Esporte

Fifa pede para governo garantir o direito de o público ver os jogos da Copa

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez hoje (17) a última visita de inspeção ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, e disse esperar apoio do governo à organização da Copa para combater protestos violentos, como o que resultou na morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade. Valcke comentou que a Copa é um evento enorme para qualquer país e que requer do governo cuidado com a segurança e garantia do direito de os torcedores de chegar aos estádios.

“Só há uma maneira de lutar contra isso, é usar a polícia para garantir que as pessoas estarão sobre controle”, respondeu Valcke à pergunta de um jornalista estrangeiro sobre a atuação de black blocs nos protestos. O secretário-geral da Fifa disse que as manifestações pacíficas são legítimas em qualquer democracia, mas quando há violência, a polícia deve atuar. “O público tem o direito de ver os jogos.”

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que, assim como as manifestações pacíficas são um direito constitucional, as manifestações violentas, que atentam contra a vida e depredam patrimônio público e privado, têm também tratamento previsto em lei. “Portanto, com Copa ou sem Copa, em qualquer circunstância, basta a aplicação da lei”, disse. O ministro lembrou o caso do cinegrafista morto e disse que a lei aplicada levou à prisão dos responsáveis que serão processados e julgados. “Não há porque cogitar medidas que não aquelas previstas em lei”.

Outro ponto de apreensão, faltando quatro meses para o início da competição, é o laudo sobre as obras da Arena da Baixada, em Curitiba. Valcke garantiu que a decisão sobre a confirmação do estádio paranaense como sede da Copa será conhecida amanhã. Ele disse que a espera é porque uma equipe técnica da Fifa fará uma visita ao estádio amanhã para o último relatório que embasará a decisão. Em dezembro, a Fifa manifestou preocupação com o atraso na construção da arena.

Sobre o Estádio Nacional Mané Garrincha. Valcke disse que não há muito o que dizer, pois é um de seus preferidos. O chefe do Comitê Organizador

Local da Copa, Ricardo Trade, disse estar satisfeito com os impactos percebidos com o estádio de Brasília. “Foram 28 eventos no ano passado com 640 mil pessoas, quase o dobro do público do antigo estádio em 36 anos. Mais de 2 mil empregos diretos criados, impactando a economia local. Isso também é motivo de alegria para nós no sentido de deixar um legado muito bom”, afirmou sobre o estádio que recebe críticas por ser o mais caro entre os que receberão os jogos da Copa e corre o risco de se tornar um elefante branco, por não haver nenhum grande time na cidade.

O governador Agnelo Queiroz garantiu que todas as obras em curso estarão prontas antes da Copa, incluindo o aeroporto, as vias de acesso ao centro da cidade, além das melhorias de mobilidade no entorno do estádio. “Não vai ter nenhuma obra e máquinas aqui no período da Copa, com certeza absoluta, mas acesso confortável, seguro, facilitado que, graças a Deus, a cidade planejada [Brasília] pode oferecer.”

Agência Brasil

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Clima

Fifa aceita sugestão, e jogos da Copa terão paralisação se passarem de 32ºC

 30jun2013-torcedores-abandonaram-lugares-marcados-no-sol-e-fugiram-para-a-sombra-na-arena-fonte-nova-durante-disputa-de-terceiro-lugar-1372615950309_956x500A Fifa aceitou a sugestão feita pelo técnico italiano Cesare Prandelli de serem feitas paralisações nas partidas da Copa do Mundo de 2014. O Comitê Executivo da entidade decidiu que jogos que passarem dos 32ºC terão uma pausa para os atletas se hidratarem.

Em comunicado enviado pela Fifa, a entidade informou que a paralisação deverá acontecer após os 30 minutos de cada uma das etapas.

Essa temperatura será comum em pelo menos quatro sedes do Mundial, Natal, Fortaleza, Recife e Manaus. Salvador e Rio de Janeiro também podem superar essa marca, ainda que o Mundial seja disputado durante o inverno brasileiro.

Na última terça-feira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, vetou qualquer possibilidade de os jogos agendados para as 13h terem seu horário alterado.

“Temos que encaixar três partidas por dia, a vida é assim, a vida do futebol é assim. Claro que nem todo mundo vai ficar satisfeito, mas há um ditado que diz que ninguém vai ficar satisfeito com tudo”, afirmou o mandatário da Fifa.

UOL

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