Televisão

Morre o ator Rutger Hauer, vilão de ‘Blade Runner’, aos 75 anos

Rutger Hauer, em foto de 2011 Foto: Jim Urquhart / REUTERS

O ator holandês Rutger Hauer, conhecido por interpretar o antagonista Roy Batt em “Blade Runner” (1982), morreu no último dia 19, aos 75 anos, em sua casa na Holanda. Ele não resistiu a uma “curta doença”, segundo seu agente.

Hauer consolidou uma carreira de seis décadas na televisão e no cinema, trabalhando em mais de 170 produções. Entre elas, “O feitiço de Áquila” (1985), em que fez o par romântico de Michelle Pfeiffer; “Batman begins” (2005), como o dono da empresa Wayne Corp.; e “Sin City: A cidade do pecado” (2005), no papel de Cardinal Roark, personagem que detinha o poder em Basin City.

Ele venceu um Globo de Ouro pelo telefilme “Fuga de Sobibor” (1987), de Jack Gold, e foi indicado por “A nação do medo” (1994), de Christopher Menaul.

Apesar de versátil, Rutger Hauer se destacou no gênero terror, interpretando Van Helsing em “Dracula 3D” (2012), de Dario Argento; e o vampiro Barlow na minissérie “A mansão Marsten” (2004), baseado na obra de Stephen King.

‘Blade runner’

Em Rutger Hauer em ‘Blade Runner’ Foto: Divulgação

Mas seu papel mais icônico foi na clássica ficção científica de Ridley Scott, no qual viveu Roy Batty, líder dos androides (chamados replicantes no filme) que luta contra o personagem de Harrison Ford.

Na última cena de “Blade Runner”, Hauer proferiu aquele que se tornaria um dos monólogos mais famosos da história do cinema:

“’Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portal de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.’”

ROY (RUTGER HAUER)
Em ‘Blade Runner’

O longa ganhou a sequência “Blade Runner 2049” (2017), de Denis Villeneuve. O resultado agradou à crítica, mas não impressionou Hauer. “Não é um filme orientado por personagens, não tem humor, não tem amor, não tem alma. Dá pra ver que houve uma homenagem ao original, mas isso não foi o suficiente para mim”, ele disparou.

Filho de atores, Rutger Hauer nasceu em 23 de janeiro de 1944, na cidade de Breukelen, na província de Utrecht, na Holanda. Filho de atores, Rutger Hauer nasceu em 23 de janeiro de 1944, na cidade de Breukelen, na província de Utrecht, na Holanda. Seu avô era capitão de um barco, o que o levou a trabalhar como cargueiro aos 15 anos. Mas sua condição de daltônico o impediu de seguir a carreira. No lugar, estudou artes cênicas.

Sua primeira aparição nas telas foi já como protagonista, na série medieval “Floris” (1969), de Paul Verhoeven. Tornou-se uma celebridade no país de origem graças ao papel no romance “Louca paixão” (do mesmo diretor), indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Nos anos 1980, enveredou pelo cinema de gênero, em especial o de ação, em obras como “Feitiço de Áquila”, de Richard Donner; “Conquista sangrenta” (1985), de Verhoeven; e “A morte pede Carona” (1986), de Robert Harmon, no qual viveu o psicopata John Ryder.

Seu último trabalho foi na série de comédia “Porters”, mas Hauer está previsto para aparecer em outros quatros filmes em fase de pós-produção.

Como ativista, o artista fundou a Rutger Hauer Starfish Association, uma organização de combate à Aids.

Ele deixa uma filha, a atriz Aysha Hauer.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Grande Ator e grandes filmes participou. A cena final conforme está descrito acima, do filme "Blade Runner" é memorável. os filmes também descritos acima, são ótimos, recomendo a todos: "O Feitiço de Áquila", "Conquista Sangrenta" e "A Morte Pede Carona", este último melhor interpretação.

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Diversos

Vilão de Salve Jorge revela que apanhou de verdade em cena final da novela

256120-400x600-1Com o fim de “Salve Jorge”, Adriano Garib está sentindo mais do que saudade pelo seu personagem, o bandido Russo. Depois de gravar a cena em que o capanga leva uma surra das traficadas, o ator passou alguns dias sentindo na pele o tapa que recebeu de uma colega de elenco.

Participante da décima edição da “Dança dos Famosos”, o ator contou, durante entrevista com jornalistas para o lançamento do quadro do “Domingão do Faustão”, que apanhou de verdade na cena, exibida no último capítulo da trama de Glória Perez.

“Foi um inferno, aquele monte de mulher em cima de mim. Elas gritavam nessa cena como se estivessem num estádio de futebol. Eu fiquei com medo de apanhar de verdade. Só que, se você tem um temor e fica cultivando, ele acontece. Teve uma que me acertou uma ‘bifa’ que eu fiquei quatro dias com os dedos dela no meu rosto”, disse o ator.

Apesar do tapa, Garib preferiu não revelar o nome da colega de elenco que pesou na mão.

“Foi uma grande amiga minha. Foi sem querer, mas foi ao ar e nem precisou sonorizar o tapa. Apesar disso, a gente não parou de gravar a cena. Foi uma experiência que eu não desejo para ninguém”, contou ele.

Sobre o novo desafio na “Dança dos Famosos”, Garib afirmou que, apesar de não ser dançarino, tem um pouco de disciplina física para encarar os ensaios do quadro.

“Tenho uma boa disciplina física, que adquiri com o teatro e as artes marciais. Sou molinho, maleável. Não adianta nada atuar. Se ficar dando pinta de bonitão e não dançar, aí é que ‘dançou'”, brincou o ator.

Da Folha

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Esporte

Neymar e sua fama de 'cai-cai' são destaques de revista de esportes

Saiu no Uol esporte:

Neymar aparece crucificado na capa da edição de outubro da revista Placar. Apontado como “bode expiatório” nas críticas sobre ética no futebol, ele aparece como principal personagem de uma discussão sobre a fama de jogadores cai-cai.

Segundo o diretor da revista, Maurício Barros, a inteção é questionar a posição de “vilão” em que o craque brasileiro foi colocado pelo universo do futebol. “Ele é o jogador mais caçado do futebol brasileiro e acabou virando o vilão, o cai-cai”, explica.

Barros também levanta a discussão sobre as críticas feitas a Neymar que o colocam como “exemplo de falta de ética no futebol”.

“Essa reportagem procura levantar uma discussão sobre um certo linchamento público desse jogador que ganhou essa fama de cai-cai. O Neymar acabou transformado num exemplo de falta de ética no futebol. Houve um recrudescimento dessas críticas pra ele. O futebol profissional é um jogo em que  a gente pode enxergar inúmeras trapaças dos jogadores, um jogador querendo enganar o outro, os próprios técnicos instruindo os jogadores a enganar o juiz. Só que uma delas carregada com tintas muito fortes e pegaram o Neymar como um grande vilão dessa história”.

Levantando questões, sem condenar nem inocentar o jogador, a revista fala em justiça nas críticas a Neymar e compara com o comportamento de outros jogadores, que pressionam juízes e bandeirinhas e simulam situações de jogo.

Sobre a forte imagem da capa, Barros admite correr o risco da possibilidade de comparações do jogador a Jesus Cristo, mas explica não ser a intenção da revista.

“Acho que pode haver a comparação porque Jesus Cristo foi o crucificado mais famoso, mas a nossa analogia é com a execução, como a crucificação como elemento histórico de execução pública”.

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