo federal deu para Pernambuco, deu para todos os estados. Quando fazemos investimentos no estado, com dinheiro do orçamento ou financiamento, nós não o fazemos por causa do governador, mas por causa das necessidades do povo de cada estado ou cada cidade. Nós sabemos que era preciso fazer muito investimento no Nordeste, porque o Nordeste foi por muito tempo esquecido pelos governos do Brasil. O que nós fizemos para Pernambuco, fizemos para a Bahia, fizemos para o Ceará ou Maranhão, porque nosso lema era trabalhar para tirar o Nordeste do atraso ao qual ele estava submetido. E eu tenho certeza que nunca antes na história do Brasil, um governo investiu tanto no Nordeste quanto o PT investiu nesses 12 anos de governo.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. O PT não sabe lidar com a Democaracia. É um casulo de prepotência, desvios éticos e defensor de ditadura.

  2. Xau Dilma!!! Xau PeTralhas!!!

    A alternância no poder é altamente benéfica e essencial a Democracia!!!!!

    Todos que se perpetuam no poder viram Ditadores Tiranos e usam a máquina do Estado a seu bel prazer!!!!

    1. A direita ficou uns 200 anos no poder….tem muito tempo ainda para a esquerda governar e ajeitar as me#$%s deixadas pela turma cheirosa!!
      #DilmaPresidentaDeNovo!

    2. É Luciano lamento muito por você perder este seu carguinho comissionado, mais a sua bajulada vai perder a eleição, pois nos brasileiros pagadores de impostos não agüentamos mais sermos explorados e termos nossos direitos cerceados por conta de quadrilhas organizadas que dilapidam todo o patrimônio do povo brasileiro!!

      Chega de corrupção!!!

      A propósito não sou eleitor da direita, já votei inclusive no lulla, mas me arrependo amargamente por ter ajudado a eleger este que foi a maior decepção política dos brasileiros dos últimos 100 anos!!! Sou contra toda e qualquer perpetuação no poder seja ela de direita, de centro ou esquerda, pois não tenho cargo comissionado nem tenho interesse em usufruir das gordas tetas do governo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

PASADENA: Ex-diretor da Petrobras diz que compra de refinaria foi um bom negócio

A compra da Refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras não foi um mau negócio, segundo o ex-diretor da Área Internacional da empresa brasileira, Nestor Cerveró. Ele explicou que o empreendimento no Texas perdeu valor quando a estatal redefiniu prioridades e concentrou os investimentos na exploração do pré-sal.

Hoje (16), durante uma audiência na Câmara, Cerveró rejeitou enfaticamente o termo “malfadado”, atribuído ao negócio por vários deputados, que questionaram aspectos do negócio. “O projeto, em si, não foi malfadado. Foi um bom projeto na época. Estamos fazendo análise posterior a uma série de eventos que modificam o cenário”.

Segundo ele, o projeto tinha rentabilidade “que nunca vamos saber se seria atingida, porque foi feita por mudança estratégica drástica do conselho de administração”, e completou: “Não posso condenar”, completou. Segundo ele, a descoberta do petróleo em camadas mais profundas criou mais demandas para os investimentos da estatal.

Perguntado sobre se faria, hoje, um resumo executivo igual ao que apresentou à época, Cerveró disse que sim, desde que considerando as mesmas condições de mercado. “Uma coisa é [falar] depois do jogo terminado. Sei que o projeto não teve condições de ser realizado. Mas até a execução e a aprovação, ele tinha todas condições econômicas de ser realizado. Se elas se repetissem, faria de novo, mas dentro dos conhecimentos que eu tinha na época”, disse ele.

Nas contas apresentadas pelo ex-diretor, a Petrobras investiu US$ 1,23 bilhão no negócio. Ele disse que os custos de compra foram inferiores à média negociada em outras refinarias à época. Por isso, descartou que a estatal tenha pago um valor excessivo pela parte da refinaria norte-americana que pertencia ao grupo belga Astra Oil, quando as duas empresas se desentenderam.

Segundo Cerveró, o prejuízo contabilizado no negócio de Pasadena é contábil e que, nos primeiros meses, a refinaria teve resultados “muito positivos” e que “as margens de petróleo leve eram altas”, disse.

Sobre a desvalorização das ações da Petrobras, Cerveró disse que a redução no valor de mercado ocorre em função dos investimentos exigidos na exploração de petróleo do pré-sal. “Mas especialistas reconhecem que a Petrobras é um excelente investimento de médio prazo”, disse, ao lembrar que também é acionista da empresa.

Emocionado, o ex-diretor lembrou que trabalhou por 39 anos na empresa e disse que não se sentiu rebaixado quando foi retirado da área internacional. “Não concordo com essa questão do rebaixado”, afirmou.

O termo foi usado ontem (15) pela presidenta da Petrobras, Graça Foster, no Senado, quando afirmou que a falha no relatório de Cerveró, apresentado em 2006, provocou seu rebaixamento na empresa. Cerveró foi remanejado para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que atua no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis. Ele ocupou o cargo até o mês passado, quando foi afastado da estatal.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Essa tal "Pasadena" é uma refinaria moderna, estrategicamente localizada no coração dos EUA, altamente lucrativa, ou "Pasadena" é uma sucata de Jeep que não serve para nada?

  2. Bom teria sido se os investimentos fossem aqui, exemplo do polo de Guamaré e o de Pernambuco, isso sim seria um bom negócio né?

  3. Causa-me arrepios quando um PTista diz que vai tomar posse de um cargo público. Afinal os numerosos casos de corrupção que a imprensa tem mostrado à população indicam que muitos deles tem tomado posse do dinheiro público também, através da corrupção.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Documentos contrariam versão de ex-diretor da Petrobrás sobre Pasadena

Entrevista com Nestor Cerveró, Diretor Internacional da Petrobas.Embora o advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, tenha dito anteontem que o contrato da operação de compra de metade da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), foi enviado ao Conselho de Administração da estatal com 15 dias de antecedência à reunião na qual o negócio foi aprovado, documentos internos da companhia com dados fundamentais do caso ficaram prontos às vésperas da reunião.

Nove documentos estão anexados à ata dessa reunião, datados entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro de 2006. Sua leitura mostra que uma série de alertas foi omitida do resumo executivo apresentado por Cerveró ao conselho. Todo o processo foi feito a toque de caixa.

Procurado ontem, o advogado de Cerveró informou, por nota, que não falaria. “Eventuais esclarecimentos serão prestados por Cerveró, após seu depoimento, em 16/04, na Câmara dos Deputados”, disse Ribeiro.

O advogado esclareceu, porém, que nas declarações de quarta-feira se referia de forma genérica ao prazo de entrega de documentos ao conselho, e não ao caso específico de Pasadena.

A reunião de conselho sobre Pasadena foi dia 3 de fevereiro de 2006. A reunião da diretoria executiva que encaminhou o assunto ocorreu na véspera, dia 2. Da mesma data é o Documento Interno do Sistema Petrobrás (DIP) com detalhes do negócio, apreciado na reunião de diretoria.

Recebido por Cerveró, esse documento, de nove páginas, deveria embasar o resumo executivo de duas páginas e meia que a presidente Dilma Rousseff, em nota ao Estado, chamou de “falho”.

O relatório foi elaborado pelo então gerente executivo de Desenvolvimento de Negócios Internacional, Luis Carlos Moreira. Embora Cerveró tenha carimbado o recebimento do documento em 2 de fevereiro, o resumo executivo foi “originado pelo diretor da área Internacional” em 31 de janeiro, dois dias antes.

Em anexo ao documento assinado por Moreira estão outros pareceres internos, produzidos pelas gerências tributária e jurídica da própria Área Internacional, além de consultoria externa.

Prazo curto. O parecer tributário é datado de 31 de janeiro e chama atenção para o prazo curto em que a análise financeira e contábil foi feita. Já o parecer jurídico, documento feito com maior antecedência, é datado de 27 de janeiro, uma semana antes da reunião do conselho.

A gerência jurídica da Área Internacional não viu problemas, disse que as minutas dos contratos “contemplam cláusulas usuais em transações do gênero”. Mês passado, ao ser questionada sobre cláusulas polêmicas da operação – como as que previam uma Put Pption (obrigatoriedade de a Petrobrás comprar toda a planta em caso de conflitos) e Marlim – rentabilidade mínima à sócia belga – Dilma disse que o conselho não aprovaria o negócio soubesse delas.

Análises independentes também foram feitas às vésperas da reunião do conselho. O Citigroup entregou seu laudo de avaliação em 1º de fevereiro. Teve menos de cinco dias para analisar a papelada. Já o relatório da consultoria BDO Seidman é de 30 de janeiro, quatro dias antes da reunião. Ele apresenta cerca de 40 ressalvas, comentários ou sugestões, depois de cinco dias analisando o caso.

Estadão

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *