Política

Laudo da PF isenta administrador potiguar de participação na Lava Jato

O administrador José Geraldo Júnior, mais conhecido como “Zé Geraldo”, enviou ao blog, por meio de nota, o laudo pericial da Polícia Federal, em que inocenta-o de envolvimento na operação Lava Jato. De acordo com o documento, o nome de que constava na relação dos beneficiários do esquema era apenas um homônimo, porém de números de inscrição no CPF diferentes como o blog já tinha noticiado. Reconhecendo o erro na informação publicada e, mais uma vez, pela prática do bom jornalismo, o blog publica a nota e o laudo:

Nota de esclarecimento

Corroborando inteiramente a minha Nota de Repúdio de ontem, eis que a Polícia Federal fez publicar o documento verdadeiro com o nome de José Geraldo Fonseca e seu CPF (207.247.488-49), ou seja, uma pessoa completamente diferente da minha e de comportamento profissional que não é o meu.

Assim, sempre no estilo de estar com a verdade absoluta, registro a necessidade de que seja refeita a publicação do documento, desta vez induvidosamente correto, para que não pairem dúvidas quanto a minha honorabilidade e daqueles com os quais me relaciono no desempenho de minhas funções e do meu trabalho.

Natal, 06 de agosto de 2015.

JOSÉ GERALDO MOURA DA FONSECA JÚNIOR

CPF nº 379.386.814-15

Tabela 66 Lava Jato

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Política

Delator diz que pagou R$ 10 milhões em espécie na sede do PT

O lobista Milton Pascowitch afirmou, em sua delação premiada, que fez pagamentos de R$ 10 milhões, em espécie, na sede do PT em São Paulo. Segundo ele, este valor saiu de um total de R$ 14 milhões em propinas sobre contrato de obras de cascos replicantes na Petrobras.

As informações constam do pedido de prisão do ex-ministro José Dirceu (governo Lula) feito pelo Ministério Público Federal. Dirceu foi preso nesta segunda-feira, em Brasília, onde já cumpria prisão domiciliar como condenado do mensalão.

“A respeito dos pagamentos a (João) Vaccari (Neto, ex-tesoureiro do PT), Milton ressaiu que os repasses ocorriam para o próprio Vaccari ou ao PT, em espécie e via doações legais, sendo que cabia a (Gérson) Almada (ex-vice-presidente da Engevix) como os repasses seriam feitos. A propina em razão do contrato dos cascos replicantes somou, afirmou Milton, cerca de R$ 14 milhões, entregues ao longo de 2009 até 2011”, diz o pedido de prisão da Procuradoria da República.

“Destes recursos, ressaiu o colaborador, foram feitos pagamentos da ordem de R$ 10 milhões em espécie na sede do PT em São Paulo. Informou o colaborador que em duas ocasiões houve entrega para uma portadora de Vaccari, Márcia. Segundo Milton, os valores repassados a Vaccari eram devolvidos à Jamp (empresa de Pascowitch) por contratos de prestação de serviços que não foram realizados com a Engevix. Pagamento semelhante teria ocorrido, ressaiu Milton, quanto à obra de Belo Monte (também alvo da Lava Jato). Neste caso, a Engevix teria repassado R$ 532.765,05, os quais foram entregues pelo colaborador a Vaccari, em espécie, na sede do PT em São Paulo, aproximadamente em 11/2011.”

Um dos delatores do esquema de corrupção na Petrobras, Pascowitch é acusado de ter operado propina, em nome da Engevix na Diretoria de Serviços da estatal, elo com o PT. Pascowitch teve a prisão preventiva transformada em regime domiciliar, após ter firmado acordo de colaboração.

Investigadores da Lava-Jato suspeitam que o esquema sistematizado de corrupção em obras de refinarias foi espelhado nos contratos do pré-sal. Nele, empresas do cartel pagavam propinas que iam de 1% a 3% do valor dos contratos a agentes públicos, partidos e políticos – sob o comando de PT, PMDB e PP.

Gérson Almada admitiu, em interrogatório judicial, a existência de pagamentos pela Engevix em contratos na Diretoria de Serviços da Petrobras. O executivo revelou que os pagamentos começaram em torno de 2003 e 2004, a partir do contrato para as obras do Gasoduto Cacimbas, e que tal ocorria para garantir que a empresa “continuasse trabalhando” e também para “manter um relacionamento com o partido”, no caso, o PT.

O PT ainda não se manifestou sobre a acusação do lobista Milton Pascowitch. Desde o início da Lava-Jato, o partido tem reiterado que todas as doações arrecadadas têm origem lícita.

Fonte: Estadão

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Polêmica

Justiça decreta 3ª prisão preventiva de Fernando Baiano

Responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, o juiz Sergio Moro decretou nesta quarta-feira mais uma prisão preventiva do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o operador do PMDB no bilionário esquema do petrolão. Esta é a terceira prisão preventiva decretada contra o empresário, que já é réu por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo que apura o pagamento de propinas em contratos de navios-sonda para a Petrobras.

O decreto de prisão de Baiano ocorreu depois que o Ministério Público recolheu novas provas da atuação dele como intermediário do pagamento de propina da construtora Andrade Gutierrez. Para o juiz Sergio Moro, as evidências colhidas nos processos da Operação Lava Jato indicam que Fernando Baiano dedicava-se “profissional e habitualmente” à intermediação de propinas e a práticas de lavagem de dinheiro em contratos de grandes empresas com a administração pública. A atuação criminosa do operador do PMDB no petrolão inclui a simulação de consultorias de prestação de serviços no Brasil e o envio de propina para contas bancárias secretas, abertas no exterior em nome de empresas offshores.

Documentos enviados por investigadores da Suíça foram utilizados por Moro para sustentar que há elementos reforçando a necessidade de manter o lobista preso. Entre esses dados estão informações sobre contas na Suíça que indicam que Fernando Baiano era o beneficiário final de conta em nome da offshore Three Lions Energy, destino de propinas pagas pelo executivo Julio Camargo e repassadas ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

“Do exame dos extratos da conta ainda é possível identificar outras prováveis contas secretas ainda mantidas no exterior por Fernando Falcão Soares, como a Falcon Equity Limited (para a qual foram feitas transferências de pelo menos seiscentos mil dólares da Three Lions Energy) e ainda a 3 Lions Heavy Industries Ltd. (para a qual foram feitas transferências de pelo menos trezentos mil dólares da Three Lions Energy)”, relatou o juiz. Se for colocado em liberdade, disse Moro, Fernando Baiano pode continuar a praticar crimes, fugir do país ou ocultar rastros de sua participação no esquema.

Baiano já foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como a pessoa que pagou propina de 1,5 milhão de dólares para que não houvesse entraves à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Em depoimento de delação premiada, Costa indicou que Nestor Cerveró, autoridades ligadas ao PMDB e o operador do partido no escândalo do petrolão podem ter embolsado até 30 milhões de dólares em propina na compra da unidade de refino no Texas.

 

Fonte: Veja

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Finanças

Lava Jato tem mais 5 delatores

A Operação Lava Jato tem cinco novos delatores, revela a força-tarefa do Ministério Público Federal, no Paraná, base das investigações sobre corrupção e propinas na Petrobrás que agora avança para a Eletronuclear. Os nomes desses cinco colaboradores ainda são mantidos em sigilo pelos procuradores da Lava Jato.

“As defesas atacam as delações, acusam que elas trazem fatos inverídicos. Mas, aos poucos, elas (as delações) foram confirmando o esquema e uma se encaixando na outra”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato.

delatoresDocumento do MPF cita 16 delatores. Um dos 6 nomes em sigilo é do lobista Milton Pascowitch.

Até esta etapa da investigação, a Lava Jato – em seu 16º capítulo – contabiliza 22 delatores que firmaram acordo com a Procuradoria no Paraná, em grau de 1ª instância. Os nomes de 17 deles são conhecidos: o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e seus familiares (a mulher Marici da Silva Azevedo Costa, as filhas Shanni Azevedo Costa Bachmann e Arianna Azevedo Costa Bachmann e os genros Humberto Sampaio de Mesquita e Marcio Lewkowicz), o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, o doleiro Alberto Youssef e seu ajudante Rafael Ângulo Lopez, os empreiteiros que faziam parte da cúpula da Camargo Corrêa, Dalton Avancini e Eduardo Leite, os lobistas Julio Camargo e Shinko Nakandakari, e os empresários Augusto Ribeiro, Luccas Pace Junior e João Procópio.

O delator mais recente é o lobista Milton Pascowitch. Em seus depoimentos, ele cravou que o ex-ministro da Casa Civil (Governo Lula) José Dirceu recebeu propinas do esquema na Petrobrás por meio de consultorias fictícias. Dirceu, por sua assessoria de imprensa, nega categoricamente recebimentos ilícitos.

Outros delatores, como o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, assinaram pacto diretamente com a Procuradoria-Geral da República, perante o Supremo Tribunal Federal.

Antes alvo de hostilidades de 10 entre 10 advogados de prestígio e tradição, o instituto da delação premiada praticamente tornou-se a regra no escândalo que abalou a gigante estatal e que mira em outras empresas públicas.

Alguns dos principais nomes da advocacia brasileira aderiram a esse expediente para garantir a liberdade de volta a seus clientes – pela via normal do direito processual, mergulhado em petições, habeas corpus e outros recursos, a vida está bastante difícil para os clientes, que não têm perspectiva de tão cedo sair da Custódia da Polícia Federal e no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na zona metropolitana de Curitiba, por onde já passaram os maiores empreiteiros do País.

Paulo Roberto Costa foi o primeiro delator da Lava Jato. Desde que escancarou o esquema de corrupção e propinas na estatal, ele prestou 118 depoimentos. Suas declarações apontaram nomes de deputados, senadores e governadores que teriam recebido porcentual de propinas pagas por empreiteiras.

Fausto Macedo, Estadão

Opinião dos leitores

  1. Ainda espero ver a valentia do pessoal da Odebrecht, que no primeiro momento da prisão de Marcelo, disseram que se isso ocorresse cairia à República. O que houve? Acabou a coragem?

    Muito estranho esse silêncio dos caciques da Odebrecht, será que é a certeza da impunidade? O que tem por trás dessa mudança de comportamento? Espero que isso não seja nenhuma sujeira armada para tonar corrupto de hoje em coitadinho de amanhã.

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Finanças

LAVA JATO: Propina a presidente da Eletronuclear foi de R$ 4,5 mi, diz Procuradoria

O presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, recebeu R$ 4,5 milhões em propina, de acordo com Athayde Ribeiro Costa, um dos procuradores integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Os pagamentos, diz a investigação, foram efetuados entre 2009 e 2014.

Em entrevista coletiva na manhã desta terça (28), o procurador Costa disse que o pagamento de propinas continuou a ocorrer mesmo após a prisão dos primeiros executivos no âmbito da Operação Lava Jato. “A corrupção no Brasil é endêmica e está em processo de metástase”, disse.

O almirante Othon, que foi afastado este ano da estatal, foi preso na manhã desta terça no Rio em nova fase da Lava Jato.

Ele pediu o afastamento do cargo em abril, após virem à tona notícias de que ele teria recebido propina nas obras da usina nuclear de Angra 3. Parte das revelações foram feitas na delação premiada de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa. O almirante nega ter recebido pagamentos indevidos.

Os pagamentos tiveram origem em contratos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, segundo as investigações. O dinheiro, ainda de acordo com a Procuradoria, percorreu pagamentos de empresas intermediárias por serviços não prestados de consultoria, que, depois, repassaram os valores para a Aratec Engenharia Consultoria e Representações, controlada pelo almirante Othon.

Uma das notas da Aratec foi emitida em setembro de 2014, seis meses após o início das investigações da Lava Jato. O foco sobre Angra 3 começou com o depoimento do delator Dalton Avancini, da Camargo Corrêa.

Iniciada em 2009, Angra 3 deveria ter entrado em operação este ano, mas a usina, a terceira planta de geração nuclear do país, está prevista para começar a produzir energia apenas em maio de 2018. O custo da obra mais que dobrou em seis anos: prevista inicialmente para custar R$ 7 bilhões, a obra é orçada atualmente em R$ 15 bilhões.

Folha Press

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Política

Lava Jato derrubou 1 ponto do PIB, diz Dilma a ministros

A presidente Dilma Rousseff reuniu-se com cerca de 10 ministros na tarde de hoje para pedir que ajudem a garantir apoio político no Congresso. A petista quis reforçar a avaliação sobre as dificuldades na economia. Num trecho do encontro no Palácio do Planalto, afirmou os efeitos da Operação Lava Jato provocaram uma queda de 1 ponto percentual no PIB brasileiro.

A presidente não quis elaborar sobre como calculou a queda de 1 ponto no PIB por causa do escândalo de corrupção na Petrobras. Hoje (27.jul.2015), o boletim Focus do Banco Central trouxe estimativa de queda de 1,76% do PIB neste ano. Há uma semana, o percentual era 1,7%.

Apesar da recessão, “o pior é a instabilidade” política e econômica que o escândalo da Lava Jato provocou, disse a presidente a seus ministros. Esse clima de incerteza se replica por toda a sociedade, influenciando nas decisões dos principais agentes econômicos –o que potencializa o atual momento de paralisia nas atividades.

Essa instabilidade, afirmou a presidente, acabou levando também a várias derrotas do governo no Congresso. “Não fomos derrotados nas votações das medidas provisórias”, disse a petista. Para ela, o problema foram os enxertos que deputados e senadores fizeram –como se diz em Brasília, os “jabutis” colocados em várias MPs votadas recentemente pelo Congresso.

A presidente citou especificamente o aumento dos salários para funcionários do Poder Judiciário, de até 78,5%. Dilma vetou esse dispositivo e falou aos ministros sobre a necessidade de todos conversarem com deputados e senadores para que a decisão seja mantida.

A reunião começou por volta de 15h e terminou às 17h30. O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) desenhou um quadro sombrio sobre a economia. Falou sobre a queda da arrecadação e como empresários em épocas de crise usam todos os artifícios disponíveis para pagar ainda menos impostos.

A reunião dos ministros hoje com Dilma foi para alinhar o discurso. A fala de Nelson Barbosa deixou a impressão, para vários ministros, que os indícios de melhora só vão aparecer em 2016. Mas que a economia voltará a crescer, de fato, apenas em 2017.

Fonte: Blog do Fernando Fernandes / UOL

Opinião dos leitores

  1. Caro Avelino, o que esta copiado é a roubalheira PT, cada dia que passa mais noticias e escândalos e novidades repetem sobre essa safadeza dos PTralhas.

  2. É que acontece tanto escândalo, sucessivamente, e as desculpas são as mesmas, que dá a impressão de ser repetição de matéria. Outra coisa, a culpa da Lava Jato são os políticos que aí estão.

  3. Quem derrubou o PIB foi o investigador e não quem roubou a Petrobras.
    Pior é que vai ter petralha que defenderá esse ponto de vista até a morte.
    Bando de cínicos.

    1. Não avelino, isso é noticia de agora e é enviada para o blog através das agências que temos convênios

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Finanças

Lava-Jato: Depois de pedido de Cunha para afastar Moro, STF pede informações ao juiz

2014_738667045-2014080173144.jpg_20140801Presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski – Givaldo Barbosa / Agência O Globo

Em razão da ação liminar movida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Supremo Tribunal Federal (STF), que pede o afastamento do juiz federal Sérgio Moro da condução das investigações da Operação Lava-Jato no Paraná, o presidente do Supremo Ricardo Lewandowski pediu que o magistrado preste informações sobre as delações premiadas dos investigados.

Nesta segunda-feira, o parlamentar protocolou uma reclamação no Supremo depois que foi mencionado por um dos investigados e delator, o consultor Julio Camargo. Ele afirmou na última quinta-feira que Cunha o pressionou pelo pagamento de US$ 10 milhões em propina para a contratação de navios-sonda pela Petrobras. Camargo disse ainda que Cunha exigiu o repasse de outros US$ 5 milhões para a manutenção de contratos com a estatal. O deputado nega as acusações.

Como os parlamentares citados no processo têm foro privilegiado, o deputado pede que o caso seja encaminhado ao STF. Os advogados argumentam que teria havido usurpação de competência. Para a defesa, Moro pretende investigar ele mesmo fatos que caberiam ao Supremo. Além disso, no recurso, Cunha também pediu que todas as acusações contra ele no processo sejam anuladas. O peemedebista já responde a uma outra ação na corte no âmbito da Operação Lava Jato, em que é suspeito de ser um dos beneficiários do esquema de corrupção.

O Globo

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Política

Janot diz em nota que “investiga fatos, jamais instituições” Comente

Após ser alvo de críticas durante a última semana por parte de parlamentares investigados na Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ressaltou nesta segunda-feira, 20, que “investiga fatos, jamais instituições”. Desde terça-feira, 14, com a Operação Politeia, que realizou buscas e apreensões em imóveis de três senadores, a resistência ao nome de Janot ganhou força no Senado, que precisará aprovar nos próximos meses a possível recondução do procurador-geral ao cargo para os próximos dois anos.

Em nota, Janot afirma que o Ministério Público “sempre buscou o diálogo permanente com os Poderes constituídos” no intuito de “fortalecer a República, o que passa necessariamente pelo funcionamento de um Senado Federal altivo e de pé”. Em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, um subprocurador próximo a Janot destacou o trabalho do procurador-geral dizendo que ele “colocou o Senado de joelhos”. Conforme revelado, três importantes líderes governistas do Senado consultados pelo jornal avaliam que Janot terá dificuldades para ser reconduzido após a realização de buscas na casa de três senadores: Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE).

Para se manter no cargo, o procurador-geral precisa encabeçar lista tríplice formada por eleição interna, no dia 5 de agosto, depois ser indicado pela presidente da República e, então, passar pelo crivo do Senado.

“Como é de conhecimento público, a Constituição Federal atribui ao Procurador-Geral da República, sob supervisão do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, a condução de investigações de forma sóbria e responsável em relação às altas autoridades da República, sejam elas do próprio Ministério Público ou dos Poderes Legislativo, Judiciário ou Executivo”, ressaltou Janot, em manifestação por escrito.

Além da resistência do Senado, Janot vem sendo alvo de críticas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acusa o procurador-geral de estar “a serviço do governo” e conduzir a investigação de forma pessoal. Collor também tem feito uso da tribuna do Senado para criticar a atuação do PGR abertamente.

Fonte: Estadão Conteúdo

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Finanças

Lava Jato: Justiça condena empreiteiros da Camargo Corrêa

O juiz federal Sérgio Moro proferiu sentença nesta segunda-feira (20), condenando, entre outros, os ex-executivos da Camargo Corrêa Dalton Avancini, Eduardo Leite e João Ricardo Auler à prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e pertinência a grupo criminoso organizado. Foram condenados também o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e seu operador Jayme Alves de Oliveira.

Dos seis condenados, quatro (Costa, Youssef, Avancini e Leite) fizeram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e, por já terem cumprido parte da pena em regime fechado, terão o benefício da progressão para o regime de prisão domiciliar, exceto Youssef, que, de acordo com a sentença, terá de passar três anos encarcerado. Jayme Alves de Oliveira e João Ricardo Auler, que não fizeram acordo de cooperação, terão de cumprir os primeiros anos da pena em regime fechado: Jayme foi condenado a onze anos e dez meses de reclusão e Auler a nove anos e seis meses.

As maiores penas impostas por Moro foram ao ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini e ao ex-vice presidente Eduardo Leite. Ambos foram condenados a 15 anos e 10 meses de reclusão e ao pagamento de 1750 salários mínimos em multa, cerca de R$ 1,4 milhão. No entanto, por conta do acordo de colaboração, eles cumprirão a pena em prisão domiciliar até março de 2016, quando progredirão para o regime de recolhimento à noite e nos finais de semana e, em março de 2018, para o regime aberto. Durante o recolhimento no período semi­aberto, ainda terão de cumprir cinco horas semanais de serviços comunitários em entidade pública ou beneficente.

Paulo Roberto Costa foi condenado a doze anos de reclusão, em prisão domiciliar, passando para o regime aberto em outubro de 2016. Já Alberto Youssef recebeu pena de oito anos e quatro meses, devendo ficar três anos em regime fechado.

Os réus foram condenados com base na denúncia do MPF de que a empreiteira Camargo Corrêa, juntamente com outras grandes empreiteiras brasileiras, teriam formado um cartel, através do qual teriam sistematicamente frustrado as licitações da Petrobras para a contratação de grandes obras a partir do ano de 2006, entre elas a Rnest, Comperj e Repar. Para permitir o funcionamento do cartel, as empreiteiras corromperam diversos empregados do alto escalão da Petrobras, entre eles o ex-diretor Paulo Roberto Costa, pagando percentual sobre o contrato, utilizando, para isso, contas e empresas fantasmas de Alberto Youssef.

Na sentença, o juiz absolveu Waldomiro de Oliveira, Márcio Andrade Bonilho, Adarico Negromonete Filho, também réus no processo.

Terra

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Polêmica

‘Preparem-se porque as coisas vão piorar’, diz Lula sobre crise política

D e LPreocupado com os efeitos da Operação Lava Jato sobre o governo, que já enfrenta grave crise política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na terça-feira, 14, com a presidente Dilma Rousseff e ministros, no Palácio da Alvorada, para montar a estratégia de reação. No diagnóstico de Lula, o estrago foi grande com as buscas e apreensões realizadas em casas de políticos da base aliada, como o senador Fernando Collor (PTB-AL), e o cenário previsto é de mais dificuldades.

“Preparem-se porque as coisas vão ficar piores”, afirmou o ex-presidente, segundo relatos obtidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. O encontro começou por volta de meio-dia, com um almoço, e terminou às 16h30. Lula estava furioso com a forma como a Polícia Federal vem agindo e disse a Dilma que ela precisa sair logo dessa agenda negativa.

“Você não tem que ficar falando de Lava Jato”, esbravejou Lula, de acordo com dois participantes da reunião no Alvorada. “Você tem que governar, ir para a rua, conversar com o povo, divulgar os seus programas. Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato e ajuste fiscal.”

Antes de se reunir com Dilma, Lula esteve com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Pediu a ele que insista em divulgar as medidas para a etapa seguinte ao ajuste porque, na sua avaliação, o governo deve “vender” esperança. Para o ex-presidente, a aprovação de Dilma e mesmo a dele desmoronaram muito mais por problemas na economia do que por denúncias de corrupção na Petrobras.

Lula disse a Levy que o governo ainda erra na comunicação. “O ajuste fiscal não pode ser apresentado como um fim em si mesmo”, insistiu. “O que nós temos que mostrar para as pessoas é onde queremos chegar.”

A conversa entre os dois foi cordial. Tanto que, no Alvorada, Lula afirmou que as divergências entre Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre a redução da meta fiscal precisam ser contornadas. O ex-presidente cobrou unidade no governo e chegou a elogiar o vice Michel Temer, que comanda o PMDB e é articulador político do Planalto.

Dilma concordou com o padrinho, mas não escondeu a insatisfação com as últimas críticas feitas por ele. Afirmou, ainda, nada poder fazer em relação às investigações da PF. Nos bastidores, políticos dizem que os próximos alvos são os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Quebrando o gelo

Lula não conversava com Dilma havia quase um mês, desde que criticou a estratégia do Planalto para sair da crise. Num encontro com religiosos, o ex-presidente disse que ele e a sucessora estavam no “volume morto”.

O receio do governo é que o novo movimento da PF provoque ainda mais tensão no relacionamento com a base, no momento em que Dilma que sofre ameaças de impeachment. Há quem avalie, porém, que, se Cunha e Renan forem denunciados, o discurso pró-saída de Dilma perde consistência no Congresso.

Além de Lula, participaram da reunião no Alvorada os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), Jaques Wagner (Defesa), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), o governador de Minas, Fernando Pimentel, e o presidente do PT, Rui Falcão. Pimentel é alvo de operação da PF que apura arrecadação ilegal de dinheiro em suas campanhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Isto É

Opinião dos leitores

  1. Esse palpiteiro deveria ficar calado, pensa que ainda é alguma coisa, age ainda como que se fosse a maior liderança do País, não percebe que a fila andou.

  2. Sem querer chover no molhado, o Jornalista Hélio Doyle, afirmou que "Todos sabem que em Brasília – e de resto em todo o país – a corrupção é generalizada há muitos e muitos anos. Nos três poderes e nas três instâncias: federal, estadual e municipal". E por isso, defende o jornalista, "é bom que toda corrupção seja investigada, seja lá quem forem os investigados. É bom também que ninguém seja considerado culpado só com base em investigações. E é bom que juízes, promotores e policiais não escolham os investigados com base em suas preferências políticas e ideológicas". Pois se não for assim, afirma Hélio Doyle, "estamos todos sujeitos ao arbítrio e à prepotência dos que têm a prerrogativa de investigar e de órgãos de imprensa interessados em fazer prevalecer suas linhas político-editoriais".
    Sintetizando: "Não há em Brasília, pelo menos entre os que conhecem bem o poder, ninguém que imagine a corrupção limitada a quatro ou cinco senadores, alguns deputados, determinados ministros e uns poucos juízes."

  3. Esse cara fica falando, falando e não diz nada. Ele sabe que a mascara dele vai cair e esta desesperado e pior querendo governar o íngovernável. Esse Brasil esta uma bagunça. Como pode um senador, ex-presidente ter a quantidade de
    carros importados de luxo e fica chateado quando é investigado. Chateado ficamos nos que sabemos que estamos sendo roubados por essa cambada que faz o PT e os partidos que o apoia.

  4. Atirando pra todo lado, salve-se quem puder, para se livrar de qualquer culpa, o senhor "não sabe nada" faz todo tipo de discurso e deixa sozinho quem precisar. Cadê o apoio a Vaccari, José Dirceu, Delúbio, e todos seus assessores diretos presos? Não toca no nomes deles, é assunto proibido.
    A produção de corrupção no governo do PT tem uma escala tão alta que fica impossível saber onde será o fim, sempre aparece mais e mais escândalos.

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Polêmica

Collor se diz humilhado e submetido a constrangimento atroz, mas ‘intimidado jamais’

2015-833037471-2015071473951.jpg_20150714O senador Fernando Collor (PTB-AL) discursou da tribuna do Senado nesta terça-feira – Givaldo Barbosa / Agência O Globo

O senador Fernando Collor (PTB-AL) fez um discurso inflamado na tribuna do Senado nesta terça-feira para avisar que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao “orquestrar sordidamente” o “arrombamento” em suas residências, o havia humilhado, mas disse que “intimidado, jamais”.

— Hoje eu fui submetido a um atroz constrangimento junto com minha família. Fui humilhado. Depois de tudo que passei, eu tive que enfrentar uma situação jamais por mim experimentada. Sofri um extremo desgaste emocional e mental com minha mulher e minhas filhas de nove anos. Podem me humilhar! Fui humilhado. Mas podem ter certeza: intimidado, jamais — discursou Collor diante de um plenário absolutamente silencioso ao final de sua fala.

A operação da Polícia Federal em seu apartamento funcional e na Casa da Dinda, sua outra residência — onde foi apreendida uma frota de carros de luxo — foi caracterizada por Collor como truculenta, que extrapolou todos os limites do estado de direito, os limites constitucionais e os limites da legalidade. Collor repetiu uma série de ataques ao procurador Rodrigo Janot, a quem acusou de ter orquestrado a invasão de suas propriedades para levar os carros pelas ruas de Brasília até a sede da PF e tentar vincular a compra legal dos automóveis às denúncias a ele “maldosamente” imputadas.

— O objetivo foi me constranger, me intimidar e promover uma cena de espetáculo midiático. Meus carros foram levados à PF de forma absolutamente irregular. Foi um conluio da mídia com o Ministério Público para oferecer a opinião pública, de forma maldosa, um juízo equivocado dos reais acontecimentos — protestou Collor.

Collor protestou especialmente contra a apreensão dos veículos de luxo na Casa da Dinda — um Porsche, uma Ferrari e um Lamborghini — e disse que foram comprados e declarados legalmente, antes das denúncias que responde, e sem ainda ter sido denunciado.

— Após dois anos de investigação evitar destruição de provas? Provas de quê? Veículo não é documento, não é computador — reclamou.

O senador alagoano qualificou a operação da PF de hoje como um retrocesso no processo democrático. Disse que a operação “policialesca” teve o objetivo de alimentar o clima de terror e perseguição para tentar intimidá-lo.

— Buscas, invasões, apreensões, arrombamentos como os de hoje são um retrocesso, a volta ao estado de exceção, volta à ditadura, agora, do Ministério Público — comparou Collor.

No discurso que não teve nenhum aparte ou apoio dos outros senadores, Collor voltou a repetir acusações contra Janot. Disse que já vem denunciando há algum tempo “crimes e falcatruas” do procurador-geral.

O Globo

Opinião dos leitores

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Judiciário

Lava Jato: pedido de habeas corpus preventivo para Lula foi feito por consultor

mauricioramostomazMauricio Ramos Thomas, de 50 anos, residente em Campinas (SP) se apresenta como consultor. Na tarde de quarta-feira, 24, ele entrou com um pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, segundo ele, busca impedir que o petista seja preso, caso alguma ordem neste sentido seja expedida contra o ex-presidente no âmbito da Operação Lava Jato.

“Quando os advogados não conseguem resolver certos problemas, eles me chamam”, afirma.

Ele contou que já havia impetrado um habeas corpus em favor do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Diz ainda que estudou ingressar com o mesmo pedido em favor do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ambos estão presos na Lava Jato, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

No caso de Vaccari, o consultor afirma que desistiu, porque o petista tem como defensor o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso.

ESTADÃO: O sr. pediu habeas corpus para o ex-presidente Lula?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Sim, fui eu que pedi.

ESTADÃO: Por quê?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Basicamente, porque eu sou paranaense, mas odeio o Paraná. Eu tenho vários casos no Paraná e todos os casos no Paraná tem maluquice. Todos os meus casos no Paraná tem maluquice, seja eu com autor, seja eu como réu. Não réu penal, réu civil. Existe uma ameaça concreta de que o Lula pode ser preso. O Sérgio Moro já atuou no Mensalão, caso você não saiba.

ESTADÃO: Conhece Lula?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Apertei a mão dele uma vez em 1982, 1983, sei lá o quê.

ESTADÃO: O sr. é filiado a algum partido?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Não. Eu voto no PT e voto sempre no Ivan Valente, do PSOL. Mas veja bem, não tem nada a ver (o habeas corpus) com política, não. Quando eu acredito numa coisa, eu faço a coisa, entendeu? Eu já fiz para várias pessoas, de graça. Quando eu acredito, eu faço.

ESTADÃO: Já tinha pedido habeas corpus para outras pessoas?
MAURICIO RAMOS THOMAZ: Eu tinha pedido para o Nestor Cerveró. Impetrei e está para ser julgado. Só que estão dando um jeitinho lá, como estão dando um jeitinho no Supremo. Ninguém sabe essas coisas. A única pessoa que conseguiu alguma coisa no Mensalão fui eu. Mas ninguém sabe disso.

Fausto Macedo, Estadão

Opinião dos leitores

  1. E o afilhado de Gilmar Mendes se dá bem mais uma vez!
    Fux abafa Satiagraha.
    E abraça Gilmar !

    Tucano gordo é inimputável. Tucano, só morto !!

    Com isso, Fux dá seguimento à obra monumental de Gilmar Mendes, o Republicano, que, em 48 horas, deu dois HCs Canguru a Daniel Dantas.

    As duas decisões confirmam a suspeita de que, no Brasil, tucano gordo é impune.

    A suspeita se reforçará com a decisão do STJ de abafar a Castelo de Areia, que também pegou tucanos gordíssimos.

    Só depois de morto, como o coitado do Sergio Guerra, tucano pode ser motivo de suspeição.

  2. DE ARMAÇÃO EM ARMAÇÃO SEGUE A CANTILENA DA DERROTADA OPOSIÇÃO…
    Deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) aponta "irresponsabilidade" e "má-fé" do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) ao divulgar um habeas corpus impetrado na Justiça Federal pedindo que o ex-presidente Lula não seja preso na Operação Lava Jato; "O presidente Lula não tem nada a ver com isso, foi um cidadão de Campinas (SP). Já estamos inclusive apurando isso, parece que não é a primeira vez que ele age dessa forma", revelou ao 247; ele ressalta que a lei permite que o habeas corpus seja "impetrado por qualquer pessoa, em favor de qualquer pessoa"; para ele, Caiado teve "má-fé" ao, "sem checar as informações, sem procurar saber a veracidade", noticiar o fato "da forma leviana como fez".

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Judiciário

Habeas Corpus preventivo pede que Lula não seja preso na Lava-Jato

CIWqR4dWUAAFddHUma pessoa protocolou em nome do ex-presidente do Luiz Inácio Lula da Silva um habeas corpus preventivo nos autos da Operação Lava-Jato. O pedido que visaria evitar uma prisão preventiva entrou no sistema do Tribunal Regional Federal da 4ª Região na tarde da quarta-feira. A informação foi confirmada pela assessoria do TRF-4. O Instituto Lula afirma que a iniciativa não partiu do ex-presidente, nem foi autorizada por ele, e ressaltou afirmações dos investigadores que nem Lula nem seu instituto são alvos da operação.

“Qualquer um pode entrar com habeas corpus, que pode ser iniciativa tanto de alguém que quer defender, tanto de alguém da oposição querendo fazer uma provocação. Não se sabe de onde partiu a iniciativa e gostaríamos de ressaltar que o ex-presidente e seu instituto não são investigados, conforme já foi declarado pelos investigadores” afirmou a assessoria de imprensa do ex-presidente.

A informação de que o ex-presidente teria entrado com um habeas corpus já foi publicada nesta manhã no twitter do líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).

“Alguém vazou para Lula “Brahma” que ele seria preso nos próximos dias…”, escreveu o senador ao postar foto do registro no sistema do TRF-4.

Brahma é a forma como alguns dos executivos de empreiteiras investigados se referem ao ex-presidente em trocas de mensagem que foram interceptadas na operação. Os empreiteiros tratam de palestras e viagens internacionais de Lula nessas conversas.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Erga Omnes " o Brahma ou Barba " vai cadeia e já tem gente preocupado, calma amigos isso é só o começo, Sergio moro neles.

  2. Só quem pode é Gilmar Mendes, o Republicano, que, em 48 horas, deu dois HCs Canguru a Daniel Dantas.

    As duas decisões confirmam a suspeita de que, no Brasil, tucano gordo é impune.

    A suspeita se reforçará com a decisão do STJ de abafar a Castelo de Areia, que também pegou tucanos gordíssimos.

    Então, se o Zezinho tá certo, o Daniel Dantas é o quê? Culpado ou inocente?

  3. O estranho é que sua divulgação parta do senador Ronaldo Caiado…
    O inusitado é que o Deputado acusado de manter trabalho escravo em suas fazendas e que calou-se depois de Demóstenes Torres fazer acusações sérias de suas atividades ilegais, soube primeiro de que todo mundo.
    Será que nessa armação tem o DNA dos Democratas ou dos TUCANOS?

  4. Habeas Corpus preventivo na minha opinião é o mesmo que confissão de culpa, ou seja o sujeito tenta se antecipar à justiça imaginando que será preso.

    Quem não deve, não teme!!!!

  5. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Ele pelo menos sabe que a lava jato existe? Quem não deve não teme. Ele nunca soube de nada, nunca lhe foi dito nada, tudo que aconteceu no governo dele, ele não sabia. Então o que ele está temendo?
    O petrolão não existe, o mensalão não existiu, qual o temor agora?
    Por outro lado teve alguns dessa turma presa e condenada no mensalão, que também tinham habeas corpus preventivo, foram depor e reafirmaram que eram inocentes. O fato é que estão presas.
    Se bem que o mensalão não existiu, o senhor Lula não sabe de nada, nunca se envolveu, nunca deu ordens no caso do petrolão, a única coisa que ele afirmou foi: "O petróleo é nosso". Realmente não dá para entender o temor?

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Finanças

PF abre inquérito contra Palocci na Lava Jato

palocciA Polícia Federal abriu inquérito para apurar a participação do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci (PT) no escândalo do petrolão, esquema bilionário de fraude em contratos e pagamento de propina envolvendo a Petrobras. A decisão de instaurar o inquérito policial foi tomada em maio, mas, por decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba (PR), o caso ainda era mantido sob sigilo.

Em março, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que fossem enviadas para a 1ª instância as suspeitas de que o ex-ministro Antonio Palocci, homem forte dos governos Lula e Dilma Rousseff, arrecadou propina para a campanha presidencial de 2010.

Por não ter direito a foro privilegiado, o caso de Palocci, a exemplo do que já ocorre com o ex-ministro mensaleiro José Dirceu e com os ex-deputados André Vargas (ex-PT), Luiz Argôlo e Pedro Corrêa, vai tramitar em Curitiba.

Blog do Noblat, via Veja

Opinião dos leitores

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Finanças

LAVA JATO – (VÍDEO): ‘Do fundo do meu coração, o dinheiro não me importava’, afirma Paulo Roberto Costa

Em delação premiada complementar, gravada pela força tarefa, ex-diretor da Petrobrás que amealhou fortuna de mais de US$ 30 milhões em propinas na Suíça e nas ilhas Cayman, disse que ‘gostava muito de sua atividade como engenheiro’

Em sua delação premiada perante a força tarefa da Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, fez uma revelação que surpreendeu, mas também provocou ironias entre investigadores. Ele declarou. “Vou falar uma coisa aqui do fundo do meu coração, vocês acreditem se quiserem. Vocês não são obrigados a acreditar. Nessa parte toda de recurso, de dinheiro que vinha para mim, o dinheiro não me importava, eu gostava muito do que eu fazia, da minha atividade como engenheiro lá (na estatal).”

Primeiro delator da Lava Jato, Costa amealhou uma fortuna incalculável no período em que ocupou a diretoria de Abastecimento da Petrobrás, de 2003 a 2012. Só em contas na Suíça e em Cayman ele somou mais de US$ 30 milhões em propinas. No acordo de delação premiada ele abriu mão do dinheiro, autorizando a repatriação espontânea.

prcVEJA O DEPOIMENTO DE PAULO ROBERTO COSTA NA ÍNTEGRA aqui

Alguns investigadores, porém, suspeitam que o ex-diretor ainda mantém outras grandes somas em outros paraísos fiscais. Após deixar a Petrobrás, Costa abriu uma consultoria, a Costa Global. Pela empresa, ele teria simulado contratos com empreiteiras para mascarar o recebimento da propinas atrasadas.

No depoimento gravado em vídeo, Costa falou sobre o esquema de corrupção instalado na estatal petrolífera, o cartel de empreiteiras que fraudava licitações e o pagamento de propinas a políticos. Ele “abriu o coração” enquanto falava sobre um calote que diz ter sofrido do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), aliado do senador Renan Calheiros (PMDB/AL).

O ex-diretor contou que Aníbal ficou devendo R$ 800 mil reais prometidos a ele. Costa conta que o deputado pediu que ele ajudasse o Sindicato Nacional dos Mestres de Cabotagem e Contramestres em Transportes Marítimos a resolver um impasse com a Petrobrás.

“Ele (Anibal) me procurou lá para poder agilizar o processo. Porque eu podia chegar lá e dizer: ‘Não vou ver isso. Talvez daqui a um ano.’ Eu podia fazer isso. Eu falei: ‘tá bom, Anibal, vamos ver isso’”, contou o delator. “O Aníbal falou: ‘Paulo, esse aqui, se a gente conseguir resolver esse assunto aqui, você vai ter um ganho aqui de R$ 800 mil. Só que ele nunca me deu esse valor. Ele me passou a perna.”

Segundo Costa, o deputado Aníbal Gomes disse que estava “representando” o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O ex-diretor disse que acabou não recebendo nada por sua atuação no caso. Ele afirmou também que não houve sobrepreço no ajuste com o Sindicato e nem conversa entre ele e Renan. A tratativa, contou o delator, teria sido feita diretamente com Anibal, suposto emissário do senador, em uma reunião no Rio.

“Então, por exemplo. Esse dinheiro aí (R$ 800 mil) eu nunca cobrei dele. Eu nunca cobrei dele. Ele não tocou no assunto, depois eu saí da companhia, e aí morreu. Ele não pagou, não pagou”, afirma Paulo Roberto Costa.

Fausto Macedo, Estadão

Opinião dos leitores

  1. E o seu comentário Djalma, pode ser chamado de resposta condicionada. Também se utiliza a expressão “comportar-se como cão de Pavlov” em linguagem metafórica, para expressar a atitude antecipada de alguém (reação) antes mesmo de tomar conhecimento de uma ação.
    Não vejo nenhum de vcs, que costumam se comportar como cães raivosos condicionados para atacar determinados alvos, fazendo qualquer ruído, nem soltando qualquer ganido quando se fala em José Agripino denunciado por Propina, HSBC com figurões das empresas de comunicação de massas e tesoureiro do PSDB (sERRA E fhc), Aécio INFURNADO, Helicoca, Cartel dos Trens e MetrÔS, MENSALÃO TUCANO…
    Vc pode nos explicar porque?

  2. Ceará, se sou um robô ou não, vc provavelmente não vai saber. Mas se vc pesquisar saberá que o que está escrito é verdade e nem desperta indignação em pessoas cegas como vc.
    A questão não é essa ceará. A questão é a mesma que faz a justiça, a imprensa e a sociedade machista se manifestar brandamente contra praticantes de violência contra as mulheres; contra os negros, contra os pobres, contra os trabalhadores, contra as minorias excluída de direitos.
    A questão é que não existe igualdade de tratamento e nunca houve em tempo algum. Repete-se o que havia desde o tempo do Império até os dias de hoje. A República dos Coronéis do Leite e dos Barões do Café, na velha conhecida política do Café com Leite, onde estes dominavam a política, a justiça, a imprensa e a polícia, usando-as como seus instrumentos de poder para perseguir e se vingar de quem não se submetesse ou os desafiasse a desobedecer suas regras.
    Leia os donos do poder Os Donos do Poder, A República Inacabada, A Democracia Traída – Entrevistas, Existe um Pensamento Político Brasileiro? Todos de Raimundo Faoro.
    Os donos do poder é a obra que aponta o período colonial brasileiro como a origem da corrupção e burocracia no país colonizado por Portugal, então um Estado absolutista. De acordo com o autor, toda a estrutura patrimonialista foi trazida para cá. No entanto, enquanto isso foi superado em outros países, acabou sendo mantido no Brasil, tornando-se a estrutura de nossa economia política.
    Nesta sua concepção de Estado patrimonialista, Faoro coloca a propriedade individual como sendo concedida pelo Estado, caracterizando uma "sobrepropriedade" da coroa sobre seus súditos e também este Estado sendo regido por um soberano e seus funcionários. O autor assim nega a existência de um regime propriamente feudal nas origens do Estado brasileiro. O que caracteriza o regime feudal é a existência da vassalagem intermediando soberano e súditos e não de funcionários do estado, como pretende Faoro.

  3. Caro Gerônimo, quando vejo comentários como esse seu, fico pensando que talvez devêssemos instituir no Brasil um Campeonato Nacional da Roubalheira, para avaliarmos quem roubou mais. Quem ganharia? Os que roubaram mais ou os que mais roubaram? Outra dedução que tiro é que vocês, petistas e assemelhados, parecem acreditar que existe um complô mundial contra o PT. Afinal, esse partido está há mais de 12 anos no governo, tem maioria esmagadora no Congresso (sabemos como), nomeou os 3 últimos Procuradores Gerais da República e a maioria dos membros do STF e tem a Polícia Federal subordinada ao Min. da Justiça. Por que só aparecem (cada vez mais) as falcatruas do PT, o partido que ascendeu ao poder com a promessa de moralidade e de fazer política de forma diferente? O que mudou na "era PT". Quais reformas esse partido empreendeu para realmente levar o Brasil a outra realidade?

  4. Este outro comentário de Gerônimo, tem cara de ser fruto do robô que o ex ministro da comunicação falava que o PT usava para ventilar suas mentiras. Não tem qualquer correlação com a notícia. Basta falar do PT que eles colocam textos pré fabricados e não respondem a notícia em si. Atente caro Blogueiro.

  5. Mensalão tucano: um ano parado e sem juiz!
    Julgamento das acusações de caixa 2 na campanha do então governador do Estado, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, segue parado na Justiça de Minas, desde que foi devolvido pelo Supremo Tribunal Federal à primeira instância; ação também não tem mais juiz, já que o titular designado se aposentou; de acordo com denúncia do Ministério Público Federal, o mensalão tucano envolveu desvios de R$ 3,5 milhões de empresas públicas de Minas, usados na campanha eleitoral; esquema começou a ser investigado em 2005.
    Ninguém protesta? Ninguém critica? Ninguém fica indignado?
    E ainda querem que eu acredite que a luta é mesmo contra a CORRUPÇÃO?

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Finanças

Lava Jato: Dirceu faturou R$ 29 milhões em consultoria

imagens-do-dia-20141029-54-originalFoto: (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

A consultoria do ex-ministro José Dirceu faturou 29,2 milhões de reais com a prestação de serviços de consultoria de 2006, depois de deixar o governo Lula, a 2013, quando começou a cumprir pena depois de ter sido condenado no julgamento do mensalão. O site de VEJA teve acesso a um documento da Receita Federal que analisou a movimentação financeira da empresa de Dirceu, a JD Assessoria. A quebra de sigilo foi determinada pela Justiça em janeiro, após indicativos de que empreiteiras citadas na Operação Lava Jato e que participação do megaesquema de fraudes em contratos com a Petrobras repassaram dinheiro para o ex-ministro.

Só em 2013, ano em que começou a cumprir pena de prisão em regime semiaberto no Complexo Penitenciário da Papuda, a empresa de Dirceu faturou 4,159 milhões de reais. Ele iniciou o cumprimento de pena em novembro daquele ano e ganhou o direito de progredir para o regime aberto cerca de um ano depois, em novembro de 2014.

De acordo com os dados apresentados pela Receita Federal e anexados ao processo que investiga o escândalo do petrolão, nenhum ano foi tão lucrativo para Dirceu quanto 2012: amealhou 7 milhões de reais. Foi neste ano que o ex-chefe da Casa Civil e homem-forte do governo Lula recebeu pena de dez anos e dez meses de prisão, depois revertida para sete anos e onze meses no mensalão. Em 2013, nova enxurrada de dinheiro para a JD Consultoria: foram 4,159 milhões de reais.

A movimentação financeira do ex-homem forte do governo Lula consta de dados requeridos pelos investigadores da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Agora, o juiz federal Sérgio Moro retirou o sigilo dos autos em que houve a quebra do sigilo fiscal e bancário de Dirceu. A decisão ocorreu depois que o empresário Gerson Almada, sócio da Engevix, prestou depoimento sobre Dirceu. Após revelar novos detalhes sobre o escândalo do petrolão, Almada pediu que Moro revogasse sua prisão.

Clientes – No rol de clientes de Dirceu há diversas empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, como as empreiteiras OAS, UTC, Engevix, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa, além da Egesa e de um braço da construtora Delta, banida da administração pública após a revelação de suas atividades em parceria com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Mas também há gigantes de outros setores, como a Ambev.

Ao analisar a movimentação financeira de José Dirceu e de sua consultoria, a Receita Federal também detectou o que classificou como “possível movimentação financeira incompatível”. É o caso, por exemplo, da compra de um imóvel, em 2012, no valor de 1,6 milhão de reais em São Paulo. Dirceu informou ao Fisco ter pago 400.000 reais com recursos próprios, mas esse mesmo valor não circulou pela sua conta-corrente.

A quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-ministro foi autorizada pela Justiça Federal após o Ministério Público, em parceria com a Receita Federal, ter feito uma varredura nas empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato em busca de possíveis crimes tributários praticados pelos administradores da OAS, Camargo Correa, UTC/Constran, Galvão Engenharia, Mendes Junior, Engevix e Odebrecht. Os investigadores já haviam concluído que as empreiteiras, que unidas em um cartel fraudaram contratos para a obtenção de obras da Petrobras, utilizavam empresas de fachada para dar ares de veracidade à movimentação milionária de recursos ilegais. Mas foi ao se debruçar sobre os lançamentos contábeis das empreiteiras, entre 2009 e 2013, que o Fisco encontrou o nome da consultoria de José Dirceu como destinatária de “expressivos valores” das empreiteiras Galvão Engenharia, OAS e UTC.

Defesa – Em resposta à justiça o advogado Juarez Cirino dos Santos, que defende José Dirceu, apresentou notas fiscais para tentar comprovar que os serviços de consultoria foram prestados. Ele informa, por exemplo, que ao contrário do que diz a Receita, não houve contratos com a Delta Engenharia e Montagem Industrial Ltda., e sim com a empresa Sigma Engenharia S/S Ltda., que teria comprado a companhia na época.​

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Veja

Opinião dos leitores

  1. Esse Dirceu é mesmo um gênio, enganou os próprios companheiros, fez eles pensarem que tava f……e pagaram a conta por ele. Kkkkkkkk

  2. A turma do PT é um bando de pobres coitados. É uma pobreza quase franciscana.
    Tráfico de influência? Nãaaaoo, claro que não houve. É apenas intriga de burguês.

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