Educação

Bolsonaro lança pedra fundamental de Colégio Militar em SP e critica governadores do Nordeste que não quiseram escola

Presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Educação e Regina Duarte em lançamento de pedra fundamental de Colégio Militar em SP — Foto: Reprodução TV Globo

O presidente da República, Jair Bolsonaro, lançou na manhã desta segunda-feira (3) a pedra fundamental no local onde será construído o futuro Colégio Militar em São Paulo, no antigo Centro Logístico da Aeronáutica, no Campo de Marte, na Zona Norte. A unidade da capital paulista será a 14ª do país.

Durante seu discurso, Bolsonaro aproveitou para criticar os governadores do Nordeste que recusaram a criação de colégios cívicos-militares em seus estados.

“Não existe momento mais gratificante do que este, do que lançarmos uma pedra fundamental para a feitura de uma escola comprovadamente de qualidade. Seria ironia, mas é uma grande verdade, conversando com o ministro Weintraub há pouco sobre as notas do Brasil na prova do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes]. O Brasil chegou a uma situação na Educação que não pode ser ultrapassada por mais ninguém, porque já estamos no último lugar. E essa prova do Pisa foi realizada em 2018, antes do nosso governo. Apesar do tempo relativamente curto, com toda certeza, melhoraremos sim muitas posições para a próxima prova que será realizada em 2021. E deixo bem claro também, se deixarmos nessa prova do Pisa apenas alunos de Colégios Militares, de escolar militarizadas, por exemplo, de Goiás do governador Caiado, o Brasil estaria entre os dez do mundo”, afirmou o presidente.

No entanto, o que o presidente falou não retrata a realidade. O Brasil não foi o último colocado no ranking do Pisa. O resultado aponta ligeiro aumento da nota média, mas os estudantes brasileiros seguem entre os últimos 10 colocados na prova de matemática. Na prova de leitura, o Brasil ficou na 57ª posição de 77 países participantes. Na avaliação de matemática, o país ficou na 58º posição e na 53º posição em ciências. Esses valores são usados como referência de educação de qualidade pelo Brasil e demais países. Entre os países da América do Sul, a Argentina ocupa a última posição.

“Por isso, oito dos nove governadores do Nordeste não aceitaram a escola cívico-militar. Para eles, a escola vai muito bem, formando militantes e desinformando lamentavelmente. Aqui no Sudeste tivemos dois governadores que não aceitaram, a questão político-partidária não pode estar à frente da necessidade de um país. Um jovem bem formado será útil para si, para sua família e para seu país no futuro, é isso que nós queremos”, afirmou.

Após a inauguração da pedra inaugural, foi feita uma oração para abençoar a lugar. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a secretária de Cultura, Regina Duarte, estavam presentes no evento, que contou ainda com a presença de autoridades militares das Forças Armadas de São Paulo e de pessoas ligadas à Educação.

O colégio deve ser entregue até o final de 2022. Enquanto isso, temporariamente, os alunos iniciam o ano letivo nesta manhã no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR) na Rua Alfredo Pujol, em Santana, próximo do local onde ficará a unidade definitiva.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) vai doar os projetos básico e executivo da obra do colégio. O valor estimado dos projetos não foi informado.

G1

Opinião dos leitores

  1. As Escolas Militares são caras, dificilmente replicáveis em grande escala, mas de altíssima qualidade e de alto retorno para a sociedade! Por que o RN tirou dos pais a possibilidade de ter um filho seu nesse tipo de Escola? Não é possível que no Brasil coexistam diversas opções de Educação?

  2. Todas as instituições de ensino militares precisam ser referência em suas localidades…Só assim teremos uma mudança no patamar de nossa pífia educação. Parabéns ao presidente e aos governadores q acreditaram nessa idéia…Aos atrasados, não só os governadores, mas demais políticos que não brigaram junto ao executivo estadual (infelizmente nosso nordeste nisso é campeão, vide nossa situação perante o resto do país), desejo q seus eleitores lembrem do desserviço prestado no momento da escolha de seu voto…

  3. Os governadores que não aceitaram a oferta de uma escola de qualidade, as Escolas Militares, certamente, algum dia, serão cobrados.

  4. Ensino no nordeste não é para ter qualidade e sim formar massa de manobra ideológica para voto em eleição. É a função mais antiga do ensino público brasileiro, ter um enorme quantitativo de professores, doutrinar o ensino e implantar a ideologia. Qual sindicado de ensino não é dominado a mais de 16 anos pela esquerda? Então ter colégio militar seria dar espaço para diversidade e mudança de foco na educação, coisa que não interessa. Não é questão de lado político e sim a mais pura realidade.

    1. Fala muito e não entende nada do que é o básico da educação. Só consegue olhar um caminho a seguir, podendo observar vários a serem escolhidos e que alcançam um melhor resultado.

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