Economia

Inflação oficial registra a menor taxa desde agosto

Foto: Economia G1

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, avançou 0,25% em janeiro, depois de ter subido 1,35% em dezembro, segundo divulgou nesta terça-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se da menor taxa mensal desde agosto de 2020 (0,24%), embora ela permaneça acima do centro da meta em 12 meses.

Os preços da energia elétrica iniciaram o ano em queda e ajudaram a aliviar a inflação. Por outro lado, alimentos e bebidas continuam a puxar os preços para cima, ainda que com menos força.

A inflação oficial de janeiro ficou abaixo da expectativa do mercado. Pesquisa da Reuters projetava um avanço de 0,31%.

Energia elétrica recua 5,6%

O item que mais contribuiu para a inflação perder força em janeiro foi energia elétrica, que teve queda de 5,60% e representou o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 ponto percentual).

“Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira amarela. Assim, em vez do acréscimo de R$ 6,243 por cada 100 quilowatts-hora, o consumidor passou a pagar um adicional bem menor, de R$ 1,343. O que resultou em uma deflação (-1,07%) no grupo Habitação, do qual esse item faz parte”, destacou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Alta em 7 dos 9 grupos pesquisados

A maior pressão veio mais uma vez do grupo Alimentação e bebidas, que registrou avanço de 1,02% em janeiro, embora tenha desacelerado a alta na comparação com dezembro (1,74%).

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 7 tiveram avanço nos preços em janeiro. Confira:

Alimentação e bebidas: 1,02%

Habitação: -1,07%

Artigos de residência: 0,86%

Vestuário: -0,07%

Transportes: 0,41%

Saúde e cuidados pessoais: 0,32%

Despesas pessoais: 0,39%

Educação: 0,13%

Comunicação: 0,02%

Além dos custos com habitação, outro grupo que registrou deflação em janeiro foi o de Vestuário (-0,07%), após alta de 0,59% em dezembro, quando as vendas do setor tradicionalmente se aquecem em razão das festas de final de ano.

Menor espalhamento da alta de preços

O índice de difusão do IPCA desacelerou na passagem de dezembro para janeiro. Segundo o gerente da pesquisa, ele reflete o espalhamento da alta de preços entre os 377 subitens pesquisados. Em dezembro, este índice havia sido de 72%, caindo para 66% em janeiro.

Alta de 4,56% em 12 meses

Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 4,56%, acima dos 4,52% observados nos 12 meses anteriores e da meta central do governo para o ano, que é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Cebola e tomate são destaques de alta

Os alimentos para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% no mês anterior, desaceleraram a alta para 1,06% em janeiro. Já a alimentação fora do domicílio seguiu movimento inverso, passando de 0,77% em dezembro para 0,91% em janeiro, pressionada principalmente pela alta do lanche (1,83%).

Os destaques de alta entre os alimentos no mês de janeiro foram cebola (17,58%) e tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior. No lado das quedas, houve queda nos preços de carnes (-0,08%), leite longa vida (-1,35%) e óleo de soja (-1,08%) – que acumulou alta de 103,79% em 2020.

Segundo o IBGE, o recuo nos preços das carnes, que em dezembro haviam registrado alta de 3,58%, pode ser um reflexo do fim do auxílio emergencial.

“De fato, o Auxílio Emergencial ajudou a sustentar uma alta dos alimentícios ao longo do ano passado, porque esses recursos são geralmente direcionados para o consumo de produtos essenciais. Essa deflação das carnes em janeiro pode ter a ver com a redução do benefício, mas pode ter outras influências do próprio mercado que a gente precisa aguardar para analisar melhor”, disse Kislanov.

O pesquisador lembrou, no entanto, que nos primeiros quatro meses de 2020 as carnes também registraram deflação, depois de terem registrado aumento expressivo de 18,06% em dezembro de 2019.

Combustíveis mais caros

Embora o custo do grupo transportes tenha desacelerado a alta, os preços dos combustíveis avançaram 2,13%, apresentando variação superior à do mês passado (1,56%), com destaque para gasolina (2,17%) e óleo diesel (2,60%).

Já o preço do gás de botijão subiu 3,19% em janeiro, o oitavo mês consecutivo de alta.

Os preços dos automóveis novos (1,31%) também subiram em janeiro.

Itens de casa e planos de saúde

Em Artigos de residência, o maior impacto veio dos itens de mobiliário (1,48%), que acumulam alta de 8,82% nos últimos cinco meses. Na sequência, destaque para a alta nos preços de eletrodomésticos e equipamentos (1,58%) e de artigos de cama, mesa e banho (1,27%).

No grupo Saúde e cuidados pessoais, o maior impacto veio do item plano de saúde (0,66%), que estavam com reajuste suspenso em 2020 e terão agora em 2021 aumentos retroativos. Em janeiro, foi incorporada a primeira parcela da fração mensal do reajuste anual suspenso em 2020.

Inflação de serviços desacelera

A inflação de serviços desacelerou de 0,83% em dezembro para 0,07% em janeiro. Segundo o gerente da pesquisa, o resultado foi puxado pela queda de 19,93% no preço das passagens aéreas, que havia registrado alta de 28,05% no mês anterior.

Também teve impacto relevante nessa desaceleração o preços dos transportes por aplicativo, que tiveram queda de 12,08% em janeiro, depois de terem avançado 13,20% em dezembro.

Meta de inflação e perspectivas para 2021

Para 2021, o mercado financeiro subiu de 3,53% para 3,60% a previsão para o IPCA, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Neste ano, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 2% – mínima histórica.

Os analistas do mercado projetam uma Selic em 3,5% no final de 2021, o que pressupõe alta da Selic no decorrer do ano.

Inflação por região do país

Das 16 áreas pesquisadas pelo IBGE, apenas duas registraram deflação em janeiro. O menor resultado ficou com o município de Goiânia (-0,17%), influenciado pela queda de 7,53% na energia elétrica. Em Belém, houve variação negativa de 0,03%.

Já o maior índice foi registrado no município de Campo Grande (0,53%), onde pesaram as altas da gasolina (2,42%) e da taxa de água e esgoto (4,90%).

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas foram de 0,24% e 0,18%, respectivamente.

INPC varia 0,27% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, usado como referência para o reajuste dos benefícios previdenciários, teve alta de 0,27% em janeiro, contra 1,46% em dezembro. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,53%, acima dos 5,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

G1

Opinião dos leitores

  1. É realmente foi só um leve aumento de preços mesmo, no item ALIMENTOS E BEBIDAS, deixa um pouco de dúvidas, não sei o que ele considera comida, exemplo a carne verde de boi, sequer teve alteração de valor, o pão, o açúcar até baixou de preço junto com o arroz e o óleo de soja, difícil saber o que o governo considera alimento…. Agora o frango realmente teve um aumento de 1,07% o quilo custava R$ 8,00 com o aumento 1,07% passou para R$ 8,08 foi um aumento bem considerável.

  2. Acho que está errada, ela foi negativa vejamos: gasolina, gás, diesel, leite, pão, aluguel, energia, água, tudo baixou e essa inflação ainda foi positiva? Canalhas, esquedopatas, comunistas, antipatriotas.

  3. Tá tudo dominado.
    Inflação controlada.
    Juros mais baixo da história.
    O DEM agora é Bolsonaro.
    Nhonhom pulou fora.
    Obama botou no livro que Lula é ladrão.
    Calça colada não decola, não tem votos.
    Então a conclusão é que o Bolsonaro ganha em primeiro turno.
    Ponto final.

  4. Deve ser verdade.
    Como o gráfico mostra um crecimento exponencial da inflação, de junho até dezembro do ano passado, que pode ser claramente observado nas prateleiras dos supermercados, bombas de postos de combustíveis e mesmo no gás de cozinha, logo se mantesse esse rítimo, viraríamos uma Venezuela antes de junho desse ano, antecipando a meta de bolsonaro que é que viremos uma Venezuela até o fim de 2022.
    kkkkkkkkkkkkkkkkk

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Economia

Inflação oficial fica em 0,25% em fevereiro, menor taxa para o mês em 20 anos

Foto: Ilustrativa

Pressionado pelos reajustes das mensalidades escolares gastos com educação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,25% em fevereiro, depois de ter registrado uma taxa de 0,21% em janeiro, segundo divulgou nesta quarta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da aceleração, trata-se da menor taxa para meses de fevereiro desde 2000, quando o índice foi de 0,13%.

Em 12 meses, a taxa acumulada atingiu 4,01%, abaixo dos 4,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, ficando bem próxima do centro da meta do governo para o ano, que é de 4%.

Nos dois primeiros meses do ano, o IPCA acumula alta de 0,46%, menor inflação para o período já registrada em toda a série histórica do IBGE, iniciada em 1980. Até então, a taxa mais baixa para janeiro e fevereiro tinha sido registrada em 2018 (0,61%).

A inflação comportada neste começo de ano deve elevar as apostas do mercado sobre a possibilidade de novos cortes na taxa básica de juros para evitar uma desaceleração ainda maior da economia brasileira em meio aos impactos trazidos pelo coronavírus.

Educação foi o que mais pesou na inflação do mês

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 5 apresentaram alta em fevereiro, com destaque para os custos de educação, cujo grupo apresentou a maior variação mensal (3,70%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) no IPCA do mês.

A alta do grupo Educação foi influenciada principalmente pelos reajustes habitualmente praticados no começo do ano letivo, especialmente aqueles dos cursos regulares (4,42%), item responsável pela maior contribuição individual (0,20 p.p.) na taxa de inflação de fevereiro. Já os cursos diversos tiveram alta de 2,67%,

Veja a inflação de fevereiro por grupos e o impacto de cada um no índice geral:

Alimentação e bebidas: 0,11% (0,02 ponto percentual)
Habitação: -0,39% (-0,06 p.p.)
Artigos de residência: -0,08% (0 p.p.)
Vestuário: -0,73% (-0,03 p.p.)
Transportes: -0,23% (-0,05 p.p.)
Saúde e cuidados pessoais: 0,73% (0,10 p.p.)
Despesas pessoais: 0,31% (0,03 p.p.)
Educação: 3,70% (0,23 p.p.)
Comunicação: 0,21% (0,01 p.p.)

Perspectivas para 2020

Para 2020, os economistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 3,20%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Neste ano, o centro da meta é de 4%, um pouco menor que em 2019. A meta terá sido cumprida se o índice oscilar de 2,5% a 5,5%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros, atualmente em 4,25% ao ano.

Nota emitida no começo do mês pelo Banco Central sinalizou que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode reduzir novamente a taxa de juros a fim de evitar uma desaceleração ainda maior da economia brasileira provocada pelo novo coronavírus.

G1

Opinião dos leitores

  1. Inflação oficial fica em 0,25% em fevereiro, menor taxa para o mês em 20 anos

    ESQUERDALHADA?
    cri cri cri
    HAHAHAHAHAHHAHAHA

    1. Dever ser pq tá tdo mundo comprando…..economia tá 10.
      Eleitor do asno ter cognição é difícil.

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Economia

Prévia da inflação fica em 0,14% em novembro, menor taxa para o mês desde 1998

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,14% em novembro, mostrando aceleração em relação à taxa de 0,09% registrada em outubro, segundo divulgou nesta sexta-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a maior variação mensal do índice desde maio (0,35%). Apesar da ligeira alta, trata-se do menor resultado para um mês de novembro desde 1998, quando a taxa foi de -0,11%. Em novembro de 2018, a taxa foi de 0,19%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,83% e, em 12 meses, de 2,67%, abaixo dos 2,72% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, indo ainda mais abaixo do piso da meta para 2019, reforçando as apostas de uma nova redução na taxa básica de juro, em dezembro.

Combustíveis e carne ficaram mais caros

A aceleração em novembro foi puxada pelos preços de transportes (0,30%), impactados pelo aumento da gasolina (0,80%) e do etanol (2,53%). Os preços do óleo diesel (0,58%) e do gás veicular (0,10%) também subiram, levando o resultado dos combustíveis a um aumento de 1,07%. Já as passagens aéreas tiveram alta de 4,44%.

Os preços do grupo alimentação e bebidas, por sua vez, apresentaram alta de 0,06% em novembro, após três meses consecutivos de deflação. Somente as carnes subiram 3,08% e contribuíram com 0,08 ponto percentual no índice geral do mês. Em 12 meses, a alta chega a 7,76%, mais do que o dobro da inflação.

Por outro lado, destacam-se as quedas dos preços da cebola (-18,60%), do tomate (-8%), da batata-inglesa (-7,92%) e do leite longa vida (-1,67%).

Também houve alta nos grupos vestuário (0,68%), despesas pessoais (0,40%).

Dos 9 grupos de produtos e serviços, 3 apresentaram deflação em novembro. Veja abaixo a inflação por grupos e o impacto de cada um no índice geral:

Alimentação e Bebidas: 0,06% (0,02 ponto percentual)
Habitação: -0,22% (-0,04 p.p.)
Artigos de Residência: -0,06% (0 p.p.)
Vestuário: 0,68% (0,04 p.p.)
Transportes: 0,30% (0,06 p.p.)
Saúde e Cuidados Pessoais: 0,20% (0,02 p.p.)
Despesas Pessoais: 0,40% (0,04 p.p.)
Educação: 0,04% (0 p.p.)
Comunicação: -0,02% (0 p.p.)

Preço da energia é destaque de queda

O grupo habitação apresentou a maior variação negativa (-0,22%) e ajudou a segurar a inflação em novembro, com impacto de -0,04 ponto percentual no índice geral, favorecido principalmente pela queda no preço médio da energia elétrica (-1,51%), impactada pela redução nas tarifas de concessionárias de São Paulo, Brasília e Goiânia.

“Além disso, em novembro, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, cujo valor da cobrança adicional foi reajustado de R$ 4,00 para R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em outubro, estava em vigor a bandeira amarela, em que a cobrança adicional foi de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora”, destacou o IBGE.

Também tiveram queda nos preços artigos de residência (-0,06%) e comunicação (-0,02%).

Perspectivas e meta de inflação

Com o ritmo de recuperação ainda lento da economia e demanda fraca, a inflação segue comportada e abaixo do piso da meta para 2019.

A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 5% ao ano – a menor da série histórica do BC, que começou em 1986.

O mercado espera uma inflação de 3,31% em 2019, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para 2020, a projeção dos analistas é de uma inflação de 3,60%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.

O mercado segue prevendo mais corte nos juros, com a Selic encerrando 2019 em 4,5% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção passou de 4,5% para 4,25% ao ano, de modo que o mercado passou a estimar corte nos juros também no ano que vem.

A previsão de crescimento da economia brasileira neste ano está em 0,92%, segundo a pesquisa Focus.

O resultado oficial do PIB do 3º trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de dezembro. No 1º trimestre, houve queda de 0,1% e, no 2º trimestre, alta de 0,4%.

G1

Opinião dos leitores

    1. Entendi dudé, partindo desse seu raciocínio, então no final do governo de querida estocadoura de vento, tava todo mundo endinheirado nera??
      Naquele momento a inflação ja estava beirando 10% . Portanto, todo mundo quase rico.
      Kkķ

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Economia

Inflação oficial fica em 0,10% em outubro, menor taxa para o mês desde 1998

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,10% em outubro, favorecido principalmente pela queda no preço da energia, segundo divulgou nesta quinta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se do menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando ficou em 0,02%.

Com o resultado, o índice acumula alta de 2,60% em 9 meses. Em 12 meses, o IPCA registra avanço de 2,54%, abaixo dos 2,89% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, ficando ainda mais distante da meta central de 4,25% definida pelo governo para o ano, o que reforça as apostas de novos cortes na taxa básica de juros, atualmente em 5% ao ano.

Veja a inflação de outubro por grupos e o impacto de cada um no índice geral:

Alimentação e Bebidas: 0,05% (0,01 ponto percentual)
Habitação: -0,61% (-0,10 p.p.)
Artigos de Residência: -0,09% (0 p.p.)
Vestuário: 0,63% (0,04 p.p.)
Transportes: 0,45% (0,08 p.p.)
Saúde e Cuidados Pessoais: 0,40% (0,05 p.p.)
Despesas Pessoais: 0,20% (0,02 p.p.)
Educação: 0,03% (0 p.p.)
Comunicação: -0,01% (0 p.p.)

Queda no preço da energia freia inflação em outubro

Na passagem de setembro para outubro, houve deflação em 3 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, com destaque para o grupo “Habitação” (-0,61%), responsável pela maior por um impacto de -0,10 ponto percentual no índice geral.

Segundo o IBGE, a queda no preço da energia foi o principal item que ajudou a frear a inflação em outubro, com impacto de -0,13 ponto percentual no índice. Com exceção de Salvador, que teve alta de 0,86%, e Vitória, de 2,24%, todas as áreas pesquisadas registraram recuo nos preços da energia.

“Em setembro, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1 e, em outubro, passou a vigorar a amarela, cujo acréscimo é menor”, explicou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, citando ainda a redução nas tarifas de energia de concessionárias em São Paulo, Brasília e Goiânia.

Perspectivas e meta de inflação

A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 5% ao ano – a menor da série histórica do BC, que começou em 1986.

A expectativa é que o Banco Central realize novos cortes na Selic ainda neste ano.

O mercado continua projetando para o ano uma inflação bem abaixo do centro da meta central do governo. De acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central, os analistas das instituições esperam uma inflação de 3,29% em 2019. A previsão dos economistas é que de que os juros terminarão o ano em 4,5%, recuando para 4,25% em fevereiro.

Para 2020, o mercado financeiro mantém a estimativa de inflação de 3,60%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.

INPC em outubro foi de 0,04%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para os reajustes salariais, ficou em 0,04% em outubro, ante deflação de 0,05% em setembro. O acumulado do ano está em 2,67% e o dos últimos doze meses foi para 2,55%, contra 2,92% nos 12 meses imediatamente anteriores.

Com informações do G1

 

Opinião dos leitores

  1. AFFFF!!!! PUTA QUE O PARIU LA VEM ESSA CONVERSA DE INFLAÇÃO PAREM DE ENGANAR O POVO COM ESSA MENTIRA PORRAAAAAAAA!!!!!! TEM E MUITA EU DISSE MUITA INFLAÇÃO JA TO DE SACO CHEIO COM ESSA MERDA ABRE O JOGO SEUS TABACUDOS!!!!!!!!!!!

    1. Na Venezuela a inflação é bem pequenininha. É só pegar um avião. Fica a sugestão.

    1. Essa Cleide não conheço. O cara sequer sabe o nome da presidente do partido, imagina o que também não sabe?

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Economia

Inflação fica negativa em 0,21%; é a menor taxa para novembro desde 94

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve queda de preços de 0,21% em novembro, divulgou nesta sexta-feira (7), no Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA mede a inflação oficial do país.

O resultado foi o menor desde julho de 2017, quando houve queda de 0,23%. Se avaliados apenas os meses de novembro, o resultado foi o menor desde o início do Plano Real, em 1994.

Em 12 meses, a inflação acumula 4,05%, enquanto a taxa acumulada de 2018 – de janeiro a novembro – soma 3,59%.

Em novembro do ano passado, o IPCA teve alta de 0,28%, enquanto em outubro de 2018 houve aumento de 0,45%.

Números
A deflação (variação negativa do IPCA) registrada em novembro ocorreu em cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE.

O grupo Transportes teve queda de 0,74% no IPCA de novembro, contribuindo com o maior impacto negativo sobre o resultado global.

A queda nos combustíveis -2,42% – foi a principal responsável pelo resultado, sendo o recuo da gasolina – 3,07% – o mais acentuado.

A Habitação teve o segundo maior impacto negativo no IPCA global, com redução de 0,71%. Nesse grupo, a queda da energia elétrica – 4,04% – teve importância.

Entre os grupos que apresentaram alta de preços, destaque para o de Artigos de Residência, com elevação de 0,48% em comparação com outubro.

Apesar disso, a alta nos Alimentos e Bebidas – 0,39% – foi a que puxou o índice geral para cima com mais força. A cebola, o tomate, a batata-inglesa e as hortaliças estão entre os itens que ficaram mais caros.

Folha Vitória

 

Opinião dos leitores

  1. O gas aumentou, a gasolina subiu absurdo, energia tb… preço da comida nem se fala, vem com essa de inflação baixa, vão enrolar outro trouxa

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