Denúncia

URBANA: Caso de Polícia

Excelente reportagem da Tribuna do Norte mostrando o desmantelo que é a nossa empresa de coleta de lixo, como podemos ver são muito graves as constatações:

Na ação civil publica contra a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) que agora tramita na 3ª. Vara da Fazenda Pública, o Ministério Público Estadual levanta suspeitas sobre os subcontratos da Trópicos Engenharia e Comércio Ltda. As conhecidas “quarterizações de contratos” facilitaram o uso de “laranjas” por servidores da Urbana e pessoas ligadas ao sistema para agregar equipamentos, segundo denúncias do MPE.

Essas informações constam no processo que está disponibilizado na íntegra no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Segundo os promotores do Meio Ambiente, João Batista Machado, e do Patrimônio Público, Sílvio Ricardo Gonçalves de Andrade Brito e Rodrigo Martins da Câmara, “os laranjas agregavam  equipamentos em troca de vantagens indevidas, a pedido de apadrinhados políticos ou de pessoas poderosas ligadas ao próprio sistema”.

Entre janeiro de 2006 e abril de 2011, a Urbana manteve 82 subcontratos, para uso de mais de 100 caminhões e máquinas pesadas. Esses contratos possuíam vigências diversas e somaram R$ 14.256,223,87, de acordo com a estimativa global publicada nos extratos. Para saber efetivamente quanto desse valor foi pago, o MPE solicitou a Urbana as guias de pagamento.

Parte das ordens de pagamento já estão com o MPE. Os promotores denunciam, de acordo com documentos recebidos e depoimentos colhidos, que “no papel os equipamentos eram locados pela Trópicos, mas no mundo real são máquinas e pessoal à serviço da Urbana, usando o famoso “jeitinho”, para não fazer licitação, para não se arcar com as obrigações trabalhistas e previdenciárias e, o mais grave para contratar quem eles quiserem”.

Os caçambeiros eram subcontratados pela Trópicos, com anuência da Urbana, que efetivava os pagamentos. Os promotores dizem, ainda, que para contratação “bastava que a Urbana indicasse à Trópicos (que sendo dela contratada não iria, obviamente, se opor) quais equipamentos e pessoas ela deveriam contratar”. Na ação, os promotores questionam o fato de os contratos e subcontratos terem sido renovados, automaticamente, a partir de aditivos. A única licitação de contratos ocorreu há sete anos.

Parte dos subcontratos da trópicos teve prorrogação até janeiro deste ano e  outros até dezembro de 2010, de acordo com documentos que integram a ação.  Nesse material, que foi remetido pela Urbana ao MPE, ainda não constam todos os aditivos publicados. Até ontem, o MPE aguardava a remessa de mais aditivos, principalmente, os publicados até março deste ano.

Por isso, não fica claro quantos contratos realmente foram aditivados e estavam sendo operacionalizados. Hoje, os promotores que tocam a ação concedem coletiva à imprensa. O MPE não antecipou o assunto que será tratado. Até ontem, não havia despacho novo na ação.

Ainda esta semana, a companhia publica o distrato de 48 contratos, cuja vigência iria de março a dezembro deste ano. Além disso, a Urbana fará, até sexta-feira, a contratação temporária emergencial de 40 caçambeiros, por meio da Cooperativa de Caçambeiros de Natal, e de mais 39 caçambeiros independentes, que possuem registro de pessoa jurídica, e que não fazem parte da cooperativa.

A direção da Urbana está dando prioridade para contratação aos caçambeiros que já estavam com contratos em vigor, até porque existem débitos pendentes, segundo informou o coordenador do Núcleo de Ordenamento Urbano, da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, Sérgio Pinheiro, que atualmente responde pela Urbana.

Segundo informações do setor de contratos,  este ano a companhia pagou cerca de R$ 2,072 milhões a caçambeiros subcontratados. Esse pagamento refere-se a apenas 40% do que é devido aos subcontratados. Em janeiro, a Urbana pagou R$ 592 mil; em fevereiro, R$ 560 mil; em março, R$ 554 mil e em abril, 366 mil. Nesse mês, o valor foi menor porque muitos caçambeiros pararam as atividades, devido ao atraso no pagamento.

Parentes de dirigentes do Sindlimp entre os contratados

Entre janeiro de 2006 e abril de 2011, pelo menos, três parentes diretos de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana (Sindlimp) mantiveram subcontratos, vinculados à empresa Trópicos. São eles: Willyam César Araújo, Aracelly Dantas de Araújo e Ary Pereira Dantas. Este último é irmão de Fernando Lucena, presidente do Sindlimp e vereador do Partido dos Trabalhadores.

Em entrevista à reportagem da Tribuna do Norte, Willyan César, que é primo de Lucena, negou que qualquer influência de parentes ligados à Urbana para facilitar os contratos. “Entrei na Urbana há dez anos, quando teve licitação para contrato direto. Ainda era por pessoa física, depois quando encerrou a vigência dos contratos fui jogado para os subcontratos”, declarou Willyam.

Ele tem duas empresas registradas em seu nome – a WC Duarte ME e a Talimpo. A mulher dele, Aracelly Dantas de Araújo chegou a manter 12 caminhões locados à Urbana, por meio de subcontrato com a Trópicos. “Nós fomos deixando de operar a partir de julho de 2010 e no ano passado, por causa dos atrasos nos pagamentos”, afirmou Willyam. Ele disse que a esposa entrou na Urbana, no mesmo período, durante a licitação para locação de veículos para coleta seletiva.

“Tem meses não temos mais nenhum carro para a Urbana”, assegurou. Willyam disse que não tem interesse em participar da licitação que deve ser lançada pela Urbana, por causa do histórico de atrasos nos pagamentos e porque não trabalha mais para o serviço público. Outra pessoa ligada ao presidente do Sindlimp é Ary Pereira dos Santos, irmão de Lucena. O contrato dele vigorava desde 2007, no valor global de R$ 44 mil, e está entre os que serão cancelados esta semana.

A reportagem da Tribuna do Norte foi até o local onde fica a empresa de Ary Pereira, em Parnamirim, na sexta-feira, 03, e permaneceu lá por duas horas, entre 8h e 10h. O local estava fechado e uma vizinha informou que a pessoa que trabalha para Ary tinha saído logo cedo. Por várias vezes, ontem, a reportagem ligou para os telefones de contato da empresa e para o pessoal, mas ele não atendeu.

Servidor da Urbana estava no esquema da “quarterização”

O acompanhamento na prestação do serviço de coleta, com falta de controle e fiscalização falha, favorecia todo tipo de fraude, segundo os promotores do Meio Ambiente e do Patrimônio Público. Na ação,  o MPE solicitou a Urbana a lista de todos os servidores da companhia. Até ontem, esse material não estava incorporado à ação. Na semana passada, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE chegou a Maria Sônia Maximino dos Santos, que reside no Bom Pastor.

O marido dela Edmilson Varela dos Santos é servidor da Urbana. Abordada em sua casa, no bairro Bom Pastor, Sônia, afirmou: “o contrato é no meu nome, mas quem cuida é o marido”, disse ela. Sônia forneceu o número do celular de Edmilson, dizendo ser difícil encontrar o marido em casa, devido ao trabalho. Entre a sexta-feira e ontem a reportagem da TN  ligou várias vezes, mas ele não atendeu ao celular, nem retornou às ligações.

Sônia tem empresa registrada em seu nome e mantinha subcontratos com Trópicos desde 2008, com locação de três caminhões. Ao longo de três anos, o valor global do contrato era de R$ 506.923,19. Os dois termos da empresa estão entre os que serão cancelados pela Urbana. Vários depoimentos também evidenciaram as suspeitas de “tráfico de influência”.  Esse tipo de situação está explícito no depoimento de uma das testemunhas ao MPE.

Um servidor da Urbana, José Florêncio Rodrigues, declarou que “os caminhões que fazem esse serviço são propriedade dos próprios motoristas e não de empresas, sendo alguns de propriedade de funcionários da própria Companhia”. Ele disse ainda que “as máquinas são alugadas a empresas e o Chefe de Gabinete, a pessoa chamada Bertone, é filho do dono de empresa contratada”.

A pessoa em questão é Bertone Luiz Marinho que ocupou a chefia de Gabinete da Presidência da Urbana entre janeiro de 2009 e março 2021. Bertone é irmão da deputada Gesane Marinho, e filho do ex-prefeito de Canguaretama, Jurandir Freire Marinho. Em nenhum dos contratos já anexos à ação, consta empresa que tenha como sócio seu pai. Na Urbana, ninguém soube informar se realmente existia ou existe esse contrato. Mas, segundo a reportagem da TN apurou, atualmente, Bertone possui, pelo menos, dois carros agregados à Urbana. A fonte que passou a informação não soube informar o nome da empresa.

Lucena afirma: “Não tenho nada a ver com contratos “

O presidente do Sindlimp e vereador do PT, Fernando Lucena, foi categórico e negou veementemente qualquer influência direta ou indireta nos contratos do primo Willyam César, da mulher deste, Aracelly Araújo e de seu irmão Ary Pereira. “Nem teria como, porque minha relação com a direção da Urbana sempre foi muito ruim. Não tenho nada a ver com esses contratos. Se eles estão lá é por outros meios”, afirmou.

Lucena disse ainda que “há anos, todos os meus inimigos dizem que tenho caçambas alugadas e lucro com o lixo. Lançaram até um panfleto na campanha passada dizendo que sou ‘homem rico do lixo’. Não tenho nada a esconder. Essa é uma oportunidade histórica para o Ministério Público investigar e provar que tudo não passa de insinuações “, argumentou.

Ele considera que “todos os subcontratos são irregulares, sejam eles de quem for”. Há quase 20 anos à frente do Sindlimp, Lucena afirmou que a “quarterização” era uma porta para a ilegalidade. “A Trópicos não quer o serviço, joga para o subcontrato e é ai que está a ilegalidade, o superfaturamento, a influência política e o arrumadinho. Todos os contratos, sem exceção, tinham indicações”.

Lucena confirmou ainda que “muitos servidores colocam laranja para assumir contratos” e que, por isso, é difícil provar. E completou “se mexer nisso, com certeza vai aparecer muitos contratos desse tipo”. Nos últimos dias, Fernando Lucena e seu vice, Wilson Duarte, foram contrários à intervenção e ameaçaram greve caso a justiça viesse a determinar um interventor para a Urbana.

Ontem, Lucena afirmou que não é  contra a intervenção. “O problema é que o processo não está transparente. Porque o MPE não faz um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o sindicato, garantindo que não vai propor o fechamento da empresa e a demissão de servidores? Nossa preocupação é preservar o emprego dos trabalhadores. Se houver isso seremos favoráveis à intervenção, mas sem isso, vamos parar a coleta nessa cidade”, voltou a ameaçar.

Ele citou duas CEI – Comissão Especial de Inquérito, a de 1992, que resultou na demissão de 507 trabalhadores e a de 1998, quando foi proposto o fechamento da Urbana. Hoje a companhia tem 1.407 servidores, dos quais quase mil no setor operacional (820 são garis).

O coordenador do Núcleo de Ordenamento Urbano, da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Sérgio Pinheiro, não chega a ser categórico, mas reconhece que as irregularidades levantadas pelo MPE poderiam sim ocorrer. “Não digo que os promotores estão certos em fazer juízo de valor, mas as irregularidades levantadas eram possíveis de acontecer”, disse.

Ponderado, Sérgio Pinheiro acrescentou que não acredita “em favorecimento para que determinadas pessoas tivessem vantagens indevidas ou ilícitas”. Mas, afirmou claramente que, por amizade com diretores da Urbana e políticos, muitos proprietários de empresas conseguiam fechar contratos e agregar caminhões.

“Se o presidente da Companhia chegava para a Trópicos e dizia que tais e tais caminhões deviam ser agregados, a empresa contratava”, afirmou Sérgio Pinheiro. Ele não chegou a citar nomes, nem de dirigentes, nem de empresas. Foi categórico ao falar do futuro da Urbana. “Agora não vai mais ter isso. Acabou, vamos fazer licitação e a escolha será a mais transparente possível”, prometeu.  Ele espera concluir a nova licitação para contratação de locação de veículos para coleta de resíduos sólidos em até três meses.

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Geral

Mãe do campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo lamenta absolvição de PM: ‘Enterrando meu filho pela 2ª vez’

Foto: Reprodução/Instagram

A mãe do campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, Fátima Lo, publicou um vídeo em que diz ter vivido “três dias de sofrimento” durante o júri popular que absolveu o policial militar Henrique Velozo, acusado de matar o atleta. Ela afirma que o desfecho a fez sentir como se tivesse “enterrado o Leandro pela segunda vez”.

Ela diz que a família foi humilhada no tribunal. Segundo Fátima, a defesa do réu teria provocado e constrangido os parentes do lutador, enquanto eles estavam impedidos de se manifestar. A mãe disse que a família foi “humilhada” e “massacrada” no tribunal.

Fátima também contesta o material exibido pela defesa. No vídeo, ela afirma que os advogados apresentaram “slides falsos” e “uma história inventada” para reforçar a tese de legítima defesa. A mãe critica especialmente a reconstrução do suposto confronto, dizendo que as técnicas atribuídas a Lo — como mata-leão, baiana e ezequiel — não condiziam com o laudo médico do policial.

Ela acusa a defesa de encenar um “teatro”. Fátima classificou a postura dos advogados como um “circo” e afirmou que eles atuaram como “100% atores”, o que, segundo ela, acabou convencendo os jurados.

A mãe agradece o apoio e diz que a família vai recorrer

Ao final, Fátima agradece à comunidade do jiu-jitsu e aos advogados que acompanham o caso desde o início. Ela afirma que todos têm sofrido com o resultado do julgamento e que a família pretende buscar a reversão da decisão.

PM foi absolvido

Julgamento durou três dias e maioria do júri, composto por cinco mulheres e dois homens, decidiu pela absolvição do PM. O tribunal teve início na última quarta-feira (12) e a sentença, a qual o UOL teve acesso, foi proferida às 20h30 de sexta-feira (14) no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, na região central de São Paulo.

Júri acolheu tese de advogado do ex-PM, que alegou legítima defesa de Velozo. Em nota, o advogado Cláudio Dalledone afirmou que as provas trazidas ao processo “demonstraram que o policial se defendeu do lutador”. “Desde o início, a defesa demonstrou, por meio de provas e análises técnicas, que Henrique Velozo agiu em legítima defesa, depois de ser agredido e desmaiado por Leandro Lo”, divulgou.

UOL

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Brasil do emprego recorde não reduz informalidade nem aumenta produtividade

População brasileira Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ArquivoFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com o desemprego em 5,6%, o menor da série histórica, o Brasil não consegue reduzir a informalidade, que segue perto de 40% há mais de uma década. A produtividade também está parada. Com economia aquecida e falta de trabalhadores, empresas elevam salários para atrair mão de obra e acabam repassando custos aos preços, pressionando a inflação.

Segundo o FGV/IBRE, o trabalhador formal é quatro vezes mais produtivo que o informal. Mesmo com 4,6 milhões de vagas formais criadas desde 2023, o país ainda tem 40,8 milhões de informais, o que derruba a produtividade média.

A informalidade só não é maior por causa do avanço dos MEIs e PJs. Trabalhadores por conta própria com CNPJ passaram de 3,3% para quase 7% da força de trabalho em dez anos. Muitos escolhem esses modelos pela flexibilidade; outros migram da CLT pressionados por empresas que buscam reduzir encargos, que chegam a 70% sobre o salário. Entre 2022 e 2024, 5,5 milhões de trabalhadores saíram da carteira assinada para abrir CNPJ.

Mesmo assim, setores como agronegócio, varejo e construção enfrentam escassez de mão de obra. Construtoras operam com cerca de 10% de déficit de pessoal e recorrem a estrangeiros e aumento de salários acima da inflação.

Apesar da criação de vagas, várias profissões ficaram relativamente menos remuneradas entre 2012 e 2024, sinalizando precarização. E a produtividade por hora trabalhada continua praticamente estagnada: cresceu apenas 0,3% ao ano nos últimos cinco anos. Já a renda per capita subiu 1,7% ao ano graças ao aumento do número de pessoas ocupadas, não por ganho de eficiência. Para especialistas, isso é um movimento cíclico, não sustentável.

A baixa produtividade é agravada pelo baixo grau de abertura econômica do país, com só 1% de participação no comércio mundial. Para analistas, o atual aquecimento do mercado de trabalho depende de gastos públicos elevados e não deve se sustentar após 2026.

Com informações de Folhapress

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Facções ameaçam serviços públicos e fiscalização no país, de internet a tráfego aéreo

Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Relatórios da Polícia Federal mostram que fiscalizações e serviços essenciais estão sendo interrompidos porque auditores e técnicos não conseguem entrar em áreas dominadas por facções. A PF registra riscos constantes de tiroteio, barricadas e presença de criminosos, o que levou ao cancelamento de investigações sobre trabalho precário, serviços ilegais de internet e até uma rádio clandestina que interferia nas comunicações do Aeroporto do Galeão.

Em bairros do Rio controlados por Comando Vermelho, milícias ou Terceiro Comando Puro, a PF recomenda abortar operações por falta de segurança. Em alguns casos, foram planejadas rotas de fuga e, mesmo assim, as ações foram suspensas. A Superintendência do Trabalho afirma acionar forças de segurança, mas admite limitações.

O problema se repete em outros estados. Em Pernambuco, equipes da Anatel sofreram ameaças e não conseguiram inspecionar centrais ilegais. Em São Paulo, áreas controladas pelo PCC impedem fiscalizações e até o reparo de orelhões, afetando metas da agência. Concessionárias também relatam dificuldades: a Light não consegue investigar furtos de energia em zonas dominadas pelo crime.

Muitas denúncias são arquivadas porque os fiscais simplesmente não conseguem acessar os locais. Em um caso no Galeão, a operação para neutralizar uma rádio clandestina foi suspensa; em outro, em Cuiabá, rádios usadas por faccionados só foram desligadas com ordem judicial e escolta policial.

A expansão territorial do crime organizado recolocou a segurança pública no centro da agenda federal. O governo enviou ao Congresso o projeto Antifacção, que endurece o combate a facções como CV e PCC, hoje presentes em vários estados e influentes em serviços públicos. Servidores têm pedido apoio permanente da PF, que mapeia riscos para cada atividade essencial executada nessas áreas.

Com informações de O Globo

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R$ 28 MILHÕES: Organização que ofereceu cargo a Janja fecha acordo para COP-30

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal de notícias do governo federal, assinou um contrato no valor de R$ 27,9 milhões com a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) para a cobertura da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30), que será realizada em Belém. A informação é de Roseann Kennedy, colunista do Estadão.

Em 2023, a OEI deu início a uma movimentação com o governo de Luis Inácio Lula da Silva para a criação de um cargo que seria ocupado pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Ela participou da cerimônia de lançamento da Rede Ibero-Americana para a Inclusão e a Igualdade, na sede da entidade na Espanha. Janja posou para fotos ao lado do secretário-geral da OEI, Mariano Jabonero, mas não assumiu o cargo devido a um recuo do governo.

A organização já acumulou pelo menos R$ 710 milhões em contratos no governo Lula — um montante 800% superior ao registrado na gestão Bolsonaro, conforme revelou o Estadão.

A EBC afirma que o contrato segue valores de mercado e está relacionado à estrutura necessária para transmitir mais de 42 ambientes de debate durante os dias da conferência. Já a OEI diz seguir padrões internacionais de governança e negou qualquer favorecimento por parte do governo federal.

Segundo a apuração, o contrato inicial, firmado no fim de setembro, previa um gasto de R$ 23 milhões, mas foi aditivado para R$ 27,9 milhões no último dia 7, sem licitação. A OEI, que é entidade internacional de direito público, está dispensada da Lei de Licitações brasileira.

A OEI atua no Brasil há cerca de 20 anos, desde o primeiro governo Lula, com projetos sociais, consultorias e ações educativas. No entanto, a organização bateu recordes de arrecadação no atual mandato, impulsionada por dois decretos presidenciais que facilitaram o aumento dos contratos diretos.

Além da EBC, a maioria das parcerias está concentrada em órgãos ligados ao PT, como a Casa Civil, a Secretaria-Geral da Presidência e os Ministérios da Educação e da Igualdade Racial. O maior contrato da OEI no governo Lula é com a Secretaria Extraordinária da COP-30, subordinada à Casa Civil, que prevê repasse de R$ 478 milhões.

Segundo o Estadão, dos R$ 710 milhões em contratos firmados com 19 órgãos da atual gestão até abril, R$ 629 milhões, quase 90%, estão sob a administração de ministros e dirigentes petistas. Por outro lado, na gestão Bolsonaro, a OEI fechou contratos que somaram R$ 78,9 milhões.

InfoMoney com informações de Estadão

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STTU repete operação especial de transporte para o segundo dia do Enem em Natal; confira linhas e horários

Foto: reprodução

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) vai repetir, neste domingo (16), a operação especial de transporte para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Natal. Ao todo, serão realizadas 717 viagens distribuídas entre 37 linhas do transporte público.

Segundo a prefeitura, os estudantes inscritos terão gratuidade no transporte mediante apresentação do cartão de comprovação de inscrição ao motorista. O comprovante impresso também será aceito.

As linhas operarão em horários variados ao longo do dia, com partidas a partir das 4h30, conforme o itinerário. A STTU divulgou a lista completa com os horários de cada linha.

N-02 – Gramoré/CRI, via Midway Mall

5h25; 6h25; 7h25; 8h30; 9h35; 10h40; 11h30; 12h10; 13h40; 14h40; 15h40; 16h40; 17h40; 18h40; 19h40; 20h45; 21h45.

N-04 – Amarante/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha

5h10; 6h10; 7h10; 8h10; 9h10; 10h; 11h; 12h; 13h; 14h; 14h50; 15h35; 16h20; 17h20; 18h20; 19h25; 20h30; 21h35.

N-05 – Vale Dourado/Ribeira, via Petrópolis

9h35; 11h25; 15h; 16h55; 18h40.

N-07 – Alvorada IV/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha

4h45; 5h25; 6h; 6h35; 7h25; 8h05; 8h50; 9h25; 10h15; 10h55; 11h25; 12h; 12h30; 13h10; 14h; 15h; 16h05; 17h10; 18h20; 20h30.

N-08 – Redinha/Mirassol, via Rodoviária

5h10; 5h40; 6h10; 6h40; 7h15; 7h50; 8h25; 9h10; 9h55; 10h30; 11h10; 11h50; 12h25; 13h; 13h40; 14h20; 15h; 15h40; 16h20; 17h; 17h45; 18h30; 19h15; 20h; 20h45; 21h30.

N-15 – Pajuçara/Ribeira, via Petrópolis

5h35; 6h25; 7h20; 8h05; 9h05; 10h05; 11h05; 12h05; 13h05; 14h05; 15h05; 16h05; 17h05; 18h05; 19h05; 20h05.

O-21 – Felipe Camarão/Areia Preta, via Av. 06

5h15; 5h45; 6h15; 7h15; 7h45; 8h30; 10h10; 11h; 11h30; 12h; 12h30; 13h; 13h30; 14h; 14h30; 15h; 15h40; 16h20; 17h20; 18h20; 19h20; 20h20.

N-27 – Alvorada IV/Ribeira, via Av. Deodoro da Fonseca

5h10; 7h; 9h50; 10h50; 11h20; 11h50; 12h40; 13h20; 15h50; 16h30; 17h40; 18h30; 19h30.

N-29 – Nova Natal/Nova Descoberta, via Mirassol

4h45; 5h25; 6h; 6h35; 7h20; 8h15; 9h25; 10h20; 11h; 11h30; 12h05; 13h; 14h05; 15h; 16h; 17h; 18h20; 20h20.

O-30 – Felipe Camarão/Mirassol, via Candelária

11h; 14h30; 16h30; 18h30.

O-33 – Planalto/Praia do Meio, via BR-101

4h50; 5h30; 6h10; 7h; 7h50; 8h40; 9h30; 10h20; 11h10; 12h; 12h50; 13h30; 14h05; 14h40; 15h20; 16h; 16h40; 17h40; 18h40; 19h30; 20h25; 21h25; 0h06; 2h20.

O-33A – Planalto/Ribeira, via Av. Hermes da Fonseca

5h30; 6h30; 7h30; 8h30; 9h30; 10h30; 11h30; 12h30; 13h30; 14h30; 15h30; 16h30; 17h30; 18h30; 19h30; 20h30; 21h30.

N-35 – Soledade/Candelária, via Av. Prudente de Morais

9h15; 11h20; 15h45; 18h20.

L-37 – Rocas/Cidade Satélite, via Praça

6h10 (MVI); 7h05; 7h10 (MVI); 8h; 8h50; 9h40; 11h15 (MVI); 11h25; 12h20; 13h10 (MVF); 13h55 (MVI); 14h; 14h50; 15h40; 16h30; 17h20; 18h10; 19h; 20h; 21h (MVF); 22h (MVF).

O-38 – Planalto/Praia do Meio, via Av. 06

5h40; 6h10; 6h40; 7h20; 8h; 8h35; 9h; 9h25; 9h50; 10h20; 10h50; 11h20; 11h50; 12h20; 12h50; 13h20; 14h; 14h30; 15h; 15h30; 16h10; 16h55; 17h50; 18h50; 19h50.

O-39 – Cidade Nova/Ribeira, via Tirol

6h40; 7h40; 8h40; 9h40; 10h40; 11h40; 12h40; 13h40; 14h40; 15h40; 16h40; 17h40; 18h40; 19h40; 20h40.

O-40 – Planalto/Mãe Luíza, via Rua dos Potiguares

4h40; 5h20; 6h; 6h50; 7h45; 8h40; 9h30; 10h10; 11h; 11h30; 12h05; 12h30; 13h30; 14h20; 14h50; 15h40; 16h20; 17h10; 18h05; 19h30; 20h30.

O-41A – Leningrado/Ribeira, via Av. Prudente de Morais

5h40; 6h40; 7h30; 8h30; 9h30; 10h30; 11h30; 12h30; 13h30; 14h30; 15h30; 16h30; 17h30; 18h30; 19h30; 20h30.

N-43 – Nova Natal/Morro Branco, via Alecrim

5h; 6h15; 6h45; 8h15; 9h45; 11h35; 12h05; 13h50; 14h20; 16h05; 17h40; 19h10.

L-46 – Rocas/Ponta Negra, via Praça

5h20 (MI); 6h; 6h05 (MI); 6h50; 7h35; 8h35; 9h35; 10h35; 11h35; 12h35; 12h55 (MI); 13h25; 14h15 (MF); 15h10; 16h05; 17h; 17h55; 18h50; 19h45; 20h45 (MF); 21h45.

S-50 – Serrambi/Santa Catarina, via Av. Nevaldo Rocha

4h30; 5h; 5h25; 5h50; 6h15; 6h40; 7h05; 7h30; 8h; 8h35; 9h; 9h40; 10h20; 11h; 11h35; 12h10; 12h45; 13h20; 13h55; 14h30; 15h; 15h25; 15h50; 16h15; 16h35; 16h55; 17h15; 17h40; 18h05; 18h40; 19h20; 20h; 20h40; 21h20; 22h.

L-54 – Rocas/Ponta Negra, via Alecrim

5h30 (MVI); 6h25; 8h10; 10h55; 12h40; 13h30 (MVI); 14h30; 16h20; 19h20; 21h10 (MVF).

L-56 – Rocas/Ponta Negra, via Via Costeira

5h25 (MVI); 6h15; 7h45; 10h15; 11h55 (MVF); 12h35 (MVI); 14h30; 16h; 17h30; 19h.

O-59 – Guarapes/Praia do Meio, via Bom Pastor

5h; 6h; 7h; 7h55; 8h30; 9h20; 10h20; 11h20; 12h; 13h; 14h; 14h50; 15h35; 16h30; 17h20; 18h20; 19h20; 20h20.

N-60 – Pajuçara/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha

5h20; 6h20; 7h20; 8h15; 9h10; 10h10; 11h10; 12h10; 13h10; 14h10; 15h10; 16h10; 17h; 17h50; 18h40; 19h30; 20h30; 21h30.

O-63 – Felipe Camarão/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha

5h30; 6h; 6h30; 7h; 7h30; 8h; 9h; 9h30; 10h30; 11h; 11h30; 12h; 12h30; 13h; 13h30; 14h; 14h30; 15h; 15h30; 16h; 16h30; 17h; 17h30; 18h10; 18h50; 19h30; 20h10; 20h50; 21h45.

N-64 – Nova Natal/Panatis/Ribeira, via Petrópolis

5h35; 6h35; 7h35; 8h35; 9h30 (PM); 10h20 (PM); 11h15 (PM); 11h55 (PM); 12h40 (PM); 13h30 (PM); 14h30; 15h15; 16h15; 17h15; 18h15; 19h15; 20h15.

N-72 – Vale Dourado/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha

5h35; 6h15; 7h; 8h; 9h; 10h; 11h; 12h; 13h; 14h; 15h; 16h; 17h; 18h; 19h; 20h; 21h; 22h.

N-73 – Santarém/Ponta Negra, via Av. Nevaldo Rocha

4h30; 4h45; 5h; 5h15; 5h35; 5h50; 6h05; 6h20; 6h40; 6h55; 7h10; 7h30; 7h55; 8h20; 8h50; 9h20; 9h50; 10h15; 10h35; 10h55; 11h15; 11h30; 11h45; 12h; 12h20; 12h40; 13h; 13h20; 13h40; 13h55; 14h10; 14h25; 14h40; 14h55; 15h10; 15h25; 15h39; 15h53; 16h07; 16h21; 16h35; 16h50; 17h05; 17h20; 17h40; 18h; 18h25; 18h50; 19h20; 19h50; 20h10; 20h30; 20h50; 21h10; 21h30; 21h55; 22h35; 0h40; 2h40.

N-77 – Parque dos Coqueiros/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha

5h20; 5h50; 6h20; 6h50; 7h20; 7h50; 8h20; 8h50; 9h50; 10h50; 11h20; 11h50; 12h20; 12h55; 13h30; 14h15; 14h50; 15h25; 16h; 16h25; 17h; 17h35; 18h10; 18h45; 19h40; 20h40; 21h40.

N-79 – Parque das Dunas/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha

5h10; 5h40; 6h10; 6h40; 7h15; 7h45; 8h15; 8h55; 9h55; 10h30; 11h05; 11h40; 12h15; 12h55; 13h35; 14h20; 15h; 15h40; 16h20; 17h05; 17h45; 18h25; 19h05; 19h50; 20h40; 21h30.

O-83 – Felipe Camarão/Ponta Negra, via Cidade Satélite

5h30; 6h30; 7h30; 8h30; 9h30; 10h30; 11h30; 12h30; 13h30; 14h30; 15h30; 16h30; 17h30; 18h30; 19h30; 20h30; 21h30.

N-84 – Soledade/Petrópolis, via Av. Moema Tinoco da Cunha Lima

5h30; 6h10; 6h55; 7h40; 8h50; 9h35; 10h20; 11h05; 11h55; 12h40; 13h25; 14h10; 15h20; 16h05; 16h50; 17h35; 18h20.

Linha 585 – Alimentador

Horários não divulgados.

Linha 588 – Circular UFRN

10h20; 10h40; 11h10; 11h40; 12h10; 12h40; 13h10; 15h35; 16h05; 16h35; 17h05; 17h35; 18h05; 18h35; 19h05; 19h35.

Linha 599 – Guarapes/Mirassol, via Av. Cap.-Mor Gouvêia

6h; 7h30; 10h; 11h40; 13h35; 15h20; 18h; 19h30.

Linha 593 – Circular Residencial Redinha

6h35; 7h30; 8h25; 9h50; 10h45; 11h40; 12h40; 13h40; 14h40; 16h10; 17h10; 18h20.

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Economia

“Piorou para o Brasil”, diz setor do café

Foto: Reprodução

A retirada das tarifas recíprocas de 10% pelos Estados Unidos para 238 produtos agrícolas aumentou a pressão para que o Brasil avance na negociação que busca eliminar a sobretaxa adicional de 40% aplicada exclusivamente ao país.

Tanto a CNI (Confederação Nacional da Indústria) quanto o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) avaliam que a medida amplia vantagens para concorrentes brasileiros no principal destino das exportações industriais nacionais.

Em nota divulgada neste sábado (15.nov.2025), o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a permanência da tarifa de 40% reduz a competitividade de itens relevantes da pauta comercial brasileira, como carne bovina e café, enquanto países não sujeitos à sobretaxa passam a ter melhores condições para acessar o mercado norte-americano.

Análise preliminar da CNI mostra que a retirada das tarifas de 10% beneficia 80 produtos exportados pelo Brasil em 2024, que somaram US$ 4,6 bilhões –cerca de 11% das vendas para os EUA. Só 4 itens, porém, ficam totalmente livres de encargos: 3 categorias de suco de laranja e castanha-do-pará. Outros 76 seguirão enfrentando a alíquota de 40%, entre eles café não torrado, carne bovina e cera de carnaúba.

O setor de café também sinalizou preocupação. Em nota, o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) afirmou que o país segue submetido à tarifa base de 10% e à adicional de 40% prevista no Artigo 301. A entidade disse que ainda avalia se o novo ato do governo norte-americano altera uma, outra ou ambas as cobranças.

“Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil”, disse o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, ao g1. O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o anúncio de 6ª feira, a tarifa caiu para 40%, mas grandes concorrentes, como a Colômbia e o Vietnã, tiveram a sua tarifa zerada.

Já a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) adotou tom mais positivo. Em comunicado, a entidade classificou a redução tarifária sobre a carne bovina brasileira como gesto que reforça confiança no diálogo técnico entre os 2 países. Disse que a decisão devolve previsibilidade ao setor e cria condições mais adequadas ao comércio, lembrando que os EUA são o 2º maior mercado da carne bovina do Brasil.

Segundo a Abiec, a medida fortalece a relação bilateral e abre espaço para retomada mais equilibrada e estável das vendas. A entidade afirmou que seguirá trabalhando com autoridades dos 2 países para ampliar oportunidades e consolidar o Brasil como fornecedor competitivo e confiável.

Apesar do alívio parcial, a CNI ressaltou que o ponto central permanece: a nova decisão norte-americana não altera a ordem executiva que mantém o adicional de 40% específico ao Brasil. Para a entidade, o governo brasileiro precisa negociar com urgência para restabelecer condições equitativas de comércio e evitar perda de participação de mercado para rivais internacionais.

Poder360

Opinião dos leitores

  1. Eu não sei se é burrice fanatismo dessa turma de esquerda. É impressionante como mentem e tentam iludir os desavisados.

  2. A carta do Trump é muito clara. É só acabar a perseguição política, mas estão é inventando a cada dia.

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Economia

RN amarga prejuízo de R$ 1,43 bilhão em cortes de geração em 10 meses

Foto: Alex Régis

O Rio Grande do Norte amargou um prejuízo de R$ 1,43 bilhão em cortes de geração de energia renovável somente entre os meses de janeiro e outubro de 2025, segundo dados da consultoria Volt Robotics, baseados em índices do Operador Nacional do Sistema (ONS). Além disso, o estado foi o mais prejudicado com os “curtailments” (cortes na geração de energia determinados pelo ONS para evitar sobrecarga no sistema) que ocorreram no Brasil em outubro deste ano. No período, o RN perdeu 45,99% da capacidade de gerar energia eólica e solar. O cenário, provocado por descompassos entre a demanda e a transmissão, preocupa especialistas, que defendem ressarcimentos aos geradores e temem que o RN perca investimentos.

No Brasil, entre janeiro e outubro deste ano, os cortes geraram uma perda de receita de R$ 5,4 bilhões nas usinas eólicas e solares centralizadas, especialmente no Nordeste. O monitoramento da Volt Robotics indica que 20,4% de toda a geração renovável que poderia ser produzida no país foi desperdiçada nesse período.

Os “curtailments” são determinados pelo ONS e ocorrem especialmente em dois cenários: quando a energia produzida é maior do que a consumida em determinado horário e quando as linhas de transmissão não conseguem escoar a energia que seria produzida.
Em nota, o ONS explica que os cortes são “uma medida necessária para garantir a segurança e a confiabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN), que tem como premissa fundamental o equilíbrio entre carga e geração”. Para gerir o excedente energético, o Operador pede o desligamento ou a redução de potência das usinas.

Para Sérgio Azevedo, presidente da Comissão Técnica de Energias Renováveis da Fiern (Coere), os cortes ocorrem devido à falta de planejamento na organização do sistema elétrico. “O Governo Federal cometeu um erro de planejamento e tem descontrole do crescimento exponencial da Micro e Minigeração Distribuída [MMGD]. Ele não conseguiu prever que ia ter tanta energia gerada no telhado e não controla essa geração, que compromete o sistema”, explica. A MMGD não sofre cortes, apenas usinas eólicas e/ou fotovoltaicas centralizadas.

O ONS reconhece o impacto da MMGD sobre o sistema elétrico, mas esclarece que não coordena a instalação de Recursos Energéticos Distribuídos (REDs). “Com o crescimento da participação da MMGD na matriz, os REDs passaram a ter relevância e impacto direto na segurança e estabilidade da rede elétrica. Neste cenário, a inclusão dos REDs nos cortes de excedente de geração é uma medida necessária para garantir a operação segura e contínua do fornecimento de energia elétrica à sociedade”, afirmou em nota. “A projeção é que em 2029 cerca de 24% da capacidade instalada será oriunda deste tipo de fonte [MMGD] e não estará sob a coordenação do ONS”, acrescenta.

Tribuna do Norte

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Música

Banda Feras é reconhecida como patrimônio do RN

Foto: Divulgação

Consagrada no Rio Grande do Norte e em atividade há 46 anos, a Banda Feras, de Parelhas, entra para a história ao ser reconhecida como Patrimônio Cultural, Artístico e Musical Imaterial do Rio Grande do Norte. O reconhecimento oficial foi formalizado na noite desta sexta-feira (14), quando a governadora Fátima Bezerra sancionou a Lei nº 12.520/2025, publicada na edição deste sábado (15) do Diário Oficial do Estado.

O ato ocorreu durante o 1º Festival Gastronômico do Pastel de Tangará, evento que celebra a tradição culinária do município e movimenta a economia local com apresentações culturais e ações de valorização da gastronomia regional.

“Neste momento, vejo um filme passando em minha mente. A ajuda da família, o crescimento da banda, que chegou a ter 129 pessoas cuidando dela. Hoje me sinto em casa, ao lado da governadora, uma sertaneja, raiz como eu. Esse reconhecimento é importante, nos dá uma nova energia, é um presente que estamos recebendo”, agradeceu Adonis Antônio, fundador da banda

Opinião dos leitores

  1. Governo mostrando trabalho… só faz isso reconhecer coisas que ngm se importa como patrimônio, que serão esquecidos no dia seguinte.

  2. Tem boi na linha! Sou do tempo em que os artistas ganhavam dinheiro com a sua arte, hoje, via de regra, os artistas vivem pendurados nas tetas do Poder Executivo, estão mais pra parasitas do que pra artistas.

    1. Tem artistas por ai que num evento fechado o contrato não é 10 mil, mas para o poder publico o mesmo artista custa no minimo 80 mil.

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Esporte

Brasil faz 2 a 0 e vence Senegal pela primeira vez na história

Foto: Rafael Ribeiro

A Seleção Brasileira venceu Senegal por 2 a 0 neste sábado 15, no Emirates Stadium, em Londres, em amistoso preparatório para a Copa do Mundo de 2026. Estêvão e Casemiro marcaram os gols da primeira vitória do Brasil sobre os senegaleses, que estavam invictos havia 26 partidas. O último revés de Senegal tinha sido em setembro de 2023.

Carlo Ancelotti escalou o que considera força máxima, com exceção do goleiro Alisson, que está lesionado. Ederson foi o titular. A formação inicial teve Éder Militão como lateral-direito, ao lado de Marquinhos, Gabriel Magalhães e Alex Sandro. Militão voltou à zaga após Gabriel sentir lesão no segundo tempo. Casemiro e Bruno Guimarães formaram a dupla de volantes, enquanto Rodrygo, Vini Jr. e Matheus Cunha se movimentaram no ataque. Estêvão atuou mais aberto pela direita.

O primeiro gol saiu aos 27 minutos. Estêvão aproveitou sobra após passe de Casemiro e finalizou com o pé esquerdo. Aos 35, Casemiro marcou o segundo em jogada ensaiada de bola parada. Rodrygo cobrou a falta, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Militão bloquearam a marcação, e o camisa 5 dominou antes de bater colocado.

A Seleção segue treinando em Londres e embarca na segunda-feira 17 para Lille, na França. O próximo amistoso será contra a Tunísia, na terça-feira 18, às 16h30 (horário de Brasília), na Decathlon Arena. Depois da Data Fifa, o grupo volta a se reunir apenas em março, com previsão de amistosos contra França e Croácia nos Estados Unidos.

Agora RN

 

Opinião dos leitores

  1. Nunca pensei que iria ver a comemoração da seleção brasileira por ter vencido a “fortíssima e imbatível” seleção de Senegal, isso é incrível e marcante. (Esse texto contém ironia)

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Jornalismo

VÍDEO: Decisão da 1ª Turma do STF foi ilegal, diz Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que a decisão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de torná-lo réu é “fajuta”. Disse também que o ministro Alexandre de Moraes “abusa de seu poder” inconstitucionalmente “fazendo uso da extraterritorialidade” –quando o alcance territorial normal de uma lei ou autoridade é estendido para além das próprias fronteiras– em vídeo postado em seu canal no YouTube, na 6ª feira (14.nov.2025).

Eduardo é acusado de atuar nos Estados Unidos para tentar interferir no julgamento do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O relator é Moraes, que acumula atritos com a família Bolsonaro e já havia sido punido pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano) com a Lei Magnitsky por promover uma “caça as bruxas” ao ex-presidente.

Assista ao vídeo:

Poder360

Opinião dos leitores

  1. Lula já disse que vai recorrer…se bananinha for preso, ele perde as eleições prox ano, perder o camisa 10 numa hora dessa não rola

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