Polícia

Lava Jato: operação de hoje da PF vazou ontem para as empreiteiras

A operação  que a Polícia Federal realiza agora, cumprindo 27 mandados de prisão e contra executivos envolvidos na Operação Lava-Jato vazou ontem à noite para as empresas e seus advogados.

Ontem à noite, todos os advogados e diretores das empreiteiras se telefonavam e trocavam mensagens por celulares freneticamente. Evidentemente, o que a PF e a Receita acharem nas empresas, nas buscas e apreensões de documentos que estão sendo empreendidas, são materiais que, em princípio,  são resultado dessa informação antecipada.

Equipes da PF e da Receita estão neste momento vasculhando as empresas.

Por Lauro Jardim, Veja

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Diversos

Lava-Jato: propina era repassada a políticos em posto de gasolina de Brasília

2014-767486458-2014111161617.jpg_20141111Foto: Sérgio Marques – O Globo

Gerente geral do Posto da Torre, em Brasília, Ediel Viana da Silva confirmou, em depoimento à Justiça Federal do Paraná, que a empresa funcionava como entreposto de entrega de dinheiro vivo enviado por doleiros a políticos de Brasília. Segundo ele, no posto, também funcionava uma casa de câmbio comandada por um cunhado do doleiro Carlos Habib Chater, o dono do estabelecimento. O doleiro Alberto Youssef, que foi ouvido na terça-feira pela Justiça, confirmou ter feito remessas para que Chater as entregasse a seus clientes: agentes políticos de Brasília. O dinheiro, segundo ele, era originário de pagamentos de empreiteiras e empresas de petróleo.

— Eles (agentes políticos) não vinham pessoalmente ao posto. Eram terceiros. Muita gente retirava dinheiro no posto — informou Silva, que disse não conhecer os agentes políticos que recebiam o dinheiro.

Silva afirmou que as quantias que entravam no estabelecimento serviam como capital de giro para o negócio, que movimenta R$ 50 milhões por ano e tem retorno de cerca de 10%. Ele também explicou que a conta do posto estava sempre negativa e que o dinheiro encaminhado por doleiros ajudava a equilibrar a situação financeira, que ele descreveu como sendo “caótica”.

Ao juiz, Silva afirmou que seu único patrimônio, além do posto em situação financeira precária, é uma casa em Brasília. Silva, porém, atribuiu a má situação do posto à administração de Chater, que fazia retiradas para seu patrimônio pessoal. O gerente afirmou que Chater possui dois flats num prédio em frente ao posto, terras em Palmas (TO), um condomínio, terrenos e apartamento em Águas Claras (DF).

— Eu achava que ele era enrolado, mas não criminoso — afirmou o gerente, que trabalhava com Chater desde 2003.

Silva afirmou ainda que João Claudio Genu (ex-chefe de gabinete da liderança do PP na Câmara e condenado no mensalão) e Pedro Corrêa (ex-deputado federal pelo PP e cassado por envolvimento no mensalão) frequentavam o posto. Genu usaria uma terceira pessoa, identificada como Lucas, para retirar o dinheiro encaminhado por Youssef, que confessou operar os recursos de propina de obras da Petrobras destinada a políticos do PP. Côrrea, segundo ele, esteve uma ou duas vezes com Chater, e, depois, “saíram valores”.

Silva afirmou que o controle da entrada e saída de dinheiro do posto era feito por outro funcionário de Chater, André Catão de Miranda. Segundo investigações da PF, pelo sistema de Chater teria passado também dinheiro de tráfico internacional de drogas. Em depoimento à Justiça, Chater negou que seja doleiro e afirmou que só recorria a dinheiro de doleiros para equilibrar as finanças do posto.

O Globo

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Diversos

OPERAÇÃO LAVA JATO: Laboratório revela que 'perdeu' livros-caixa um mês antes de ação da PF

Um mês antes do estouro da Operação Lava Jato, o laboratório Labogen – carro-chefe do esquema de lavagem de R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal -, divulgou anúncio em jornais da região de Indaiatuba, onde fica sua sede, informando o sumiço de dez livros contábeis da empresa.

A nota endereçada “ao mercado em geral, para os devidos fins” foi publicada no dia 18 de fevereiro na cidade do interior de São Paulo. Sob o título “Comunicado de extravio de livros”, o laboratório, registrado com o nome Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia, destaca que naquela data foi constatado o extravio dos livros da companhia – documentos que incluem atas de assembleias gerais, registro de ações nominativas e livros razão (agrupamento de anotações contábeis).

A Lava Jato foi deflagrada na madrugada de 17 de março. Os investigadores estranham o desaparecimento da papelada, que coincidiu com o avanço da operação. Suspeitam que a ocorrência pode ter sido forjada para tentar despistar que o verdadeiro controlador do laboratório é o doleiro Alberto Youssef.

A PF descobriu que Youssef tentou emplacar contrato milionário no Ministério da Saúde, na gestão do então ministro Alexandre Padilha, no âmbito de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs).

Em setembro de 2013, os investigadores interceptaram comunicações que mostram como estava adiantada a negociação entre a organização liderada por Youssef e a pasta.

No dia 9 daquele mês, Raquel Damasceno Pinheiro, em nome do ministério, enviou e-mail para o administrador do Labogen, Leonardo Meirelles. “A pedido do dr. Eduardo Jorge Valadares Oliveira, diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, encaminho para seu conhecimento cópia do ofício 237/13, emitido em 6 de setembro/2013.”

REPRODUCAO JORNALO ofício mencionado no e-mail era subscrito pela diretora substituta do Departamento do Complexo Industrial – órgão do Ministério da Saúde -, Nadja Naira Valente Bisinoti, que solicitava um “agendamento de visita técnica na unidade fabril desta empresa em 20 de setembro de 2013, das 14h30 às 17h30”. O objetivo da inspeção era “verificar a viabilidade do laboratório (Labogen) em atuar em PDPs”.

A PF captou troca de e-mail entre Meirelles e um advogado da organização logo após a notícia do agendamento da visita do Ministério da Saúde. Para os investigadores, o conteúdo dessas correspondências confirma que o Labogem era fachada.

“Vamos todos pra lá a partir de quarta”, afirmou Meirelles. O advogado respondeu. “Se precisar eu boto o capacete e o macacão e caio pra dentro da obra tb. Retroceder nunca, render-se jamais.”

O negócio, que acabou não sendo fechado, não seria executado pelo Labogen, mas por uma indústria farmacêutica de grande porte que fecharia parceria com o laboratório.

A PF não tem dúvidas de que o doleiro exercia o domínio do laboratório. Um investigador suspeita que o extravio dos livros contábeis pode ser uma tentativa da organização de Youssef em afastar a alegação de que o Labogen é de fachada. “Eles querem arrumar um argumento para justificar que não são de fachada”, avalia.

Fausto Macedo – Estadão

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Diversos

PF vai abrir novos inquéritos da Lava Jato para investigar corrupção e fraudes em licitações

A Polícia Federal deverá abrir novos inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato para investigar especificamente fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, corrupção ativa e passiva e sonegação fiscal. Essa etapa da investigação terá como meta principal identificar servidores e administradores públicos e políticos envolvidos com o doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato, deflagrada em 17 de março para estancar esquema de lavagem de dinheiro que pode alcançar R$ 10 bilhões.

Nesta terça feira, 15, a PF concluiu 4 inquéritos e indiciou 46 investigados, entre eles Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. O ex-executivo da estatal foi indiciado em um desses inquéritos, da Operação Bidone – desdobramento da Lava Jato -pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Costa e Youssef estão presos em caráter preventivo, por ordem da Justiça Federal.  A PF vai produzir novos inquéritos para estabelecer os vínculos do doleiro e do ex-diretor da Petrobrás com agentes públicos e políticos.

A PF suspeita que Youssef se infiltrou em órgãos públicos por meio de empresas de fachada para conquistar licitações milionárias. Na Petrobrás, o braço do doleiro teria sido Paulo Roberto Costa, segundo suspeita a PF.

Os novos inquéritos terão base no estudo do material apreendido em poder do doleiro e do executivo. Com Youssef, os federais encontram 7 celulares. Ele foi preso em São Luís (MA). Em uma das mepresas de fachada do doleiro, a PF recolheu outros 27 celulares. A PF pediu autorização judicial para a análise e cruzamento dos dados dos 34 aparelhos “a fim de possibilitar a real dimensão dos contatos do doleiro preso” – medida que ainda depende de extração dos milhares de arquivos de mensagens de SMS, bem como aplicativos de conversação, tais como whatsapp, viber e outros.

Na residência do ex-diretor da Petrobrás a PF apreendeu um HD e 37 pen drives que estão sendo analisados.

Estadão

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Economia

PF cumpre 21 mandados de busca e prisão da Lava-Jato

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta manhã 21 mandados de busca, apreensão e prisão em nova fase da Operação Lava-Jato, de combate a lavagem de dinheiro. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Macaé e Niterói e inclui duas prisões temporárias, quatro conduções coercitivas – quando a pessoa é levada apenas para prestar depoimento – e 15 buscas e apreensões.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que nesta fase da operação o foco são as relações do esquema criminoso com a Petrobras. Uma das empresas que estariam sendo investigadas seria a Ecoglobal Ambiental, com sede em Macaé (RJ), que fechou contratos sem licitação com a estatal nos últimos anos.

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa está preso desde o mês passado pela Operação Lava-Jato, acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, que lavaria dinheiro de propinas de fornecedores da petroleira. A primeira fase da operação focou doleiros.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Depois que o PT transformou a Petrobrás em PTbrás a credibilidade da empresa foi destruída.
    Endividamento de 36% de seu valor patrimonial, valor do preço da ações em queda, denúncias de corrupção, perda financeira.
    O PT é o partido cupim: destrói tudo.
    Daqui a pouco será a Eletrobrás, Infraero, Correios,…..

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Polícia

Trio armado rende empresário e funcionários em lava-jato de Natal e rouba carro de luxo

Um empresário foi rendido por um trio na tarde desta quarta-feira (18), em um lava-jato no Barro Vermelho, próximo ao Baldo, em Natal, e teve roubado seu veículo Free Lander de cor preta e placas OJR-1937.

Segundo a vítima, os bandidos, em uma rápida ação e armados renderam até mesmo os funcionários do local. Em seguida, fugiram com destino ignorado.

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