Diversos

Votação da Lei da Palmada é adiada para o fim da tarde

Há dois anos analisando o projeto que ficou conhecido como Lei da Palmada (PL 7.672/10), deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiaram mais uma vez a votação da redação final da proposta. Em sessão que durou mais de três horas, o projeto foi o único assunto discutido em meio a tumultos e confusão, derrubando todos os outros itens que o colegiado deveria analisar.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-AL) foi chamado para solucionar o impasse e foi quem conseguiu algum encaminhamento. A proposta feita por Alves e acatada pelos parlamentares adiou para as 18h a votação do projeto. “Nem que eu suspenda as votações em plenário para que esse projeto possa ser votado ainda hoje”, prometeu.

Os acordos serão negociados ao longo do dia. Até o último minuto, nem mesmo Alves foi capaz de apaziguar os ânimos e os gritos no plenário ocupado pelo colegiado que pedia o encerramento da votação.

As polêmicas em torno da proposta e divergências entre os parlamentares levaram a várias interrupções da sessão que chegou a ser suspensa por ‘tumulto grave’ e, em seguida, anulada. O texto só foi aprovado na abertura de uma nova sessão que ainda se prolongou por mais algumas horas de discussões e acusações.

As discussões envolveram inclusive a apresentadora Xuxa Meneghel, que acompanhou parte da votação como convidada. O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) criticou a apresentadora ao afirmar que Xuxa “cometeu a maior agressão contra as crianças em 1982”, sem detalhar o episódio. Xuxa reagiu sinalizando um coração feito com as mãos na direção do parlamentar. O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) reagiu e declarou que a posição do Pastor Eurico não é a mesma da bancada evangélica.

Se aprovado, o texto seguirá para o Senado, mas parlamentares contrários vão tentar fazer com que a matéria perca o caráter conclusivo e passe, antes, pelo plenário da Câmara. O projeto enviado pelo governo altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) incluindo o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante.

O texto foi aprovado no final de 2011 por uma comissão especial criada para tratar sobre o tema e está nas mãos dos parlamentares da CCJ há dois anos. A proposta estabelece que pais e os responsáveis que maltratarem seus filhos, crianças e adolescentes, serão advertidos e terão que participar do Programa de Proteção à Família, que oferece cursos e tratamento psicológico ou psiquiátrico.

A criança e o adolescente vítima do castigo vão receber tratamento especializado. Durante uma discussão acalorada, críticos da matéria alertavam sobre a preservação de direitos individuais e interferência da lei na educação dos filhos. De outro lado, defensores da proposta criticaram o apelido dado à lei. “Chamar o projeto de Lei da Palmada é uma maldade. A gente está falando de crianças que são queimadas e espancadas”, disse o relator da matéria, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Tem que derrubar mesmo, Xuxa não é exemplo para ninguém, fez filme porno com crianças essa figura decadente não tem moral, o Brasil está perdido onde tudo que é errado é certo, eu tenho um filho com 15 anos se ele errar eu vou corrigir e não Xuxa, pois quem cria sou eu..

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Jornalismo

Lei da Palmada corre o risco de não ser aprovada no Congresso

O polêmico projeto de lei que proíbe os pais de castigarem fisicamente os filhos corre o risco de não ser aprovado pelo Congresso Nacional. Depois da anuência, em caráter terminativo, da comissão especial criada para analisá-lo, o projeto deveria ter sido encaminhado ao Senado, mas está parado na Mesa Diretora da Câmara. O texto aguarda a votação de seis recursos para que seja votado também no plenário da Casa.

Os deputados que apresentaram os recursos querem que a matéria seja discutida no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. Esses parlamentares esperam que a proposta seja rejeitada, quando a maioria dos deputados tiver acesso ao texto. Na comissão especial, apenas um grupo pequeno de parlamentares teve a oportunidade de apreciar e votar a proposta – que foi aprovada por unanimidade.

Para um dos deputados que apresentou recurso, Sandes Júnior (PP-GO), a matéria é complexa e merece ser debatida por mais tempo com um número maior de parlamentares. “Trata-se de matéria polêmica, objeto de acaloradas discussões na referida comissão especial, porém sem a necessária visibilidade e amadurecimento que a importância do assunto exige”, justificou no recurso.

Declaradamente contrário ao projeto, o deputado Augusto Coutinho (DEM-PE) também apresentou recurso para que o texto seja discutido no plenário da Câmara. Para ele, as relações familiares não podem ser ditadas pelo Estado. “É indubitável que devam existir mecanismos para proteger a criança e o adolescente da violência, seja essa doméstica ou não. Contudo, não pode ser concedida ao Estado a prerrogativa de ingerência desmedida nos lares brasileiros”, defendeu o deputado.

O projeto, de autoria do Poder Executivo, altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estabelecer que “a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto”. O texto determina ainda que é considerado castigo corporal qualquer forma de uso da força física para punir ou disciplinar causando dor ou lesão à criança.

A proposta, que ficou conhecida como Lei da Palmada, também estabelece que os pais que cometerem o delito deverão passar por acompanhamento psicológico ou psiquiátrico e receberem uma advertência. Eles, no entanto, não estão sujeitos à prisão, multa ou perda da guarda dos filhos. Os médicos, professores ou funcionários públicos que souberem de casos de agressões e não os denunciarem ficam sujeitos à multa que pode chegar a 20 salários mínimos.

Fonte: Agência Brasil

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Jornalismo

Deputados aprovam lei que proíbe pais darem palmadas nos filhos

Foi provada ontem na Comissão Especial da Câmara dos Deputados a Lei da Palmada. O projeto quer reforçar o controle da Justiça sobre casos de violência contra crianças e adolescentes. Se aprovada em definitivo, a lei proibirá os pais de submeter seus filhos a qualquer tipo de castigo físico, incluindo as tradicionais palmadas.

Se não houver recurso, o projeto seguirá para votação no Senado.

Nosso congresso tem que se preocupar em trabalhar, diminuir os recessos e as mamatas. Isso sim é o que eles deveriam fazer, não bato nos meu filhos e sou contra “maus-tratos”, agora só sabe a educação que tem que dar aos filhos quem convive com eles, antes de se preocuparem com isso, o congresso deveria se preocupar era com ensino e educação dos mais humildes e menos favorecidos, que é onde está a maior parte do problema.

A lei atual

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) fala atualmente sobre “maus-tratos”. A definição é considerada vaga, pois não especifica quais castigos não podem ser aplicados pelos pais e responsáveis.

A Lei da Palmada deixa a definição mais clara, condenando qualquer tipo de castigo corporal (definido no texto como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em sofrimento ou lesão”).

Modificações

O texto do projeto de lei 7.672/2010 foi modificado ontem pela relatora Teresa Surita (PMDB-RR). O termo “castigo corporal” foi substituído por “agressão física”. A mudança não agradou os representantes dos direitos da criança e do adolescente, adiando a votação para hoje. Depois dos debates desta tarde, chegou-se ao consenso de manter a expressão “castigo corporal”.

A mudança teria sido feita após uma reunião de Teresa com a bancada evangélica da casa, que acreditou que o uso do termo “castigo” levaria a uma intervenção demasiada no âmbito familiar. A relatora negou que tenha havido discordância, dizendo que membros da bancada queriam apenas “conhecer o projeto”.

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