Economia

Governo eleva previsão de crescimento do PIB de 2019 para 0,9%; expectativa para a inflação do ano cai de 3,62% para 3,26%

Foto: Arquivo

O Ministério da Economia elevou sua projeção para o crescimento da economia brasileira em 2019. Segundo o governo, o PIB deve avançar 0,9% este ano.

Na avaliação anterior, divulgada em setembro, a expectativa era de um crescimento de 0,85%. O dado foi divulgado nesta quinta-feira e consta no Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica da pasta, o último do ano.

Em seu boletim de outubro, o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) melhorou a projeção do PIB brasileiro para 0,9% este ano, mas previu uma expansão menor em 2020.

Esta é a segunda vez que o ministério da Economia eleva a previsão de crescimento do PIB, depois de quatro cortes consecutivos nas estimativas. O orçamento de 2019 foi elaborado sob a previsão de que a economia cresceria 2,5% este ano.

Em março, o número caiu para 2,2%, em maio para 1,6%, em julho, para 0,81%, até que, em setembro, o governo elevou a projeção para 0,85%.

As projeções são semelhantes às do Boletim Focus, do Banco Central, que semanalmente ouve economistas para avaliar as expectativas do mercado financeiro para o cenário econômico brasileiro. De acordo com o último relatório, divulgado na segunda-feira, o PIB do ano deve crescer 0,92%.

Na terça-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central BC apontou crescimento do PIB no terceiro trimestre , indicando que deve haver aceleração nos próximos meses.

A expectativa do governo para o PIB de 2020 também avançou. Há dois meses, o crescimento esperado estava em 2,17%. Agora, a projeção é de 2,32%.

Expansão do crédito e criação de empregos

Na avaliação do Ministério da Economia, a melhoria das projeções se deve, entre outros fatores, à expansão do crédito e ao aumento da criação de empregos formais , bem como à trajetória de redução dos juros da economia.

Ainda segundo a pasta, os sinais de recuperação têm conexão direta com a percepção de continuidade do ajuste das contas públicas pelo mercado.

O destaque foi para os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou a criação de mais de 157 mil vagas formais em setembro. Na seara do crédito, o governo deu ênfase ao crescimento do crédito livre, isto é, das linhas em que as condições são negociadas entre as partes, e não obedecem à nenhuma diretriz do governo.

Também em setembro, o saldo das operações de crédito no país cresceu 5,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Decompondo o número, o saldo das operações no crédito livre avançou 13,1%, enquanto o crédito direcionado pelo governo recuou 2,4%.

Liberação de recursos do FGTS

Segundo o subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles, o aquecimento do setor de construção civil, sobretudo no estado de São Paulo, e o salto do setor de serviços, diretamente impactado pela liberação dos recursos do FGTS , têm peso importante na melhoria das projeções.

– Isso indica que expectativa das pessoas, ao demandarem pela compra de imóveis, é de não perder emprego. E o setor de serviços vem crescendo substancialmente tanto pelo impacto do FGTS quanto pela redução da inflação. A inflação baixa também vem estimulando o comércio varejista, principalmente o setor de supermercados – disse.

De acordo com o secretário de Política Econômica da pasta, Adolfo Sachsida, embora a retomada do crescimento econômico possa parecer lenta diante da redução dos investimentos públicos, ela é mais dinâmica na seara privada – o que permite, segundo ele, um crescimento econômico sustentável, e não um “voo de galinha”.

– O mix de crescimento foi alterado. Hoje, é o setor privado que puxa o crescimento. Você abandonou um sistema onde o governo escolhia setores, escolhia os campeões, e puxava o crescimento. O crescimento agora vai para onde ele é mais eficiente. Em outras palavras isso é crescimento de longo prazo, não é voo de galinha.

Cálculos do governo mostram que, no segundo trimestre deste ano, a demanda do setor privado teve mais peso no PIB do que a demanda do setor público. Sob a ótica do crescimento interanual, o PIB privado cresceu 1,69%, e o público recuou 1,56%.

Sachsida minimizou, no entanto, o resultado abaixo do esperado no leilão da cessão onerosa, ocorrido nesta quarta-feira, ao ser questionado sobre a expectativa do mercado privado, sobretudo o internacional, em relação à economia brasileira.

– Há indício claro de confiança do setor privado (no Brasil). Antes de dizer que é o setor privado que não quer vir (para o país), tem que olhar se o desenho do leilão foi adequado – disse.

Inflação revisada

Ainda de acordo com as previsões do governo, a inflação será menor em 2019. A projeção, que estava em 3,62%, agora é de 3,26%, principalmente por conta da descompressão dos preços dos alimentos.

O número permanece dentro do intervalo de tolerância para a inflação, entre 2,75% e 5,75%, mas fica abaixo da meta central fixada pelo governo para 2019, que é de 4,25%.

O Globo

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Economia

Mercado volta a reduzir previsão de crescimento do PIB de 2019

Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central voltaram a reduzir a previsão de crescimento da Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 0,82% para 0,81%.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (12), na pesquisa conhecida como Focus, em que o BC ouviu na semana passada especialistas de mais de 100 instituições financeiras.

A previsão do PIB não caía desde a pesquisa divulgada no dia 29 de julho.

Os especialistas também diminuíram a previsão de inflação para o ano, de 3,80% para 3,76%.

Outro indicador divulgado nesta segunda pelo Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (espécie de prévia do PIB), registrou retração de 0,13% no segundo trimestre. Como o primeiro trimestre registrou queda no PIB, o resultado do segundo, se confirmado, colocará o país em recessão técnica.

2020 e 2021

Os economistas dos bancos mantiveram a previsão de crescimento do PIB para 2020 em 2,10% e a previsão de crescimento do PIB em 2021 em 2,50%. A previsão de inflação para 2020 ficou em 3,90% e para 2021, em 3,75%.

Taxa de juros

Na última semana, os analistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão da Selic para o final de 2019. Segundo dados do boletim, os economistas esperam que a taxa básica de juros encerre o ano em 5,00%. Na semana passada os economistas esperaram uma Selic de 5,25% no final de 2019.

Para o fim de 2020, a estimativa do mercado financeiro para a Selic fique em 5,50% ao ano.

Câmbio, balança e investimentos

Os analistas ouvidos pelo relatório Focus não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2019, que ficou estável em R$ 3,75 por dólar pela terceira semana consecutiva. A previsão do dólar para o fechamento de 2020 também não foi alterada ficando em R$ 3,80 pela 14ª semana seguida. Já a previsão para 2021 subiu de R$ 3,85 para R$ 3,86.

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2019, os analistas reduziram a previsão de superávit de US$ 52,6 bilhões para US$ 52 bilhões.

Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado passou de US$ 47,43 bilhões para US$ 47,6 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, ficou estável em US$ 85 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas caiu de US$ 85,56 bilhões para US$ 85,28 bilhões.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. O que está preso levou o país da 13a. para a 6a. maior economia do mundo e reduziu o número de desempregados a um dos menores da história, não bastasse, ainda reduziu a pobreza. Não precisaria fazer mais nada para ser o maior presidente da história, mas fez muito, muito mais. Por isso foi preso, para não termos mais pobres nos aeroportos, viajando ao exterior, indo a restaurantes, empregados com ganhos salariais reais, filhos de pobres nas universidades e direito a cagar todos os dias. Hoje até o direito de cagar todos os dias vão perder. Quero saber o que os minions vão fazer com diarreia. Eu como sou comunista (aquele que vaga todo dia) faço todo dia. Aliás, o bolsonaro e seus familiares também são comunistas, eles podem todo dia. Olha a que nível temos que chegar pra mostrar a realidade pra vcs idiotizados. Tudo pautado por alguém que só tem merda na cabeça e não é camarão, mas vc a chamam de mito. Idiomerdas!

    1. e a corrupção ! ele deu com uma mão e tirou com a outra, institucionalizou a corrupção, que assaltaram os cofres publico, essa situação que estamos passando hoje e tudo graças o roubo que fizeram, infelizmente ficou esse doido que ta na presidência, mais o povo ta achando melhor assim !!!

    1. É burro também, e tá preso! A diferença é que esse foi eleito pra fazer diferente e melhor, não pra fazer o que ele vem fazendo. Diga-se de passagem, dia sim, dia não…

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