A governadora Rosalba Ciarlini, devidamente acompanhada de um séquito de assessores, seguiu para Brasília a fim de pressionar politicamente a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a liberar provisoriamente o funcionamento do Aeroporto de Mossoró.
Se lograr êxito, terá sido por força política. E nunca por questão técnica. Há mais de ano que a Anac vem dizendo que há problemas no Aeroporto da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte e uma das cidades que mais crescem no Nordeste e no País.
Se houver a liberação, não terá sido porque o Estado resolveu os problemas técnicos e de segurança que rondam o aeroporto, ao redor do qual a Prefeitura de Mossoró permitiu e licenciou obras.
Se houver a liberação e – Deus nos livre – ocorrer algum acidente grave, de quem será a responsabilidade?
Se as autoridades públicas do Rio Grande do Norte fossem tão eficientes no cumprimento das questões técnicas o quanto são ou procuram ser no discurso, o Rio Grande do Norte, com certeza, estaria muito melhor.
E não somente o Aeroporto de Mossoró como as pistas de pouso de Caicó e Pau dos Ferros estariam regularizados. E em condições de funcionamento.
Mas não. No Rio Grande do Norte costuma-se substituir a prática eficiente pelo discurso brilhante.
Só que, no caso dos aeroportos, discursos não garantem segurança nem conseguem esconder as falhas. No máximo, garante sobrevida à eficiência do Poder Público.
Ou seja: alguém fará um loob"zinho" e depois "gastaremos" umas merrecas com publicidde dizendo que "conseguimos" resolver o problema do fechamento do aeroporto. Eita RN poderoso!