Saúde

CoronaVac tem 86% de efetividade contra mortes, aponta estudo

FOTO: IVAN ALVARADO/REUTERS

A polêmica que se criou em torno da efetividade da CoronaVac após surtos de covid-19 no Chile, mesmo com a vacinação avançada, pode estar perto de acabar. Estudo publicado na quarta-feira (7), no New England Journal of Medicine, mostra que o imunizante teve 86% de eficácia na prevenção de mortes causadas pela doença no país andino.

A pesquisa foi realizada com o acompanhamento dos resultados de 10,2 milhões de pessoas vacinadas com as duas doses da Coronavac entre 2 de fevereiro e 1.º de maio. É o primeiro estudo de efetividade da vacina publicado em uma revista científica. Até então, essa era uma das críticas que o imunizante da chinesa Sinovac recebia.

Entre as pessoas que foram totalmente imunizadas, a eficácia da vacina foi de 65,9% para a prevenção de covid-19, de 87,5% para a prevenção de hospitalização, de 90,3% para a prevenção de internações em UTI, e de 86,3% para a prevenção de morte relacionada à doença.

Cerca de 55% da população chilena já está protegida pelas duas doses, o melhor desempenho na América Latina. Lá, estão sendo aplicadas as vacinas Pfizer, CoronaVac, CanSino e AstraZeneca. A CoronaVac foi a mais usada com 17,2 milhões de doses, seguida pela Pfizer com 4,3 milhões, AstraZeneca, 355 mil e CanSino, 296 mil.

“É o primeiro artigo sólido, publicado na revista mais conceituada do mundo. Os resultados falam por si. A Coronavac tem um excelente desempenho naquilo que mais importa que é salvar vidas”, diz Alexandre Naime, médico infectologista e professor da Unesp.

“É um resultado sólido que contraria as fakenews dos ‘antivaciners’ mostrando que toda vacina conta e impulsiona a necessidade de reforçar a vacinação”, acrescenta o especialista.

No Brasil, a Coronavac é produzida no Instituto Butantan. Apesar de ter sido primeira vacina a ser utilizada na campanha de imunização e a mais usada até abril, ela é constantemente alvo de críticas. “É provavelmente a vacina que mais salvou vidas, milhares, no Brasil. Ela vai ficar para sempre na história”, afirma Naime.

R7, com Estadão

Opinião dos leitores

  1. Pelo que estamos vendo são pessoas que ja foram vacinadas, que ja pegaram o virus e ficou bom e sendo infectado novamente de forma grave precisando ser entubada e ir ara UTI. agora, se outros virus fabricado pelos laboratórios para roubar mais dinheiro dos miseraveis paises, como o Brasil e Haiti, Congo, guatemala e por ai vai….. ai é outros motivos essa OMS E ESSA CHINA TEM QUE SE RESPONSABILIZAR PELO QUE ACONTECEU COM O MUNDO UMA VERDADEIRA SELECAO .

  2. Mas eu me pergunto… não se dizia lá no início da pandemia que 80% das pessoas, mesmo sem ser vacinadas e que pegaram Covid, apresentam sintomas leves e nem chegam a ser internadas?! Sinceramente, me parece que houve uma falha grande de metodologia nesse trabalho. Ainda não estou convencido da efetividade dessa Coronavac. Vacina sim, mas Vacina efetiva!

    1. Pesquisadores do mundo irão se reunir para convencer a esse abestalhado da efetividade da coronavac. Vai procurar pelo em pulga e deixa de conversar besteira. Vacina sim, não importa qual, o importante é estar vacinado, neurônios destrambelhado.

    2. Esse Bolsovirus eh um filhote da filosofia gramsciana que fica emburrecendo a discussão, sabe ao menos nem argumentar. Vai estudar lularapio esquerdista de cerebro vazio! Vai trabalhar seu sem futuro!

  3. Os “inventores” de vacinas já já chegam por aqui para vomitar pelos dedos e ofender a vacina CoronaVac…
    Idiotas, escrevem pouco e ruim, imagine “elaborar” vacinas.
    Vacina boa, é a que tem no posto.

  4. Lá em janeiro quando essa vacina foi aprovada pela ANVISA a propaganda era que ela era 100% eficiente contra mortes de covid19, em seis meses perdeu 14% da eficiência…

    1. Não existe vacina 100% eficaz contra nenhuma doença… No caso da Covid que surgem cepas novas devido a grande circulação do vírus no mundo, a tendência eh as vacinas perderem a eficácia, inclusive outras como a de Oxford, Pfizer ,etc.

    2. Daqueles que morrem atualmente, há dados consolidados relativos aos vacinados, inclusive qual teria sido a vacina?

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Saúde

Perda do olfato ocorre em 86% dos casos leves de Covid-19, indica novo estudo; saiba de forma simples como testar

Foto: Reprodução/ Pixabay

Cerca de 86% das pessoas com casos leves do novo coronavírus perdem o olfato e o paladar, mas os recuperam em até seis meses, de acordo com um novo estudo com mais de 2,5 mil pacientes de 18 hospitais europeus.

Os casos de Covid-19 foram considerados leves quando não houve evidência de pneumonia viral ou perda de oxigênio ou se o paciente pôde se recuperar em casa.

O estudo descobriu que os pacientes recuperaram o olfato, em média, após 18 a 21 dias. No entanto, cerca de 5% das pessoas não recuperaram a função olfativa em seis meses.

A anosmia, que é a perda do olfato e, portanto, do paladar, foi sugerida como um sinal precoce de Covid-19. Isso pode acontecer sem aviso, nem mesmo com o nariz entupido.

“A anosmia, em particular, foi observada em pacientes que eventualmente tiveram resultado positivo para coronavírus sem outros sintomas”, de acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia – Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

Covid-19 moderado a grave

Comparativamente, o estudo descobriu que apenas 4% a 7% das pessoas com sintomas moderados a graves de Covid-19 perderam a capacidade de cheirar e saborear.

Pessoas com infecções moderadas apresentavam “sinais clínicos de pneumonia” como tosse, febre e falta de ar, de acordo com o estudo.

Aqueles com casos críticos da doença sofriam de graves dificuldades respiratórias e eram mais propensos a ser mais velhos e ter “hipertensão, diabetes, distúrbios gástricos, renais, respiratórios, cardíacos, hepáticos e neurológicos”.

O estudo, que foi publicado segunda-feira no Journal of Internal Medicine, encontrou uma taxa maior de disfunção olfatória em pacientes mais jovens em comparação com pacientes mais velhos, mas a associação precisa de uma análise mais aprofundada, disseram os pesquisadores.

Como testar seu olfato

Há algo que você pode fazer em casa para verificar se está perdendo o olfato e o paladar? A resposta é sim, você pode provar isso com o “teste de balas de goma”.

“Você segura uma balinha com uma das mãos e tampa o nariz com a outra para que não haja fluxo de ar”, disse Steven Munger, diretor do Centro de Cheiro e Sabor da Universidade da Flórida, em entrevista à CNN.

“Depois, coloca a jujuba na boca e mastiga. Digamos que seja uma jujuba de frutas. Se você sentir o sabor e a doçura da bala, sabe que tem um paladar funcional ”, disse Munger.

“Então, enquanto continua mastigando, solte o nariz. Se você estiver com o sentido do olfato, de repente sentirá todos os cheiros e identificará o sabor. É realmente uma resposta muito drástica e rápida”, explicou.

“Então, se você pode ir do agridoce a um sabor único e sabe qual é esse sabor seu olfato, provavelmente, está em muito bom estado.”

O nome científico desse processo é cheiro pós-nasal, no qual os odores fluem do topo da boca para a faringe nasal e para a cavidade nasal.

Mas e se você não tiver uma jujuba? Você também pode usar outros alimentos, disse o especialista em ouvidos, nariz e garganta Erich Voigt, diretor da divisão de otorrinolaringologia do sono da NYU Langone Health.

“O sentido do olfato puro seria se você pudesse sentir o cheiro de uma determinada substância que não estimule outros nervos”, disse Voigt. “Se você pode sentir o cheiro de pó de café ou café, ou se você pode sentir o cheiro de alguém descascando uma laranja, esse é o sentido do olfato”, explicou ele.

No entanto, você precisa ter cuidado porque é fácil pensar que você está usando o olfato quando não está, disse Voigt.

“Por exemplo, amônia ou soluções de limpeza estimulam o nervo trigêmeo, que é um nervo irritante”, disse ele. “E então as pessoas vão pensar: ‘Ah, posso sentir o cheiro do cloro, posso sentir o cheiro da amônia’. Mas não, isso não é correto. Eles não estão realmente cheirando, eles estão usando o nervo trigêmeo ”, explicou.

Ainda não tem certeza se está fazendo certo? Pesquise na Internet por testes de odores com base médica.

Perda do olfato é comum além da Covid-19

Obviamente, nem todas as pessoas que falham em um teste de olfato estão infectadas pela Covid-19. Qualquer vírus respiratório, como o resfriado ou a gripe, afeta temporariamente o olfato e o paladar, às vezes até de forma permanente.

“A quantidade de inchaço que pode ocorrer no nariz devido ao efeito viral pode impedir que as partículas de odor cheguem ao topo do nariz, onde está o nervo olfatório”, disse Voigt. “Quando o inchaço diminui, o olfato pode voltar”, acrescentou.

Mas também existem vírus neurotóxicos, alguns dos quais estão na categoria do resfriado comum, disse Voigt.

“Se eles são neurotóxicos, isso significa que danificam o nervo olfatório e ele se torna essencialmente não funcional”, acrescentou. “Muitos desses casos podem recuperar o cheiro com o tempo, mas às vezes é uma perda permanente”, explicou ele.

A perda crônica parcial ou total do olfato é incrivelmente comum, disse Munger. E afetou milhões de norte-americanos muito antes de o novo coronavírus aparecer. “Cerca de 13% da população tem um comprometimento significativo do olfato ou paladar”, disse ele.

Além do resfriado e da gripe, outras causas de perda do olfato incluem pólipos nasais, tumores, doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson, e lesões cerebrais por traumatismo craniano, incluindo a síndrome do chicote.

“Se alguém sofreu um acidente de carro ou sofreu um ferimento no pescoço ou na cabeça, isso também pode afetar os pequenos nervos que vão do cérebro ao nariz”, disse Voigt. “Portanto, uma lesão no pescoço também pode causar uma perda permanente do olfato”, explicou.

A perda do paladar é comumente associada à perda do olfato, porque contamos com o olfato para identificar os sabores. Mas também pode haver razões médicas: alguns medicamentos podem afetar o paladar. A quimioterapia e a radioterapia podem alterar o paladar. Outro exemplo são os danos físicos, como nervos cortados durante cirurgias dentárias.

CNN Brasil

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