Acidente

Voo 447: Air France é condenada a pagar R$ 497 mil de indenização a família potiguar

A juíza convocada, Welma Maria Ferreira de Menezes, condenou a COMPAGNIE NATIONALE AIR FRANCE em uma Ação de Indenização por Ato Ilícito nº 0008022-42.2010.8.20.0106 a pagar a família de uma vítima da queda da aeronave da Air France, vôo 447, em junho de 2009, R$ 497.600,00 para a esposa e suas duas filhas, a título de dano moral.

As autoras ingressaram com a ação judicial com o objetivo de receberem indenizações por danos materiais e morais, em virtude da morte de S.V.S., esposo da primeira e pai das outras duas, ocorrida no dia 31 de maio de 2009, na queda da aeronave da Air France, que fazia o vôo 447 e partira da cidade do Rio de Janeiro às 19h e 10min, com previsão de chegada em Paris, às 11h e 15min do dia 1º de junho de 2009.

A vítima do acidente era empregado da empresa Geokinetics Geophysical do Brasil Ltda. desde o ano de 2002 e desempenhava a função de comandante de embarcação (“moço de convés”). Em virtude da especificidade do trabalho desempenhado por ele, foi convidado pela empresa para desenvolvê-lo em outros países. No dia do acidente fatal, ele estava de deslocando para a cidade do Cairo, no Egito, onde trabalharia.

Como parte desse deslocamento, pegou o vôo 447 da Air France, que iria do Rio de Janeiro a Paris. De lá seguiria para o seu destino final. Entretanto, como é público e notório, esse vôo caiu no Oceano Atlântico, matando 228 pessoas entre passageiros e tripulantes. Dentre os quais, o esposo e pai das autoras, respectivamente.

Na sentença de primeiro grau, o juiz condenou a empresa a pagar às autoras uma indenização por danos materiais, na forma de pensionamento mensal no valor atual de R$ 4.098,13 – valor este correspondente a 2/3 do salário líquido auferido em vida pela vítima à época do seu óbito. Estabeleceu também que o valor dessa pensão deve ser reajustado de acordo com a variação do salário mínimo, na mesma data e percentual, nos termos da Súmula nº 490, do Superior Tribunal de Justiça.

Condenou também a Air France a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 545.000,00 para cada uma das autoras, totalizando R$ 1.635.000,00, devidamente acrescida de atualização monetária e juros de mora de 6% ao ano, a contar da data da publicação da sentença.

Segundo a juíza Welma Menezes, as autoras perderam de uma só vez, de maneira traumática, abrupta e inesperada, aquele que era mantenedor, esposo e pai. “Não consigo imaginar, dentro de um espectro de perdas possíveis que o ser humano experimenta ao longo de sua vida, algo que possa ser mais dolorido, traumático e permanente que a perda de um ente querido, em condições absolutamente terríveis e totalmente desprovidas de meios de defesa da vida”, refletiu.

Ela ressaltou que as filhas do vitimado, tinham na época do fato apenas 04 e 09 anos respectivamente e ficarão por todo o resto de suas vidas privadas do convívio do pai, da referência masculina tão necessária para as suas formações integrais. A esposa, por sua vez, perdeu a sua sustentação emocional, a pessoa que mantinha o lar do ponto de vista econômico e que tinha consigo o projeto de toda uma vida.

“Não há como mensurar uma dor tão grande quanto essa, com a precisão exata de um matemático, ou sequer estabelecer um parâmetro financeiro que seja precisamente aquele que irá reparar o dano moral causado por uma perda dessas”, frisou a magistrada, mantendo das as condenações de primeiro grau, apenas alterando o valor da indenização por dano moral. (APELAÇÃO CÍVEL N° 2011.015081-1)

Fonte: TJRN

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Polêmica

Erros humanos e falhas técnicas levaram à queda do avião da Air France em 2009, diz relatório

Da BBC Brasil

Brasília – Uma combinação de erros humanos e falhas técnicas resultou no acidente com o Airbus da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 2009, deixando mais de 200 mortos, incluindo brasileiros. O Escritório de Investigações e Análises da França (BEA, sigla em francês) divulgou hoje (5) o relatório final sobre as causas do acidente.

Segundo o relatório, o piloto automático se desligou duas horas após o início das turbulências. Em seguida, houve falhas nos altímetros e nos sensores de velocidade.

Os investigadores também concluíram que o piloto da aeronave não cumpriu as suas responsabilidades quando não retomou o controle do avião, que estava sendo comandado pelos copilotos enquanto ele fazia uma pausa.

O avião caiu durante o voo AF447, que seguia do Rio de Janeiro com destino a Paris, matando todas as 228 pessoas a bordo.

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Jornalismo

Relatório final sobre o acidente com o voo 447 da Air France será apresentado hoje

As autoridades francesas apresentam hoje a conclusão das investigações sobre o acidente com o voo 447 da Air France. O relatório final do BEA, agência francesa que apura o caso, deverá apontar conjunto de erros humanos e técnicos que provocaram o desastre em maio de 2009.

Leia a cobertura completa do acidente da Air France

A queda do Airbus A-330, que fazia a rota Rio-Paris, causou a morte de 228 pessoas quando atravessava tempestade sobre o Atlântico.

Segundo três relatórios do BEA, os problemas começaram com o congelamento dos sensores que medem a velocidade do avião, os pitots. Com isso, os computadores foram alimentados com dados contraditórios. O piloto automático se desligou e o controle foi assumido pelos dois copilotos porque o comandante deixou a cabine para descansar.

Com base nas caixas pretas, o BEA elaborou relatório em 2011 com indícios de que a principal causa foi erro humano. No voo cego em meio à tempestade, um dos copilotos conduziu o bico da aeronave para cima quando, segundo especialistas, a manobra correta deveria ser o inverso.

Ontem, o principal sindicato de pilotos da França intensificou a pressão para que o comandante e os copilotos não sejam considerados os principais responsáveis. Em comunicado, diz que peritos judiciais listam também como causas falhas estruturais da concepção da aeronave e falta de rigor sobre fabricantes e companhias aéreas.

Folha de São Paulo

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Jornalismo

Pilotos poderiam ter evitado acidente da Air France, afirma relatório

Agora é fácil acusar os caras, não estão mais aqui…

Veja:

O chefe do Escritório de Investigações e Análises (BEA), agência que investiga acidentes aéreos na França, afirmou nesta sexta-feira que os pilotos do voo 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 2009, poderiam ter evitado a queda depois que o avião perdeu os dados de velocidade.

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Jornalismo

Erro dos pilotos foram a causa da queda do Air France 447

Veja

Le Figaro diz que o relatório apontará erro humano como a causa da tragédia

A queda do Airbus A330 no dia 1º de junho de 2009 foi causada por uma falha humana, de acordo com o jornal francês Le Figaro. O diário afirma ter tido acesso às conclusões finais do relatório da Escritório de Investigações e Análises (BEA), que deverá ser divulgado nesta sexta-feira.

Segundo o Figaro, o relatório, que se baseou sobretudo em dados das caixas-pretas, também apontará erro nos pitots do Airbus, causado por um congelamento nos dispositivos, responsáveis por fazer uma leitura da velocidade do avião.

Cronologia: Os momentos que antecederam a queda do Airbus A 330

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Denúncia

Primeiras informações das caixas-pretas apontam erro dos pilotos. Diz o Le Figaro

Segundo site do francês “Le Figaro”, técnicos agora investigam se o erro da tripulação reflete alguma falha no sistema de segurança da Air France

O registro das caixas-pretas do voo 447 da Air France aponta erro dos pilotos como motivo do acidente que causou a morte das 228 pessoas a bordo, há quase dois anos, segundo o site do jornal Le Figaro. A informação, não confirmada pelos investigadores, foi publicada um dia depois de ter sido revelado que os dados recolhidos nas caixas-pretas estavam em bom estado apesar do longo período no fundo do mar.

Segundo o Le Figaro, os dados analisados no fim de semana podem ajudar a livrar a Airbus, fabricante do modelo A330, do processo por homicídio aberto na França. A Airbus já teria informado seus clientes que, em vista da investigação, não há nada errado com seu avião, que caiu no Oceano Atlântico quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris.

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