Cultura

PF conclui inquérito e descarta omissão de gestores em incêndio no Museu Nacional no Rio

Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Federal concluiu nesta segunda-feira (6) o inquérito do incêndio no Museu Nacional e descartou ‘conduta omissa’ por parte dos gestores do espaço. O laudo pericial também atesta que não houve incêndio criminoso. Grande parte do acervo foi destruída pelas chamas, no dia 2 de setembro de 2018.

A perícia técnica-criminal confirmou que o fogo começou no Auditório Roquette Pinto, que fica no 1º andar, próximo à entrada principal do Museu. O local provável do início do incêndio foi um dos aparelhos de ar-condicionado que fica no auditório.

Segundo a investigação, em agosto de 2015, o Corpo de Bombeiros esteve no prédio para fazer uma fiscalização, que acabou não sendo concluída.

O oficial dos bombeiros, que não terminou a inspeção, acabou sendo punido administrativamente.

Após a fiscalização, o reitor da UFRJ e a diretora do Museu Nacional entraram em contato com o BNDES para fazer a revitalização e adequação do prédio ao Código de Segurança contra Incêndio e Pânico.

O contrato foi assinado em junho de 2018, porém o valor não foi desembolsado antes da ocorrência do sinistro.

Com base nas provas reunidas, a PF não caracterizou a conduta dos gestores como omissa, já que, apesar das obras de restauração não terem começado na época do incêndio, a verba para a reforma do prédio já havia sido definida meses antes.

Incêndio destruiu grande parte do acervo

O incêndio de grandes proporções que destruiu o Museu Nacional começou por volta das 19h30 do domingo, 2 de setembro de 2018, e só foi controlado no fim da madrugada de segunda-feira (3). Mas pequenos focos de fogo seguiam queimando partes das instalações da instituição que completou 200 anos em 2018 e foi residência de um rei e dois imperadores.

A maior parte do acervo, de cerca de 20 milhões de itens, foi totalmente destruída. Fósseis, múmias, registros históricos e obras de arte viraram cinzas. Pedaços de documentos queimados foram parar em vários bairros da cidade.

Museu Nacional foi destruído por incêndio em setembro de 2018 — Foto: Reuters/Ricardo Moraes

G1

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Diversos

FOTO: Incêndio criminoso no estúdio da Kyoto Animation deixa 33 mortos no Japão

Foto: Kyodo / via Reuters

Um incêndio criminoso em um estúdio de animação na cidade de Kyoto, no oeste do Japão, deixou 33 mortos nesta quinta-feira (18), informaram os bombeiros. Os trabalhos das equipes de resgate já foram encerrados.

Cerca de 70 pessoas estavam nos estúdios da Kyoto Animation por volta das 10h30 no horário local (22h30 em Brasília) quando um homem não identificado entrou no imóvel de três andares e jogou um líquido inflamável. Durante a ação, ele gritou: “Morram”.

Testemunhas disseram que as chamas se espalharam rapidamente e ainda não se sabe quantas pessoas conseguiram deixar imóvel ilesas.

O autor do ataque, de 41 anos, feriu-se na ação e foi levado sob custódia para um hospital. Ainda não se sabe o que teria motivado a sua ação e nem se ele teria algum vínculo com a empresa.

Bombeiros de Kyoto disseram que 37 pessoas foram levadas para vários hospitais, das quais dez em estado grave.

Cerca de 40 caminhões de bombeiros foram mobilizados para conter as chamas.

Tradicional estúdio

A Kyoto Animation, mais conhecida como KyoAni, tem cerca de 160 funcionários. Criada em 1981, o tradicional estúdio produz desenhos animados, cria personagens e concebe produtos derivados de suas séries inspiradas de mangás japoneses famosos. Entre suas produções estão “K-ON!”, “A Melancolia de Haruhi Suzumiya” e ” “Lucky Star”.

Embora a companhia não seja muito conhecida internacionalmente, ela foi responsável por um trabalho secundário de animação utilizado em “Pokemon” e “Winnie the Pooh”.

As redes sociais japonesas testemunharam muitas manifestações de solidariedade com o estúdio, e alguns usuários publicaram imagens de animações. Muitos usaram a hashtag “#PrayForKyoani”, uma referência à Kyoto Animation.

Baixos índices de violência

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, publicou uma mensagem no Twitter julgando a situação “amedrontadora demais para descrever com palavras”.

Os crimes violentos são relativamente raros no Japão, mas incidentes graves ocasionais chocaram o país.

Em 2016, 19 pessoas morreram esfaqueadas por um homem que invadiu uma clínica para pessoas com deficiência, em Sagamihara, de acordo com a Associated Press.

O pior caso de incêndio criminoso nos últimos tempos ocorreu, em 2001, em Kabukicho, distrito de Tóquio conhecido pelas casas de entretenimento adulto. Quarenta e quatro pessoas morreram.

G1

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Polícia

Incêndio criminoso mata casal enquanto assistia televisão na Zona Norte; disparos de arma de fogo também foram realizados

Um incêndio criminoso matou um casal em residência no bairro Pajuçara, na Zona Norte de Nata na madrugada desse domingo (12). De acordo com uma parente da mulher morta, os assassinos “jogaram gasolina e atearam fogo” no casal, que assistia televisão. A mulher, que também levou dois tiros, morreu na hora e o homem ainda foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

As vítimas,  de 33 anos(ela), e 30(ele), moravam no local. Segundo moradores próximos, após o incêndio criminoso, o homem ainda saiu correndo para fora da casa com o corpo em chamas, mas não resistiu aos ferimentos ao ser encaminhado ao hospital.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigará o duplo homicídio.

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Diversos

Mantida sentença sobre bombeiro que ateou fogo em viaturas em Pau dos Ferros e gerou prejuízo de 1,5 milhão

 A desembargadora Maria Zeneide Bezerra negou o Habeas Corpus Com Liminar (n° 2014.000080-7) e manteve a sentença aplicada a um soldado bombeiro, o qual é o principal suspeito de ter incendiado, na madrugada do último 16 de dezembro do ano passado, cinco veículos do Corpo de Bombeiros em Pau dos Ferros.

A Corporação estimou o prejuízo em cerca de R$ 1,5 milhão, já que um caminhão alto bomba tanque, com capacidade para 5 mil litros de água, uma ambulância de resgate e três motocicletas foram destruídas pelas chamas. Parte da estrutura da garagem e de um posto de saúde que fica por trás do prédio do batalhão também foram atingidos, mas ninguém ficou ferido.

A defesa moveu o HC e pediu a revogação de prisão preventiva ou sua conversão em prisão domiciliar, sob a alegação de que não persistem as circunstâncias que justificaram a custódia cautelar, tratando-se de um caso de saúde, já que o agente padeceria de “transtorno psicótico”, não sendo propriamente um “militar criminoso”.

Sustenta, ainda, que o militar foi internado em clínica psiquiátrica logo após o fato criminoso, medida que teria contribuído para uma melhora em seu quadro de saúde, o que não se poderia obter mantendo-o na prisão.

A desembargadora, no entanto, analisando o contexto dos autos e as circunstâncias do caso concreto, entendeu, sim, que persiste a necessidade de manutenção da medida restritiva, tal qual entende o Ministério Público.

A acentuada gravidade do delito praticado, o risco provocado para os militares que se encontravam na unidade naquele momento, bem como o dano material que restou para a Corporação, são questões que dispensam fundamentos a mais, segundo a decisão.

Ainda, é de se ponderar que a perda sofrida ultrapassa o âmbito institucional, já que afeta a sociedade como um todo, pela essencialidade e importância do serviço prestado pelo Corpo de Bombeiros, cujos aparatos indispensáveis foram destruídos por ato do agente.

“Portanto, como antes fundamentado (fls. 23/24), a medida cautelar que se mantém não se ampara na gravidade abstrata do delito, mas numa ameaça real, verificada no caso concreto”, define.

TJRN

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