Diversos

Empresa paraibana investigada pela CPI da Covid vendeu material sem selo da Anvisa e funciona em uma casa em João Pessoa

A CPI da Covid, instalada na Assembleia Legislativa do RN para investigar os gastos do Governo durante a Pandemia, apontou irregularidades na compra de sapatilha hospitalar, que teria sido efetuada contrariando parecer jurídico e teria entregue material com especificação diferente do que foi realmente adquirido.

PARECER NEGATIVO

O parecer 225, da Comissão Permanente de Parecer Técnico, assinado pela enfermeira Eliane Medeiros da Costa em 18 de junho de 2020, afirma que a empresa Leão Multi-Utilidade não atende as exigências por não apresentar registro dos produtos na Anvisa e que a amostra apresentada pela empresa não corresponde a gramatura solicitada no edital.

O parecer é datado de 10 de junho, mas só foi assinado eletronicamente pela enfermeira no dia 18 do mesmo mês.

Leia matéria completa AQUI no Blog do BG PB.

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Polícia

Reportagem exclusiva revela a empresa que vendeu a ‘maleta hacker’ para o esquema de Helder Barbalho

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal e o MPF apreenderam na Operação SOS um equipamento de espionagem adquirido pela Polícia Civil do Pará e que seria supostamente usado pelo grupo de Helder Barbalho para monitorar os investigadores do esquema de corrupção na Saúde estadual.

O Antagonista descobriu que o dispositivo foi vendido pela Suntech, do grupo israelense Verint Systems. O contrato de R$ 5 milhões foi firmado em janeiro, sem licitação. Os pagamentos foram feitos em parcelas, sendo a primeira paga em junho no valor de R$ 1,17 milhão.

Na especificação do pagamento, consta que o equipamento foi adquirido por meio do programa de “gerenciamento das ações de informação e produção do conhecimento”.

Trata-se de “equipamento de solução de inteligência tática ativa GL2, com capacidade de captar sinais na interface aérea e monitorar comunicação de celulares”. Na prática, segundo MP, o dispositivo permitiria a interceptação ilegal de celulares, inclusive de ligações por WhatsApp, FaceTime e aplicativos criptografados.

“Confirmou-se que o dispositivo é capaz de extrair dados de aparelhos telefônicos, interceptar diálogos criptografados e fazer gravações ambientais, tudo sem autorização judicial, podendo os dados ser apagados facilmente, não deixando rastro sobre sua utilização”, diz o ministro Fracisco Falcão, relator do caso no STJ.

A Suntech, baseada em Florianópolis, é fornecedora de soluções tecnológicas de rastreamento e monitoramento legal para diversos órgãos públicos em diferentes estados. A venda para a polícia paraense de um equipamento que opera à margem da lei pode lançar dúvidas sobre vários desses contratos.

O nome da empresa também surgiu na Operação Chabu, deflagrada em julho do ano passado e que desbaratou esquema de venda de informações sigilosas de investigações estaduais e federais. Na ocasião, a PF chegou a prender o empresário José Augusto Alves, apontado pelo MPF como principal articulador e líder da organização criminosa.

Segundo os procuradores, José Alves e Luciano Teixeira, também detido, eram representantes da Suntech e atuavam em parceria com o delegado da PF Fernando Caieron, o delegado da Civil André Silveira e o agente da PRF Marcelo Winter.

Apesar da acusação do Ministério Público, o diretor comercial da Suntech, Lincoln Egydio Lopes, garante que o dispositivo não possui “capacidade técnica de realização de interceptação de comunicações de aparelhos telefônicos, móveis ou fixos, nem capacidade de gravação ambiental e que os mesmos são totalmente auditáveis”.

(Foto: Reprodução/via O Antagonista)

O Antagonista

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