Denúncia

URBANA: Caso de Polícia

Excelente reportagem da Tribuna do Norte mostrando o desmantelo que é a nossa empresa de coleta de lixo, como podemos ver são muito graves as constatações:

Na ação civil publica contra a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) que agora tramita na 3ª. Vara da Fazenda Pública, o Ministério Público Estadual levanta suspeitas sobre os subcontratos da Trópicos Engenharia e Comércio Ltda. As conhecidas “quarterizações de contratos” facilitaram o uso de “laranjas” por servidores da Urbana e pessoas ligadas ao sistema para agregar equipamentos, segundo denúncias do MPE.

Essas informações constam no processo que está disponibilizado na íntegra no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Segundo os promotores do Meio Ambiente, João Batista Machado, e do Patrimônio Público, Sílvio Ricardo Gonçalves de Andrade Brito e Rodrigo Martins da Câmara, “os laranjas agregavam  equipamentos em troca de vantagens indevidas, a pedido de apadrinhados políticos ou de pessoas poderosas ligadas ao próprio sistema”.

Entre janeiro de 2006 e abril de 2011, a Urbana manteve 82 subcontratos, para uso de mais de 100 caminhões e máquinas pesadas. Esses contratos possuíam vigências diversas e somaram R$ 14.256,223,87, de acordo com a estimativa global publicada nos extratos. Para saber efetivamente quanto desse valor foi pago, o MPE solicitou a Urbana as guias de pagamento.

Parte das ordens de pagamento já estão com o MPE. Os promotores denunciam, de acordo com documentos recebidos e depoimentos colhidos, que “no papel os equipamentos eram locados pela Trópicos, mas no mundo real são máquinas e pessoal à serviço da Urbana, usando o famoso “jeitinho”, para não fazer licitação, para não se arcar com as obrigações trabalhistas e previdenciárias e, o mais grave para contratar quem eles quiserem”.

Os caçambeiros eram subcontratados pela Trópicos, com anuência da Urbana, que efetivava os pagamentos. Os promotores dizem, ainda, que para contratação “bastava que a Urbana indicasse à Trópicos (que sendo dela contratada não iria, obviamente, se opor) quais equipamentos e pessoas ela deveriam contratar”. Na ação, os promotores questionam o fato de os contratos e subcontratos terem sido renovados, automaticamente, a partir de aditivos. A única licitação de contratos ocorreu há sete anos.

Parte dos subcontratos da trópicos teve prorrogação até janeiro deste ano e  outros até dezembro de 2010, de acordo com documentos que integram a ação.  Nesse material, que foi remetido pela Urbana ao MPE, ainda não constam todos os aditivos publicados. Até ontem, o MPE aguardava a remessa de mais aditivos, principalmente, os publicados até março deste ano.

Por isso, não fica claro quantos contratos realmente foram aditivados e estavam sendo operacionalizados. Hoje, os promotores que tocam a ação concedem coletiva à imprensa. O MPE não antecipou o assunto que será tratado. Até ontem, não havia despacho novo na ação.

Ainda esta semana, a companhia publica o distrato de 48 contratos, cuja vigência iria de março a dezembro deste ano. Além disso, a Urbana fará, até sexta-feira, a contratação temporária emergencial de 40 caçambeiros, por meio da Cooperativa de Caçambeiros de Natal, e de mais 39 caçambeiros independentes, que possuem registro de pessoa jurídica, e que não fazem parte da cooperativa.

A direção da Urbana está dando prioridade para contratação aos caçambeiros que já estavam com contratos em vigor, até porque existem débitos pendentes, segundo informou o coordenador do Núcleo de Ordenamento Urbano, da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, Sérgio Pinheiro, que atualmente responde pela Urbana.

Segundo informações do setor de contratos,  este ano a companhia pagou cerca de R$ 2,072 milhões a caçambeiros subcontratados. Esse pagamento refere-se a apenas 40% do que é devido aos subcontratados. Em janeiro, a Urbana pagou R$ 592 mil; em fevereiro, R$ 560 mil; em março, R$ 554 mil e em abril, 366 mil. Nesse mês, o valor foi menor porque muitos caçambeiros pararam as atividades, devido ao atraso no pagamento.

Parentes de dirigentes do Sindlimp entre os contratados

Entre janeiro de 2006 e abril de 2011, pelo menos, três parentes diretos de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana (Sindlimp) mantiveram subcontratos, vinculados à empresa Trópicos. São eles: Willyam César Araújo, Aracelly Dantas de Araújo e Ary Pereira Dantas. Este último é irmão de Fernando Lucena, presidente do Sindlimp e vereador do Partido dos Trabalhadores.

Em entrevista à reportagem da Tribuna do Norte, Willyan César, que é primo de Lucena, negou que qualquer influência de parentes ligados à Urbana para facilitar os contratos. “Entrei na Urbana há dez anos, quando teve licitação para contrato direto. Ainda era por pessoa física, depois quando encerrou a vigência dos contratos fui jogado para os subcontratos”, declarou Willyam.

Ele tem duas empresas registradas em seu nome – a WC Duarte ME e a Talimpo. A mulher dele, Aracelly Dantas de Araújo chegou a manter 12 caminhões locados à Urbana, por meio de subcontrato com a Trópicos. “Nós fomos deixando de operar a partir de julho de 2010 e no ano passado, por causa dos atrasos nos pagamentos”, afirmou Willyam. Ele disse que a esposa entrou na Urbana, no mesmo período, durante a licitação para locação de veículos para coleta seletiva.

“Tem meses não temos mais nenhum carro para a Urbana”, assegurou. Willyam disse que não tem interesse em participar da licitação que deve ser lançada pela Urbana, por causa do histórico de atrasos nos pagamentos e porque não trabalha mais para o serviço público. Outra pessoa ligada ao presidente do Sindlimp é Ary Pereira dos Santos, irmão de Lucena. O contrato dele vigorava desde 2007, no valor global de R$ 44 mil, e está entre os que serão cancelados esta semana.

A reportagem da Tribuna do Norte foi até o local onde fica a empresa de Ary Pereira, em Parnamirim, na sexta-feira, 03, e permaneceu lá por duas horas, entre 8h e 10h. O local estava fechado e uma vizinha informou que a pessoa que trabalha para Ary tinha saído logo cedo. Por várias vezes, ontem, a reportagem ligou para os telefones de contato da empresa e para o pessoal, mas ele não atendeu.

Servidor da Urbana estava no esquema da “quarterização”

O acompanhamento na prestação do serviço de coleta, com falta de controle e fiscalização falha, favorecia todo tipo de fraude, segundo os promotores do Meio Ambiente e do Patrimônio Público. Na ação,  o MPE solicitou a Urbana a lista de todos os servidores da companhia. Até ontem, esse material não estava incorporado à ação. Na semana passada, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE chegou a Maria Sônia Maximino dos Santos, que reside no Bom Pastor.

O marido dela Edmilson Varela dos Santos é servidor da Urbana. Abordada em sua casa, no bairro Bom Pastor, Sônia, afirmou: “o contrato é no meu nome, mas quem cuida é o marido”, disse ela. Sônia forneceu o número do celular de Edmilson, dizendo ser difícil encontrar o marido em casa, devido ao trabalho. Entre a sexta-feira e ontem a reportagem da TN  ligou várias vezes, mas ele não atendeu ao celular, nem retornou às ligações.

Sônia tem empresa registrada em seu nome e mantinha subcontratos com Trópicos desde 2008, com locação de três caminhões. Ao longo de três anos, o valor global do contrato era de R$ 506.923,19. Os dois termos da empresa estão entre os que serão cancelados pela Urbana. Vários depoimentos também evidenciaram as suspeitas de “tráfico de influência”.  Esse tipo de situação está explícito no depoimento de uma das testemunhas ao MPE.

Um servidor da Urbana, José Florêncio Rodrigues, declarou que “os caminhões que fazem esse serviço são propriedade dos próprios motoristas e não de empresas, sendo alguns de propriedade de funcionários da própria Companhia”. Ele disse ainda que “as máquinas são alugadas a empresas e o Chefe de Gabinete, a pessoa chamada Bertone, é filho do dono de empresa contratada”.

A pessoa em questão é Bertone Luiz Marinho que ocupou a chefia de Gabinete da Presidência da Urbana entre janeiro de 2009 e março 2021. Bertone é irmão da deputada Gesane Marinho, e filho do ex-prefeito de Canguaretama, Jurandir Freire Marinho. Em nenhum dos contratos já anexos à ação, consta empresa que tenha como sócio seu pai. Na Urbana, ninguém soube informar se realmente existia ou existe esse contrato. Mas, segundo a reportagem da TN apurou, atualmente, Bertone possui, pelo menos, dois carros agregados à Urbana. A fonte que passou a informação não soube informar o nome da empresa.

Lucena afirma: “Não tenho nada a ver com contratos “

O presidente do Sindlimp e vereador do PT, Fernando Lucena, foi categórico e negou veementemente qualquer influência direta ou indireta nos contratos do primo Willyam César, da mulher deste, Aracelly Araújo e de seu irmão Ary Pereira. “Nem teria como, porque minha relação com a direção da Urbana sempre foi muito ruim. Não tenho nada a ver com esses contratos. Se eles estão lá é por outros meios”, afirmou.

Lucena disse ainda que “há anos, todos os meus inimigos dizem que tenho caçambas alugadas e lucro com o lixo. Lançaram até um panfleto na campanha passada dizendo que sou ‘homem rico do lixo’. Não tenho nada a esconder. Essa é uma oportunidade histórica para o Ministério Público investigar e provar que tudo não passa de insinuações “, argumentou.

Ele considera que “todos os subcontratos são irregulares, sejam eles de quem for”. Há quase 20 anos à frente do Sindlimp, Lucena afirmou que a “quarterização” era uma porta para a ilegalidade. “A Trópicos não quer o serviço, joga para o subcontrato e é ai que está a ilegalidade, o superfaturamento, a influência política e o arrumadinho. Todos os contratos, sem exceção, tinham indicações”.

Lucena confirmou ainda que “muitos servidores colocam laranja para assumir contratos” e que, por isso, é difícil provar. E completou “se mexer nisso, com certeza vai aparecer muitos contratos desse tipo”. Nos últimos dias, Fernando Lucena e seu vice, Wilson Duarte, foram contrários à intervenção e ameaçaram greve caso a justiça viesse a determinar um interventor para a Urbana.

Ontem, Lucena afirmou que não é  contra a intervenção. “O problema é que o processo não está transparente. Porque o MPE não faz um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o sindicato, garantindo que não vai propor o fechamento da empresa e a demissão de servidores? Nossa preocupação é preservar o emprego dos trabalhadores. Se houver isso seremos favoráveis à intervenção, mas sem isso, vamos parar a coleta nessa cidade”, voltou a ameaçar.

Ele citou duas CEI – Comissão Especial de Inquérito, a de 1992, que resultou na demissão de 507 trabalhadores e a de 1998, quando foi proposto o fechamento da Urbana. Hoje a companhia tem 1.407 servidores, dos quais quase mil no setor operacional (820 são garis).

O coordenador do Núcleo de Ordenamento Urbano, da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Sérgio Pinheiro, não chega a ser categórico, mas reconhece que as irregularidades levantadas pelo MPE poderiam sim ocorrer. “Não digo que os promotores estão certos em fazer juízo de valor, mas as irregularidades levantadas eram possíveis de acontecer”, disse.

Ponderado, Sérgio Pinheiro acrescentou que não acredita “em favorecimento para que determinadas pessoas tivessem vantagens indevidas ou ilícitas”. Mas, afirmou claramente que, por amizade com diretores da Urbana e políticos, muitos proprietários de empresas conseguiam fechar contratos e agregar caminhões.

“Se o presidente da Companhia chegava para a Trópicos e dizia que tais e tais caminhões deviam ser agregados, a empresa contratava”, afirmou Sérgio Pinheiro. Ele não chegou a citar nomes, nem de dirigentes, nem de empresas. Foi categórico ao falar do futuro da Urbana. “Agora não vai mais ter isso. Acabou, vamos fazer licitação e a escolha será a mais transparente possível”, prometeu.  Ele espera concluir a nova licitação para contratação de locação de veículos para coleta de resíduos sólidos em até três meses.

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Geral

Além do tarifaço, Brasil pode sofrer sanções dos EUA por comércio com a Rússia, dizem senadores que viajaram a Washington

Foto: Reprodução/GloboNews

Os senadores brasileiros que viajaram a Washington para tentar abrir um canal de diálogo com o Congresso e com o setor privado norte-americano afirmaram nesta quarta-feira (30) que a relação comercial do Brasil com a Rússia pode gerar uma nova tensão com os EUA.

“Há outra crise pior que pode nos atingir em 90 dias”, afirmou o senador Carlos Viana (Podemos-MG) a jornalistas.

“Tanto republicanos quanto democratas foram firmes em dizer que vão aprovar uma lei que vai criar sanções automáticas para todos os países que fazem negócios com a Rússia”, completou.

A comitiva reforçou que esse é um dos pontos que serão abordados com o governo brasileiro, reiterando que a leitura dos parlamentares norte-americanos é que os países que continuam a fazer negócio com Putin estão ajudando a intensificar o conflito entre Moscou e a Ucrânia.

“Eles estão preocupados em acabar com a guerra [com a Ucrânia], e eles acham que quem compra da Rússia dá munição para a guerra continuar”, afirmou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

A importação de combustível da Rússia por parte de vários países pelo mundo tem sido um tema sensível entre republicanos e democratas nos Estados Unidos. No caso do Brasil, a maior importação diz respeito a combustíveis e fertilizantes.

Mais cedo nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma “multa” à Índia como forma de penalidade pelas negociações de equipamentos militares e energia do país com a Rússia.

“Embora a Índia seja nossa amiga, ao longo dos anos fizemos relativamente poucos negócios com eles porque suas tarifas são altíssimas, entre as mais altas do mundo, e eles têm barreiras comerciais não monetárias mais rigorosas e incômodas do que qualquer país”, afirmou o republicano em uma publicação no Truth Social.

Trump afirmou, ainda, que a Índia também sempre comprou a grande maioria de seus equipamentos militares e de energia da Rússia, juntamente com a China, reiterando que o comércio entre os dois países acontece mesmo em um momento em que o mundo quer que Moscou “pare com a matança na Ucrânia”.

“Tudo isso não é bom! A Índia, portanto, pagará uma tarifa de 25% mais uma multa pelo citado acima, começando a partir de 1º de agosto”, completou o republicano.

g1

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Geral

Show de Pablo é cancelado. Projeto ‘À Vontade’ substitui dentro da programação musical dos 167 anos de Ceará-Mirim

Foto: divulgação

A Prefeitura de Ceará-Mirim informa que, em razão do trágico acidente que vitimou uma integrante da equipe do cantor Pablo, o show do artista – que seria uma das atrações do aniversário de 167 anos de emancipação política do município – está oficialmente cancelado.

Em solidariedade a Pablo, seus familiares, equipe e fãs, reforçamos nosso respeito e sentimentos diante deste momento de dor e luto.

Diante da situação, a Prefeitura anuncia que o show de encerramento da programação será mantido com uma nova atração: o Projeto À Vontade, reunindo três grandes nomes da música nordestina – Luan Estilizado, Raí Saia Rodada e Zezo – em uma apresentação especial, que promete emocionar e animar o público com muito forró, sofrência e tradição.

As comemorações continuam na quarta-feira (30) com uma programação diversificada ao longo do dia. Às 16h, será celebrada a Missa de Ação de Graças no Santuário Nossa Senhora da Conceição, um momento especial de fé em homenagem ao aniversário da cidade.

Mais tarde, a partir das 20h, o Parque da Cidade volta a ser palco de grandes apresentações. Estão confirmados os shows de Henry Freitas, À Vontade, Luiz Almir, Amazan e Fernandinha, encerrando com chave de ouro as festividades pelos 167 anos de Ceará-Mirim.

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Geral

EUA sancionam Moraes com lei Magnitsky, usada pelos EUA para punir estrangeiros; entenda

 Foto: Reuters/Adriano Machado

O governo dos Estados Unidos sancionou nesta quarta-feira (30) o ministro do STF Alexandre de Moraes com a lei Magnisky, utilizada para punir estrangeiros. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros.

Por ora, o anúncio feito pelo governo americano se limita à revogação dos vistos do ministro, de “seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos”, segundo Rubio.

Para justificar a medida, o secretário americano citou o processo que corre no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é tornou réu por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições para Lula (PT) em 2022.

EU anunciam Lei Magnitsky para Alexandre de Moraes — Foto: Reprodução

Em maio, durante uma audiência na Câmara dos EUA, Rubio foi questionado por um parlamentar trumpista se o governo considerava aplicar sanções contra Moraes com base na Lei Magnitsky.

“Isso está sendo analisado neste momento, e há uma grande, grande possibilidade de que aconteça”, disse o secretário, à época.

Entenda a lei Magnitsky

Lei Magnitsky permite que os Estados Unidos imponham sanções a cidadãos estrangeiros. O objetivo é punir pessoas acusadas de violações graves de direitos humanos ou de corrupção em larga escala.

  • A legislação foi criada em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, que morreu na prisão após denunciar um esquema de desvio de dinheiro por membros do governo da Rússia.
  • O texto foi aprovado pelo Congresso americano e sancionado pelo então presidente Barack Obama em 2012.
  • Inicialmente, a proposta visava punir oligarcas e autoridades russas envolvidas na morte do advogado.
  • Em 2016, houve o entendimento de que a lei poderia ser usada também em outros casos de corrupção, vínculos com o crime organizado e violações mais amplas de direitos humanos.
  • No mesmo ano, a legislação foi ampliada e passou a ser considerada de alcance global.
  • Desde então, dezenas de pessoas já foram alvo de sanções com base na Lei Magnitsky.
g1

Opinião dos leitores

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Geral

Família e defesa de Igor Cabral emitem nota sobre o caso da tentativa de feminicídio contra a ex-namorada

Foto: reprodução

A família e a defesa de Igor Cabral emitiram uma nota sobre o caso da tentativa de feminicídio contra Juliana Garcia. A nota afirma que familiares lamentam profundamente o ocorrido e que a Justiça já está atuando. A nota também reforça que os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos.

Leia a íntegra da nota:

NOTA À IMPRENSA E À SOCIEDADE

Em face dos recentes eventos amplamente divulgados pela mídia, os familiares e a defesa de IGOR CABRAL vêm a público manifestar-se.

Lamentamos profundamente o ocorrido e reiteramos que a Justiça já está atuando. O acusado encontra-se à disposição das autoridades competentes e será julgado conforme o nosso Ordenamento Jurídico, com todas as garantias asseguradas a qualquer acusado, conforme o princípio do devido processo legal.

É necessário esclarecer que o endereço divulgado em algumas matérias e redes sociais não pertence ao jovem envolvido no caso. Trata-se de um ambiente estritamente comercial, local de trabalho de familiares, que não tem qualquer relação com o ocorrido. A exposição indevida deste local tem causado transtornos, ameaças e constrangimentos a pessoas que não têm qualquer envolvimento com a situação, violando o direito à privacidade e à imagem, conforme assegurado pela Constituição Federal.

Reforçamos que os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos. São cidadãos comuns, trabalhadores, que foram igualmente surpreendidos com os fatos e estão profundamente consternados. É imperativo que possam continuar exercendo seus direitos ao trabalho e à dignidade, sem serem punidos por algo que não fizeram.

Diante disso, solicitamos respeitosamente à imprensa, aos cidadãos e à sociedade em geral que permitam a eles viver em paz, sem perseguições, julgamentos ou exposição indevida, pois não cometeram nenhum crime. O foco do caso está sob apuração pelas autoridades competentes. O investigado se colocou à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários. A Defesa acompanha o caso com responsabilidade e confia no devido processo legal para o esclarecimento dos fatos.

Em respeito às partes envolvidas, não serão concedidos outros pronunciamentos no momento, restringindo-se as manifestações aos autos do Inquérito Policial e ulterior Processo Penal.

Agradecemos a  compreensão e o respeito neste momento tão delicado para todos os envolvidos.
Natal/RN, 30 de julho de 2025

Atenciosamente,

Defesa técnica e familiares.

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Geral

EUA devem aplicar Lei Magnitsky contra autoridades do Brasil nesta quarta (30)

Foto: REUTERS/Kevin Mohatt

O governo dos Estados Unidos deve aplicar a Lei Magnitsky nesta quarta-feira (30) contra autoridades do Brasil, segundo apuração de Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN.

A medida surge em meio a impasse sobre o tarifaço, que deve entrar em vigor no dia 1° de agosto.

A lei prevê sanções que podem ser impostas a agentes que reprimem denúncias de corrupção, cerceiam liberdades fundamentais ou atuam contra eleições democráticas.

O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Magnitsky é um dispositivo da legislação americana que permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, a lei prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país.

Essa legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país. Ele morreu em uma prisão de Moscou, em 2009.

Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis pela morte do advogado. Porém, em 2016, uma emenda ampliou seu alcance, permitindo que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou abusos contra os direitos humanos pudesse ser incluída na lista de sanções.

Quem pode ser punido pela lei?

Para que sanções sejam aplicadas contra indivíduos estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos deve apresentar provas confiáveis de infrações, incluindo execuções extrajudiciais, tortura e outras violações graves dos direitos humanos.

Essas medidas podem ser impostas a agentes que reprimem denúncias de corrupção, cerceiam liberdades fundamentais ou atuam contra eleições democráticas.

Funcionários de governos e seus associados podem ser sancionados caso estejam envolvidos em esquemas de corrupção significativa, como desvio de recursos públicos, suborno e lavagem de dinheiro.

A lei também prevê punições para quem financiar ou apoiar materialmente essas atividades ilícitas, garantindo que os responsáveis sejam impedidos de movimentar bens e acessar o sistema financeiro dos EUA.

Os alvos da Lei Magnitsky são incluídos na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN list) da OFAC (Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA, na sigla em inglês).

Quais são as sanções previstas?

Quem entra na lista pode enfrentar bloqueio de bens e contas bancárias no país, além de ter o visto cancelado e ser proibido de entrar nos EUA.

Essas medidas são usadas contra pessoas, empresas ou organizações envolvidas em crimes financeiros ou violações de direitos humanos.

Para sair da lista, é preciso provar que não teve ligação com as atividades ilegais que levaram à punição, que já respondeu na Justiça por isso ou que mudou de comportamento de forma significativa.

Em alguns casos, as sanções podem ser retiradas se o governo americano entender que isso é importante para a segurança do país. O presidente deve avisar o Congresso com pelo menos 15 dias de antecedência antes de tomar essa decisão.

CNN Brasil

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Brasil

PoderData: Governo Lula é desaprovado por 53% e aprovado por 42%

Foto: Reprodução

As taxas de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 79 anos, tiveram uma leve melhora. De maio a julho, os percentuais oscilaram favoravelmente ao petista, que surfa no discurso da soberania depois do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), sobre os produtos brasileiros.

A pesquisa do PoderData feita de 26 a 28 de julho mostra que o governo é hoje desaprovado por 53% dos eleitores. A taxa oscilou 3 pontos percentuais para baixo em 2 meses. No mesmo período, a aprovação foi de 39% para 42%. A distância entre as taxas positiva e negativa caiu de 17 pontos percentuais para 11 pontos percentuais.

Com a desaprovação em alta há aproximadamente 1 ano, como mostram as curvas do gráfico acima, é a 1ª vez que os percentuais oscilam favoravelmente ao governo. Isso se deve, em parte, pelas tarifas anunciadas por Trump sobre os produtos brasileiros, justificadas pelo tratamento que o Poder Judiciário brasileiro deu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo em que ele responde por tentativa de golpe de Estado, e a relação comercial entre os 2 países –que considera discrepante.

Há um mérito na estratégia de comunicação do governo, que tem conseguido, a partir das justificativas apresentadas por Trump para o tarifaço, emplacar o discurso da soberania, que se assemelha a momentos de Copa do Mundo, quando o sentimento nacionalista do brasileiro fica mais vívido.

Apesar de ser comum ouvir reclamações de brasileiros sobre o país, a população costuma se unir quando a disputa é contra um agente estrangeiro. Um caso recente de patriotismo e fora da política foi a disputa pelo Oscar do filme “Ainda Estou Aqui”. O sentimento nacionalista tomou conta do país, que estava em período de Carnaval, e brasileiros dominaram as redes e as ruas em defesa e torcida pelo longa e pela protagonista Fernanda Torres, indicada na categoria de melhor atriz.

A leve melhora nos números do governo reacende o debate sobre a corrida ao Planalto em 2026 com uma possível reeleição do presidente Lula. Integrantes da esquerda afirmam que o Brasil deve repetir o cenário visto no Canadá e na Austrália, onde as declarações de Trump reverteram as vantagens de candidatos que tinham afinidade com o norte-americano e levaram à vitória de seus opositores –o chamado efeito anti-Trump.

Só que é preciso levar em conta que as falas do presidente norte-americano nesses casos se deram no meio dos debates eleitorais, causando esse efeito realmente positivo para os candidatos vitoriosos no Canadá e na Austrália –que eram críticos da Casa Branca.

No Brasil, o processo eleitoral será ainda daqui a mais de 1 ano (o 1º turno é em 4 de outubro de 2026). O imbróglio econômico continua a ser um desafio para o governo, que não entendeu como lidar com o deficit federal. Basta ver a trajetória da dívida pública, o aumento constante das despesas (Lula deve anunciar mais 6 programas sociais até as eleições) e sem quase nenhum corte relevante de gastos.

Tudo considerado, no Brasil, o tarifaço de Trump tem um efeito rebote para os Bolsonaros e ajuda Lula neste momento. No médio e no longo prazo, não se sabe.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 26 a 28 de julho de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 182 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Diferença entre aprovação e desaprovação caiu 6 pontos e o folhetim de 5ª me sai com essa manchete.

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Mundo

PIB dos Estados Unidos cresce 3%, puxado pela queda nas importações

Foto: Reprodução

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 3,0% em taxa anualizada no 2º trimestre de 2025, segundo a primeira leitura do Bureau of Economic Analysis (BEA), divulgada nesta quarta-feira, 30. O resultado veio acima do esperado pelo mercado, cujo consenso era de 2,6%.

No 1º trimestre, o PIB havia recuado 0,5%. O avanço no período é fruto da queda das importações, que entram como subtração no cálculo, e maior gasto do consumidor, parcialmente compensados por quedas em investimento, e exportações.

A queda nas importações, sobretudo de bens não duráveis (com destaque para produtos farmacêuticos), e a aceleração do consumo em serviços (saúde, alimentação e hospedagem, serviços financeiros e de seguros) e em bens (veículos e outros não duráveis) foram os principais influenciadores do resultado. Já a queda nas exportações veio sobretudo em bens, com destaque para veículos automotores, motores e partes, segundo o BEA.

Veja

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Polícia

Endereço errado: ameaça a agressor do elevador é pichada por engano em portão de moradora

Foto: Lucas Costa

Uma casa localizada no bairro de Nova Descoberta, Zona Sul de Natal, amanheceu nesta quarta-feira (31) com uma frase de ameaça pichada no portão: “A rua vai cobrar cada soco”. A mensagem faz referência ao caso do ex-jogador de basquete Igor Cabral, de 29 anos, preso no último sábado (27) por espancar a namorada dentro de um elevador. No entanto, a residência pichada não pertence ao suspeito, segundo apuração da equipe da TV Tropical.

A proprietária do imóvel, que preferiu não se identificar, relatou que ficou assustada com a situação e acredita que houve uma confusão no endereço. “Minha família não tem nenhum envolvimento com essa pessoa. Estamos com medo, foi um susto muito grande acordar com essa frase no portão”, declarou à reportagem.

Igor Cabral foi preso em flagrante após imagens de câmeras de segurança mostrarem o momento em que ele agride a namorada com mais de 60 socos, dentro do elevador de um condomínio em Ponta Negra. O caso teve grande repercussão e o suspeito passou a ser chamado nas redes sociais de “bombado do elevador”.

Após audiência de custódia no domingo (28), a Justiça converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva. Durante depoimento, ele alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico”. A Polícia Civil autuou Igor por tentativa de feminicídio. A vítima, que teve múltiplas fraturas na face, segue internada e deverá passar por cirurgias reparadoras.

A Polícia Civil investiga o caso.

Portal da Tropical

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Política

Se Trump me conhecesse, saberia que sou melhor do que Bolsonaro, diz Lula

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em entrevista ao New York Times publicada nesta 4ª feira (30.jul.2025), que se Donald Trump (Partido Republicano) o conhecesse, saberia que ele é “20 vezes melhor” que Jair Bolsonaro (PL).

A declaração do presidente foi feita a 3 dias do prazo dado pelo presidente dos Estados Unidos para que as tarifas de 50% contra os produtos brasileiros entrem em vigor —1º de agosto.

Em 9 de julho, ao divulgar a imposição das medidas, por meio de carta destinada a Lula, Trump mencionou como uma das justificativas o que chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro, que é réu em uma ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado em 2022.

“Honestamente, não sei o que o Trump ouviu sobre mim. Mas, se ele me conhecesse, saberia que sou 20 vezes melhor [do que Bolsonaro]”, afirmou o presidente.

Durante a entrevista concedida na 3ª feira (29.jul) no Palácio da Alvorada, em Brasília, Lula também declarou que o povo brasileiro e o povo norte-americano “não merecem ser vítimas da política, se a razão pela qual o presidente Trump está impondo essa tarifa ao Brasil é por causa do processo” contra Bolsonaro.

“O povo brasileiro vai pagar mais por alguns produtos, e o povo norte-americano vai pagar mais por outros produtos. E eu acho que a causa não justifica isso. O Brasil tem uma Constituição, e o ex-presidente está sendo julgado com pleno direito à defesa”, afirmou.

Poder 360

Opinião dos leitores

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Polícia

Presidente da CBF e deputada federal são alvos de operação por compra de votos em Roraima

Foto: Rafael Ribeiro

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, a deputada federal, Helena da Asatur (MDB) e o marido dela, o empresário Renildo Lima, foram alvos de busca e apreensão numa operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (30) que investiga compra de votos nas eleições municipais de 2024, em Roraima.

O g1 procurou a defesa de Samir Xaud, a de Renildo Lima, e aguarda resposta. A reportagem tenta contato com a defesa da deputada federal Helena da Asatur.

A Operação Caixa Preta tem o objetivo de investigar suspeita da prática de crimes eleitorais em Roraima. Outros sete mandados de busca e apreensão são cumpridos na operação.

Agentes da PF estiveram na casa de Xaud e também na sede da CBF, no Rio de Janeiro. A Justiça também bloqueou R$ 10 milhões nas contas dos investigados.

As investigações começaram quando o empresário Renildo Lima foi preso com R$ 500 mil em setembro de 2024, nas eleições municipais daquele ano. Parte desse dinheiro foi encontrado na cueca do empresário.

G1

Opinião dos leitores

  1. Não existe País no mundo onde tem mais CORRUPTOS do que o Brasil. Vai ter bandidos assim no inferno. Dá nojo viver neste País.

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