Jornalismo

Jornalista Alexandre Garcia se revela assustado com a militância exercida por alguns profissionais, desde o ambiente acadêmico

Foto: Divulgação/TV Globo

Com mais de 50 anos de profissão, o jornalista Alexandre Garcia é taxativo ao afirmar que “o jornalismo tem que ser escravo dos fatos” e complementa: “os fatos não precisam de ajuda. Na hora que a gente for ajudar os fatos, a gente estará deturpando-os sob o nosso ponto de vista, sob a nossa ética. Porque nós não somos isentos, neutros, anjos, assexuados. A gente tem que respeitar os fatos”.

Em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, no programa Impressões, que vai ao ar nesta terça-feira (23), às 23h, na TV Brasil, da EBC, Garcia se revela assustado com a militância exercida por alguns profissionais, desde o ambiente acadêmico.

“Eu testemunhei um professor gritando comigo, dizendo que ensina os seus alunos a serem militantes ideológicos para combater o status quo opressor. Ora, isso não é jornalismo, isso é militância, é partido político”, avalia.

Depois de passar por redações de grandes veículos de imprensa do país – somente na TV Globo trabalhou durante 30 anos – neste ano, Alexandre Garcia migrou para o ambiente virtual. No Twitter, tem quase 1,6 milhão de seguidores, no Youtube, mais de 700 mil. Mas ele também faz análises políticas para 300 rádios e 20 jornais, sempre sem medo de polêmicas.

Garcia brinca quando é perguntado sobre o ambiente hostil nas redes sociais. “Que agressividade?”, indaga. Ele conclui que o problema nesses casos é de quem agride.

“O sujeito está gastando os humores do corpo dele. Meu Deus, que burrice! No jornalismo, a gente não deve se envolver na notícia como não deve se envolver nas agressividades. O problema do agressor é do agressor”, afirma.

Pragmatismo

O jornalista revela que foi da mãe que guardou esse pragmatismo. “Ela lembrava das coisas boas. Eu falava com ela todas as noites, às 21h30, e um dia eu disse a ela que morreu um amigo do pai. Aí ela disse: meu filho, desculpa, mas o Grêmio está entrando em campo agora, e mudou de assunto”.

Para Alexandre, focar nas coisas boas faz bem para o coração, o cérebro e o espírito.

O jornalista ressalta que preza pelas raízes. “Cultivar a vida das famílias é cultivar a história do país também. O nome disso é patriotismo”, diz, relatando que, todo fim de semana, hasteia a bandeira do Brasil no topo de sua casa.

Na entrevista, ele fala, ainda, das transformações que o país está vivendo, da vitória da direita na política e da importância do entusiasmo para impulsionar a economia no país.

Alexandre Garcia conta bastidores do seu dia a dia, enquanto caminha pela área verde de sua casa, em Brasília, onde recebeu a equipe da TV Brasil. Um local tranquilo com muita vegetação nativa do cerrado, distante do centro do poder em Brasília. “É uma casa pra se viver. Eu vim embora para Pasárgada”, finaliza.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. JBBatista
    O problema é que foi roubo demais. Eles poderiam ter dividido o tempo, mas infelizmente só pensaram em saquear o nosso país. Vamos ter que trabalhar no mínimo 20 anos para consertar tanta roubalheira.

    1. Teve roubo demais na época de Collor,FHC, Lula, Temer, Maluf, ACM, Renan, JÁ, Gari Wilma e outros, a punição é para todos afinal roubo é roubo não concorda amigo?

  2. É ridícula a conduta de professores, alunos, jornalista e muitos outros profissionais que de forma ideológica pregam o que há de pior para uma sociedade. Os que conheço são radicais e doentes pelo PT, PSOL, PSTU e etc., pessoas com grau de instrução elevado, defendem algo que não praticam. Prefiro não ter o ranço para pregar e defender de forma extrema A ou B.

    1. E falou bem… Ou não? Chega de agressão e roubalheira. Vamos tocar o Brasil, esquecendo tudo de ruim que foi feito nesses últimos 13 anos.

    2. E só teve roubo no Brasil nos últimos 13 anos? antes só tinha santos?

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Política

Crime organizado está assustado com combate iniciado pelo governo Bolsonaro e promete guerra; veja mensagens de bandidos

Com Marcos Camacho, o Marcola, foram transferidos para presídios federais outros 21 integrantes da maior facção de São Paulo, o PCC, entre eles alguns de seus potenciais substitutos. Foto: Pedro Ladeira / Folhapress

O crime organizado está assustado com a repressão prometida pelo novo governo e promete guerra. A Época teve acesso a algumas mensagens da bandidagem:

A: Salve que chegou novo do Bolsonaro.

C: Se vai perder biqueiras ou se vai morrer.

A: Alerta rua e sistema.

C: Bagulho tá louco né velhinho.

A: caras tão querendo tirar nós xará, tá de brincadeira (…) vai dá guerra.

C: Vai dá guerra, vai se f….

A: Quero vê bagaço secar, tô louco pra regaçar tudo.

C: Nós vamos tá lutando daqui

Com informações de O Antagonista e Época

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Opinião dos leitores

  1. Mudanças já no código penal. Endurecimento de penas e redução da maior idade penal. O melhor lugar para criminosos ainda é a Cadeia.

  2. Se o PCC tá insatisfeito com o governo, sinal que o "bagulho" tá esquentando pro lado deles!!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  3. A causa básica do problema ainda permanece que é a falta de leis ou suas brechas. Caso o Governo Bolsonaro consiga convencer o Congresso onde existe uma minoria canalha do PT, PSOL, PC do B que é favorável aos bandidos poderemos ter paz.

  4. Espero que pelo menos mude a ideologia e cultura que bandido "é a vítima da sociedade", já a própria vítima seja o culpado e esquecido pela " sociedade"… já será um imenso avanço!

  5. Por enquanto só estou vendo combate aos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores, e uma corrida louca para vender a previdência social aos tubarões do mercado financeiro.

    1. Kkkkkkkk. Continua solto, mandando e todos obedecendo…… Inclusive todos!!! Fica a dica.

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Judiciário

Ministro do STF diz estar assustado com julgamento do mensalão

Um dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgam o mensalão, Marco Aurélio Mello disse nesta sexta-feira, após participar de um evento em São Paulo, que está “exaurido e assustado” com o julgamento e seu formato que, para ele, ocorre num “sistema obsoleto que precisa urgentemente ser revisto”. Segundo o ministro, que havia defendido o desmembramento do julgamento, o STF tornou-se “um cemitério de inquérito e ações penais” e não era a instância ideal para se julgar os 38 réus.

Além disso, Mello declarou que o mensalão paralisou todo o judiciário já que, ao avaliar um único processo, o STF “deixou numa fila cerca de 900 outros de extrema importância para a população”. Mello admitiu ainda que o fim do julgamento do mensalão pode não acontecer antes das eleições municipais de 7 de outubro.

– Estou exaurido de tanto ouvir. E sedento para que as explanações (da promotoria e da defesa) acabem para que, no próximo dia 16, comecemos logo a votar – disse o ministro, afirmando que seu voto será de improviso e que ainda não há nada resolvido sobre como se dará este voto entre os 11 ministros. – Não sabemos se desmembraremos ou não a acusação da condenação das penas, caso elas existirem. Se cada ministro falar o que pensa e der a pena que ache correta, vai ser como um leilão, uma confusão que não sei se teremos resultado antes das eleições.

Mello não compareceu à sessão nesta sexta-feira em Brasília, afirmando ter “sido surpreendido pelo calendário do julgamento”, desta vez de segunda a sexta. Afirmou ainda que concorda com as declarações de um dos advogados de Defesa, Márcio Thomaz Bastos, de que o julgamento é uma “bala de prata”, já que, com um único ato, os ministros podem condenar réus tão diversos.

– Era por isso que defendia o desmembramento, o julgamento somente de três réus, os três com foro privilegiado (João Paulo Cunha, Pedro Henry, Valdemar Costa Neto). O restante deveria ir a tribunais comuns. O sistema é obsoleto. Começamos mal e consertar isso é muito difícil. Estamos assustados com isso e não há prazo mesmo para terminar – disse.

 

Fonte: O Globo

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