Polícia

PF prende suspeito com 50 mil que podem ter origem em ações de bandidos contra bancos do RN

A Polícia Federal prendeu em flagrante na tarde da sexta-feira(6), no interior de uma agência bancária situada no bairro de Petrópolis, em Natal, um vidraceiro, 33 anos. Ele é acusado de tentar depositar, um total de R$ 50.000,00 em espécie, sendo que algumas das cédulas continham manchas, que costumam  ser  encontradas nas notas oriundas de terminais de autoatendimento que foram alvo da explosão. Essa tinta avermelhada costuma ser usada como dispositivo de segurança, uma vez que ajuda a identificar a origem do dinheiro.

Os policiais se deslocaram até a agência após receberem uma informação dando conta de que um homem possivelmente iria fazer uma transação bancária com dinheiro que seria produto de furto junto a caixas eletrônicos.

Instantes após a equipe chegar ao local um suspeito surgiu e se apresentou para fazer um depósito. Ele conduzia grande quantidade de cédulas de R$ 100,00, todas novas, chamando a atenção o fato de que muitas apresentavam uma estranha coloração avermelhada.

O homem, que não teve o nome revelado, foi abordado e, apresentou uma versão “fantasiosa” Após a apreensão do dinheiro, ele foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal,  foi indiciado por receptação (Art. 180 do Código Penal), mas responderá em liberdade. O crime é afiançável,  e foi arbitrada uma multa de R$ 10.000,00 , sendo o suspeito solto nas primeiras horas da manhã deste sábado.

O dinheiro apreendido será metedido ao Banco Central. A PF vai prosseguir com as investigações objetivando apurar a sua real origem.

Informações da Assessoria PF

 

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Jornalismo

Homem diz ter sido torturado com mordidas de rottweiller para confessar crime a PMs

O que faria um ser humano confessar um crime que não cometeu? Qual o limite de resistência do corpo e da mente. O vidraceiro Antônio Kivyny Dantas da Silva, de 19 anos, conheceu e ultrapassou este limite no dia 25 de fevereiro de 2012, dentro da Companhia de Polícia.

Kivyny relata que resistiu algemado com as mãos para trás aos socos, pontapés, uma borrifada de álcool nos olhos, sessão de sufocamento com toca molhada nas narinas, mas não resistiu à violência do rottweiller. A mordida quase arrancou parte da coxa.

Como aconteceu, segundo Kivyny

No dia 25 de fevereiro, Kivyny conta que pegou emprestado R$ 10,00 de um amigo (nome preservado) que vende DVD pirata, pediu emprestado uma moto Pop preta de um amigo (nome preservado) e foi junto com Francisco Daywson de Oliveira, o Fofão, de 26 anos, tomar uma latinha de cachaça no balneário da Barragem de Santa Cruz.

Conta que quando ia voltando para casa junto com Fofão foi perseguido por dois homens (até o mento não sabia que eram PMs) em outra moto, que teria efetuado quatro disparos na direção deles na localidade de Bico torto. “Eu parei e eles (já identificados como os PMs Túlio e Ivanildo) já foram logo espancando. Batendo, perguntando cadê a arma e o dinheiro do assalto. Não sabia de arma, de dinheiro e nem de assalto”, conta Kivyny.

Em seguida, Kivyny conta que os PMs Túlio e Ivanildo, que estavam sem farda e numa moto particular, chamaram a viatura da PM (Blazer), que veio com outros dois PMs, que segundo ele, tratava-se da pessoa de Xavier e o motorista do veículo que não lembra o nome. “Daí levaram a gente pra o ‘conhecimento’ (reconhecimento) em Felipe Guerra”, conta.

Em Felipe Guerra, Kivyny conta que o dono do posto de combustível (nome preservado) assaltado não os reconheceu. O empresário contou que os assaltantes estavam com rosto, braços e pernas cobertas. Achou a moto Pop parecida com a que foi usada no assalto. Em seguida Kivyny conta que os PMs levaram eles para Apodi.

No caminho, Kivyny conta que os PMs mandaram ele abri os olhos e jogaram álcool. Daí levaram os dois para a Companhia de Polícia Militar de Apodi, onde, segundo ele, iniciaram uma sessão de tortura com socos e pontapés. “Primeiro foi o fofão. Eles estouraram o ouvido dele com uma tapa de mão aberta e depois botaram a mascara nele e jogaram água” conta.

Segundo Kivyny, Fofão agüentou. Não confessou nada. Em seguida foi a vez dele passar pela sessão de tortura. Fiquei sufocado com a máscara no rosto e eles jogando água em cima. “Mas eu não confessei nada. Não tinha feito nada. Aí Túlio me empurrou, cair algemado com as mãos para trás e Xavier soltou o cachorro que me mordeu”, relata.

Fonte: Cézar Alves / De Fato

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