Saúde

China passa a usar testes retais para detectar Covid-19

Foto: Arnulfo Franco/AP

A China está recorrendo a testes retais para detectar a Covid-19 em indivíduos de risco e em viajantes que chegam do exterior.

O país tem conseguido conter a pandemia com testes em massa e lockdowns onde novos casos são registrados. Mas, nas últimas semanas, surtos locais têm levado autoridades de saúde a testar dezenas de milhares de pessoas pelo método PCR.

As amostras geralmente são retiradas do nariz ou da garganta. Mas moradores de vários bairros de Pequim, onde foram descobertos casos recentemente, têm sido submetidos a testes retais, segundo a emissora pública CCTV.

A medida também está sendo imposta a pessoas em quarentena obrigatória em hotéis, incluindo viajantes do exterior.

O médico Li Tongzeng, do hospital You’an em Pequim, afirmou à CCTV que o teste retal “aumenta a taxa de detecção de pessoas infectadas” porque o coronavírus permanece mais tempo no ânus do que no trato respiratório.

Segundo a TV estatal, os testes retais não serão generalizados porque “não são práticos o suficiente”.

“Considerando que coletar swab anais não é tão conveniente quanto os de garganta, no momento apenas grupos-chave, como aqueles em quarentena, recebem ambos”, afirmou Tongzeng.

Testes em crianças e professores

Mais de mil crianças em idade escolar e professores foram testados em Pequim pelo ânus, pela garganta e pelo nariz na semana passada, além de fazer o teste de anticorpos, segundo a Bloomberg.

Os exames foram realizados após a descoberta de um caso assintomático, de acordo com autoridades locais.

Na segunda-feira (25), passageiros de um voo de Changchun (capital e maior cidade da província de Jilin) para Pequim tiveram de desembarcar após autoridades descobrirem que um pessoa de uma área considerada de alto risco para transmissão do vírus estava a bordo.

Segundo a Bloomberg, os passageiros foram levados a um hotel, onde profissionais de saúde coletaram amostras de nariz e do ânus.

Nas redes sociais, chineses têm reagido aos testes. “Não é muito doloroso, mas é super humilhante”, afirmou um usuário da rede social Weibo.

Restrições a viagens

A China, que já restringiu severamente os voos internacionais desde março de 2020, aumentou as restrições nos últimos meses.

Todas as pessoas que desejam viajar ao país devem apresentar dois testes negativos (PCR e sorológico) antes do embarque e, na chegada e por conta própria, precisam ficar em quarentena por ao menos 14 dias em um hotel.

Nesta quarta-feira (27), Pequim passou a restringir a entrada de viajantes e a exigir teste negativo de Covid-19 mesmo de quem viajar de regiões do país onde há baixa incidência da doença.

Após a chegada, os viajantes autorizados a entrar devem monitorar sua saúde por 14 dias, embora possam se locomover livremente, e serão feitos testes de Covid-19 no 7º e no 14º dia após a chegada.

Viajantes de áreas de alto ou médio risco, onde há mais infecções, estão proibidos de entrar na capital chinesa.

G1

Opinião dos leitores

  1. Doria e governadores do Nordeste vão ao STF exigir que Bolsonaro compre 500 milhões de testes e que testes sejam obrigatórios.
    Doria diz que só a vacina não resolve e que o controle total ppde levar anos.
    Esquerdistas vão as ruas exigir exame retal já.
    Muito embora o esquerdista prefira outra coisa no lugar de teste covid..
    O esquerdista é um cara de pau. ..

  2. Com tanto lugar no corpo pra fazer esse exame ex. ouvido, pernas e braços, piroca, aí vem essa turma de malucos dizer que o melhor local pra realizar o exame é o pobre do FURICO, meu deus do céu quanta descriminação com o nosso zeguedê.

  3. Pedroca e muitos da gadolândia vão comprar testes para 5 anos…
    Pedroca vai pedir ajuda do sobrinho enfermeiro.

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Saúde

Professor do IFRN desenvolve método alternativo para detectar toxoplasmose

Foto: Patrícia Mesquita

O professor do IFRN – Campus São Paulo do Potengi, Carlos Henrique Bezerra de Oliveira, desenvolveu um método alternativo para detecção da toxoplasmose. A pesquisa “Comparação e métodos de identificação de imunoglobulinas para diagnóstico da toxoplasmose” foi realizada como tese de doutoramento do professor, na Universidade do Minho – instituição que mantém um acordo de cooperação com o IFRN desde 2012 -, localizada em Portugal.

O objetivo da pesquisa foi desenvolver um método inovador utilizando o aparelho espectrofotômetro para detectar a presença de anticorpos anti-toxoplasmose por meio de exame que, segundo o professor, apresenta resultados promissores e pode substituir os métodos atuais. Atualmente os exames utilizam 30 ml de sangue, diferentemente do método resultante da pesquisa, que promete baixo-custo (ao operar com o espectrofotômetro), e fazendo uso de apenas 5 ml de sangue com a mesma eficiência dos procedimentos já empregados no mercado.

A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. Sendo ocasionada pela ingestão de água ou alimentos contaminados, a doença é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns em todo o mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma em cada três pessoas no Brasil tem toxoplasmose.

A doença se manifesta sem sintomas e afeta, majoritariamente, os recém-nascidos e portadores de doenças imunológicas. No caso de mulheres, a infecção durante a gestação, pode levar ao abortamento ou ainda, ao nascimento de crianças com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises convulsivas. “O novo método de identificação da toxoplasmose, desenvolvido a partir da espectrometria, é realizado principalmente por grávidas para evitar a toxoplasmose congênita. Ele é muito importante principalmente na fase gestacional, pois a doença pode causar danos irreversíveis ao feto”, elucida Carlos.

A partir dos resultados encontrados em sua tese de doutoramento, o professor espera que o método possa ser adotado por instituições de saúde pública. “A utilização de um aparelho mais barato e de fácil transporte facilita o rastreio da doença para que o poder público possa criar política públicas de prevenção”, explica o pesquisador. O rastreamento e levantamento da doença é  relevante para a saúde pública, pois mapeia casos e permite que sejam tomadas providências para evitar surtos e epidemias.

Com informações do IFRN

Opinião dos leitores

  1. Parabens pelo objetivo alcançado, Carlos Henrique é um jovem de muito talento, eu o conheço, e sei que seu objetivo está apenas no começo, haverá outras conquistas ao longo de sua brilhante carreira, parabéns você é um vencedor.

  2. O atual governo federal poderia investir mais nos IF's nos interiores, que com certeza dá resultado!

  3. Pessoas de valor que trabalham em busca do bem maior da sociedade. A toxoplasmose é triste e afetou um dos olhos da minha Filha. Tem danos irrevesíveis. Parabéns aos pesquisadores.

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Diversos

Cientistas desenvolvem ‘língua artificial’ para detectar uísque falso

Foto: (OlegEvseev/Getty Images)

Consumidores de uísque: saibam que não adianta balançar a garrafa para ver se ela faz espuma ou mesmo jogar o líquido no pão e observar a cor depois. Nenhum desses truques pode garantir se a bebida é verdadeira ou falsa, até porque existem diversos tipos diferentes de falsificações, com vários métodos. Detectar uísque falso é como emagrecer – não tem mágica, só ciência.

E, agora, cientistas escoceses deram uma mãozinha para esse trabalho: eles desenvolveram uma “língua artificial” que explora propriedades do ouro e do alumínio para identificar diferenças sutis entre bebidas alcoólicas com 99% de precisão. Os pesquisadores das universidades de Glasgow e Strathclyde relataram sua descoberta em um artigo publicado na revista britânica Nanoscale, da Academia Real de Química.

“Nós chamamos isso de língua artificial porque ela age de forma semelhante a uma língua humana – como nós, não consegue identificar as substâncias químicas individuais que tornam o sabor do café diferente do do suco de maçã. Mas pode facilmente diferenciar um do outro”, disse, em comunicado, o principal autor do estudo, Alasdair Clark.

A língua artificial é composta por 2 milhões de “papilas gustativas” – quadrados de ouro e alumínio com 100 nanômetros de lado, 500 vezes menores do que as papilas humanas. Dependendo do produto químico que entra em contato com elas -como diferentes tipos de bebida, por exemplo-, os metais que formam as papilas passam a rebater a luz de maneira distinta, gerando reflexos com comprimentos de onda específicos. É o que os cientistas chamam de “ressonância plasmônica”.

Traduzindo para termos menos técnicos, cada líquido dá origem a sua própria “impressão digital” de medidas. Ou seja, ao estabelecer um padrão de medidas para um tipo específico de uísque, é possível compará-lo com a impressão digital de outros líquidos, assim detectando se é o mesmo ou não. Essa técnica é tão apurada que é capaz até de averiguar a diferença de idade entre bebidas iguais vindas de safras diferentes.

Para testar o dispositivo, a equipe encharcou-o em sete uísques de malte diferentes – incluindo amostras de Glen Marnoch, Glenfiddich de 12 e 18 anos e Laphroaig de 10 anos. Os resultados das pesquisas se mostraram 99,7% corretos.

Clark também afirmou que essa tecnologia pode ser incorporada a um dispositivo pequeno e portátil, e que ela possui uma ampla gama de aplicações além do uísque – desde a identificação de venenos até o monitoramento ambiental dos rios. Infelizmente, os apreciadores da bebida ainda não podem comemorar: os pesquisadores não deixaram claro quando, e se, o gadget chegara às prateleiras.

Super Interessante

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