Saúde

Ministério da Saúde muda distribuição de vacinas e vai priorizar estados atrasados na imunização

Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira que irá mudar a logística de distribuição das primeiras doses da vacina cotnra a Covid-19 para garantir que todos os estados terminem a aplicação da primeira dose. Durante entrevista coletiva, o ministro Marcelo Queiroga também criticou estados que estão alterando os prazos da aplicação da segunda dose. Segundo ele, se isso continuar ocorrendo, a pasta não terá como entregar as doses necessárias.

A mudança na metodologia de distribuição de vacinas ocorre em meio a uma polêmica com o governo de São Paulo, que reclamou publicamente de ter recebido menos doses da Pfizer. Nesta terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski proferiu decisão em que determinou que o Ministério da Saúde entregue as doses necessárias para a segunda dose.

— Estamos vacinando, no estado de São Paulo, adolescentes, e em outros estados ainda não conseguimos chegar na faixa etária de 18 anos. Cumpre ao Ministério da Saúde equilibrar. O mesmo compromisso que o Ministério tem para com os brasileiros que residem em São Paulo, o Ministério tem com os brasileiros que residem no estado do Pará — afirmou.

Durante a entrevista, Queiroga destacou que a vacinação em São Paulo avançou de forma mais rápida porque no estado há mais pessoas encaixadas dentro do grupo prioritários, como trabalhadores de saúde. Além disso, o ministério voltou a afirmar que o governo paulista obteve diretamente do Instituto Butantan mais doses do que o previsto, cerca de 300 mil. A acusação já foi negada pelo governo paulista.

A mudança ocorre para que o governo consiga cumprir sua meta de ter 75% da população adulta vacinada com duas doses.

— São Paulo não recebeu mais doses do que deveria. Recebeu a quantidade de doses adequada para a imunização do grupo prioritário. O que a gente precisa fazer é calibrar isso para que todos os estados recebam também de forma adequda para imunização de todos os brasileiros — disse o secretário-executivo Rodrigo Cruz.

Na prática, o ministro afirmou que estados que já estão vacinando adolescentes sofrerão ajustes no recebimento de doses.

— As doses não são específicas para adolescentes. A vacina para adolescentes é a da Pfizer. Vai haver ajustes em função da necessidade de avançar de maneira equânime nos outros estados. Os estados vão continuar recebendo vacinas, vão aplicar a segunda dose. Esses estados vão receber dose para terminar a imunização. Lembrar que temos a variante Delta, que é uma variável nova — afirmou Queiroga.

Queiroga também criticou estados que estão alterando as regras de aplicação das segundas doses das vacinas. O ministro pediu para que governadores respeitem os prazos definidos pelo plano de imunização. A perspectiva do Ministério é de que em setembro será possível diminuir o intervalo entre doses da vacina da Pfizer para 21 dias.

O ministro também repetiu que o Ministério estuda a aplicação da terceira dose de outras vacinas, mas ainda aguarda estudos científicos sobre o tema.

Na cidade de São Paulo, a prefeitura iniciou por exemplo o cadastro para que a população receba a segunda dose da chamada “xepa”, doses que sobram no final do dia da vacinação e correm risco de perder a validade.

— É fundamental que se observe o espaço entre as doses para que consigamos entregar as vacinas com a pontualidade desejada. Se cada estado, cada município resolver a sua própria regra, o Ministério da Saúde não consegue entregar as vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará nossa campanha nacional de imunização — afirmou.

O Globo

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Diversos

Governo do Estado decide que vai priorizar pagamento de débitos atrasados aos pequenos fornecedores

Foto: Demis Roussos

Os débitos de cerca de 440 contratos de fornecedores de bens e serviços cujos valores se limitam a R$ 20 mil serão priorizados para pagamento pelo Governo do Estado para quitação dentro de 90 dias, o que resultará na retirada de cerca de 50% dos contratos de dívidas existentes. A medida foi tomada entre Governo e fornecedores durante reunião do Comitê de Relacionamento com os Fornecedores de Bens e Serviços ao Poder Executivo (COREF), realizada no Gabinete Civil.

A Controladoria Geral apresentou o perfil detalhado da dívida do Estado com seus fornecedores de bens e serviços. Com relação ao montante devido, o controlador geral do Estado, Pedro Lopes, informou que até o dia 31 de dezembro de 2018, as dívidas eram de R$ 790 milhões, sem incluir os débitos referentes aos empréstimos consignados. Desse total, R$ 259 milhões são referentes a empenhos inscritos em restos a pagar não processados e impossibilitados de serem reconhecidos como obrigação, visto que não foram precedidos de liquidação pelo órgão de origem. Cerca de R$ 180 milhões foram pagos, restando ainda R$ 351 milhões para quitação. Diante do perfil apresentado, com cerca de 440 processos de dívidas com valores de até R$ 20 mil, o comitê chegou ao consenso de priorizar esses pagamentos dos atrasados aos fornecedores de bens e serviços.

A governadora Fátima Bezerra reforçou a importância de o governo ter instituído o comitê para discutir os problemas com os fornecedores, informando que, com base em um calendário previamente firmado, o Estado pretende quitar totalmente todas as dívidas. “Reforço o empenho do governo em quitar as dívidas existentes a fim de melhorar o relacionamento do Estado com os setores empresariais, bem como, incrementar economia do nosso Estado”, ressaltou.

Segundo o secretário-chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, mantendo-se a realização dos pagamentos mediante ordem cronológica o intuito do Governo do Estado é encontrar uma solução para as dívidas anteriores ao exercício de 2019, visto que a gestão está impossibilitada de apresentar, hoje, uma proposta de pagamento para as demais.

O comitê é composto por representante dos seguintes órgãos: Secretaria de Planejamento e Finanças (SEPLAN), Secretaria de Administração (SEAD), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Controladoria-Geral do Estado (CONTROL), Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMERCIO) e Federação da Agricultura do RN (FAERN).

Opinião dos leitores

  1. Rapaz esse Raimundo é uma ovelha em pele de lobo, infelizmente é mais um que está acabando com o governo da professora Fátima, não só ele mas outros companheiros de PT faz a mesma coisa existe muita perseguição desse povo BG, que Deus nos proteja e que esse governo ditador acabe logo

  2. Enrola um aqui, empura com a barriga outro acolá, reajusta salários dosnprocuradores nas alturas, salários de servidores de 300 mil ali, tirando o poder dos juízes mais ali na frente e desse jeito fatão vai governando e todo mundo calado. Os sindicatos tão altivos de antes agora tudo caladinhos, na famosa unidade de ação. Kkkkk
    cut+ conluta+ ctb+ …..é uma vergonha só. Se venderam todos, na realidade criticavam porque não estavam fazendo parte da boquinha, agora tudo de bico calado. Vergonha.

  3. Vai empurrando com a barriga e ganhando tempo enquanto enrola os credores, comportamento típico de caloteiro.

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