Judiciário

Barbaridades foram cometidas contra Flávio, diz advogado de senador, que diz que MP do Rio não tem nada contra filho do presidente

Frederick Wassef, advogado do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) – Bruno Santos/Folhapress

O advogado Frederick Wassef, que defende o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), classifica como uma “barbaridade” a investigação feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro contra o senador e filho do presidente da República.

“Se ilegalidades absurdas e seguidas foram cometidas no caso Flávio Bolsonaro, o primeiro passo é barrá-las. Não vou abrir mão dos direitos do meu cliente e deixar barbaridades serem cometidas por estar preocupado sobre qual seria a percepção do público”, disse em entrevista à Folha nesta terça-feira (23).

Segundo ele, a Promotoria não tem nada contra Flávio, mas tem como objetivo atingir não só o senador, mas o presidente Jair Bolsonaro, de quem Wassef é amigo há cinco anos.

Na semana passada, atendendo a pedido de Wassef, o ministro Dias Toffoli determinou que investigações que tiveram origem no envio de dados detalhados ao Ministério Público por autoridades fiscais sem aval do Judiciário fiquem suspensas até que o STF defina regras para o compartilhamento de informações.

Isso envolve troca de dados entre o Ministério Público e órgãos como o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Receita Federal e Banco Central.

“O que não podemos é o poder ilimitado e sem controle de alguns membros do Ministério Público adentrar na vida financeira de qualquer indivíduo”, afirmou Wassef.

O advogado também saiu em defesa de Fabrício Queiroz, espécie de chefe de gabinete de Flávio nos tempos de Assembleia Legislativa do Rio e pivô da investigação. “Por todos os elementos que vi, não há indício de crime ou ilícito.”

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Gostaria de dizer ao digníssimo advogado que se realmente ele conhecesse de LEI e da CONSTITUIÇÃO BRASILEWIRA jamais diria tamanha besteira, basta olhar e escutar que qualquer um cidadão decente VER os absurdos, BARBARIDADES e canalhices cometidas pela FAMÍLIA BOSSONARO contra o BRASIL e o POVO BRASILEIRO com esta QUADRILHA chefiada pelo JAIR e composta dos TRÊS PATETAS do JAIR. Só quem está no esquema, recebendo grandes fortunas do PAPAI BOSSONARO não quer ENXERGAR.

    1. Poeta vai primeiro estudar a gramática, desse jeito vc despoetiza a língua portuguesa.

    2. Acho que tem gente é com muita saudade da quadrilha dos PTralhas, aquela chefiada pelo de 9 dedos…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Juíza que condenou Lula diz que é normal usar sentenças como modelo e sua fundamentação não tem nada da anterior – de Moro

A juíza federal Gabriela Hardt, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção no caso do sítio de Atibaia, no âmbito da Operação Lava Jato, admitiu hoje que escreveu sua sentença usando como modelo a decisão do ex-juiz Sergio Moro também contra o ex-presidente. A defesa de Lula protocolou uma reclamação do STF (Supremo Tribunal Federal) informando que o uso de texto de Moro na sentença dela comprovaria que o ex-presidente não está sendo propriamente julgado. Hardt negou qualquer injustiça.

Ela explicou que é normal usar sentenças como modelo. Disse que usa decisões de colegas como base para todas as suas decisões. “A gente sempre faz uma sentença em cima da outra. E a gente busca a anterior que mais se aproxima”, afirmou. “Nosso sistema tem modelo para que a gente comece a redigir em cima dele. Eu faço isso em todas as minhas decisões. Raramente começo a redigir uma sentença do zero porque seria um retrabalho.”

A juíza disse que, no caso do Lula, a sentença mais parecida disponível no sistema era o do ex-juiz Moro, hoje ministro da Justiça, que condenou o ex-presidente por corrupção no caso do apartamento tríplex no Guarujá. Por isso, essa sentença foi usada.

“Usei o modelo do caso mais próximo, mas a fundamentação da sentença não tem nada da anterior”, declarou.

Na sentença de Hardt, que trata do caso do sítio, ela chega a usar a palavra “apartamento”. Ela disse que o termo específico estava na sentença de Moro. Por erro pessoal, o termo não foi alterado na nova condenação. “Eu fiz em cima e na revisão esqueci de tirar aquela palavra”, disse Hardt. “Fiz a sentença sozinha. Todas as falhas dela são minhas.”

Aviso sobre perícia

A juíza afirmou que, antes de começar a escrever a sentença do ex-presidente, foi avisada por amigos que a defesa do ex-presidente Lula teria contratado um perito para analisar sua decisão. Não esclareceu, entretanto, como teve acesso a essa informação.

Dias após a divulgação da sentença, a defesa do ex-presidente divulgou o parecer do perito Celso Mauro Ribeiro Del Picchia, membro emérito da Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo e da Associação Brasileira de Criminalística, que concluía que Hardt havia escrito a decisão ” em cima do texto que o ex-juiz Sergio Moro”.

“Há certeza técnica de que a sentença do sítio foi superposta ao arquivo de texto da sentença do tríplex, diante das múltiplas e extremamente singulares ‘coincidências’ terminológicas”, informou o documento, que foi encaminhado ao STF.

Por conta do laudo, a defesa de Lula apontou que o ex-presidente “não estão sendo propriamente julgados nas instâncias inferiores; ao contrário, ali estão sendo apenas formalizadas decisões condenatórias pré-estabelecidas, inclusive por meio de aproveitamento de sentenças proferidas pelo ex-juiz da Vara, símbolo do programa punitivo direcionado”.

Lula já afirmou inúmeras vezes que não cometeu crime algum. O ex-presidente está preso há mais de um, mas ainda recorre em busca de sua absolvição.

Hardt falou com jornalistas antes de palestrar num evento promovido pela Esmafe-PR (Escola de Magistratura Federal do Paraná) e a Ajufe (Associação dos Juízes Federais). Moro foi o primeiro do evento. Em seu discurso, ele elogiou o trabalho da colega Hardt.

Com informações do UOL

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *