Diversos

Semurb desocupa Área de Proteção Permanente na Zona Norte de Natal e resgata aves silvestres

Foto: Fiscalização Semurb

Após participar de uma reintegração de posse de uma Área de Proteção Permanente (APP), na zona Norte de Natal, fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) identificaram uma criação ilegal de animais silvestres próximo ao local da ação. O fato ocorreu nesta quarta-feira (23), na avenida Moema Tinôco proximo ao Rio Doce, quando foram resgatadas 27 aves, sendo quatro delas ameaçadas de extinção, e um tijuaçu. A ação contou com o apoio da Guarda Municipal de Natal.

De acordo com o supervisor de fiscalização ambiental da Semurb, Gustavo Szilagyi foram removidos os piquetes instalados em cerca de 14 hectares, numa área próxima ao Rio Doce, localizada na Zona de Proteção Ambiental (ZPA-9), cujo local é uma APP. Apenas um dos invasores foi identificado. “A reintegração ocorreu de forma tranquila. O proprietário se comprometeu a cercar o local e recuperar a área degradada pelos invasores”, disse ele.

Próximo ao local, os fiscais identificaram três imóveis que faziam a criação em cativeiro de 27 aves silvestres, sendo quatro delas ameaçadas de extinção e um tijuaçu. Todos os animais resgatados passarão por uma avaliação de um veterinário. “As aves da mata atlântica serão soltas numa reserva e as de caatinga e as que estão precisando de tratamento serão conduzidas para o IBAMA”, disse Gustavo.

Szilagyi ainda informa que os criadores foram conduzidos à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Deprema) para prestar esclarecimentos e lavratura de um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO).

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Jornalismo

PF desmonta quadrilha que movimentou R$ 30 milhões vendendo Araras e Canários

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira uma operação em oito Estados e no Distrito Federal para combater o tráfico de aves silvestres e exóticas. Segundo a investigação, as associações criminosas chegaram a movimentar, na última década, cerca de R$ 30 milhões.

A operação Estalo deve cumprir 20 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 33 de busca e apreensão e ainda conduzir mais sete pessoas à delegacia. Todos os desdobramentos ocorrem em Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará, Amazonas, Santa Catarina, Roraima e Distrito Federal. As apurações do caso foram acompanhadas, desde o início, pelo Ministério Público Federal em Pernambuco.

Conforme a investigação, a grande maioria dessas aves tem como habitat natural as selvas do Peru, Equador e Venezuela. Elas são contrabandeadas para servir a criadores de canários, que ganham a vida com a briga desses animais, a chamada rinha.

Os animais são adquiridos nesses países por valores entre R$ 12 e R$ 15, e vendidos no mercado clandestino dos atacadistas por valores que vão de R$ 130 a R$ 220. Por fim, alcançam o mercado interno, onde são negociados por revendedores locais a preços que variam entre R$ 200 e R$ 300.

Iniciados nas rinhas, os canários passam a ser avaliados de acordo com a habilidade apresentada, chegando a ser negociados por preços que alcançam R$ 100 mil. Segundo a PF, a avaliação do canário de rinha decorre da expectativa de seu proprietário em obter lucro a cada vitória do animal. As apostas podem alcançar vultosas quantias, com valores que chegam a R$ 50 mil.

Apenas no último ano, houve mais de 12 mil canários apreendidos nas rodovias e aeroportos dos Estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco e Amazonas. No curso das investigações, foram apreendidas cerca de 2 mil aves.

Para tentar legalizar o animal, os investigados fraudavam as anilhas, instrumentos de controle e identificação dos animais. Dentre os envolvidos, ao menos oito possuem cadastro no governo como criadores amadoristas. Para introduzir as aves clandestinamente no País, a organização
criminosa tinha ainda o apoio de um policial civil, que chegava a receber cerca de R$ 3 mil por carregamento.

Todos os envolvidos devem ser indiciados por formação de quadrilha, contrabando ou descaminho, receptação qualificada, falsificação de selo ou sinal público, peculato e corrupção ativa, além dos crimes ambientais de maus-tratos, apanhar animais silvestres sem permissão e introduzir as espécies no País. Se condenados, cada membro da organização terá que cumprir penas que, somadas, podem chegar até 50 anos de prisão.

Fonte: Terra

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