Jornalismo

Duas histórias que merecem entrar para os anais do jornalismo potiguar

Duas situações sobre o jornalismo potiguar me despertaram a curiosidade e inevitável questionamento: afinal, como se tem preparado nossos alunos de jornalismo?

E não falo apenas de colégios e faculdades. Parece regra o desapego pela leitura e conhecimento básico de cultura. Os repórteres estão especializando no o quê, onde, como, por que… é como se isso fosse suficiente – sem ser. Estão criando um geração profissionais mecânicos, mandriões para falar o mínimo.

Dias atrás, um jornalista ligou para uma emissora de TV local tentando vender o peixe de Dorian Gray, artista plástico natalense e mundialmente conhecido.

Gray iria abrir para visitação pública seu acervo de outros artistas: de quadros de Portinari à obra surrealista de Pablo Picasso.

Tendo concluído o resumo sobre Dorian Gray, o jornalista esperou uma resposta da produção da TV, que se saiu com essa: “Esse cara chega quando a Natal?”. O horror, o horror!

Dias antes, em um hotel da Via Costeira, o dramaturgo e poeta Ariano Suassuna concedia entrevista coletiva. Ele fora convidado para integrar a programação do “Agosto de Alegria”.

No meio da entrevista, enquanto Ariano respondia a questionamentos pertinentes, um repórter partiu com essa: “qual o nome do senhor?”

Ariano ficou surpreso. Não é para menos.

Balzac, no século XIX, escreveu um primoroso livro sobre o jornalismo: “As ilusões perdidas”, no qual ele relata que ética e compromisso não eram os fortes dos jornalistas na França de 1820.

Para muitos ainda não o são. A geração de mandriões, dispondo de livros históricos e atualíssimos sobre que erros poderia não repetir, prefere ser aplacada pela preguiça. Essa, que vence qualquer talento.

*Dinarte Assunção para o BG

 

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Jornalismo

Título Diante do Trono

Pego carona no blog da colega Ana Ruth Dantas. O que será que a Senhora Ana Paula Valadão fez para merecer o título de Cidadã Potiguar? Segue o post:

A vocalista da banda Diante do Trono, Ana Paula Valadão, receberá o título de cidadã potiguar. A proposta, de autoria do deputado estadual Antonio Jácome, foi aprovada pela Assembleia Legislativa.

Ana Paula já recebeu também o título de cidadã natalense, de autoria do vereador Albert Dickson.

O grupo Diante do Trono recentemente esteve na capital potiguar para gravar o DVD ao vivo. A Prefeitura de Natal repassou R$ 250 mil para a banda. Já o Governo do Estado pagou R$ 45 mil.

Opinião dos leitores

  1. Enquanto isto os policiais civis do RN são abandonados sem estrutura e sem efetivo,  tendo suas funções desviadas e habitando numa delegacia lotada de presos, q ambiente de trabalho hein… e ainda por cima recebem um calote do governo ao não cumprir nenhum acordo do pós greve, firmado no TJRN.

  2. Os cantores de axé[ não todos] que receberam títulos doaram[e doam todo ano] parte dos cachês para o Hosp Varela[ durante o carnatal] não sei se isto ainda contece*

  3. a mesma coisa são esse cantores de axé que vem a natal a trabalho ganha fortunas e recebe o Título Natalense. Os nossos Políticos usam a imagem desses artistas como promoção eleitoreira. 

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Denúncia

Ibama multa imunizadora Potiguar, Riograndense e Caern em R$ 1 milhão cada um

O instituto local(Idema), afirma que as empresas estão dentro da lei e não estão poluindo o Potengi, inclusive as mesmas tem licença para operar, já o instituto nacional(Ibama), afirma que as empresas estão acabando e destruindo o Rio. Durma com um barulho desses….

Segue reportagem do Diário de Natal

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interditou as imunizadoras Potiguar, Riograndense, e o Sistema de Tratamento de Efluentes Líquidos (Sitel) da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). O embargo impede que as empresas despejem o esgoto coletado no Rio Potengi e aplica multa de R$ 1 milhão para cada uma em razão do crime ambiental cometido contra o afluente. As imunizadoras são licenciadas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), que garante não ter detectado nenhum problema no ponto do rio onde o esgoto é descarregado.

A falta de fiscalização ao longo do Potengi já gerou desastres como o de 2007, quando 40 toneladas de peixes foram mortos – tendo a atividade da carcinicultura figurado como a principal culpada. Agora, os empresários da criação de camarão denunciaram ao Ibama a poluição causada ao rio pelas imunizadoras e ainda por um sistema da Caern.

(mais…)

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