Saúde

OMS diz que pandemia está em platô, mas destaca números ‘inaceitavelmente altos’

Foto: Denis Balibouse -30.jan.2020/ Reuters

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (10) que o mundo está vendo um platô no número de casos e de mortes causadas pela Covid-19, com quedas nesses indicadores na maioria das regiões, incluindo na Europa e nas Américas, as duas mais afetadas pelo coronavírus.

“Mas é um platô inaceitavelmente alto, com mais de 5,4 milhões de casos relatados de Covid-19 e quase 90 mil mortes na semana passada”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.

Neste domingo (9), o Brasil registrou mais 1.024 mortes por Covid-19, de acordo com boletim divulgado neste domingo (9) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, 422.340 pessoas já morreram no país em decorrência da Covid-19 desde o início da pandemia.

Ainda segundo o Conass, o Brasil identificou nas últimas 24 horas mais 38.911 casos de Covid-19, levando a um total de 15.184.790 infecções confirmadas desde que a pandemia começou.

Com os novos números, a média-móvel de óbitos nos últimos sete dias ficou em 2.100, que vem caindo desde o dia 29 de abril, quando ficou em 2.526 óbitos. O pico, desde o início da pandemia, foi em 12 de abril, quando a média-móvel de sete dias ficou em 3.124 mortes.

Por outro lado, a mesma métrica aplicada aos casos de Covid-19 vem subindo. Neste domingo, ficou em 61.411 novos casos por dia, alta constante desde 5 de maio, quando o número era de 58.413.

O estado do Rio de Janeiro é a unidade da federação com a maior taxa de letalidade do país: 5,6% dos casos confirmados (786.087) terminaram em óbito (46.427). As menores taxas de letalidade, de 1,5%, são de Santa Catarina e Amapá, seguidos por Tocantins e Roraima, ambos com 1,6%.

CNN Brasil

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Saúde

OMS: surto atingiu platô e Brasil tem a oportunidade para assumir controle do novo coronavírus

Foto: Reuters

O diretor de operações da OMS, Michael Ryan, aponta que existem os primeiros sinais que os números de proliferação de casos da covid-19 no Brasil tenham se estabilizado nos últimos dias e que o país tem, pela primeira vez, a “oportunidade” de iniciar um caminho em direção ao controle da doença.

Mas ele também alerta que o país até agora não conseguiu reduzir a taxa de novos casos de transmissão. Sem uma ação das autoridades, o recado da agência é de que não existem garantias de que a epidemia perca força no país.

Em sua coletiva de imprensa nesta sexta-feira, a agência de saúde voltou a alertar sobre a situação brasileira. Segundo Ryan, os números diários estão estabilizados em cerca de 40 a 45 mil casos. “Não estamos vendo o aumento que tivemos no mês de abril e maio, quando vimos uma taxa elevada de crescimento”, afirmou.

Segundo ele, entre os meses de junho e jullho um “platô está ocorrendo”.

Mas ele faz um alerta. “O que não ocorreu é que essa doença não está descendo a montanha”, disse Ryan. “Os números se estabilizaram. Mas o que não fizeram é começar a cair de uma forma sistemática e diária. O Brasil está ainda no meio da luta”, apontou.

Ryan indicou que, hoje, 11% dos casos envolve trabalhadores do setor de saúde. “Isso, por si só, é uma tragédia”, disse. “Os trabalhadores do setor de saúde estão pagando o preço mais alto”, insistiu.

Para a OMS, outro sinal positivo é o número de reprodução do vírus, que estaria entre 0,5 e 1,5 no país. Nos meses de abril e maio, ele chegou a variar entre 1,5 e 2. Ou seja, cada pessoa infectada contaminava duas outras pessoas.

“Hoje, o vírus não esta dobrando na comunidade com a velocidade que ocorria antes”, disse Ryan. “O aumento não é mais exponencial. Ele tem atingido um platô. Mas os casos e mortes não pararam e não há garantiria de que vá cair por si só”, disse. “Vimos isso em outros países”, insistiu.

“Há um platô, há uma oportunidade para o Brasil empurrar a doença para baixo, para assumir o controle. Para suprimir o vírus”, insistiu.

Na avaliação da OMS, o Brasil é um dos exemplos no mundo onde até agora o “vírus continua estabelecendo as regras e está controlando a situação”. “Nós precisamos estabelecer as regras do vírus e há uma oportunidade para fazer isso quando os números os estabilizam”, defendeu. “Essa oportunidade existe agora para o Brasil”, disse.

Com 2 milhões de casos no país, porém, ele aponta que a situação brasileira exigirá uma ação ampla das autoridades e mantida ao longo de meses. “Isso vai exigir uma ação sustentada”, declarou Ryan.

Coluna Jamil Chade – UOL

 

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Saúde

‘Estamos muito próximos do platô’, diz Doria sobre pico do coronavírus no estado de SP

Foto: Reprodução/Globo News

oO governador João Doria (PSDB) afirmou na manhã desta quarta-feira (1º) que o estado de São Paulo está “muito próximo” de atingir o “platô” de casos e mortes provocadas pelo coronavírus. O platô ocorre quando existe uma estabilidade na elevação da curva de novos registros da doença seguida da diminuição de novos casos e mortes de Covid-19.

“Nós estamos muito próximos do platô, que é aquela faixa superior e muito próximos de chegar a esse momento aqui no estado de São Paulo. Depois, dizem os especialistas, médicos, cientistas, epidemiologistas e infectologistas que esse platô segue em uma linha horizontal e depois, na sequência, é o que nós esperamos, o decréscimo”, afirmou ele durante entrevista ao jornal Em Ponto, da GloboNews.

De acordo com Doria, o estado registrou 144 mortes a menos na semana epidemiológica. “São Paulo teve um número menor de mortes na última semana, menos 144 da média da semana passada, ou seja, isso já é um reflexo da chegada muito próxima desse platô. A recomendação fundamental é para as pessoas que ainda puderem permanecerem em casa, ficarem em suas casas, e as que tiverem que sair usarem máscaras”, destacou. Entre os dias 14 e 20 de junho, foram registradas 1.913 mortes no estado. Já na semana epidemiológica do dia 21 a 27 de junho, foram 1.769 mortes.

A declaração foi dada após o Comitê de Combate ao Coronavírus em São Paulo apontar na primeira semana de junho que o estado já estava no “platô” depois de registrar uma queda de apenas três mortes a menos em comparação à semana anterior, caindo de 1.526 mortos, entre o dia 31 de maio ao dia 6 de junho, para 1.523 mortos da semana epidemiológica entre 7 e 13 de junho. Apesar da queda na ocasião, o número total de mortes aumentou e passou de 9.058 para 10.581.

O estado de São Paulo chegou a 281.380 casos confirmados pelo novo coronavírus e 14.763 mortes provocadas pela doença nesta terça-feira (30). Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, foram registrados 6.235 novos casos confirmados e 365 mortes nas últimas 24 horas.

O governo estadual iniciou a flexibilização gradual da quarentena em 1º de junho, antes que houvesse queda sustentada de novas mortes ou casos confirmados da doença, o que não é recomendado por especialistas. Especialistas avaliam que a reabertura do comércio, que já teve início em diversas regiões do estado e causou aglomerações em diversas cidades, pode começar a impactar negativamente os dados das próximas semanas.

O governador também afirmou que o maior legado da pandemia será na área da Saúde, já que o estado tinha 3.500 vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes do início da pandemia e agora tem mais que o dobro, mais de 7.200. “Os investimentos feitos na saúde pública serão permanentes. Exceto os Hospitais de Campanha, todas as demais instalações foram aprimoradas e melhoradas. Nós mais do que dobramos a quantidade de Unidades de Terapia Intensiva”, disse.

Máscaras

O governador ressaltou a importância do uso de máscaras enquanto não for descoberta uma vacina para a doença. “Até a chegada da vacina, a melhor forma além do isolamento social, de ficar preservado e não ser contaminado, é o uso de máscaras”, afirmou.

O estado de São Paulo completa 100 dias de quarentena nesta quarta-feira (1º) com obrigatoriedade do uso de máscaras nas ruas de todo o estado sob pena de multa de R$ 500 para pessoas físicas e de R$ 5.000 para estabelecimentos comerciais para cada pessoa que estiver sem usar o acessório.

G1

 

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  1. Esse rapaz, além de outras coisas que não se comenta, por ser de foro e desejo íntimo, é um falastrão de primeira estirpe, com sinais de megalomania e mentira contumaz, o que ele diz não merece crédito.

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