Política

Bolsonaro diz que é preciso “acabar com esse oba-oba de acreditar no populismo, votar no cara bonitinho, no mentiroso de sempre”

Foto: Reprodução / Facebook

Ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro, acreditem, disse que o Brasil precisa acabar com o “populismo”.

Segundo ele, é preciso “acabar com esse oba-oba de acreditar no populismo, votar no cara bonitinho, no mentiroso de sempre”.

“Vamos ter que buscar a solução a curto prazo”, completou.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Excelente ideia. Em 2020 e 2022 vamos renovar os legislativos e executivos. O presidente por exemplo já vai estar com mais de 30 anos de vida política. RENOVAÇÃO JÁ!

  2. Inacreditável. Um populista pedindo para o Brasil "acabar com o populismo". Me engane que eu gosto.

  3. Fez uma autocrítica e está naturalizando um golpe. Presidente, já deu…. o senhor tem que renunciar o quanto antes e entregar o cargo a o General Mourão. Será menos traumático do que um impeachmant.

  4. Então, quando falou que ia lutar conta Corrupção, e praticamente extinguiu o coaf, não lutou pelo projeto anti crime, sansionou o juiz de garantia, abandonou a bandeira da prisão em 2a instância, alem de esquecer a promessa de diminuir o número de deputados, senadores, vereadores, cargos comissionados e ministérios. Se isso não foi uma mentira deslavada pra ser eleito, foi o quê? Cara de pau

  5. Como assim o Mito falou pra a gente não acreditar mais nele! Tirando a parte do bonitinho claro! Esse Mitou endoidou de vez!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

‘Populismo com lampejos autoritários está escancarado’, afirma Sergio Moro

Foto: Adriano Machado

Por Sergio Fernando Moro

O imperador romano, na tradição política e jurídica da época, era considerado dominus mundi e legibus solutus. Era o senhor do mundo e estava acima da lei, mais do que isso, era a própria lei.

Na evolução histórica, passamos pelas monarquias absolutistas do “Estado sou eu” dos séculos XVII e XVIII e pelo totalitarismo de direita e de esquerda na primeira metade do século XX, mas avançamos, desde então, com o reconhecimento de direitos fundamentais, separação de poderes e supremacia da Constituição.

Dentro do modelo do estado de direito o governo é de leis, não do arbítrio do governante ou de interesses especiais.

Dessa forma, é essencial separar o Estado da pessoa do governante. As instituições de Estado, ainda que sujeitas a algumas orientações políticas, estão vinculadas à aplicação neutra e apartidária da lei.

Isso é especialmente relevante para as agências de aplicação da lei que também têm um papel de controle das ações dos próprios governantes.

É fundamental, assim, para o modelo do estado de direito, garantir a independência das Cortes de Justiça e do Ministério Público.

Também é preciso garantir a autonomia funcional até mesmo de órgãos vinculados ao Poder Executivo.

Os órgãos policiais, por exemplo, encarregados de apurar crimes, por vezes, dos próprios governantes, não podem ficar sujeitos ao arbítrio do mandatário de ocasião. O mesmo raciocínio é válido para vários outros setores nos quais demanda-se a aplicação neutra da lei por agentes públicos, como em matéria fiscal, sanitária ou ambiental.

Os órgãos do Estado, afinal, têm sua atuação regrada pela lei e por finalidade atender o bem-estar comum e não cumprir os caprichos e arbítrios do governante do momento.

Políticos populistas tendem a ignorar tal distinção.

Não é o caso de falar em totalitarismo ou mesmo em ditadura, no presente momento, mas o populismo, com lampejos autoritários, está escancarado.

Judiciário e Legislativo são inconvenientes quando não se dobram à vontade do Executivo.

Órgãos vinculados ao Executivo devem cumprir acriticamente a pauta do Planalto e estão sujeitos a interferências arbitrárias.

Os exemplos se multiplicam. Radares devem ser retirados das rodovias federais, ainda que isso leve ao incremento dos acidentes e das mortes; agentes de fiscalização ambiental devem ser exonerados se atuarem efetivamente contra o desmatamento ou queimadas; médicos devem ser afastados do Ministério da Saúde pois a pandemia do coronavírus atrapalha a economia, e agentes policiais federais não podem cumprir “ordens absurdas” quando dirigidas contra aliados político-partidários.

O quadro é muito ruim. Mas quero deixar claro: o populismo é negativo por si mesmo, seja de direita, seja de esquerda. Manipular a opinião pública, estimulando ódio e divisão entre a população é péssimo. Temos mais coisas em comum do que divergências. Democracia é tolerância e entendimento.

Há espaço para todos. Não há problema na presença de militares no governo, considerando seus princípios e preparo técnico. Não há espaço, porém, para ameaçar o país invocando falso apoio das Forças Armadas para aventuras.

Combater a corrupção continua sendo um objetivo primário para fortalecer a economia e a democracia, mas não se pode fazer isso enfraquecendo as instituições de controle com ameaças e interferências arbitrárias. Tampouco servem a esse objetivo a celebração de algumas questionáveis alianças políticas e a retomada de velhas práticas.

Precisamos no momento de união. Há uma pandemia com número assustador de vítimas. Há a necessidade de planejar e buscar a recuperação econômica.

Para tanto, políticas públicas racionais e previsíveis são imperativas. Crises diárias, ameaças autoritárias, instabilidade, ódio, divisões, nada disso é positivo.

Diante dos recentes questionamentos contra o governo federal, há algumas opções em aberto. Insistir no populismo, que até agora nada ajudou contra a pandemia ou para recuperar a economia, não parece ser o melhor caminho. É melhor, como outros já disseram, “colocar a bola no chão”, agir com prudência, observar a lei, respeitar as instituições, buscar o consenso necessário para combater a pandemia, assim protegendo as pessoas, bem como para recuperar empregos e a economia.

Não é difícil unir as pessoas em um momento de crise e em prol de um objetivo comum, especificamente salvar vidas e empregos e fazer do Brasil um grande país. Para tanto, é necessário fazer a coisa certa, sempre, sem tentações populistas ou autoritarismo. Há tempo para o governo se recuperar e é o que todos desejam. Mas precisa começar, já que a crise é grave e não permite perder mais tempo do que já foi perdido.

Sergio Fernando Moro é professor universitário e foi ministro da Justiça e Segurança Pública

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Esse estava tão calado, agora é tão falente, já está em campanha pra 2022, será que teremos um segundo turno Bolsonaro x Moro com o PT de fora, seria maravilhoso.

  2. MORO está pronto para ser presidente do Brasil. Hoje é conhecedor de todo o mecanismo dos políticos criminosos.

    1. Falou Moro, o justiceiro omisso por conveniência. Enquanto estava bom para ele ficou calado. Agora é vidraça e está tentando recuperar o status de bom moço.

    2. Moro e quem mesmo??
      Até onde sei, MORO não se mistura com quem responde processos.

    3. Kkkkk. Os petralhas e os mitralhas estão todos doidos igual aos líderes deles. Lula e Bozo. Kkkkk. Chamo o Queiroz que ele resolve. Kkkkk.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Doria se irrita com “desafio” lançado por Bolsonaro aos governadores sobre o preço dos combustíveis: “gestão se faz com responsabilidade, não com populismo”

Foto: Marcos Corrêa/PR

João Doria ficou irritado com o “desafio” lançado por Jair Bolsonaro aos governadores, mais cedo, ao falar sobre o preço dos combustíveis.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira (5) ao blog que a postura do presidente Jair Bolsonaro ao desafiar os governadores a zerarem o ICMS sobre combustíveis é “populista” e “uma tentativa de transferir a responsabilidade” para solução do problema para os Estados.

“Gestão se faz com responsabilidade, não com populismo. É preciso ter cuidado. Muitos Estados estão em grave crise fiscal e zerar o ICMS seria de uma grande irresponsabilidade. Não é responsável que Bolsonaro transfira a responsabilidade para os governadores”, afirmou Dória.

Segundo o governador de São Paulo, outros colegas já manifestaram logo cedo manifestações de repúdio “ao desafio” feito pelo presidente. Segundo eles, se o presidente realmente quer resolver o problema, deveria chama-los para uma conversa e negociação, e não ficar fazendo desafios públicos.

Na avaliação de governadores, o presidente tenta jogar a população contra eles. Para eles, a mensagem que o presidente passa é a de que os governadores é que não desejam resolver o problema. E, com isso, fica bem com a opinião pública e joga o desgaste para os Estados.

A fala do presidente foi uma reação a uma nota divulgada nesta semana por governadores, dizendo que não era possível atender aos pedidos do presidente de modificar a tributação do ICMS sobre os combustíveis da bomba para as refinarias.

No texto, os governadores disseram que o ICMS responde por boa parte da receita dos Estados e mudar a sistemática colocaria em risco a situação de alguns deles. Eles defenderam, então, que o presidente zerasse a cobrança de PIS/Cofins e Cide sobre os combustíveis. No caso do diesel, a Cide já está zerada. No da gasolina, PIS/Cofins tem uma alíquota de 15%.

A maior parcela de tributos fica realmente por conta do ICMS, que varia de 25% (caso de São Paulo) a 34% (Rio de Janeiro). Os governadores dizem que qualquer mudança nas alíquotas precisa ser discutida dentro da reforma tributária, buscando um equilíbrio fiscal não só da União como também dos Estados.

Blog Valdo Cruz – G1

Opinião dos leitores

  1. Outro detalhe, tem algum servidor do Estado achando bom essa brincadeira do presidente? Só pra constar, o ICMS dos combustíveis corresponde por cerca 20% da arrecadação de ICMS do Estado.
    Dá eco a essa brincadeira de péssimo gosto que o presidente falou, que infelizmente ainda acha que está no palanque, é desejar ficar sem salário.
    Ser racional pode ser menos prejudicial.

  2. Só lembrando que esses impostos eles vão tirar em outra coisa governo nem um facilita nada pra população.

  3. Gostei do desafio… bora lá… como o governo federal tem dois, deveria começando a zerar 1.
    Se o Estado baixar o ICMS, o governo federal zera o segundo. Aí eu quero vê se o Estado vai deixar e certamente deverá zerar o ICMS. AÍ o povo agradece.

    Aguardando o primeiro ato.
    Vamos lá presidente!

    KKKKKKKKKKKKKKK

  4. Infelizmente o Dória não é o cara mais apropriado para fazer esse tipo de comentário, pois é o populista encarnado.

    1. Vai, bate palmas e diz: 30 é pouco, bote 40. Eu adoro é muito mais

  5. Essa bobagem que o Presidente fica defendendo para jogar para a sua platéia de admiradores não quebraria só os Estados, mas também os Municípios, pois 25% da arrecadação estadual com o ICMS dos combustíveis OBRIGATORIAMENTE é destinada aos entes municipais.
    Chega de farofa !!

    1. pois quando a gasolina aumentar , não reclame, ao contrário, bata palma , a pessoa ver cada coisa , uma pessoa defender imposto , procure melhora pra vc, e não pra quem vc vota.

    2. Caro André, no tempo de Dilma o preço era a metade. Acredito que você votou em Bozo, deveria pagar gasolina mais cara só quem votou nele ne.

  6. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Começou a gritaria, a choradeira, o esperneio, essa turma da oposição só quer mamar… "Pau que bate em Chico, bate em Francisco".
    O governo extingue o DPVAT o PSOL judicializa a VOLTA do IMPOSTO;
    O governo cria a carteira de estudante virtual GRATUITA, os SINDICATOS querem a CARTEIRA PAGA DE VOLTA;
    O governo fala em RETIRADA de IMPOSTO, os governadores chamam de MEDIDA POPULISTA… Eita país de cabeça para baixo… Bom mesmo é o "projeto político" do bolsa família

    1. Não esqueça que o "projeto político" Bolsa Família até décimo-terceiro salário passou a ter.

  7. Se existe por parte dos governador o reconhecimento de que a carga tributária sobre combustíveis estar muito alta, porque não fazem uma contra proposta, de baixar esses impostos num determinado percentual e num prazo pre estabelecido.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *