Clima

Raios e trovões marcaram as chuvas no final de semana no RN

Foto: Raphael Olivar

As chuvas marcaram o final de semana de boa parte dos municípios do Rio Grande do Norte, especialmente na faixa litorânea Leste e no Oeste. Em vários deles aconteceram as chuvas vieram acompanhadas de trovões e de raios. “Os trovões e os raios foram influenciados pela associação entre as boas condições do oceano Atlântico Sul, a alta pressão melhor localizada, com ventos de leste/sudeste sobre o litoral nordestino, além das águas mais aquecidas aqui próximo do litoral. Tudo isso, favoreceu para formação de nuvens do tipo cúmulos nimbos, responsáveis pelas descargas elétricas e trovoadas”, explicou o chefe da Unidade Instrumental de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Gilmar Bristot.

Balanço das chuvas

O boletim pluviométrico da EMPARN registrou a ocorrência de chuvas em 99 postos de monitoramento localizados em todo o estado. As chuvas ocorreram em todas as regiões do RN com os maiores volumes registrados, por região, em Coronel Ezequiel(Agreste) com 100,2mm, São Francisco do Oeste (Oeste) com 92,8 milímetros (mm), Montanhas (Leste) com 86,6mm e Acari(Central) com 52,9mm. Em Natal choveu 78,4mm.

O boletim completo, referente ao período de sexta-feira(22) às 7h até hoje (25) no mesmo horário, pode ser acessado em emparn.rn.gov.br, clicando em Chuvas Diárias ou na aba Meteorologia.

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Diversos

Estudo do Inpe aponta que Brasil é um dos países onde mais se morre por raios; “mais fácil do que ser mordido por um cachorro”, alerta probabilidade

(Foto: Creative commons)

Talvez você não saiba, mas o Brasil está em primeiro lugar na lista de países com maior incidência de raios no mundo: são 77,8 milhões de descargas no solo a cada ano. E esse número não apenas impressiona como também preocupa: um estudo inédito feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, aponta que o país ocupa a sétima posição no ranking global de mortes provocadas pelo fenômeno.

Só neste século, já foram registrados 2.194 casos, uma média de 110 casos por ano desde 2000. Esses dados foram levantados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Inpe, reunindo informações coletadas pelo Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, veículos da imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“As pessoas subestimam os riscos porque acham que as chances [de serem atingidas por raios] são de uma em 1 milhão”, observa Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT, em entrevista a GALILEU. Mas não é bem assim. “Se estiver em um local aberto durante uma tempestade, a chance pode ser de uma em 1 mil”, complementa o especialista. Estima-se que entre 80% e 90% das mortes por raios poderiam ser evitadas com medidas de segurança.

Por isso, o ELAT lançou uma cartilha com orientações de como se proteger do fenômeno. “Hoje somos um dos cinco países líderes no estudo com raios. Isso é muito importante, pois temos poucos recursos perto de outros países, como EUA, China e Japão. É motivo de orgulho”, destaca Junior.

O documento explica, por exemplo, que os raios podem acontecer pouco antes da chuva começar ou no estágio final da tempestade. Sendo assim, buscar abrigo, evitar sair para lugares abertos ou entrar no mar, no rio ou na piscina são ações fundamentais para prevenir acidentes.

Os mesmos cuidados valem para dentro de casa: quando estiver chovendo, não use equipamentos elétricos ligados à rede elétrica ou fique perto de tomadas; não fale ao telefone com fio ou ao celular conectado ao carregador; procure não tomar banho em chuveiro elétrico; mantenha-se longe de janelas e portas metálicas, além da rede hidráulica (torneiras e canos).

O Brasil está em primeiro lugar na lista de países com maior incidência de raios no mundo (Foto: Inpe/ELAT)

Não é brincadeira: a probabilidade de uma pessoa morrer atingida por raio no Brasil ao longo de sua vida é de uma em 25 mil. É mais fácil do que ser mordido por um cachorro (uma em 100 mil, segundo o Inpe). O risco aumenta 2,5 vezes se o indivíduo estiver em uma área descampada durante uma tempestade típica, que produz cerca de três raios por minuto. Já durante uma tempestade mais forte, com 30 raios por minuto, a probabilidade é de um em 1 mil.

O levantamento mostra que o Sudeste concentra o maior número de casos (26%) e que a maior parte das mortes (67%) acontece no verão e na primavera. Os homens são os que mais morrem: representam 82% dos óbitos. Já as mulheres respondem por 18%.

As principais circunstâncias em que essas fatalidades acontecem estão ligadas ao agronegócio (26%) e estar dentro de casa próximo à rede elétrica ou hidráulica (21%). Também estão na lista atividades na água ou próximo a praias, rios ou piscinas (9%), embaixo de árvores (9%), em áreas cobertas que protegem da chuva, mas não dos raios (8%), em áreas descampadas (7%), próximo a veículos ou em veículo abertos (6%), em rodovias, estradas ou ruas, sem estar dentro de veículos (4%), próximo a cercas, varal ou similares (4%) e outros casos (6%). Não há registro de fatalidade dentro de veículos fechados.

“Antes, o cálculo era muito abrangente, sendo o número de pessoas atingidas por raios versus número de habitantes de todo brasil. O cálculo não considerava a diferença de pessoas que trabalham em escritório e pessoas que trabalham nos campos. Isso importa”, analisa o coordenador do ELAT.

Estima-se que, do total de atingidos, cerca de 300 pessoas sobrevivam aos raios a cada ano no Brasil. Mas pode haver sequelas, como queimaduras e traumas físicos e neurológicos. Portanto, proteja-se sempre — não importa onde esteja.

Galileu

 

Opinião dos leitores

  1. Esse "guverno petista que aí está" é outra mísera, Mara também de móio ou pelo menos tem vontade. 11.500 óbitos segunda a previsão dos miseráve, se DEUS quiser nunca acontecerá!!

    1. Meus parabéns, seu comentário tem tudo haver com a matéria, sqn!!

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Acidente

Casal morre eletrocutado por raio em praia de Bertioga

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– Um casal de turistas morreu no final da tarde deste domingo, 6, na praia do Centro, em Bertioga, ao ser atingido por uma descarga elétrica. Os bombeiros ainda acenaram aos banhistas para que deixassem a praia com a chegada do temporal. Thiago Ribeiro da Costa, de 31 anos, e a portuguesa Inês Cruz, de 29, não tiveram tempo de correr. Eles caminhavam pela parte rasa da praia, quando foram atingidos pelo raio. Os dois foram encontrados de costas e de mãos dadas. A viatura do resgate chegou rápido ao local, mas já não havia o que fazer.

 

José Fernando Ferreira, um amigo do casal, que veio a Bertioga nesta segunda-feira para fazer o reconhecimento dos corpos, informou que o sonho dos amigos era construir uma casa em Itupeva, onde moravam. “Eles já haviam comprado um terreno e estavam na fase de planejamento da planta e da obra em si”, disse. O corpo de Thiago foi liberado no final da tarde de segunda pelo Instituto Médico-Legal (IML) e será levado para Guaratinguetá, onde vai ser sepultado nesta terça, 8. Já o corpo de Inês será levado para Portugal. A irmã de Thiago, Edilene Cristina da Costa, lamentava a ocorrência mas dizia que foi uma fatalidade, “que nada podia ser feito”. O casal se conheceu nos Estados Unidos e estava casado há quatro anos. Inês dizia sempre que adotou o Brasil como seu país de coração. Ela estava muito animada com a construção da casa, mas não abria mão de seu lazer favorito, que era a praia.

A incidência de raios cresceu não só na Baixada Santista, no ano passado, mas em uma série de cidades com mais de 200 mil habitantes. Especialistas acreditam que o aumento da ocorrência de raios seja causado pela alta taxa de urbanização, apontada como responsável por tempestades cada vez mais intensas. Dados dos satélites mostram que o Brasil lidera o ranking de incidência de raios, com 57 milhões de ocorrências por ano. O segundo país é a República do Congo, com 43 milhões, seguido pelos Estados Unidos, com mais de 35 milhões de ocorrências anuais.

Bem antes da temporada de verão, e como faz anualmente, a Defesa Civil do Estado instalou faixas ao longo das praias da região, recomendando que os banhistas deixassem as praias no decorrer das chuvas e dos temporais, uma vez que anualmente, os raios atingem e matam turistas nas praias do litoral.

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Clima

Raios mataram 89 pessoas no Brasil em 2010

Carolina Spillari – estadão.com.brEm 2010, 89 pessoas morreram em todo o País, vítimas de raios. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número é inferior a média registrada entre 2000 e 2009. De acordo com dados preliminares, neste ano já foram registrados 28 mortes no Brasil.

Maioria das vítimas de raios em 2010 foram homens

Do ano passado, São Paulo é o Estado líder em vítimas, com 12 mortes. Em seguida vem o Pará, com oito, seguido de Minas Gerais e Tocantins, com sete, cada.

Das pessoas mortas por raios, 82% eram homens. A faixa etária entre 20 e 39 anos predominou em quase metade das vítimas. A maioria das mortes no ano passado ocorreu durante a primavera: 40%, quase o mesmo registrado no verão, de 36%.

A média, porém, é que a maioria das mortes aconteceram no verão: 45%, de acordo com o levantamento feito entre 2000 e 2009. É nessa estação que caem mais raios no Brasil, informa o Inpe.

O Sudeste teve 29% das ocorrências na última década. Em 61% dos casos, a morte foi registrada em alguma zona rural do País.

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