Educação

UFRN: Mestrado e Doutorado em Educação têm inscrições abertas

O Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd) e do Centro de Educação (CE) da UFRN está com processo seletivo aberto para Mestrado e Doutorado em Educação. As inscrições devem ser feitas, exclusivamente, no site da Comperve, até o dia 1º de março de 2021.

O concurso prevê a entrada de estudantes para o período letivo 2021.2, e são oferecidas 97 vagas no total, sendo 52 para o mestrado e 45 vagas para o doutorado. A taxa de inscrição é de R$ 160 para o Mestrado, e de R$ 190 para o Doutorado, e as solicitações de isenção devem ser feitas até 8 de fevereiro de 2021.

O Processo de Seleção inclui as seguintes etapas eliminatórias: a primeira etapa consiste de prova escrita, sob a responsabilidade do Núcleo Permanente de Concursos (Comperve) da UFRN; as etapas seguintes consistirão de análise do projeto de dissertação para o Mestrado ou de tese para o Doutorado, e de defesa do projeto de dissertação para o Mestrado ou de tese para o Doutorado, ambas sob a responsabilidade da Comissão Central de Seleção designada pelo PPGEd.

A prova escrita será aplicada a todos os candidatos ao Mestrado e ao Doutorado, no dia 21 de março de 2021, às 14h, presencialmente, nas dependências do Campus Universitário Central da UFRN. A Comperve observará todas as recomendações definidas no Protocolo de Biossegurança da UFRN, como já tem acontecido em outros concursos realizados pelo Núcleo, de modo a garantir um ambiente seguro e saudável durante a aplicação das provas.

Todas as regras e orientações sobre esse processo seletivo estão no edital, que pode ser acessado no portal do PPGEd e da Comperve.

Com UFRN

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Diversos

FOTOS: Após começar a estudar com livros achados no lixo, gari recebe diploma de doutorado no Ceará

Foto: Valdiana da Silva Rodrigues

Na cidade de Crato, no Sul do Ceará, um gari encontrou no lixo uma forma de mudar de vida. Aos 18 anos, Cícero Rodrigues Ferreira, o ‘Ferreirinha’, como é conhecido no município, recolhia livros jogados em sacolas plásticas e caixas de papelão para estudar. O maior resultado desse esforço chegou por correio no final do ano passado: o diploma de doutorado em Teologia.

Ferreirinha tem 39 anos, dos quais 21 foram dedicados à limpeza pública. Há quatro anos, sua rotina passou a ser dividida com a sala de aula, trabalhando como professor em instituições de ensino de Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu e Icó.

“Realizado”, como ele mesmo se descreve, Cícero se sente orgulhoso da trajetória. “Eu inspiro outras pessoas”.

Na limpeza pública, ele foi promovido seis anos atrás e deixou de varrer e recolher lixo nas ruas para cuidar da parte administrativa, emitindo ofícios e memorandos, e fazendo registro de horas-extras. Tudo por causa dos estudos.

Trajetória

Mais velho de quatro irmãos, Ferreirinha teve uma infância pobre e cresceu em uma casa de apenas um cômodo, no bairro Alto da Penha, em Crato. Os pais não tiveram a sorte de estudar, mas sempre incentivaram as crianças a terem outro destino.

Com influência do reggae do cantor jamaicano Bob Marley, Ferreirinha aprendeu inglês e começou a dar aula no ensino secundário de inglês básico, na adolescência. “Por ser muito fã, aprendi o idioma”, lembra.

Aos 18 anos, Cícero conseguiu seu primeiro emprego na coleta de lixo de Crato. Trabalhava das 5h às 18h. À noite, mesmo cansado, ainda assistia às aulas para concluir o ensino médio. Recém-aprovado no concurso para a função de gari no município, ele tomou a decisão de largar os estudos e se dedicar apenas ao trabalho.

 Foto: Antonio Rodrigues

Evangélico, em 2015, voltou a estudar Teologia no seminário do Crato. Depois de três anos, conseguiu o bacharelado. “Sempre gostei de Teologia Sistemática, que vai organizando os pensamentos” explica Ferreirinha.

Mestrado

 Foto: Antonio Rodrigues

Com o Ensino à Distância (EAD), iniciou o mestrado em Teologia. Por dia, estudava de cinco a seis horas. Assim, conseguiu cumprir as 18 disciplinas e conquistou seu diploma. Autodidata, aprendeu o idioma grego sozinho.

“Isso nasceu da necessidade. O Novo Testamento foi escrito em grego, como também sou professor, tive que entender os escritos originais”, conta. Hoje, também compreende o hebraico.

A partir do idioma grego, começou seu doutorado, concluído também à distância, há dois anos e meio. Agora doutor em Teologia, com ênfase em Psicologia Pastoral, Cícero está apto a lecionar 16 disciplinas. Quando questionado sobre o início da carreira como gari, ele enfatiza:

“Mas ainda me considero gari, com muito orgulho. Meu registro está como gari”.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Quer dizer que eu, que terminei meu doutorado pelo Instituto Universal Brasileiro, também vou virar notícia? Este mundo está ficando louco.

  2. Cidadão que deveria ser enaltecido e homenageado. Ele e a jovem do rn que passou em medicina servirão de exemplos pra essa geração que está totalmente sem referências de perseverança na honestidade, esforço e dedicação, com resultados altamente positivo e cidadã

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Política

Witzel colocou no currículo doutorado em Harvard, mas nunca estudou na universidade; assessoria explica “intenção”

Foto: Mauro Pimentel / AFP

O ex-juiz federal e governador do Rio, Wilson Witzel, tem, pelo menos, sete cursos em seu histórico acadêmico. No currículo Lattes – plataforma em que profissionais listam seus feitos ao longo da carreira -, ele enumera cursos de graduação e de pós em várias universidades. Uma passagem pela prestigiada Harvard é um dos pontos altos: lá, Witzel teria feito um curso conhecido como “sanduíche”, quando o aluno faz parte do doutorado numa instituição de ensino internacional parceira da universidade em que estuda. No caso do governador, um pedaço da pós-graduação em “judicialização da política” que ele cumpre na Universidade Federal Fluminense, desde 2015, teria sido feito no campus de Cambridge, no estado de Massachusetts, nos EUA. Mas, o problema é que isso nunca aconteceu. A UFF informou ao GLOBO que o governador nunca sequer manifestou interesse em participar da seleção. Apenas dois alunos matriculados na mesma pós-graduação de Witzel foram para lá. É preciso se candidatar e passar por pelo crivo da universidade para obter a bolsa, que é financiada pelo governo brasileiro.

Procurado, Witzel confirmou que não estudou em Harvard. A informação, segundo a sua assessoria de imprensa, constava na plataforma Lattes porque o governador tinha a intenção de estudar na universidade americana durante um ano quando ainda era juiz federal, mas o objetivo nunca foi à frente. Curiosamente, o governador cita, inclusive, o nome de seu orientador na universidade dos EUA, o professor Mark Tushnet. Agora, o governador prometeu corrigir o currículo e acrescentou que pretende fazer a defesa de sua tese, na UFF, até agosto deste ano. A última edição do currículo do governador foi feita no dia 8 de abril de 2016, um ano após ele ter ingressado no doutorado. De acordo com a universidade, as inscrições para o “sanduíche” em Harvard estiveram abertas entre 2015 e 2018.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Se fizerem uma devassa nos lattes, vão descobrir que há mais ficção do que realidade.

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