Polícia

Para atestar autenticidade de mensagens roubadas, peritos sugerem “recuperação nos equipamentos originais”

O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, soltou uma nota para dizer que o Laudo de Perícia Criminal Federal (Informática) n° 640/2021 – INC/DITEC/PF, produzido no âmbito do inquérito de bolso de Humberto Martins, conclui “não ter sido possível atestar a integridade ou a autenticidade” das mensagens hackeadas.

Ele ressalta que “sob o aspecto forense, essa afirmação não se confunde com a determinação de inautenticidade, no todo ou em parte, dos dados“, mas sugere “a recuperação de dados diretamente dos equipamentos originais, observada a cadeia de custódia”.

Como O Antagonista informou no mês passado, Martins estava preparando uma operação de busca e apreensão contra os procuradores antes de Rosa Weber suspender o inquérito.

Nesta semana, o delegado Felipe Leal, até então responsável pelo Serviço de Inquéritos (Sinq), produziu um relatório de análise com base no citado laudo pericial.

Em manifestação enviada à PGR, o delegado disse que configura crime de abuso de autoridade o uso das mensagens roubadas da Lava Jato para investigar procuradores, vítimas de hackeamento.

O diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, que trabalhou com Dias Toffoli e o próprio Humberto Martins, considerou o relatório uma afronta e exonerou Leal.

A nota divulgada por Marcos Camargo sugere que os peritos querem distância da briga política, ao ressaltar que “a perícia criminal federal é responsável por analisar os vestígios de modo técnico e científico, com isenção e equidistância das partes e em consonância com os procedimentos de cadeia de custódia previstos pelo Código de Processo Penal (art. 158 e ss.), aplicáveis tanto para vestígios oriundos de locais de crime como também os arrecadados nas buscas e apreensões”.

“Ainda, os peritos criminais atuam sem qualquer comprometimento com eventuais teses e/ou linhas investigativas referentes à condução da investigação.”

O Antagonista

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Polícia

Hackers, crimes e ataques em autoridades: repassada por especialistas em fraudes, autenticidade de material divulgado está cada vez mais fragilizada

Os “verdevaldianos” argumentam que a prisão dos estelionatários comprova a autenticidade do material roubado. Como é que é?

O fato de que as mensagens foram repassadas por criminosos especializados em fraudes garante que nenhum diálogo foi fraudado? É isso mesmo?

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Esses meninos e o Verdevaldo têm credibilidade, não seriam capazes de adulterar nada…Confio neles…Essas autoridades da lava jato não têm nenhum serviço prestado a nação…

  2. A prisão dos suspeitos de invadir celulares do ministro Sérgio Moro (Justiça) não põe fim aos questionamentos contra ele e investigadores da Lava Jato, como o procurador Deltan Dallagnol.

  3. Afinal quem está com a verdade?
    Quem pratica crime tendo jurado cumprir a Lei? Ou quem divulga informações verdadeiras não desmentidas, denunciando àqueles que praticam crime, perfil próprio do jornalismo investigativo?
    Eu fico com o jornalismo investigativo fico com a liberdade de impressa e expressão, pilares das diversas democracias praticadas em outros países do globo.

  4. Simples. Pega o material e perícia. O antagonista faz tudo menos jornalismo. Outra coisa me chamou atenção: E esse hacker de Araraquara que é pego pela polícia do Brasil, usa Windows, deixa todo o bloatware na máquina, tem adesivo na webcam do notebook, hackeia com iPhone e ainda tem que fazer bico de DJ mesmo tendo uma mala de dinheiro em casa?
    Parece legítimo.

    1. kkkk o parceiro dele no esquema trabalha de UBER, brasileiro é tudo pelo avesso. Enquanto Russos e Americanos trabalham com Apple pra derrubar códigos, estamos no Windows com máquina LENOVO de 2Gb parcelados em 10x nas CASAS BAHIA.

    2. Sr. Riva, parece ilegítimo!? Quais são as características que legitimam um hacker? Se é que existem…

    1. São os ratos dos recursos públicos colocando a culpa dos crimes cometidos contra o povo no queijo.

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