Judiciário

Homem é condenado a mais de dez anos de reclusão por tentativa de roubo e tortura das vítimas em residência em Natal

Foto: Ilustrativa

O juiz Rainel Pereira Batista, em processo da 16ª Vara Criminal de Natal, condenou um homem acusado de tentativa de roubo e tortura a uma pena de 10 anos e cinco meses de reclusão em regime fechado.

Os crimes ocorreram no dia 2 de agosto de 2014, no Parque dos Coqueiros, zona norte de Natal, quando o réu Felipe Lúcio Medeiros Dantas e outros dois comparsas invadiram uma residência e anunciaram o assalto, surpreendendo a vítima, familiares, amigos e empregados que se encontravam na casa naquele momento, passando todos à condição de reféns, deitados no chão e ameaçados por armas de fogo.

Eles passaram a recolher os bens pessoais das vítimas além dos objetos do próprio imóvel, colocando o material em um veículo Pajero TR4 que estava estacionado na parte externa da casa, esperando para dar fuga aos assaltantes.

Havia, ainda, a exigência pela entrega da quantia de R$ 70 mil que supostamente estaria guardada na residência.

Agressões

Durante o assalto, as vítimas foram constantemente agredidas, principalmente para que fosse entregue o valor citado. O grupo passou a constranger diretamente uma das vítimas, agredindo-lhe com um cabo de borracha, pisoteando suas mãos, furando sua orelha e ameaçando-lhe de morte, ameaça que se estendia aos demais reféns. Além disso, ameaçaram cortar os dedos de uma filha dessa vítima. De tal violência resultou lesões corporais descritas nos laudos periciais presentes no inquérito policial, bem como traumas psicológicos.

Chamados a atender à ocorrência, policiais adentraram no imóvel e, uma vez percebidos pelo grupo, houve troca de tiros. Os ladrões tomaram duas das vítimas como escudos humanos e conseguiram escapar para casas vizinhas. Houve perseguição e mais trocas de tiros, quando dois dos agressores foram alvejados (Ricardo Henrique Costa Brito e Leonardo Freire Costa) e não resistiram aos ferimentos. Felipe Lúcio foi perseguido por outros policiais, capturado e preso em flagrante delito.

Decisão

Ao analisar o caso, o juiz Rainel Pereira Batista entendeu comprovado que o réu Felipe Lúcio cometeu os crimes que lhe foram imputados, inclusive admitidos por ele de forma parcial, e corroborados pelas vítimas e pelos policiais que atenderam a ocorrência.

“Não restou incerteza quanto à atuação organizada dos três agentes, que praticaram os delitos em manifesta comunhão de intenções, nos exatos termos descritos na inicial acusatória, encontrando-se sob julgamento neste momento apenas o réu Felipe Lúcio, vez que os demais foram alvejados num confronto com a força policial, não resistindo aos ferimentos”.

O magistrado descartou a negativa do acusado quanto à violência praticada contra as vítimas e ao uso de arma de fogo, apontando que esta “não encontra qualquer amparo na prova dos autos, que segue na direção oposta”.

O juiz pontua ainda que os elementos dos autos permitem o entendimento de que o réu e demais agentes planejaram a ação com intuito principal de buscar a quantia de R$ 70 mil, sendo ainda referidos uma arma de fogo e um cordão de ouro. “Para alcançar tal objetivo, interceptaram parte das vítimas em via pública, o que lhes garantiu acesso à casa, onde todos os presentes foram feitos de reféns. Não encontrando o citado valor, passaram a recolher objetos de valor da casa e das pessoas, como telefones celulares, notebooks e tablet”.

Assim, decidiu que se confirma a hipótese acusatória inicial tendo o acusado praticado o crime de roubo majorado de forma tentada contra cinco vítimas e crime de tortura contra duas das vítimas, devendo sujeitar-se às sanções penais correspondentes.

(Processo nº 0102057-73.2014.8.20.0002)
TJRN

 

Opinião dos leitores

  1. Quem faz a lei e aprova é quem tem maioria no congresso. Foi essa galera aprovou esse tipo de lei. Dá pra entender?

    1. Isso que dá morar num país em que uma "vítima da sociedade" vale mais que uma vítima de bandido!

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Polícia

VÍDEOS: Tentativa de roubo em caminhão de carga fecha Avenida Brasil, no Rio, e resulta em cinco baleados; veja momentos de pânico

Roubo de carga provocou tiroteio na Avenida Brasil nesta quarta-feira (6) — Foto: Reprodução / TV Globo

Cinco pessoas, entre elas três PMs do Batalhão de Choque, foram baleadas em um assalto na Avenida Brasil, na altura de Manguinhos, Zona Norte do Rio, no início da tarde desta quarta-feira (6). PMs entraram em confronto com criminosos que haviam roubado um caminhão de carga na região.

Houve tiroteio e os motoristas e pedestres que estavam no local entraram em pânico. Para tentar se proteger, algumas pessoas buscaram abrigos atrás dos carros.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado da Polícia Militar, os policiais militares realizavam um cerco na Avenida Brasil para prender criminosos que estavam escoltando a carga roubada. Durante a tentativa de abordagem, os homens atiraram contra a PM.

Houve confronto e troca de tiros com agentes do 22º BPM (Maré) que já estavam na ocorrência. Em seguida, policiais do Batalhão de Choque que passavam na Avenida Brasil também participaram do confronto. Três policiais do BPChoque foram baleados.

Segundo a PM, dois deles estão fora de perigo e o estado de saúde de outro inspira cuidados após ter sido atingido por estilhaços no olho. Eles foram levados para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, Zona Central do Rio.

Confira aqui vídeos em texto na íntegra

A troca de tiros entre policiais e os criminosos aconteceu por volta das 12h30. O trânsito ficou fechado até as 12h40. O tiroteio aconteceu perto da sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e funcionários da fundação entraram em pânico e se abaixaram nos corredores dos prédios.

Outros feridos e roubo de carro

Um médico, que passava pelo local, ficou ferido de raspão na cabeça e foi encaminhado para o Hospital Central do Exército, em Benfica, na Zona Norte. A quinta vítima, um motorista de caminhão, foi atingido no tórax e levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. Ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.

Segunda a polícia, durante o confronto, uma pessoa também teve o carro roubado. O caso vai ser investigado na 24ªDP (Bonsucesso).

G1

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Diversos

FOTO: Ladrão morde a língua e morre engasgado com o próprio sangue após ser contido por pedestres em tentativa de roubo

1104Um assaltante que foi imobilizado por pedestres, cortou parte da própria língua com uma mordida e morreu engasgado com seu próprio sangue para evitar ir para a cadeia.

O incidente aconteceu nas ruas de Sichuan, na China, depois que Crook Wei Su, de 30 anos, agarrou a bolsa de uma mulher e correu.

Em seguida, dois civis que estavam por perto se puseram a persegui-lo e o imobilizaram ao chão depois que um deles conseguiu segurar o assaltante pela jaqueta.

De acordo com uma testemunha, Crook começou a gritar que não iria para a cadeia.

Crook Wei Su, de 30 anos, morreu engasgado com o próprio sangue depois de arrancar um pedaço da própria língua após roubar bolsa de mulher na China.

De repente, um jato de sangue saiu de sua boca e pouco tempo depois o homem morreu engasgado com seu próprio sangue.

Aparentemente ele se matou porque não queria ir para a cadeia.

A polícia espera encontrar a mulher roubada para tentar compreender o que de fato aconteceu, já que ela deixou a cena antes que os oficiais chegassem.

Gadoo via Daily Star

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