O Governo do Estado foi de um amadorismo teatral total. Convidou os clubes, a imprensa, fez uma firula maior do mundo, garantiu praça esportiva para América e Alecrim jogarem a partir de meados de 2012 em Natal e muda tudo sem ao menos comunicar aos clubes e a FNF. Nesse momento, o governo informa que vai construir outro estádio, ok. Para ficar pronto quando? Em 2014 não precisa, já vai ter a Arena da Dunas. Ou está sobrando dinheiro para construir simultaneamente dois estádios em Natal? O Governo foi muito mal nessa questão.
Segue reportagem da Tribuna do Norte:
A negativa do governo estadual em dar continuidade no projeto de reforma do Juvenal Lamartine (JL), pegou o presidente da Federação Norte-riograndense de Futebol, José Vanildo, de surpresa. O dirigente afirmou que, em nenhum momento, foi procurado para debater sobre o recuo nas melhorias no estádio do Tirol. Para Vanildo, o problema não tem solução, caso a decisão não seja revista.
“O que aconteceu foi uma falta de respeito com a sociedade e com os clubes, América e Alecrim. Em nenhum momento fui ouvido para dar minha opinião sobre o que está acontecendo. Isso é preocupante, já que não temos nenhum outro projeto em vista. Natal vai ser sede de um Mundial e não consegue resolver um problema desse”, desabafa o presidente da FNF.
Uma provável opção, caso a reforma do JL seja realmente engavetada, por causa do plano diretor da cidade, seria a construção de um estádio na zona norte de Natal. A secretária estadual de infraestrutura, Kátia Pinto, disse que o Governo está elaborando um o projeto para a construção da praça esportiva naquela região, mas não quis revela o local que a obra será realizada.
“Existem dois terrenos de posse do governo estadual na zona norte que são ideais para a construção de um estádio que comporte entre seis e oito mil pessoas. São bem localizados, sem problemas para transportes e tem uma boa infraestrutura. Agora, vamos realizar os levantamentos topográficos nos locais e levar os projetos para a governadora. Ela escolhendo, o projeto executivo começa imediatamente”, afirmou a secretaria.
A Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Norte (DATANORTE) possui um terreno, não na zona norte de Natal e sim na cidade Parnamirim, que comportaria um estádio de futebol. Aliás, o local foi o primeiro a ser sondado para ser construído o estádio que vai sediar os jogos da Copa de 2014, que iria se chamar “Estrelão”, antes da mudança para o Machadão.
Uma possível saída seria a construção de um estádio na cidade de Parnamirim, pela prefeitura do município, com recursos federais, provenientes do Ministério dos Esportes. O chefe do executivo municipal, Maurício Marques, tem planos de construir um estádio com capacidade para receber os clubes natalenses. O projeto já foi encaminhado ao Ministério do Esporte, que até o momento ainda não se pronunciou sobre a viabilidade de liberar recursos para construção da nova praça esportiva.
Membros da bancada federal potiguar prometeram empenho junto ao ministro Orlando Silva para que a cidade fosse contemplada com os recursos. O projeto prevê a construção de um equipamento de porte médio com capacidade para receber jogos inclusive do Campeonato Brasileiro. O local escolhido para construção do estádio foi o bairro da Liberdade, porém o projeto ainda se encontra numa fase embrionária.
Na minha opinião, se o Governo quer ajudar o esporte que seja pela base…que crie estrutura para as crianças praticarem esporte nas escolas ou até mesmo que financiem projetos de clubes particulares que tenham o objetivo de propiciar a crianças e adolescentes a prática de esportes, mas investir dinheiro direto no futebol profissional construindo um Estádio de Futebol para atender as necessidades de duas entidades particulares é um absurdo. E vc pode até argumentar que esse Estádio vai servir para crianças e adolescentes da zona norte praticarem esportes, mas a verdade é que se América e Alecrim tivessem cada um seus Estádios, o Governo não estaria preocupado em contruir mais um, o que mostra que a motivação para tal construção é o atendimento de interesses particulares e não o interesse público.