Vidro quebrado no gabinete da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, depois da invasão por um grupo de apoiadores de Donald Trump Foto: SAUL LOEB / AFP
A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, afirmou nesta quinta-feira que os responsáveis pela invasão do Congresso, na véspera, são terroristas, e defendeu a saída imediata de Donald Trump, seja pelo Legislativo ou por ação do vice, Mike Pence.
Em entrevista coletiva, concedida horas depois do Congresso confirmar a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de novembro, Pelosi foi incisiva ao defender o afastamento do presidente, citando o papel dele na incitação dos apoiadores que invadiram a sede do Legislativo americano.
— Embora haja apenas 13 dias [até a posse de Biden], qualquer dia pode ser um show de horrores para os Estados Unidos — declarou Pelosi, que comparou as ações de Trump a um ato de sedição, uma insubordinação a um poder do Estado. — Eles (integrantes do Gabinete) estão prontos para dizer que, pelos próximos 13 dias, este homem perigoso pode atacar nossa democracia?
Pelosi considera que o afastamento de Trump “é uma urgência da maior importância”, e pressionou o vice-presidente, Mike Pence, a invocar a 25ª emenda da Constituição: o texto fala sobre o afastamento de um líder considerado incapaz de cumprir suas funções. Inicialmente, ele foi pensado para casos em que o chefe de Estado se encontrasse incapacitado por razões de saúde, como em coma, por exemplo. Mas diante da gravidade da situação, sua aplicação passou a ser defendida não apenas por razões sanitárias.
O problema é que a medida precisa ser invocada por Pence e contar com o apoio de pelo menos metade dos integrantes do Gabinete, o que analistas consideram ser difícil, apesar dos relatos de extrema insatisfação com Trump dentro da Casa Branca.
Ao fazer o pedido, Pelosi se junta ao líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, igualmente favorável à aplicação da 25ª emenda. Caso Pence não leve adiante a ideia, a presidente da Câmara anunciou que poderá iniciar os procedimentos para um novo julgamento do impeachment de Trump, chamado por ela de “mortal” para os americanos e a democracia.
— [Os funcionários do Congresso] ficaram trancados nas salas com terroristas batendo nas portas. Assustador. Eles não estavam preparados para isso, para esses bandidos de Trump decidirem que profanariam o Capitólio sem pensar no dano que causariam — declarou Pelosi, que teve o seu gabinete invadido e vandalizado por um apoiador do presidente, mais tarde identificado.
‘Fracasso da liderança’
No pronunciamento, a presidente da Câmara prestou homenagem aos agentes da polícia do Capitólio que agiram “bravamente” diante dos invasores. Mas, pouco depois, disse que houve um “fracasso da liderança” da força de segurança, e defendeu a saída imediata de seu chefe, o que deve ocorrer ainda esta semana.
Ao longo da quinta-feira, parlamentares e assessores fizeram duas críticas à atuação da força, que não estava preparada para enfrentar a invasão — em questão de minutos, centenas de pessoas invadiram a sede do Legislativo americano, interrompendo a sessão que confirmaria a vitória de Joe Biden e levando o terror a quem trabalhava no local.
Pelosi prometeu uma ampla revisão da estratégia de segurança, incluindo os motivos da demora na chegada da Guarda Nacional — segundo a imprensa dos EUA, coube a Mike Pence a ordem para autorizar o envio da força ao Capitólio, uma vez que Trump resistia à ideia de usar as tropas contra seus apoiadores.
Em comunicado, o chefe da polícia do Capitólio, Steven Sund, não explicou a aparente falta de preparo das suas forças, preferindo louvar seus agentes, chamando as ações de “heróicas”. Ele ainda garantiu que alguns procedimentos serão revistos para a posse de Biden, no dia 20 de janeiro. Em entrevista, o secretário interino de Segurança Interna, Ken Cucinelli, garantiu que o evento ocorrerá de maneira segura.
— Não vamos ver uma repetição [da violência] — afirmou à Fox News. — Creio que esse foi um evento que ocorre apenas uma vez. Aprendemos com ele.
O Globo
Tramp deve tá com o cool q não passa um assovio! Só tem arranco !!
Igualzinho os da banda de KÁ !!!!
Brasileiro dando pitaco na política americana, vão catar Coquinhos.
Nosso estado todo arrebentado por desgovernos passado e atual e os analistas de blogs querendo opinar na política dos EUA.
Que esse infeliz seja mesmo importado, mesmo que esteja em fim de mandato.